Criada como uma oportunidade de compartilhar ideias inovadoras e contribuir para boas transformações na área da Educação, a EDUKO – Bienal de Novos Saberes terá sua 1ª edição nos dias 28 e 29 de julho de 2023, no Sesc Palladium, região central de Belo Horizonte.
Mais do que um congresso bienal dedicado à Educação, a Eduko pretende ser uma plataforma que conecta pessoas preocupadas com o destino da educação e capazes de transformar o mundo através dela, refletindo e ressignificando sua atuação no mercado a partir de três conceitos principais: questionar, entender e transformar.
A programação é destinada a educadores, professores, gestores educacionais, profissionais de áreas afins, estudantes e universitários. As atrações incluem palestras e roda de conversa com convidados de grande relevância no mercado educacional, científico e cultural do Brasil e do exterior. O público ainda terá acesso a apresentações artísticas e culturais e ao Espaço Eduko, composto por diversas ativações experimentais voltadas à inovação educacional.
A abertura será na sexta-feira (28/7). Uma cerimônia dará início à programação, com apresentação do Núcleo de Formação em Dança do Sesc, no Grande Teatro do Sesc Palladium. A solenidade terá a presença do Presidente do Sistema Fecomércio MG, Nadim Donato, e do Diretor-Geral do Departamento Nacional do Sesc, Jose Carlos Cirillo.
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A iluminação da unidade foi aprimorada com material de última geração e a fachada foi recuperada, mantendo os elementos estéticos originais do projeto idealizado pelos arquitetos Hector Vigliecca e Bruno Padovano que recebeu o prêmio internacional da Fundació Mies Van der Rohe, uma das mais importantes distinções mundiais do gênero. A icônica unidade de 44mil m² é referência em saúde, cultura, assistência e educação para a população da região.
Iniciativa que oferece formação gratuita no Ensino Médio com qualificação profissional passa a atender os estados do Rio de Janeiro e Paraíba
A partir do dia 13/6 estarão abertas as inscrições para a nova turma do Sesc EAD EJA, que oferece a jovens e adultos formação gratuita no Ensino Médio, com qualificação profissional em produção cultural. O projeto ampliou sua abrangência e a partir dessa edição atenderá também a candidatos do Rio de Janeiro e da Paraíba. No total, serão mais de 1,8 mil vagas distribuídas entre 14 estados das regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste. O edital e as inscrições estão disponíveis em sesc.com.br/ead.
Para se inscrever no Sesc EAD EJA os candidatos devem ter mais de 18 anos, Ensino Fundamental completo e residirem nos estados de Amazonas, Bahia, Ceará, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. O curso tem duração de três semestres e carga horária de 1.200 horas, sendo 80% das aulas em formato virtual e 20% em formato presencial, no polo selecionado no momento da inscrição. O curso concede certificado de conclusão do Ensino Médio com qualificação profissional em Produção Cultural.
A diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc, Janaína Cunha, reforça a importância do Sesc EAD EJA, projeto lançado em 2022 e que conta com cerca de 4 mil alunos matriculados. “Com essa iniciativa, o Sesc promove a educação e contribui para a retomada dos estudos em qualquer etapa da vida. Concluir o Ensino Médio junto com uma certificação profissional é um grande passo para a entrada no mercado de trabalho. A rotina de aulas flexíveis ajuda os alunos a conciliarem as tarefas do dia a dia com o cronograma de estudos”, explica a diretora.
O Sesc EAD EJA é realizado em parceria com o Senac, responsável pela plataforma de realização do curso. A construção dos conteúdos foi baseada em experimentações, simulação de práticas, mecanismos de jogos, dramatizações e outras estratégias que possibilitam maior interação com os participantes. A parte presencial permite aos estudantes a participação em atividades de cultura, esporte e lazer oferecidas pelo Sesc nos estados.
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A ação, articulada entre umgrauemeio, Brigada Aliança, Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e Polo Socioambiental Sesc Pantanal, com apoio financeiro da JBS, tem como objetivo proteger 2,5 milhões de hectares de área do bioma por meio da detecção precoce de incêndio. A tecnologia utiliza um algoritmo de inteligência artificial que, a partir do envio de imagens por câmeras de alta resolução instaladas no topo de torres de comunicação, identifica focos de incêndio de forma automática e notifica os operadores do sistema. Além disso, haverá resposta rápida e geração de dados analíticos, operacionais e de impacto na comunidade, com redução de CO2 estimada em 15 milhões de toneladas.
A integração de informações como localização das brigadas, recursos e equipamentos disponíveis, horário de acionamento, tempo de locomoção até o local do foco de incêndio, tempo de combate e extinção do foco e o contato com os proprietários de terra no entorno permitem a rápida resposta ao fogo. Também estão previstas ações educativas de prevenção à incêndios junto das comunidades do entorno.
Cada câmera tem a capacidade de detectar focos de incêndio em aproximadamente 3 minutos, cobrindo um raio de 15 km e ainda indica o local exato do foco através da triangulação das câmeras e apoio de imagens de satélite, acelerando os protocolos de identificação e combate. Há, ainda, a detecção back-up de pontos de calor por satélites que podem complementar a proteção de áreas que sofram menor pressão humana. Nesta primeira fase, são 11 pontos de detecção automática por imagem distribuídas nas regiões Sul, Norte e Central, começando pelo território da Serra do Amolar.
O Sesc em Goiás acaba de inaugurar a sua mais nova unidade hoteleira no estado: o Hotel Sesc Vila Boa. A instalação fica na Cidade de Goiás – tombada pelo Patrimônio Histórico e primeira capital do estado – e tem o objetivo de é apoiar o turismo, a cultura e a gastronomia da cidade, que alcança porte nacional e internacional.
O hotel representará mais uma importante iniciativa na área de Turismo Social, um dos principais pilares do Sesc. Dessa forma, investimento realizado na administração do Hotel Sesc Vila Boa vai além da hotelaria.
O hotel já recebe reserva de turistas, bastando clicar aqui.
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Saiu hoje os vencedores da edição 2023 do Prêmio Sesc de Literatura. “Outro outono de carne estranha”, do paraense Airton Souza, foi escolhido o melhor Romance; e “O ninho”, de autoria da pernambucana radicada em São Paulo Bethânia Pires Amaro, foi o selecionado da categoria Conto.
Os dois autores, estreantes nos gêneros em que foram premiados, terão o livro publicado pela Editora Record. Após o lançamento, eles fazem um circuito ao longo de todo um ano, pelas unidades do Sesc, em dezenas de cidades, e participam de outros eventos e feiras.
O Prêmio Sesc de Literatura completa 20 anos em 2023, sendo considerado um dos mais importantes e consagrados no reconhecimento de escritores estreantes. A origem dos vencedores de 2023 mostra mais uma vez o estímulo do Prêmio a novos talentos das mais diferentes regiões do Brasil. Os dois livros serão lançados em novembro pela editora Record, parceira do Prêmio Sesc desde a sua criação.
A história de “Outro outono de carne estranha” remonta os anos 1980, no final da ditadura, quando dois homens se encontram e se apaixonam em pleno garimpo de Serra Pelada, onde relacionamentos homoafetivos eram proibidos, segundo a lei não escrita local. A violência, a paixão, o amor, a intervenção do Estado e a busca desenfreada pelo ouro se interconectam na mesma paisagem árida, que inclui até o cabaré local, que foi inspirado na própria vivência do autor, Airton Souza. O escritor passou parte da infância em uma dessas casas de prostituição de propriedade de uma tia e do pai, um piauiense que se mudou para o Pará em busca da riqueza do metal. “A minha escrita é uma forma de pagar uma dívida afetiva e de retratar esse ambiente complexo que existiu no Brasil daquela época e que pode continuar a coexistir até hoje nos garimpos espalhados por essa imensa Amazônia”, relembra Airton.
Já os contos de “O ninho” dissecam as relações familiares sob a ótica feminina e buscam dessacralizar a casa como um lugar idílico e de segurança afetiva, “normalmente retratada assim nas postagens de famílias perfeitas das mídias sociais”, explica Bethânia Pires Amaro. Os contos vão se desenrolando para trazer à luz a disfuncionalidade do ‘lar’, em que o amor muitas vezes se mistura a dores e cicatrizes. “Queria mostrar a quem lê, e que muitas vezes vive distúrbios alimentares, abusos e racismo em solidão atrás de quatro paredes, que essa pessoa não está só”, descreve a autora, que viveu a infância no interior da Bahia e em Salvador, onde percorria sebos e bibliotecas para ler tudo o que encontrasse de interesse naquelas estantes.
Criado em 2003, o Prêmio Sesc recebeu, nesta edição, 1.495 inscrições, das quais 770 foram obras originais na categoria romance e 725 em conto. Joca Reiners Terron e Suzana Vargas foram os jurados da primeira categoria e Giovana Madalosso e Sérgio Rodrigues, da segunda.
Em sua 29ª edição, Dia do Desafio traz o tema “Muito Mais Que Um Dia!”, propondo a criação de legados que promovam um estilo de vida mais ativo
No dia 31 de maio, o Dia do Desafio chega à sua 29ª edição, sob o tema “Muito mais que um dia!”, indicando os novos desafios desta que é uma das mais importantes campanhas mundiais de incentivo à prática de esportes e atividades físicas e o consequente combate ao sedentarismo.
Criado pela TAFISA (The Association For International Sport for All), sob coordenação do Sesc SP no Continente Americano, com apoio institucional da ISCA (International Sport and Culture Association) e da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), o tradicional evento foi marcado até 2019 pela disputa amistosa entre as cidades, em busca da maior mobilização de pessoas praticando atividade física no dia. Desde as duas edições realizadas virtualmente durante a pandemia (2020 e 2021), a campanha tomou novos contornos e o engajamento por meio da competição mostrou não ser mais necessário, visto que todas as cidades e instituições participantes têm em suas agendas a realização de ações na última quarta-feira do mês de maio, independentemente do formato, pois buscam, por meio do Dia do Desafio, criar legados positivos e perenes que estimulem a prática de atividade física e esportiva em sua comunidade por meio da criação e implantação de projetos e políticas públicas.
O tema “Muito Mais Que Um Dia” propõe uma reflexão de uma prática de atividades físicas e esportes que extrapole o dia do evento, tornando-se algo presente na rotina das pessoas por todo o ano. Bem como, instiga organizações e instituições públicas e privadas a repensarem sua oferta de atividades para além da data, viabilizando a permanência e incentivando a criação de políticas públicas em prol desse tema.
“O Dia do Desafio não somente incentiva a prática de atividades físicas e fortalece relações entre cidades, instituições e pessoas, mas também dialoga com os valores institucionais e o desejo do Sesc de uma sociedade mais justa para todos”, afirma Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo. Ele acrescenta ainda que “como ferramenta, a campanha este ano visa sensibilizar gestores públicos e instituições a criarem metas factíveis em seus cenários e a desenvolverem projetos comunitários que utilizem a campanha como meio para o alcance de tais objetivos. Além disso, na data e para além dela, manter a ideia viva ao longo do ano permite a elaboração de novas propostas que contribuam com a comunidade em busca de territórios mais humanos, inclusivos e democráticos”.
Desafios – Ao longo do dia 31 de maio, as unidades do Sesc em todo o país, bem como instituições parceiras, disponibilizarão para o público de todas as idades uma variada programação, propondo ocupação de espaços de maneira acolhedora para vivências e práticas físico esportivas.
Dentro desta perspectiva, Carol Seixas, gerente da Gerência de Desenvolvimento Físico Esportivo do Sesc SP e da coordenação do Dia do Desafio no continente americano, destaca que “a 29ª edição do Dia do Desafio fortalece o compromisso entre todas as instituições promotoras do evento com os objetivos previstos para as próximas três edições, com destaque para ações que apresentem propostas de ressignificação de espaços voltados às pessoas, tornando assim as cidades mais humanas, acolhedoras e acessíveis a toda população”.
Carol Seixas enfatiza ainda que “serão ofertadas ao público em geral atividades diversificadas, cuidadosamente planejadas em todo o Continente Americano, intencionando a participação de pessoas com ou sem experiência, para que estas possam compreender os benefícios das atividades físicas, valorizando o autocuidado e um tempo de qualidade para si próprio no cotidiano”.
Você sabia que o Sesc já foi responsável por gerir algumas maternidades pelo Brasil? Ao longo de muitas décadas, a saúde de mães e bebês foi uma das principais preocupações no Brasil. Esse fato levou o Sesc a criar iniciativas para melhorar tal realidade, desde o início de sua atuação.
O objetivo era garantir que mães e seus filhos recebessem os cuidados necessários para terem uma vida saudável. Por isso, em 1949, o Sesc montou um plano de ação em que constavam programas como: Serviços Médicos, Proteção à Maternidade e Assistência à Infância.
Dentro dessa estratégia de apoio à maternidade, nos estados onde o Sesc não tinha uma estrutura própria, por meio de aquisições de insumos e parcerias, adquiria utensílios médico, contratava profissionais de saúde ou até mesmo subsidiava o atendimento dos comerciários em hospitais e clínicas particulares. Durante muito tempo, também, foi bastante comum o Sesc realizar partos na casa de comerciários.
Somente no ano de 1956, por exemplo, o Sesc registrou 364 partos realizados em residências de famílias associadas. Em 1957, mais de 12 mil crianças nasceram dentro dessa estrutura do Sesc.
Em julho de 1949, o Sesc inaugurou a Maternidade Carmela Dutra, no bairro do Lins, no Rio de Janeiro. Com apenas um ano de funcionamento, a unidade recebe o prêmio Caduceu, concedido pelo Departamento Nacional da Criança, por ser o Hospital mais eficiente no combate à mortalidade materna e perinatal.
Naquela época, o Rio era a capital do país. Uma outra maternidade foi inaugurada em outubro de 1952: a Maternidade Imaculada Conceição, em Niterói
O terceiro hospital do Sesc, especializado no atendimento de gestantes, seria a Maternidade João Daudt de Oliveira, que passou a funcionar em julho de 1957, em São Paulo. No relatório geral daquele ano, a maternidade é descrita como umas das mais modernas do estado.
Ainda segundo o documento, o Sesc havia realizado naquele ano mais de 12 mil partos, por meio de suas três maternidades, hospitais conveniados e atendimentos domiciliares.
A partir da década de 60, as atividades do Sesc no campo da Saúde passam a ter maior ênfase educativa e atividades como a Educação em Saúde se tornam a principal forma de atendimento às gestantes.
Assine a Petição
Por todo o país, milhares de pessoas foram as ruas nesta terça-feira (16/5) em apoio ao Sesc e ao Senac. As manifestações contra os artigos 11 e 12, inclusos no Projeto de Lei de Conversão (PLV) 09/2023, que prevê o desvio de 5% dos recursos das Instituições para a Embratur, ocorreu simultaneamente em todos os estados e no Distrito Federal. O protesto ganhou a adesão de artistas, atletas, políticos, formadores de opinião e da população de um modo geral, já tendo registrado mais de 780 mil assinaturas na petição pública contra a medida. Senadores já apresentaram 24 requerimentos, oito emendas supressivas e três destaques contra os dois artigos. No final da tarde, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, retirou a PLV da pauta de votação, marcada para 17 de maio.
“Essa manifestação ordeira é para combater essa possível retirada dos 5% dos nossos recursos. Nossa gestão é muito séria, por isso temos estes recursos tão cobiçados. Somos auditados pelo TCU e temos auditoria interna do Conselho Fiscal. Um olhar atento dos empresários, trabalhadores e do governo”, disse o Diretor-Geral do Departamento Nacional do Sesc, José Carlos Cirilo, que participou da manifestação na Cinelândia, no Rio de Janeiro.
A tentativa de desvio dos recursos do Sesc e Senac é inconstitucional e fere inúmeras decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinam seu caráter privado, visto que provêm de contribuições compulsórias dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo. Além disso, o argumento apontado pela Embratur sobe um superávit do Sesc e do Senac não condiz com a realidade, pois são verbas comprometidas com obras de manutenção ou ampliação da rede de unidades por todo o país. O orçamento de 2023 foi pactuado pelo Conselho Fiscal das Instituições, formado por sete entes, sendo quatro lideranças do governo federal, dois de entidades empresariais e um da classe trabalhadora. Os recursos foram empenhados para uso previamente determinado e de conhecimento de todos, inclusive do governo.
A aprovação dos artigos ocasionaria graves prejuízos de continuidade de serviços oferecidos ao público. Entre eles, o risco de encerramento das atividades das Instituições em mais de 100 cidades brasileiras, com possibilidade de desligamento de aproximadamente 3,6 mil empregados. Mais de R$ 260 milhões deixariam de ser investidos em atendimentos gratuitos, como exames clínicos e odontológicos. Na área de educação, 7,7 mil matrículas em educação básica seriam fechadas, bem como 31 mil em ensino profissionalizante. O Mesa Brasil Sesc, importante programa de segurança alimentar que garante alimentação a milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade e foi um serviço essencial na época da pandemia de Covid-19, poderia sofrer uma redução de 2,6 milhões de quilos de alimentos distribuídos.
A ameaça de corte de 5% nos recursos privados do Sesc e do Senac é um atraso para o Brasil. Os artigos 11 e 12 do Projeto de Lei de Conversão (PLV) nº 9/2023 impactam diretamente as ações sociais dessas instituições, que há mais de sete décadas promovem educação e qualidade de vida para os trabalhadores e suas famílias. A medida é inconstitucional, uma vez que o dinheiro das instituições é privado, proveniente da contribuição de empresas do comércio de bens, serviços e turismo, tendo destinação e regulamento próprios, além de plano de trabalho anual aprovado formalmente pelo governo federal. Desviar esses recursos pode causar graves prejuízos socioeconômicos para o Brasil, em curto e longo prazo.
É tirar oportunidade de formação e emprego para gerações inteiras de brasileiros. É comprometer a destinação de 2/3 da arrecadação do Senac à realização de cursos gratuitos. É tirar salas de aula de milhares de crianças, jovens e adultos, beneficiados com comprovado ensino de qualidade e excelência. É acabar com 31 mil vagas gratuitas de educação profissional e 7,7 mil da educação básica. É fechar 29 centros de formação profissional e 23 laboratórios de turismo do Senac. É deixar menos competitivo um país que, cada vez mais, precisa de força de trabalho capacitada e bem qualificada para dar conta dos desafios de um mundo em transformação.
É, ainda, impactar a alimentação de milhares de brasileiros atendidos pelo Mesa Brasil Sesc, reduzindo 2,6 milhões de quilos de alimentos distribuídos por ano. É retirar o acesso de milhares de mulheres em situação de vulnerabilidade e extrema pobreza aos exames de rastreamento de câncer de mama e colo de útero, com menos 2,6 mil exames clínicos. É afastar parte do povo brasileiro da possibilidade de acesso à própria cultura, é interromper a prestação de serviços de lazer, de desenvolvimento físico-esportivo e de turismo social em todos os estados. É fechar unidades do Sesc e do Senac em mais de 100 cidades. É cortar mais de 3,6 mil postos de trabalho.
Já o Sesc, com seu trabalho de Turismo Social, promove passeios, excursões e viagens para mais pessoas, movimentando o comércio de locais que têm potencialidades e gerando renda para quem mora nas regiões que recebem os turistas. Além disso, o Sesc dispõe de uma ampla rede de hotéis e leva visitantes às mais diversas regiões do país, alavancando a economia, ajudando a gerar empregos diretos e indiretos em diversas cidades. As instituições mantêm parcerias com empresas e com o setor público e estão presentes em representações da esfera federal, como conselhos e comissões nas áreas que atuam. Discutem políticas públicas e ações afirmativas. Seus orçamentos são elaborados e aprovados por conselhos regionais e nacionais, formados por representantes dos empresários, trabalhadores e governos.
E não se trata apenas de discutir a destinação de um percentual da arrecadação a qualquer outra finalidade, por mais relevante que seja, mas de observar a absoluta inobservância aos princípios de razoabilidade, imparcialidade e respeito à iniciativa privada – requisito fundamental dos grandes marcos civilizatórios deste país. Essa tentativa arbitrária de corte fere gravemente princípios republicanos. Além disso, trata com mediocridade o trabalho de cerca de 70 mil trabalhadores e desmoraliza os mais de 70 anos de atuação em favor de toda a cadeia produtiva do comércio de bens, serviços e turismo no Brasil. Repudiamos a proposta e confiamos na responsabilidade do Congresso Nacional para a promoção da cidadania e da transformação social no país. O nosso compromisso é com o desenvolvimento socioeconômico do Brasil e uma sociedade melhor.
Artigo publicado originalmente no jornal Correio Braziliense, em 11 de maio de 2023.