O Festival Pautas Sociais reunirá, no Polo Sociocultural Sesc Paraty, lideranças comunitárias de 18 estados e do Distrito Federal para um debate sobre a importância do trabalho de cuidado para as comunidades e o bem-estar de seus integrantes. O evento, realizado entre 27 e 29 de novembro com o tema “Cuidado nas comunidades tradicionais”, tem participação exclusiva de mulheres, que apresentarão as dinâmicas de seus territórios sob a perspectiva feminina.
O Pautas Sociais é um projeto construído a partir da troca com as comunidades e proporciona a circulação de tecnologias sociais e saberes por meio da abordagem de temas contemporâneos, que impactam nas relações sociais. Esse ano, o festival traz o recorte de gênero como forma de reconhecer a atuação majoritária feminina na questão do cuidado e seus impactos no dia a dia das comunidades. “O cuidado é um trabalho humano de natureza individual e coletiva, voltado para manter, desenvolver e recuperar a vida e o bem-estar das pessoas. No Festival Pautas Sociais 2025, aprofundaremos o diálogo em torno dessa questão pelas mãos das mulheres das comunidades tradicionais, que mantêm a responsabilidade de guardar as experiências e transmitir esses saberes”, explicou a Gerente de Assistência do Departamento Nacional do Sesc, Cláudia Roseno.
O público também poderá conhecer na prática uma mostra do trabalho desenvolvido pelas representantes comunitárias. No sábado, 29/11, a unidade Sesc Paraty, no Largo de Santa Rita, dará espaço a Tenda do Cuidado. Serão oferecidos gratuitamente diversos serviços e atividades, como exposição de artesanato regional, oficinas, vivências, exibição de documentários, roda de dança e recital de poesia, entre outros.
10h | Abertura
10h30 | Roda de conversa “Cuidado nas Comunidades Tradicionais”, com o fundador da Escola Aberta do Cuidado **Rodrigo Carancho**, a pesquisadora **Thamires Ribeiro** e a comunicadora popular **Isis Ayres**.
14h | Roda de conversa “Cuidado e saberes”, com lideranças comunitárias – mediação de **Rodrigo Carancho**
10h às 17h | Expositores – **Alagoas, Amazonas, Bahia, Maranhão, Polo Socioambiental Sesc Pantanal, Piauí, Santa Catarina, Tocantins**.
10h | Massagem com algas – **Aparecida Ayres** – Polo Sociocultural Sesc Paraty
10h e 14h | Exibição dos documentários “Marisqueiras Vidas no Mangue” (ES) e “Olhar das Canárias em memórias e poemas” (PI), seguido de roda de conversa
11h e 14h | Recital de poesia itinerante – SE
15h | Roda de Dança – MS
17h30 às 18h30 | Roda de Fechamento
19h | Contação de Histórias: “Chamas das Histórias”.
9h | Brincando e aprendendo a respeitar as diferenças – MG
10h | O Corpo como Espaço, Lugar, Território (Escalda pés) | **Cyntia Matos**, Casa do Cuidado – RJ
11h | Caboclinho, ancestralidade e ritual no corpo contemporâneo – PE
14h | Folhas e Frutas Secas do Cerrado – DF
14h30 | Tecendo o Bem Vivir: Abayomis do Cuidado – PR
15h30 | Inventário Pessoal do Cuidado – **Rodrigo Carancho**
O Sesc Mesa Brasil participou, no dia 11 de novembro, do painel “Da Fome ao Clima: O Papel dos Bancos de Alimentos na Redução do Desperdício e seus Impactos na Ação Climática Sustentável”, na Green Zone da COP30, levando ao maior evento global sobre sustentabilidade a experiência acumulada ao longo de três décadas de atuação no combate à fome e ao desperdício de alimentos. Isso reforçou o papel estratégico do programa na promoção da segurança alimentar e na articulação de redes solidárias.
A presença do Sesc no Pará na COP30 foi celebrada como um marco institucional, que reafirma o compromisso da entidade com a transformação social e a construção de um futuro mais justo e sustentável.
“Foi um momento histórico para gente estar aqui dentro. O Sesc Mesa Brasil é um projeto nacional, mas hoje ele estava aqui a partir do Regional Pará. É um sentimento realmente de missão cumprida, né? Uma entrega social inigualável do Sistema Comércio. A gente se emociona muito quando a gente entende e percebe que o que a gente está fazendo no nosso dia a dia, colhendo e entregando alimento para crianças, adolescentes e idosos, garantindo segurança alimentar. Nós, realmente, quando cuidamos de pessoas, a gente também está cuidando do planeta”, destacou Heloiva Tavora, Diretora Regional do Sesc no Pará, ao comentar a importância de levar a experiência regional para um espaço de diálogo internacional como a COP30.
Ana Catalina Suárez Peña, Diretora Sênior de Estratégia e Inovação da The Global FoodBanking Network destacou o desafio da capilaridade do Sesc Mesa Brasil, sendo um banco de alimentos privado que consegue atingir todos os estados. “A ação dos bancos é sim um dos grandes vetores para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e combater a fome”.
Durante o painel, foram apresentados os resultados e desafios enfrentados pelo Sesc Mesa Brasil no país e no estado do Pará, com destaque para a mobilização de parceiros e o fortalecimento de ações educativas voltadas à alimentação saudável e ao aproveitamento integral dos alimentos.
A atuação do programa está diretamente alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, especialmente o ODS 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável), o ODS 12 (Consumo e Produção Responsáveis) e o ODS 17 (Parcerias e Meios de Implementação). A rede da qual o Sesc Mesa Brasil participa corresponde a 40% dos bancos de alimentos no Brasil, com um fluxo ágil que coleta e entrega alimentos para quem mais precisa. “É importante estarmos conectados e, nesses dias de COP, buscarmos soluções e estratégias. Não fazemos isso sozinhos”, declarou Claudia Roseno, Gerente de Assistência do Departamento Nacional do Sesc que participou do painel.
Antigamente, as discussões sobre mudanças climáticas raramente consideravam a questão dos alimentos. Hoje, esses temas estão diretamente interligados: qualquer alteração no clima impacta a agricultura, a produção e a distribuição de alimentos, criando desigualdades, onde algumas regiões têm abundância de comida enquanto outras enfrentam escassez ou altos custos. “As pessoas e as instituições vão percebendo o seu papel nesse processo. Pensando no Sesc Mesa Brasil, que combate o desperdício, esse processo já é um alto entendimento de otimização de recurso, já é um entendimento de economicidade, de sustentabilidade nos seus três mais consistentes pilares. A concepção do Mesa Brasil se dá sobre essa base, sobre esse entendimento de que há fome e há desperdício. E nós trabalhamos para que a gente consiga vencer essa crise e que a gente, de fato, contribua, cada um dentro da sua missão, do seu fazer, para que a gente diminua o impacto que a gente gera. É a evolução desse processo”, afirmou Janaína Pochapski, Assessora de Sustentabilidade do Departamento Nacional do Sesc ao destacar o papel do Sesc enquanto empresa e como agente de cidadania e inclusão.
Ao levar o nome do Sesc Mesa Brasil à COP30, o Sesc no Pará contribuiu para ampliar o reconhecimento de práticas sociais que fazem a diferença na vida de milhares de pessoas, conectando solidariedade, educação e sustentabilidade em uma mesma trajetória.
O Sesc Mesa Brasil chega a quem mais precisa, não somente entregando os alimentos, mas ensinando a aproveitá-los ao máximo. Graziela Barros Barbosa, Coordenadora Administrativa do Lar de Maria, associação beneficiada em Belém, se emocionou ao afirmar que “o banco de alimentos é fundamental. Combatemos também o desperdício, evitando que alimentos vão para o lixo e para os aterros sanitários. Essas ações educativas chegam às crianças e reverberam nas famílias. É incrível como o Sesc Mesa Brasil transforma vidas”.
O debate encerrou-se com o entendimento amplo e que não é possível falar de um mundo com justiça social quando alimentos em boa qualidade continuam indo para o lixo enquanto pessoas passam fome. “Cuidar das pessoas é também cuidar do planeta. Não há ação climática sem cuidar das pessoas. Que esse encontro inspire políticas públicas e parcerias para um mundo aonde nenhum alimento vá para o lixo e ninguém passe fome”, finalizou a Carmen Lúcia Cabral, coordenadora do Sesc Mesa Brasil no Pará.
Diante da devastação sem precedentes que atingiu o município de Rio Bonito do Iguaçu, na última sexta-feira (7), o Sesc no Paraná, por meio do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, mobiliza a comunidade a se unir em solidariedade às famílias impactadas. De acordo com o relatório mais recente da Defesa Civil, 14,6 mil pessoas foram afetadas diretamente, com 672 casas danificadas.
Como forma de apoio imediato, todas as unidades do Sesc no Paraná serão centros de arrecadação de doações de alimentos não perecíveis, água potável, itens de higiene pessoal, de limpeza, lenços umedecidos, absorventes e fraldas descartáveis. O Sesc Mesa Brasil no estado mobilizou suas equipes para recebimento das doações, triagem, armazenamento e encaminhamento dos donativos à cidade atingida.
Além disso, para facilitar as doações e garantir que os recursos cheguem diretamente a quem precisa, a entidade criou uma chave PIX exclusiva: ajude.riobonitodoiguacu@sescpr.com.br. As doações serão destinadas para a compra de suprimentos essenciais para ajudar na reconstrução da cidade. Para mais informações sobre pontos de coleta e sobre como participar, entre em contato com a unidade Sesc mais próxima ou acesse o site oficial do Sesc no Paraná.
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No mês em que se comemora o Dia Mundial da Pessoa Idosa, o Sesc promove, em suas unidades por todo o País, diversas atividades voltadas ao público 60+ por meio do Trabalho Social com Pessoas Idosas (TSPI).
Criado em 1963, com base na constatação do isolamento e da exclusão da pessoa idosa, o programa tem como foco o protagonismo desse público, com fomento de proporcionar um envelhecimento ativo e saudável.
O primeiro grupo foi na unidade Sesc Carmo, em São Paulo, onde aposentados do comércio se reuniram no restaurante para discutir suas necessidades e desejos. Com o passar do tempo, foram desenvolvidas outras atividades, envolvendo saúde, lazer, esporte e educação, tais como rodas de conversas, apresentações e vivências em variadas linguagens artísticas, práticas esportivas adaptadas, grupos com vivência intergeracionais, entre outras.
O TSPI preconiza o envelhecimento ativo em todas as suas dimensões, dando destaque a socialização, a valorização da autoestima, a reconstrução da autoimagem e possibilitando a autonomia e o exercício da cidadania através das atividades realizadas em grupos de convivência.
Atualmente, o TSPI acompanha idosos em todos os Estados e no Distrito Federal, atendendo 52 mil pessoas em 1,4 mil grupos de convivência.
Com mais de 1 mil participantes, evento trouxe reflexão sobre longevidade e contou com palestra do renomado geriatra Emílio Moriguchi
Um envelhecimento mais ativo, com qualidade e autonomia é possível. Para discutir esse tema, o Sesc promoveu nos dias 9, 10 e 11 de junho o 4º Encontro Nacional de Pessoas Idosas do Sesc. O evento contou com programação variada, incluindo a palestra ‘Jornada da longevidade: a busca por uma vida mais longa, plena e feliz’, ministrada pelo médico geriatra e pesquisador Emílio Moriguchi. Realizada em Bento Gonçalves (RS), a ação reuniu mais de 1 mil integrantes do Trabalho Social com Pessoas Idosas (TSPI) no estado. O evento foi transmitido para participantes do TSPI de outros estados e pôde ser acompanhado por outras pessoas canal do Sesc RS no YouTube.
Segundo o Censo 2022 do IBGE, o número de pessoas com 65 anos ou mais aumentou 57,4% em 12 anos. Em estados como o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro, a população com 60 anos ou mais já supera a de crianças de 0 a 14 anos, evidenciando grande transformação demográfica.
Para a Diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc, Janaina Cunha, abrir o encontro para a sociedade, por meio da transmissão on-line, foi importante para conscientizar todos sobre o processo de envelhecimento, mostrando que é possível ter qualidade de vida em qualquer faixa etária.
“É um convite para que olhem para a longevidade como uma época da vida em que se pode viver com autonomia, protagonismo e saúde física, mental e social. O projeto do Sesc voltado para pessoas idosas trabalha justamente isso. É nossa forma de contribuir para uma sociedade mais inclusiva, que valoriza e acolhe quem está nessa etapa da vida”, destaca Janaina.
Os dois primeiros dias de evento contaram com oficinas, atividades culturais e vivências para quem esteve presencialmente no evento, com dança circular, hip hop, ginástica cerebral e oficinas de tecnologia, além de passeios culturais como Maria Fumaça e a visita à Epopeia Italiana.
Já o último dia (11) trouxe palestra com Emílio Moriguchi, doutor pela Tokai University School of Medicine, no Japão, reconhecido internacionalmente por sua contribuição aos estudos sobre envelhecimento saudável, e o debate “Ninguém Envelhece Sozinho”, com Ivanir Agenta (presidente do Conselho Estadual da Pessoa Idosa do RS), Suzimar Delaroli (analista do Trabalho Social com Pessoas Idosas no Departamento Nacional do Sesc), Mara Fontanari (representante da sociedade civil e professora aposentada) e mediação de Michele Silveira (coordenadora do Trabalho Social com Pessoas Idosas no Sesc RS). Um show de talentos encerrou – com muita emoção – o encontro, com dança, poesia e muita música.
O Trabalho Social com Pessoas Idosas
O Sesc, vetor de desenvolvimento social da CNC para o Sistema Comércio, tem um trabalho de referência e consolidado, há mais de 6 décadas, voltado às pessoas com mais de 60 anos. O Trabalho Social com Pessoas Idosas (TSPI) é um dos maiores programas do país dedicados a esse público. Criado com o objetivo de fortalecer o papel social, protagonismo e a autonomia dessa população, o programa promove atividades educativas, culturais, físicas e intergeracionais, incentivando a participação ativa na sociedade e a troca de experiências entre diferentes gerações.
Presente em todo o Brasil, o Sesc é uma instituição mantida pelos empresários do comércio de bens, serviços e turismo. Seu compromisso é com a promoção do bem-estar e da qualidade de vida dos trabalhadores do setor e de suas famílias, por meio de ações nas áreas de educação, saúde, cultura, lazer e assistência.
No Brasil, a expectativa de vida tem aumentado e a população com 50 anos ou mais representa uma parcela cada vez mais ativa e interessada em novas experiências. Esse público busca oportunidades para continuar aprendendo, se reinventar profissionalmente e manter uma vida social e intelectual dinâmica. Atento a essa realidade, o Sesc lança o projeto Universidade 50+, um programa de cursos livres voltado para quem deseja ampliar seus conhecimentos, retomar estudos, fortalecer sua autonomia e se preparar para novos desafios.
Com foco na educação para a longevidade, é uma iniciativa de aprendizagem não formal, em formato de curso livre que tem como objetivo promover a educação para a longevidade voltado as pessoas a partir dos 50 anos, como um espaço interdisciplinar de aprendizado inclusivo, sem exigência de pré-requisitos formais. O projeto, que já vinha sendo realizado em Pernambuco desde 2014 e, em 2024, chegou a Maranhão, Roraima e Rio Grande do Sul. Em 2025, ganha abrangência nacional e será ofertado também em Minas Gerais, Mato Grosso, Pará e Sergipe, com previsão de expansão para outros estados.
Diferente do ensino tradicional, a Universidade 50+ adota metodologias ativas, que integram teoria e prática e incentivam o protagonismo dos participantes. O programa é estruturado em quatro eixos principais: Envelhecimento sob nova perspectiva, promovendo reflexões sobre essa fase da vida e desconstruindo estereótipos; Bem-estar, Saúde e Qualidade de Vida, promoção da saúde integral e estratégias de melhoria do bem-estar físico e mental; Educação financeira, capacitando para a gestão consciente e responsável de seus recursos pessoais; e Letramento digital, capacitando os participantes no uso de tecnologias para maior conectividade e independência.
“Vivemos um momento em que a longevidade precisa ser vista como oportunidade, não como limitação. Muitas pessoas com mais de 50 anos, como eu, têm interesse em seguir aprendendo, explorando novas áreas e se adaptando às transformações do mundo. A Universidade 50+ foi criada para acolher essas demandas e incentivar um envelhecimento mais ativo e participativo”, afirma Janaina Cunha, Diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc.
A ação se soma às diversas iniciativas do Sesc voltadas para a longevidade e o envelhecimento ativo. Mais do que um espaço de aprendizado, a Universidade 50+ fortalece a construção de uma rede de apoio e troca de experiências, estimulando a valorização da longevidade. Ao final do processo, os alunos recebem um certificado de participação, reconhecendo sua dedicação ao conhecimento contínuo. As inscrições podem ser realizadas nas unidades participantes de cada estado.
A Diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional, Janaina Cunha, destaca a importância da participação da instituição no encontro:
“No evento, discutimos estratégias fundamentais à promoção da segurança alimentar. Com 97 bancos de alimentos em todo o país, e inúmeras ações, como distribuição de cestas básicas a populações vulneráveis, atendimento emergencial durante catástrofes climáticas e reforço nutricional no café da manhã das crianças, o Sesc é uma referência internacional na arrecadação e doação de alimentos. Assim, temos assento junto a steakholders de 17 países como Colômbia, México, Chile, Argentina e Honduras, nesta que está sendo uma das mais importantes reuniões de lideranças de bancos de alimentos da América Latina deste ano”
No Brasil, onde a fome e o desperdício de alimentos seguem como desafios persistentes, o Sesc Mesa Brasil alcançou em 2024 um recorde histórico. Em seu aniversário de 30 anos, o programa ultrapassou a marca de 57 milhões de quilos de alimentos e outros itens distribuídos apenas no último ano. Desde sua criação, o Sesc Mesa Brasil já doou mais de 810 milhões de quilos. Os números traduzem um esforço coletivo que envolve milhares de pessoas, empresas e instituições mobilizadas para garantir que insumos que seriam desperdiçados – ou até mesmo outros produtos – cheguem a quem precisa.
Uma iniciativa do Sesc que nasceu do empresariado do comércio
O Sesc Mesa Brasil é parte de uma rede que começou a ser estruturada há quase 80 anos, quando os empresários do comércio de bens, serviços e turismo criaram o Sesc com a proposta de oferecer serviços sociais aos trabalhadores do setor. A segurança alimentar logo se tornou um dos focos, e, em 1994, o Sesc Mesa Brasil surgiu como uma ação pioneira para conectar o excedente de produção de empresas com instituições que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade. Desde então, a iniciativa se expandiu e hoje conta com 100 unidades ativas em 743 municípios.
Para José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, a criação do programa foi um marco. “Para nós do Sistema CNC-Sesc-Senac, é uma honra poder contar com as empresas que doam insumos para o Sesc Mesa Brasil. Essa rede de solidariedade que existe há 30 anos já distribuiu mais de 810 milhões de quilos de alimentos desde que foi criada. Todo o trabalho que realizamos resulta do investimento dos empresários do setor do comércio de bens, serviços e turismo. Estamos todos comprometidos com a missão de combater a insegurança alimentar no Brasil. Dessa forma, construímos uma sociedade mais igualitária e melhor”, afirma.
Uma rede de empresas doadoras
O crescimento do programa ao longo dos anos só foi possível por conta da ampliação da rede de parceiros, que inclui supermercados, indústrias alimentícias, produtores rurais e outras empresas de diferentes setores. Atualmente, cerca de 3.360 parceiros doam regularmente para o programa. Esses produtos chegam a 7.345 instituições sociais, beneficiando 2,3 milhões de pessoas mensalmente.
Para muitas dessas empresas, a parceria com o programa também resolve um problema logístico. Pequenos produtores, por exemplo, enfrentam dificuldades para transportar alimentos que não podem mais comercializar, e o Mesa viabiliza esse processo. “O agricultor não é contra doar. Mas, muitas vezes, não tem como. O Sesc Mesa Brasil faz essa ponte e garante que os produtos cheguem a quem precisa”, explica Lorena Schuenck, gerente-geral da APROSOL (Associação dos Pequenos Produtores Rurais da comunidade de São Lorenço), que é doadora rotineira do programa.
Muito além da doação
O combate à insegurança alimentar não passa apenas por garantir acesso a alimentos, mas também por educar sobre o aproveitamento e a qualidade da alimentação. No último ano, foram 12.428 ações educativas promovidas, com 133.618 participantes aprendendo sobre nutrição, aproveitamento integral dos alimentos, gestão de recursos e sustentabilidade.
“Por meio do Sesc Mesa Brasil, as famílias e os colaboradores começam a compreender que a semente, a casca da banana, da melancia, pode sim se tornar refeição. Quantos produtos que seriam descartados vão para a mesa!”, celebra Daniela Simões Menezes, supervisora do Lar Fabiano de Cristo Casa Eugência, uma das instituições beneficiadas.
Além das atividades regulares, o programa também atua em situações emergenciais, garantindo a distribuição rápida de alimentos e produtos essenciais em momentos de crise, como desastres naturais. Durante a pandemia de Covid-19, por exemplo, foram intensificadas suas ações, contando com a mobilização de diversos artistas que promoveram lives e campanhas para arrecadação de recursos e alimentos. Já em 2024, durante as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, o programa novamente se destacou, com realização de mobilizações nacionais, unidades de todo o país como pontos de coleta, além de acolhimento e ampliação do atendimento às pessoas no estado.
Solidariedade em números
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Encontro de The Global FoodBanking Network contou com apresentação sobre o Sesc, visita a banco de alimentos e a creche atendida pelo programa de combate à fome