Depois de passar por Londres, Paris e Nova Iorque, o Sesc Pompeia, em São Paulo, recebe a nova exposição de Sebastião Salgado. “Amazônia”, que ficará em cartaz até 10 de julho. A mostra nos convida a refletir sobre o futuro da biodiversidade nacional e a importância histórica e urgente de preservar esse ecossistema e a população indígena.
Ao todo, 200 imagens, a maioria inédita ao público, são apresentadas e representam sete anos de expedições pela região Norte do Brasil, onde Salgado registrou a convivência com as algumas comunidades indígenas e também explorou a densidade fotográfica de florestas, rios e montanhas.
A exposição é gratuita, mas para ingressar é necessário apresentar comprovante de vacinação contra Covid-19 (físico ou digital) e um documento com foto.
Nascido em Minas Gerais em 1944, Sebastião Salgado tornou-se um dos maiores nomes da fotografia mundial por conta do teor social e humanitário de seus trabalhos.
Mais informações: https://www.sescsp.org.br/programacao/amazonia-sebastiao-salgado/
Intitulada “Sonhos”, a produção apresenta relatos de participantes do projeto
Diante da pandemia da Covid-19, pensando na saúde e no bem-estar dos idosos, as atividades do Trabalho Social com Idosos (TSI) do Sesc passaram a acontecer de forma online. Para mostrar como foi essa transição, o Sesc Campinas, em São Paulo, reuniu relatos de participantes que atuaram junto com os grupos durante as ações e produziu a série “Sonhos”. Disponível no Youtube, os episódios apresentam pontos de vista dos idosos sobre esperança, renovação, experiências, desafios, afeto e comunidade. Confira:
Sobre o TSI
Presente em todo o Brasil, o Trabalho Social com Idosos (TSI) faz parte das ações de Assistência do Sesc há mais de 50 anos. Com foco no protagonismo e na potencialidade da pessoa idosa, o TSI transforma o cotidiano dos participantes com atividades de integração que promovem bem-estar, qualidade de vida, lazer, aprendizado, saúde e muito mais.
Houve um tempo em que as mulheres usavam pseudônimos para conseguirem publicar livros, pois seu papel na sociedade deveria ser restrito ao lar. A escritora inglesa Jane Austen é um exemplo, tendo publicado seus romances sem revelar sua real identidade. Mas isso é coisa do passado! O público feminino é cada vez mais presente no universo literário. O Prêmio Sesc de Literatura já revelou em sua trajetória oito autoras em suas categorias Conto e Romance.
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Conheça um pouco mais sobre esses talentos:
Juliana Leite venceu a categoria Romance no ano de 2018. Nascida na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, a escritora é graduada em Comunicação Social e Mestre em Literatura Comparada pela UERJ. “Entre as mãos”, sua obra selecionada, também foi vencedora no Prêmio APCA no mesmo ano e ganhou uma versão em francês, publicada pela Éditions de l’Aube. A narrativa acompanha uma tecelã, que depois de passar por um trágico acidente, precisa retomar a vida, reaprender a falar e lidar com suas dolorosas cicatrizes, externas e internas. Com personagens e tempos narrativos diferentes, o elogiado romance trata de temáticas como sobrevivência, ancestralidade, amor e mistério.
Em 2015, Marta Barcellos foi contemplada na categoria de conto. Formada pela UFRJ e Mestre em Literatura pela PUC-RJ, a jornalista trabalhou no O Globo, Gazeta Mercantil e Valor Econômico. “Antes que seque” traz contos sobre a classe média alta, a promessa de felicidade inalcançável por padrões de consumo e aparências, a urgência e o mal-estar da sociedade. No livro, 12 mulheres enfrentam o desafio de não poder engravidar e corresponder a figura materna idealizada. A obra também foi vencedora do Prêmio Clarice Lispector da Biblioteca Nacional em 2016.
Já a categoria de romance de 2015 foi ocupada por Sheyla Smanioto. A escritora é formada em Estudos Literários e Mestre em Teoria e História Literária na UNICAMP. Com vozes, sonhos e fotografias imaginadas, sua obra “Desesterro” conta a história de uma menina sem nome e uma avó cansada em uma cidade marcada pela fome e pela pobreza. A escrita faz o leitor ter a sensação de transitar entre realidade e sonho ao longo das páginas.
No ano de 2014, o romance contemplado foi “Enquanto Deus não está olhando” de Débora Ferraz, jornalista pernambucana formada pela UFPE. Sua obra também foi vencedora do Prêmio São Paulo de Literatura no ano seguinte. No enredo, conhecemos Érica, uma artista plástica em busca de seu pai, que fugiu do hospital onde estava internado. O livro traz como tema principal o ínfimo de segundo que pode transformar completamente a trajetória de uma pessoa, chamado pela autora de “instante modificador”, e aborda a relação entre pai e filha, a perda e a insegurança da transição da juventude para a vida adulta.
Luisa Geisler venceu categorias diferentes nas edições de 2011 e 2012. Com formação pela UFRGS, a escritora e tradutora foi apontada pela revista britânica Granta em 2012 como uma
das melhores autoras brasileiras com menos de 40 anos. Em 2011, foi selecionada na categoria Conto com a coletânea“Contos de mentira”, que traz personagens solitários presos em trânsitos, suspensos entre um fato e outro, um gesto e outro. Em 2012, foi a vez do romance “Quiçá”. A narrativa acompanha as perspectivas dos primos Clarissa e Arthur, de 11 e 18 anos, respectivamente, e o medo da solidão e do esquecimento em meio a uma sociedade globalizada. A obra aborda relações familiares, conflitos geracionais e relações interpessoais desgastadas.
No ano de 2010, Gabriela Gazzinelli foi selecionada com o romance “Prosa de Papagaio”. A mineira tem mestrado em Filosofia pela UFMG e Diplomacia pelo IRBr. Sua obra apresenta a história de uma família contada por seu papagaio, chamado de Louro. O pássaro narra pequenos episódios cotidianos misturados com suas ideias filosóficas e literárias, revelando as fragilidades e os anseios dos personagens. Louro observa e fala de um mundo no qual participa, mas não necessariamente pertence e gera reflexões sobre alteridade e críticas à natureza dos seres humanos.
Em 2006, Lúcia Bittencourt venceu a categoria Conto com “A secretária de Borges”. A carioca é doutora em Literatura Comparada pela UFF e já venceu os prêmios José Guimarães e Osman Lins, além do prêmio de ensaios da Academia Brasileira de Letras. Sua obra selecionada no Prêmio Sesctraz tramas com situações drásticas de mudanças de vida de diferentes personagens.
A edição de 2005 do Prêmio Sesc de Literatura, revelou a escritorapaulistana Eugenia Zerbini, doutora em Direito pela USP. Seu romance “As netas de Ema” faz referência à Emma Bovary, a magistral personagem de Gustave Flaubert, uma mulher que se perdeu da realidade por se apegar insanamente a um sonho. Na obra de Zerbini, a personagem se vê diante da possibilidade de morrer e, a partir de então, reflete sobre a vida e a situação das mulheres de sua geração.
As inscrições para o Prêmio Sesc de Literatura 2022 estão abertas até o dia 11 de fevereiro. Inscreva-se em: www.sesc.com.br/premiosesc
Série conta história de um dos maiores bandolinistas do país
No último mês de dezembro (21) o Sesc Pompeia, em São Paulo, lançou a websérie documental Sonoridades – “Izaías e a Memória Viva do Choro”. São seis episódios que mostram a trajetória de um dos maiores bandolinistas do país, contadas por ele mesmo aos 84 anos. Izaías Bueno de Almeida líder do “Izaías e Seus Chorões”, o mais antigo grupo de choro em atividade em São Paulo, relembra histórias da sua vida pessoal, como sua infância no bairro Peruche, e da sua carreira artística de sete décadas, além de mostrar composições atuais. A websérie é recheada de música boa e encontros memoráveis da história de um dos gêneros brasileiros mais originais. Os seis episódios estão disponíveis no Canal do Youtube do Sesc Pompeia.
Uma obra criada a partir do projeto Arte da Palavra foi instrumento de aproximação entre brasileiros e uruguaios e inspirou crianças que crescem no ambiente de fronteira. O livro Os dois lados da ponte – Portunhol, por supuesto que sim! foi utilizado por alunos da Escola 113, de Rivera, no Uruguai, como base para um trabalho sobre o portunhol, dialeto que mistura o português e o espanhol.
A coletânea de contos, crônicas e poesias em portunhol foi escrita por um grupo de nove participantes da Oficina de Criação Literária Teoria & Prática do Portunhol Selvagem, realizada na unidade de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, com o pesquisador e escritor Douglas Diegues. A iniciativa de trabalhar o tema em sala de aula foi da professora Leticia de Oliveira Nunez, que entrou em contato com o Sesc para saber sobre a obra e adquirir exemplares.
Os dois lados da ponte – Portunhol, por supuesto que sim! foi lançado em 2018. Idealizado por Dagoberto Bihalba, ele contou com a participação de Alexandre Pujol de Moura, Ana Lucia Valensuela Naimaier, Cezar Brites, Cláudia Adriana Naziazeno da Silva, Iza Alves da Silva, Laura Antunes de Souza, Marcia Cristina da Rosa Martins e Taiany R.T. Oliveira, todos moradores de Uruguaiana. O Portunhol é bastante comum na fronteira do Brasil com outros países do Mercosul. Douglas Diegues estuda o Portunhol Selvagem no Mato Grosso, onde os dois idiomas se misturam ao Guarani.
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