O Sistema CNC-Sesc-Senac acredita que a educação é capaz de transformar vidas e impulsionar o desenvolvimento econômico e social do país. Para mostrar o impacto dessa transformação, compartilhamos duas histórias inspiradoras que destacam a importância da educação em diferentes contextos.
Nicolly Figueiredo, de 19 anos, foi aluna do Polo Educacional Sesc. Moradora de uma cidade do interior de Minas Gerais, ela contou que antes de entrar no Ensino Médio no Sesc nem imagina que teria acesso a tanto conteúdo e oportunidades na vida, já que estudava em uma escola pública de pequeno porte. O Sesc foi, segundo ela, “um lugar de cultivar e regar os sonhos – porque abriu muitas portas”. Ela participou de diversas olimpíadas e conquistou mais de dez medalhas em disciplinas como geografia, ciências sociais e ciências naturais. Além disso, esteve em congressos no Brasil e no exterior e envolveu-se em projetos sociais e atuou em um clube de robótica. “A escola foi fundamental para meu crescimento e para o processo de candidatura para universidades estrangeiras, que avaliam os candidatos de forma holística”, afirma. Atualmente, ela estuda na Tufts University, em Boston, e atribui à educação que teve o impulso necessário para realizar seu sonho de estudar fora do país.
No Espírito Santo, a Alice Monteiro também experimentou uma transformação significativa por meio da educação. Ela é participante do programa “Bem servir”, promovido pelo Senac ES, que proporciona oportunidades de reintegração social e econômica para a população em situação de rua.
O programa oferece cursos de qualificação profissional na área da hospitalidade e busca restaurar a autoestima e renovar as perspectivas de futuro dos participantes. “É um curso muito rico e eu estou simplesmente amando. Inclusive, a longo prazo, eu pretendo ter o meu restaurante.” Ela agora se sente preparada para enfrentar novos desafios e aplicar os conhecimentos adquiridos em sua trajetória profissional.
A vida hoje
Atualmente, Nicolly está prestes a iniciar um semestre cívico na universidade, um programa que selecionou 12 estudantes para um aprendizado acadêmico e experiencial focado em justiça social e ambiental. Com previsão de formatura em 2028, ela está determinada a levar a transformação proporcionada pela educação para outros contextos. Quer seguir carreira nessa área.
Alice também ressalta sua perspectiva de futuro e o que tem aprendido no curso: “Um dia eu vou fazer um curso de graduação em Gastronomia. E esse curso de garçom nos ensina muito além de servir. Você tem que conhecer de vinho, sobre tequila, como recepcionar o cliente. Ser garçom não é o que as pessoas pensam. É muito mais!”
Polo Educacional Sesc
Localizado no Rio de Janeiro, o Polo Educacional Sesc oferece ensino médio, educação de jovens e adultos (EJA) na modalidade a distância, formação profissional em artes cênicas, programação cultural, além de cursos livres nas áreas de cultura, tecnologia, esportes e línguas estrangeiras. A Escola Sesc de Ensino Médio, referência em educação
de excelência, tem uma proposta pedagógica inovadora que estimula o protagonismo do aluno. O Polo faz parte da Rede Sesc de Educação, que tem como premissa a educação integral, que prepara os estudantes para os desafios atuais e futuros.
Com palestras e apresentações musicais, o evento ocorre na Bahia de 11 a 13 de setembro. As inscrições são gratuitas e sujeitas à lotação.
O respeito à diversidade étnica e a valorização das manifestações culturais afro-brasileiras e indígenas estarão em debate no V Seminário Sesc Etnicidades, que acontece de 11 a 13 de setembro, em Porto Seguro (BA). Com todas as atividades gratuitas, a iniciativa tem como tema “Tsaēhú ūpú korihé txó hiáb – a arte de cuidar do mundo”, que foi escolhido por representar a proposta do evento em língua Patxohã, do povo Pataxó, etnia que habita historicamente o Sul da Bahia. Durante o evento, serão realizadas palestras, vivências em aldeias e apresentações musicais em diferentes pontos da cidade. As inscrições podem ser realizadas em https://forms.office.com/r/9tgkcL54Y8 a partir do dia 30 de agosto.
“O Sesc reconhece o papel das tecnologias ancestrais nas práticas criativas e na promoção do bem-estar das comunidades indígenas e negras. O Sesc Etnicidades promove um rico aprendizado a partir dessas vivências e evidencia o legado dessas populações para o país, um patrimônio imaterial, memória que constitui nossa história”, afirma Janaína Cunha, Diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc.
O V Seminário Sesc Etnicidades mostra a integração entre arte, conhecimentos tradicionais, direitos culturais e desenvolvimento sustentável e sintetiza as trocas artísticas e culturais que estão no Identidades Brasilis, projeto do Sesc realizado em diversos estados durante todo o ano. Tem o propósito de valorizar, fortalecer e difundir a produção artística de pessoas indígenas e negras no país, por meio de programações culturais e educativas.
PROGRAMAÇÃO
No primeiro dia, uma conferência traz questões sobre o futuro do planeta, com Amanda Costa (SP), embaixadora do Conselho Jovem do Pacto Global da ONU, e Tainá Marajoara (PA), pesquisadora indígena que trabalha pelo reconhecimento da cultura alimentar como expressão cultural. Haverá também uma apresentação de canto e a dança da comunidade Pataxó.
O segundo dia terá a manhã dedicada a uma vivência na aldeia afroindígena Juerana, além de atividades na Reserva Pataxó da Jaqueira, como um debate com as pesquisadoras baianas Adriana Pesca e Dyane Brito sobre percursos, abordagens e fazeres de uma educação centrada na valorização de conhecimentos e saberes indígenas e negros, de ontem e de hoje. De noite, o público confere um cortejo com as Nagôs de Belmonte, primeiro grupo afro carnavalesco da cidade de Belmonte (BA), além do show da cantora Juliana Ribeiro e o Samba de Roda das Marisqueiras (BA).
O terceiro dia traz conversas sobre a produção artística de autoria negra e indígena no país (com Deri Andrade e Arissana Pataxó), exibição de filme e bate-papos sobre memória (com Edson Kayapó e Fernanda Kaingáng) e protagonismo feminino na elaboração de estratégias de futuros sustentáveis (com Morena Mariah e Mestra Janja). O dia se encerra com o espetáculo musical Raízes do Axé, que celebra a cultura africana, no Espaço Cultural Mandala, movimento de aquilombamento Café dus Pretus.
Identidade Brasilis
Realizado em diversos estados brasileiros, como Acre, Alagoas, Distrito Federal, Maranhão, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins e Bahia, o projeto valoriza e fortalece as culturas indígenas e negras – por meio de programações culturais e educativas. São seminários, vivências, apresentações artísticas, debates, bate-papos e muitas atividades para promover o intercâmbio de saberes entre os participantes. A iniciativa é centrada no efetivo protagonismo de pessoas indígenas e negras na composição dos diálogos, das reflexões e das práticas artísticas da instituição. As ações são desenvolvidas a partir dos temas arte e cultura, territórios e memórias, histórias e patrimônios, identidade e diversidade cultural, modos de vida e políticas sociais, desenvolvimento humano e social.
SERVIÇO:
V SEMINÁRIO SESC ETNICIDADES 11 a 13 de setembro Evento gratuito – sujeito à lotação dos espaços Inscrições: https://forms.office.com/r/9tgkcL54Y8 Programação completa em www.sescbahia.com.br
Locais dos debates e shows Sesc Porto Seguro Rua Helena Maria de Paula, 145 – Loteamento-Parque Residencial Ecológico Joao Carlos Espaço Mandala Rua Luís Viana Filho 59
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Programação completa
18h– Awê Pataxó – Apresentação de canto e a dança da comunidade Pataxó, com demonstração da relação com a natureza mãe por meio de vestes, trajes, sons dos animais e da floresta. Local: Teatro Sesc Porto Seguro
18h30 – Abertura
19h – Conferência: “A arte de cuidar do mundo”, com Amanda Costa (SP) + Tainá Marajoara (PA) – Mediação Patrícia Figueiredo (DR/BA)
Local: Teatro Sesc Porto Seguro
12/9/2024
Vivências externas – Intercâmbio cultural
8h30 às 11h30 – Vivência Aldeia Afroindígena Juerana – mediação do DR/PE
A vivência na aldeia afro-indígena Juerana, conduzida pela Cacica Yamani e pelos jovens da aldeia, contemplará o ritual de acolhimento com cantos e danças sagradas, visita à oca de artesanatos e realização de trilha ecológica.
12h às 13h30 – Almoço em Coroa Vermelha.
14h às 15h – Visita à Reserva Pataxó da Jaqueira – mediação do DR/PA
Os visitantes serão conduzidos pelos principais pontos da aldeia, incluindo a Casa de Memória, viveiro de plantas nativas, escola indígena, visita ao Kijeme do Pajé e ao Kijeme de artesanatos.
15h30 – Areneá “Educação antirracista e confluências afroindígenas”, com Adriana Pesca (BA) + Dyane Brito Reis (BA) – Mediação Leonardo Moraes (DN)
Local: Reserva Pataxó da Jaqueira
As educadoras debaterão questões étnicas, crítico e raciais que perpassam por perspectivas indígenas e negras, considerando percursos e abordagens educativas, vetores de sustentabilidade e criatividade, desenvolvidos por indígenas e negros.
18h30 – Cortejo com Nagôs de Belmonte
Cortejo com o primeiro grupo afro carnavalesco da cidade de Belmonte (BA). O afoxé das Nagôs já conta mais de 70 anos, organizadas sob a liderança de Mestra Dezinha.
19h – Apresentação musical, com Juliana Ribeiro e Samba de Roda das Marisqueiras (BA)
O show irá reunir Juliana Ribeiro – cantora, compositora, multi-instrumentista, diretora artística e pesquisadora da música afro diaspórica no mundo – e o grupo cultural de Samba de Roda criado pela Associação das Marisqueiras e Pescadoras de Belmonte (AMPB) que “brinca” de samba quase como uma prática política para a continuidade do trabalho de pesca.
13/9/2024
09h às 10h30 – Areneá “Produções Artísticas dos plurais brasis”, com Deri Andrade (AL) + Arissana Pataxó (BA) – Mediação de Ana Carolina Maciel (DN)
Espaço vai promover reflexões sobre o cenário múltiplo da produção de arte brasileira com foco nas poéticas, representatividade, desafios e potencialidades. Vai difundir também a rica produção de autoria negra e indígena no país, suas contribuições artísticas e históricas em âmbito nacional e internacional.
11h às 12h20 – Exibição de filmes do CineSesc
Filme: Uýra – A Retomada da Floresta
Direção: Juliana Curi
Documentário, 2022.
Sinopse: Uýra, artista indígena viaja pela floresta amazônica em uma jornada de autodescoberta usando arte performática para ensinar jovens indígenas e ribeirinhos que eles são os guardiões das mensagens ancestrais da floresta amazônica.
Duração: 70 minutos
Classificação: 18 anos
14h às 15h30 – Areneá “Memória pra quê/quem?”, com Edson Kayapó (AP) + Fernanda Kaingáng (RS) – Mediação de Ana Caroline Araújo (DN)
Refletir, por meio do areneá, sobre a memória e o patrimônio cultural dos povos indígenas, seu papel fundamental como guardiões das florestas, da biodiversidade e a sua centralidade nas discussões climáticas globais.
15h30 às 17h – Areneá “Somos ancestrais do futuro”, com Morena Mariah (RJ) + Mestra Janja (BA) – Mediação de Ademildes Filho (DN)
Discutir a interseção entre passado, presente e o protagonismo feminino na elaboração de estratégias de futuros sustentáveis e de práticas cotidianas equitativas é nossa intenção, reconhecendo o papel fundamental das culturas afrodiaspóricas para a construção de uma sociedade justa e democrática.
17h30 – Encerramento Café dus Pretus + Apresentação Cultural Raízes do Axé.
Local: Espaço Mandala
Movimento de aquilombamento, o Café dus Pretus tem por objetivo realizar confraternizações eventuais entre pessoas negras para promover o sentimento de pertencimento, coletividade e orgulho negro.
Tendo à frente o Pai Ujuraí, o babalorixá Mutácutalegim, Raízes do Axé é um espetáculo de música que celebra a cultura africana como forma de combate ao racismo religioso e como legado na formação do povo brasileiro. Tambores, vozes, cantos, textos históricos e lendas, filosofia Yorubá, adereços, figurinos representativos de orixás e perfumes são alguns dos elementos utilizados no espetáculo Raízes do Axé que ressaltam a força da cultura africana na formação dos cultos afro-brasileiros.
Sistema CNC-Sesc-Senac esteve presente com atrações culturais e pratos típicos de todos os estados do país, além de painéis sobre os caminhos do Turismo no Brasil
Realizada entre 8 e 11 de agosto no Rio de Janeiro, a 8ª edição do Salão Nacional do Turismo contou com a presença do Sistema Comércio – formado pela CNC, Federações, Sesc e Senac. O evento promovido pelo Ministério do Turismo, por meio do Acordo de Cooperação Técnica assinado com Sesc e Senac, reuniu o trade turístico e apresentou aos participantes tendências do setor e os principais destinos e segmentos turísticos do país.
O Diretor-geral do Sesc, José Carlos Cirilo, representou o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, na abertura do Salão, que também registrou a presença do Vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e do Ministro do Turismo, Celso Sabino. Cirilo ressaltou o papel transformador das instituições do comércio para o turismo brasileiro: “Juntos, Sesc e Senac são os vetores de responsabilidade social do Sistema Comércio. Nossa missão é transformar vidas por meio de ações sociais e educação profissionalizante”.
Já o presidente da Fecomércio RJ, Antônio Florêncio de Queiroz, agradeceu a oportunidade de receber o Salão no Rio de Janeiro: “Para nós, do Sistema, é de extrema importância que esse setor seja fortalecido”. E completou: “O turismo, além de toda a riqueza que traz, gera emprego e renda. Faz com que as pessoas vivam com mais dignidade”.
Diversidade cultural e turismo social
O Sesc levou para o evento manifestações artísticas de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal, como: folguedos, coco de roda, rasqueado cuiabano, maculelê, samba de roda, ciranda, xaxado, boi de máscara, danças farroupilhas, entre outras. No palco e pelo evento, em cortejos, o público pôde conferir a diversidade cultural do Brasil. No estande, o Sesc apresentou as ações de Turismo Social, sua rede de mais de 40 hotéis e disponibilizou credenciamento para quem esteve presente no Salão. O público também pode participar de uma experiência imersiva com base em diferentes atrativos turísticos brasileiros, que mostrava um pouco do que vivenciam os viajantes do Sesc.
Núcleo do conhecimento
Sesc, Senac, CNC e Fecomércio RJ compartilharam experiências e conhecimento com o público no auditório do evento em palestras e painéis que discutiram temas como Desenvolvimento de Produtos Turísticos Inovadores e Turismo e Sustentabilidade: Boas Práticas Socioambientais do Sesc e Senac.
Ações do Senac
Uma cozinha-show levou para o público o melhor da culinária brasileira de todos os estados do país e Distrito Federal. As preparações, ao vivo, mostraram pratos típicos que representam a riqueza e diversidade da gastronomia brasileira, preparados por chefs do Senac, de todas as Unidades da Federação. Uma amostra do que os alunos do Senac têm à disposição nos cursos da instituição. Entre as delícias, estavam: Pirarucu de casaca (AM), Pato no tucupi (AC), Bolinho de feijoada (RJ), Maria Isabel com farofa de banana (MT), Cocada dos marechais (AL) e Galinhada caipira ao pequi (DF).
O Sistema CNC-Sesc-Senac também apresentou mais iniciativas em seu estande. O Instituto Fecomércio de Sustentabilidade (Ifes-RJ) levou ao público uma mostra de tecnologias sustentáveis aplicáveis à hotelaria, algumas já utilizadas em unidades do Sesc. Entre elas, uma máquina que transforma vidro em areia, composteira mecânica, coletor de resíduos sólidos que oferece recompensas ao depositante, parede verde, mobiliário feito em madeira plástica e um sistema que transforma resíduos orgânicos em gás para cozinha. Já o Sesc RJ levou uma representação da sua unidade Fazendinha, um espaço de referência em educação ambiental.
É o Sistema-CNC-Sesc-Senac com o compromisso de trabalhar pelo turismo brasileiro.
Confira como foi o evento:
O Departamento Nacional publicou o relatório Comunicação de Engajamento (COE) – 2021-2023, um documento que traz o resumo das nossas ações voltadas à disseminação e ao alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
Para o Sesc, é fundamental que as suas ações estejam integradas à sustentabilidade. Desse modo, os projetos podem contribuir com cada um dos 17 ODS.
A publicação é uma demanda da parceria com o Pacto Global Rede Brasil, do qual somos signatários desde 2019, e deve ocorrer a cada dois anos.
Ao longo do último século, a educação brasileira vem sendo palco de debates importantíssimos, influenciando sobremaneira as políticas públicas, as práticas pedagógicas e as pesquisas acadêmicas. Temas como universalização do acesso, qualidade educacional, aprendizagem com evidências, currículos, avaliação, formação de professores, diversidade e inclusão, educação integral, tecnologia e gestão em educação são apenas parte dos tópicos que vêm mobilizando a atenção de estudantes, educadores, pesquisadores e instituições, públicas e privadas, em todo o território nacional. São esses diálogos, tantas vezes conflituosos, que têm impulsionado um conjunto de transformações sociais e, por que não dizer, políticas e econômicas em nosso país.
O Sesc, há quase 80 anos, vem participando de modo efetivo desse debate inadiável, ancorando sua prática na premissa educativa, não apenas nas mais de 200 escolas de sua Rede, espalhadas em todos os estados do Brasil, mas na certeza de que todas as suas demais áreas finalísticas de atuação – Saúde, Cultura, Lazer e Assistência – são também necessariamente atravessadas pelo viés educacional. Para nós, tudo o que emoldura a experiência humana deve ser tratado pela chave da Educação, sem a qual não há como abrir as portas de um futuro promissor que alce a sociedade a novos destinos de equidade e justiça social.
A Rede Sesc de Educação, presente em quase todos os estados do país, não apenas nas capitais, mas sobretudo em territórios distantes dos grandes centros, recebe estudantes em todos os segmentos: da Educação Infantil ao Ensino Médio, nas modalidades regular e Educação de Jovens e Adultos. Assim, o Sesc vem promovendo transformações significativas na sociedade a partir das suas atividades educacionais, que impactam muito diretamente a vida dos estudantes e de suas famílias. São mais de 75 mil matrículas apenas na Educação Básica, em números crescentes, o que confirma o sucesso de nossas propostas pedagógicas, todas voltadas ao desenvolvimento das potencialidades dos sujeitos aprendentes, em perspectiva inclusiva: para nós, todo estudante é um universo de possibilidades e merece alcançar cada sonho que seu desejo ouse esboçar. Pela Educação, os sonhos podem aterrissar no plano da realidade.
Além desse compromisso com a Educação Básica, a Rede Sesc também desenvolve um conjunto de atividades em Educação Ampliada, que são programas voltados à formação integral, mobilizando diferentes conhecimentos, linguagens, tempos e espaços, de modo a sublinhar a importância da educação por inteiro, em que se consideram toda a sorte de expressões formativas na constituição de um ser humano íntegro e integral. O Sesc Ciências, por exemplo, já ultrapassou a marca de 2 milhões de visitantes em seus espaços de fruição científica. Outro programa fundamental em Educação Ampliada é o Criar Sesc, presente em 114 unidades distribuídas em 19 estados, com um atendimento anual de mais de 10 mil crianças a partir de ações no contraturno escolar voltadas à formação do sujeito integral, ancorada no livre brincar, na cultura das infâncias e nos territórios educativos.
Para o Sesc, Educação é prioridade e transformação social. Todas as nossas ações educativas estão comprometidas, sobretudo, com o atendimento aos estudantes filhos dos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo, em sua grande maioria incluídos em nosso Programa de Comprometimento e Gratuidade (PCG), que é um dos mais robustos programas de impacto social em nível nacional, de raro comparativo com qualquer outra ação de instituição privada no Brasil. Aliás, diga-se de partida, o PCG do Sesc é todo orientado às atividades educativas, confirmando a posição do Serviço Social do Comércio em reconhecer na Educação o verdadeiro caminho da transformação de nosso país. E se todas as demais áreas do Sesc também são atravessadas pela natureza educacional, também o PCG se faz presente na Saúde, no Lazer, na Cultura e na Assistência.
Com a nossa Rede de Educação, em articulação direta com todas as áreas de atuação do Sesc, mobilizamos os esforços institucionais para a estruturação e a consolidação de uma nova sociedade, comprometida com desenvolvimento de competências cognitivas, socioemocionais e digitais, bem como com os valores civilizatórios que nos permitam avançar como nação. Em um país cujas desigualdades são dessemelhanças humanitárias, somente a Educação de qualidade – para cada criança, jovem e adulto – será capaz de posicionar o Brasil em um lugar de esperança, em que todo amanhã será revestido de equidade, de oportunidade e de justiça social. Esse é o compromisso do Sesc com a educação brasileira.
Artigo escrito por Luiz Fernando de Moraes Barros, Gerente de Educação do Sesc
Projetos do Senac e do Sesc mudam vidas através de educação, cultura e trabalho
O que você sonhava em ser quando era adolescente? Lembra do momento em que a primeira oportunidade profissional bateu à sua porta? Recorda das paixões que seguiriam a vida toda com você? Trabalhar provavelmente ainda era uma realidade distante para alguns, mas a imaginação fluía com tantas possibilidades. E que bom seria se toda vida pudesse ser vivida em sua plenitude, com cada pessoa desenvolvendo o melhor de si, fosse no mercado de trabalho, nos hobbies, nas escolhas pessoais.
Nesse caminho, o Programa de Aprendizagem do Senac e o Sesc Orquestras Jovens, duas iniciativas comprometidas com a inclusão social de jovens, abrem as portas do mundo a muitos adolescentes e jovens adultos. Vamos contar a história de dois jovens que tiveram suas vidas renovadas e transformadas por essas ações.
Foi pelo Programa de Aprendizagem do Senac que o alagoano Guilherme Alves, de 22 anos, teve a oportunidade do primeiro emprego e trilhou uma longa trajetória até se tornar o mais jovem comendador do país. Desde novo, Guilherme sentia a necessidade de buscar a independência financeira. E encontrou essa oportunidade como jovem aprendiz.
“Quis um emprego para ajudar meus pais e já ter uma experiência profissional. Foi quando uma grande loja de atacado da cidade me chamou para ser jovem aprendiz e me encaminhou para o Senac. Eu me surpreendi muito com a experiência que o Programa de Aprendizagem me proporcionou, porque não imaginava que teria tanto aprendizado. Para mim, o Senac ofereceria uma educação parecida com a da escola, mais teórica. Mas logo percebi que estava errado e que na Instituição aprendemos a viver por meio de um ensino completo, com foco na prática e no comportamento”, diz Alves.
Apaixonado pela cultura japonesa otaku (que envolve o interesse em animes e mangás), Guilherme soube aproveitar e explorar todas as nuances que o Senac lhe proporcionou. Além da técnica, desenvolveu competências que foram cruciais para superar inseguranças e ganhar a confiança necessária para promover seu primeiro evento cultural em Alagoas.
“Postura, organização e responsabilidade no ambiente de trabalho. Tudo isso eu aprendi no Senac e aplico até hoje, é um aprendizado que não tem preço, algo que levamos para a vida toda. Eu tinha muito medo de não conseguir desempenhar minha função no trabalho, sentia muita insegurança em relação a isso. Mas o Senac me ajudou, me guiou e, em 2019, enquanto era aprendiz na Instituição, fiz meu primeiro evento, em uma praça pública, durante a Bienal do Livro”.
Hoje, o ex-aluno do Senac Alagoas entrou na área cultural e realizou diversos eventos na cidade, sendo o maior deles para um público com mais de 20 mil pessoas. E não parou por aí: o trabalho de Guilherme foi reconhecido pela Câmara Municipal de Maceió, que o presenteou com a comenda de Mérito Cívico por sua atuação na cultura.
Ao relembrar o período como jovem da Aprendizagem, Guilherme deixa um recado: “Se eu pudesse falar para os aprendizes, diria para não desistirem e confiarem no Senac. Sei do comprometimento dos instrutores e da Instituição com os jovens. Por isso aconselho que eles confiem também e se dediquem aos estudos e ao trabalho com vontade e determinação”.
Sonhos realizados através da música
E foi justamente a dedicação que levou o Heitor Gabriel, de 17 anos, para a orquestra jovem do Sesc. Ele já fazia aulas de violão em Poconé, no Polo Socioambiental Sesc Pantanal, mas começou a assistir aos concertos da orquestra e se apaixonou. Muita gente não acreditava que ele conseguiria. Hoje, toca viola de arco pela orquestra. E o que seria apenas um hobby se tornou mais que isso. A música mudou sua vida e ele acredita que participar do projeto lhe trouxe mais disciplina e abriu novos horizontes.
‘’A música transformou muito a minha vida. Para mim, ela é um sentimento”.
Ao contar sua trajetória, ele lembra com carinho que o Sesc faz parte da sua jornada. Estudante do Complexo Educacional Sesc Pantanal, em Poconé, desde os 3 anos ele alimenta o sonho de cursar administração e gastronomia depois de terminar o Ensino Médio. ‘’Como sempre digo para os colegas, minha vida é em torno do Sesc desde criança. Fiz escola, participei de projetos e faço cursos no Sesc, que sempre abriu oportunidades. Se não fosse por ele, o que seria de mim?’’.
Neste ano, participou do 12º Festival Internacional Sesc de Música, um dos maiores eventos de música de concerto da América Latina, com apresentações em espaços públicos de Pelotas, no Rio Grande do Sul, e cursos para estudantes e profissionais.
“Pela orquestra, viajei pela primeira vez de avião. Pude ver como são outros jovens, com mais experiência, tocando. Foram muitas dicas de música e de vida. Vi novas pessoas, vivi novas experiências e vi novos concertos’’.
Se Heitor seguirá pelo caminho da música, gastronomia ou administração, ainda não sabemos, mas uma coisa é certa: o amor pela arte e a influência do Sesc em sua vida já geraram frutos para a vida inteira.
Programa de Aprendizagem – Senac
Desenvolvido pelo Senac Alagoas, em parceria com várias empresas, o Programa de Aprendizagem cria oportunidades para o estudante que está iniciando sua carreira no mercado de trabalho e para empresas que podem qualificar e desenvolver seu futuro profissional.
O Programa de Aprendizagem do Senac contempla um conjunto de ocupações, propiciando aos aprendizes competências voltadas à profissionalização e à cidadania, a partir da compreensão do mundo de trabalho.
Aprendiz é o adolescente ou jovem de 14 a 24 anos que esteja matriculado e frequentando a escola regular ou tenha concluído o ensino médio. É por meio deste programa que o Senac promove a inserção social para esta faixa etária. A empresa é responsável pelo recrutamento e pela seleção dos aprendizes. Após a escolha do candidato, encaminha-o para o Senac, matriculando-o em um dos cursos que seja do interesse da contratante em função da sua área de atuação.
Sesc Orquestras Jovens
Presente em todas as regiões do Brasil, o programa Sesc Orquestras Jovens une educação musical e inclusão social ao oferecer cursos de instrumentos e prática de conjuntos para adolescentes. Mais do que ensinar a arte de tocar instrumentos, a iniciativa estimula o encontro dos alunos como forma de desenvolvimento artístico e pessoal. O Sesc é pioneiro neste tipo de projeto. As primeiras bandas de música e orquestras foram criadas em 2004. Hoje, o Sesc Orquestras Jovens está presente em diferentes estados – Maranhão, Mato Grosso (Polo Socioambiental Sesc Pantanal), Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro (Polo Educacional Sesc), Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe.
Serviços do Sesc e do Senac são ampliados por meio de projetos que percorrem o país
Imagina só realizar o sonho de uma vida! Pois é exatamente isso que acontece com milhares e milhares de pessoas que são impactadas pelas unidades móveis do Sesc e do Senac, que proporcionam a extensão dos serviços das instituições ao alcançarem lugares com carência de ações de capacitação profissional, atividades de saúde e cultura. Elas permitem que mais pessoas tenham acesso às iniciativas do Sistema Comércio. E vamos contar as histórias de duas pessoas que viram suas vidas mudarem graças às unidades móveis.
Nazário Herenio, 59 anos, não tinha condições financeiras de pagar um tratamento dentário. Quando soube que o OdontoSesc, unidade móvel de serviços odontológicos, estava em Goiânia (Goiás), não pensou duas vezes e se inscreveu. Ele ainda está em tratamento por ter mordida cruzada, mas contou que antes não achava seu sorriso bonito e evitava fazer fotos de seu próprio rosto. Nazário elogia o atendimento de excelência e diz estar mais feliz hoje.
“O tratamento mudou minha autoestima. Poder mostrar o sorriso é a melhor coisa! É um ponto de referência da pessoa”, comemorou.
O sorriso também está estampado no rosto da Vivia Gonçalves de Lima Rodrigues, 34 anos. Graças à passagem da Unidade Móvel Senac Gestão e Informática por Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul, ela completou o curso de Assistente Administrativo.
“O Senac é muito grande e tem uma ótima estrutura de aulas. Depois de um mês de formada, percebi que
ter o Senac no currículo foi um up, pois é
uma instituição bem conhecida. Foi aí que consegui meu emprego. Faz quase um ano que trabalho na área de RH e é uma realização”, comemorou Vivia.
As unidades móveis
O Sesc conta hoje com mais de 150 unidades móveis de Saúde (OdontoSesc, Sesc Saúde Mulher, Sesc Visão e Saúde Preventiva) e Cultura (BiblioSesc, TeatroSesc, CineSesc). Elas ampliam a atuação da instituição pelo Brasil, com atendimento a pessoas em situação de vulnerabilidade social em diversos municípios ou comunidades de difícil acesso.
Já o Programa Senac Móvel conta com 86 carretas-escola e 1 balsa-escola que levam ensino, formação e, principalmente, novas oportunidades a lugares remotos do Brasil. Cada unidade móvel permanece, em média, 30 dias em cada município. Pode ser instalada em uma praça ou local de fácil acesso pela população. Depois de cumprida sua missão, parte para novo destino educacional.
As carretas são equipadas com a mais moderna tecnologia para ofertar aulas com o padrão de excelência Senac em diversos segmentos
Projeto aproxima jovens da música clássica em todas as regiões do Brasil.
O direito a atividades culturais é garantido no artigo 71 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Mas ainda hoje, a oferta de equipamentos de cultura é escassa em diversas localidades do país. Segundo um estudo recente do IBGE, menos de um terço das cidades brasileiras têm acesso a museus, apenas 23,3% dos municípios contam com teatros ou salas de espetáculos e 9% têm cinemas.
O Sesc mantém em todo o país uma ampla estrutura que propicia a realização de atividades culturais nas mais diversas linguagens. Na música, um dos projetos de destaque junto ao público jovem é o Sesc Orquestras Jovens. Criado em 2004 e atualmente presente em onze estados, o projeto vem transformando a vida de centenas de adolescentes com cursos de instrumentos e prática de conjuntos, unindo educação musical e inclusão social.
ASSISTA AO WEBDOCUMENTÁRIO SOBRE O PROJETO:
Um dos estados que desenvolve o projeto é Roraima, na região Norte. O professor Ramón Antonio Pérez Infante é violista e professor da orquestra há mais de dois anos. Ele conta, orgulhoso, como o projeto oferece a oportunidade para que os jovens conheçam um instrumento musical. “Ao aprender sobre música, elas ampliam sua capacidade intelectual e têm a experiência única de participar de eventos, como recitais e concertos, aprendendo a trabalhar e a interagir em grupo”, comenta.
Em todo o Brasil
As histórias de aprendizado estão por todo o país. Raniel Pereira Doria, de 16 anos, mora em Aracaju (SE) e ingressou nas atividades do Sesc em 2021 fazendo coro. Ele decidiu explorar novas habilidades e ingressou na orquestra.
“O Sesc me abriu portas onde eu não imaginava conseguir entrar, pois minha condição social não era tão boa. Graças ao projeto, estou conseguindo adquirir sabedoria e conhecimento não só na música, mas para a vida”, afirma. Hoje, Raniel toca viola de arco e conta como o projeto contribuiu para seu desenvolvimento intelectual. “Tive a oportunidade de estudar vários instrumentos e consegui aprender a me disciplinar e a melhorar minha rotina nos estudos”.
Outro aluno que compartilha a mesma opinião é o também venezuelano Luis Santiago Palma Paez, 24 anos, de Boa Vista (RR). Ele toca viola clássica e, quando veio para o Brasil, um dos objetivos era conseguir se dedicar mais à música. “A partir do projeto, consegui expandir meus contatos com maestros mais experientes, desenvolver novas capacidades e adquirir novos conhecimentos”, diz.
Também de Roraima, Flávio Luis Souza Rocha, 19 anos, conta que consegue conciliar a rotina da música com estudos e o trabalho. “Ter ferramentas, espaço e horários que facilitam o meu contato com a música ajuda muito no meu desenvolvimento Temos estrutura, locais para estudar e ensaiar e tudo o que é necessário para o aprendizado não só da música, mas também sobre profissionalização nessa área de conhecimento”, comemora o jovem, que hoje faz faculdade de licenciatura em Música.
Festival Internacional Sesc de Música
Além de oferecer aprimoramento com professores consagrados, a iniciativa estimula o encontro dos alunos para gerar desenvolvimento artístico, pessoal e profissional. Uma das programações mais fortes do projeto é a participação no Festival Internacional Sesc de Música, que acontece todos os anos em Pelotas (RS). Um dos maiores eventos de música de concerto da América Latina, reúne estudantes e profissionais de diversas regiões do país e do mundo para apresentações em espaços públicos e cursos que produzem uma grande troca de conhecimentos entre estudantes e profissionais de música.
“É uma experiência fantástica, que nos ajuda a viver a música em sua forma mais pura, promovendo o encontro de pessoas de origens e culturas diferentes, mas com o gosto e compromisso em comum pela música”, exalta o aluno Luis Santiago Palma Paez.
Azahel Alejandro Orta Camacho, 24 anos, participou de três edições do e afirma que o evento proporciona uma conexão muito profunda com professores nacionais e internacionais, estimulando ainda mais a prática musical. “É uma semana intensa de muita música, não só erudita como também popular. Para nós, esse contato com a versatilidade da música representa uma experiência de inclusão social e um grande estímulo para continuarmos aprendendo cada vez mais”.
Para Flávio Luis Souza Rocha, participar do Festival de Pelotas foi um sonho e uma experiência únicos. “Durante o evento tive a oportunidade de conhecer pessoas dos Sesc de outros estados e isso me proporcionou uma conexão como nunca imaginei. É uma programação que promove a música e que também inclui as pessoas por meio da arte”.
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