Rodas de conversas, shows poéticos, oficinas, contação de histórias, performances, intervenções artísticas e exposição compõem a programação do Sesc na Festa Literária Internacional de Paraty, de 31 de julho e 3 de agosto. Com um conteúdo que contempla múltiplas formas de literatura e diálogos com os mais diversos territórios, o Sesc leva escritores, artistas e personalidades de todas as regiões do país – desde nomes já conhecidos pelo grande público a talentos da própria cidade ou residentes, como o poeta Flávio de Araújo e a artista visual Aline Brant. As atividades acontecem em três espaços no Centro Histórico de Paraty. A programação é gratuita.
Doe alimentos e transforme esperança em realidade.
Durante a Flip, o Sesc Mesa Brasil recebe doações de alimentos não perecíveis (dentro do prazo de validade) no Sesc Santa Rita, todos os dias, das 10h às 21h.
EXPOSIÇÃO
10h às 21h
BiblioSesc 20 anos
PERFORMANCE
10h
O que cabe na mala?, com Bruno Pegô
PARA INFÂNCIAS
10h30
Contação de histórias “Contos do Chaveiroeiro”, com Mafuane Oliveira
CAFÉ LITERÁRIO
11h
Pluralidades editoriais e a criação literária, com Sony Ferseck e Aline Cardoso. Mediação: Priscila Branco
OFICINA
14h
Bordado | Fio Verso: memória em ponto poético, com Aline Bagre
15h
Poesia hoje, com Leila Míccolis e Bruna Mitrano. Mediação: Priscila Branco
17h
Poéticas do contemporâneo, com Lívia Natália e Angélica Freitas. Mediação: Diogo Borges
INTERVENÇÃO
18h
Literatura de cordel: viva nosso patrimônio imaterial, com Cordel Cantante e Teodoras do Cordel
19h
A quem pertencem minhas palavras?, com Francis Mary e Valeska Torres. Mediação: Tiago Marchesano
Retire um poema, com Yassu Noguchi
Mediação de leitura | É pra ler ou pra brincar?, com Cia Doispralá Doispracá
MESA
Leitura fora da página: jogo, gesto e descoberta, com Carolina Sanches e Eliza Morenno. Mediação: Diogo Borges
VIVÊNCIA
12h
Palavras mágicas: uma vivência ludopoética, com Marcos Marsuwell e Heloisa Regina Souza
16h
Crescer em tempos de tela: riscos, desafios e soluções, com Daniel Becker e Gandhy Piorski. Mediação: Rafaela Medina
Encurtando distâncias entre o livro e o leitor, com Adriana Ferrari e Catia Lindemann. Mediação: Iara Souto
20h
Ciclo Paquetá de debates | Outros mundos possíveis, com Geni Núñez e Tiganá Santana. Mediação: Moisés Nascimento
10h e 14h
Haicai na mão, com Claudia Ribeiro
Óleos essenciais para a mente e as emoções, com Beatriz Yoshimura
Observação de aves e conservação da natureza, com Tetê Espíndola e Fabio Schunck. Mediação: Gustavo Faria
Costa Norte do Brasil: belezas e desafios, com Fernando Gabeira e João Farkas. Mediação: Maria Zulmira de Souza
19h30
Com a palavra, as pretas: narrativas de mulheres negras, com Lilia Guerra e Mônica Mendes Gonçalves. Mediação: Fernanda Sousa
Da poesia à cena: a poesia falada como mecanismo de criação cênica para rua e outros espaços, com Ralph Duccini
Mediação de leitura: afetos e transformação, com Ana Carolina Silva e Volnei Canônica. Mediação: Elisabete Veras
Lambes, com Aline Cardoso
Narrativas visuais para todas as idades, com Paty Wolff e Roger Mello. Mediação: Diogo Borges
Maré de memórias: território e imaginação na literatura para infâncias, com Laura Damasceno, Bené Pinho e Flávio de Araújo. Mediação: Diogo Brunner
Ciclo Paquetá de debates | Literatura em voz alta, com Angélica Freitas e Maria Carvalhosa. Mediação: Priscila Branco
Ciclo Paquetá de debates | Território da Palavra, lançamento da 2ª edição da revista Paquetá e lançamento da Casa Sesc, com À la geringonça, do selo Casa Sesc Editorial, com Itamar Vieira Junior e Amara Moira. Mediação: Moisés Nascimento
Pensando a escola como floresta: caminhos para a educação inclusiva, com Ministra Macaé Evaristo e Alyne Costa. Mediação: Maria Antônia Goulart
SHOW
Conversa cantada, com Tiganá Santana
Chuva de versos, com Verso livre
Para entender quase tudo sobre o clima, com Kamila Camilo e Jamil Chade. Mediação: Maria Elaine Andreoti
África: raiz e futuro, com Tiganá Santana e Fernando Baldraia
Frans Krajcberg: a natureza como cultura, com João Meirelles e Veronica Stigger
Zé Celso Martinez Corrêa: o devorador, com Bete Coelho, Claudio Leal e Marcelo Drummond
O que te diria enquanto não pude falar: escrevendo a partir da pré-história individual, com Febraro de Oliveira
Tecnologias do encantamento: entre o artesanal e o digital, com Nina da Hora e Aliã Wamiri. Mediação: Leonardo Moraes
Pintura de capa e encadernação, com Gilda Cartonera
Narrativas do cotidiano: experiências e fabulações do agora, com Ana Elisa Ribeiro e Cidinha da Silva. Mediação: Schneider Carpeggiani
Políticas e práticas de leitura, com Regina Zilberman e Bruno Souza. Mediação: Lucilia Soares
Biblioteca de dança, com Dimenti Produções Culturais
18h30
Lançamento das revistas Azul e amarelo e Palavra, com Camilla Savoia, Diogo Borges e Thaís Heinisch
Ciclo Humanos de debates, com Alê Santos e Nikelen Witter e lançamento da revista Humanos. Mediação: Adriano Rocha
Ciclo Paquetá de debates | Família, memória e escrita, com Bianca Santana. Mediação: Ana Paula Rocha
Inteligência artificial e direitos autorais, com Presidente do Sistema Sesc Senac RJ Antonio Florencio de Queiroz Junior, e a Ministra do STF, Cármen Lúcia. Mediação: Gabriel Chalita
Adriana Calcanhotto
Escuto histórias, escrevo poemas, com ITHZ
Chuva de versos, com Verso Livre
A urgência de uma filosofia pop para o combate às fake news, com Marcia Tiburi e Jean Wyllys
Poder, política e os custos planetários da inteligência artificial, com Marcelo Tas e Sergio Amadeu da Silveira. Mediação: Patrícia Campos Mello
Pop filosofia: o mito da caverna revisitado, com Marcia Tiburi e Charles Feitosa
Nelson Cavaquinho, Cartola e Carlos Cachaça… em letra e música, com Eliete Negreiros e Claudio Leal. Mediação: Jefferson Alves de Lima
10h às 15h
Sarau Picaretinha Cultural
De onde nasce a ficção?, com Tati Bernardi e Luciany Aparecida. Mediação: Schneider Carpeggiani
Laboratório Sesc de Narrativas Femininas, com Ryane Leão, Dandara Suburbana e Lude Vilarinhos. Mediação: Tathiana Valente
Lançamento antologia poética Onze bocas em torno da baía e EP LÍNGUA TUMULTO, com Heleine Fernandes, Natasha Félix e Tatiana Pequeno. Mediação: Marília Gorito
A saga Cafu: futebol e literatura em campo, com Cafu e Mariah Morais
Arte em cena: direção de arte no cinema, com Vera Hamburger e Daniela Thomas
13h
Mapa da cachaça, com Felipe Jannuzzi
Programação gratuita integra música, performance, oralidade e debates sobre identidade, pertencimento e memória
O Arte da Palavra – Rede Sesc de Leituras promove este mês um encontro para celebrar e valorizar a literatura brasileira. O Festival Arte da Palavra (Farpa) será realizado entre os dias 21 e 24 de maio, no Polo Sociocultural Sesc Paraty, na cidade da Costa Verde do Rio de Janeiro. O evento, que traz um panorama do circuito literário nacional, reúne autores da edição deste ano do projeto, que se apresentam em uma programação composta por literatura, música, performance e vivências culturais.
O Farpa tem como objetivo ser um espaço de troca e experimentação. A partir de debates e apresentações culturais, o festival propõe um mergulho nas múltiplas formas de contar histórias e expressar identidades. Estarão presentes nomes como Anderson Shon (BA), autor de quadrinhos e vencedor do 36º HQ Mix na categoria Melhor HQ Independente; a escritora, psicóloga e ativista Guarani Geni Nuñez, autora de ‘Descolonizando afetos: experimentações sobre outras formas de amar’; e MC Anarandá, rapper indígena da etnia Guarani Kaiowá (MS), entre outros.
Para abrir o festival, foi convidado o poeta Sérgio Vaz, um dos maiores nomes da poesia contemporânea brasileira e referência na literatura periférica. Ele fará a conferência “Sagrado não é quem escreve, sagrado é quem lê”. Durante os dias do evento, serão realizados seis cafés literários, que abordarão temas como as interseções entre literatura e quadrinhos; o hip hop como narrativa e expressão; a literatura como um espaço de disputa e reinvenção de identidades, entre outros. A artista e performer Luiza Romão, conhecida por suas apresentações que combinam música, dança e teatro, encerra o evento dia 24.
A programação também abre espaço para a produção artísticas de Paraty. A performance Identificação Poética das Criaturas Marinhas, com Flávio de Araújo, traz a leitura de textos poéticos que possibilitam ao público identificar a diversidade marinha da região. Já o Coletivo UNA apresenta o espetáculo de contação de história ‘Tá tudo dentro da gente’, com videomapping, que celebra a força e a sabedoria das matriarcas negras brasileiras. O público também poderá conferir a exposição Filha Natural, de Aline Motta, na galeria do Sesc Santa Rita. A mostra explora a história da tataravó da artista e convida a busca da própria ancestralidade.
O Farpa acontece no Sesc Santa Rita (R. Dona Geralda, 320 – Centro Histórico), com entrada gratuita. Confira a programação completa.
Programação:
21 de maio | Quarta-feira
19h15 – Abertura Oficial
19h30 – Conferência de abertura: “Sagrado não é quem escreve, sagrado é quem lê”, com Sérgio Vaz.
22 de maio | Quinta-feira
15h às 16h – Café Literário – Versos e Batidas: o Hip Hop como Narrativa e Expressão.
Com Preto Michel (PA) e Rafa Rafuagi (RS).
O Hip Hop é mais do que um gênero musical – é uma plataforma de denúncia, resistência e reconstrução de identidade. Neste encontro, Preto Michel e Rafa Rafuaggi discutem como suas trajetórias artísticas dialogam com o cenário atual da cultura Hip Hop, abordando temas como oralidade, ativismo e produção independente.
16h30 às 17h30 – Café Literário – Vozes, Conflitos e Descobertas.
Com Sonia Rosa (RJ) e Marcos Guerra (RN).
A literatura voltada para jovens tem o poder de dialogar com suas vivências, desafios e descobertas. Sonia Rosa e Marcos Guerra discutem como a escrita e a oralidade podem criar pontes entre realidades, inspirar questionamentos e ampliar horizontes na juventude.
18h às 19h – Performance Identificação Poética das Criaturas Marinhas com Flávio de Araújo (Paraty).
Com a leitura de textos poéticos, os ouvintes poderão identificar a diversidade marinha da região de Paraty, entendendo quais os apetrechos de captura, período de pesca e defeso das espécies, como também o preparo para consumo. Além disso, será possível conhecer quais as principais histórias, curiosas e engraçadas, que permeiam alguns dos pescados mais conhecidos da região.
19h30 às 20h30 – Sarau com MC Anarandá (MS), Natasha Felix (RJ), Luan Renato (SC) e Anderson Shon (BA).
23 de maio | Sexta-feira
15h às 16h – Café Literário – Entre Palavras e Traços.
Com Stéfanie Sande (MT) e Anderson Shon (BA).
Stéfanie Sande e Anderson Shon discutem as interseções entre literatura e quadrinhos, explorando memória, identidade e representação. O encontro aborda como diferentes linguagens narrativas se cruzam para ampliar vozes e territórios na literatura contemporânea.
16h30 às 17h30 – Café Literário – Literatura e Fronteiras.
Com João Veras (AC) e Taylane Cruz (SE).
A escrita pode ser um território de encontro entre diferentes realidades e geografias. João Veras e Taylane Cruz refletem sobre suas experiências literárias, abordando temas como identidade regional, deslocamentos e os desafios da produção literária fora dos grandes centros urbanos.
18h às 19h – Café Literário – O Corpo como Palavra.
Com Natasha Felix (RJ) e Luan Renato (SC).
Entre o verso e a cena, a poesia se transforma em experiência sensorial. Natasha Felix e Luan Renato exploram a interseção entre literatura, oralidade e performance, discutindo como a palavra pode ocupar e ressignificar espaços através do corpo e da voz.
19h30 – Narração de histórias com projeção mapeada – Tá tudo dentro da gente (Coletivo UNA – Paraty).
O espetáculo de contação de história celebra a força e a sabedoria das matriarcas negras brasileiras. Por meio da oralidade e do vídeomapping, a narrativa apresenta a história de Juninho e sua Vó Ceição que possuem um elo emocionante repleto de afeto, força e ancestralidade.
24 de maio | sábado
11h – Contação de Histórias “No Fio da Memória” com Linete Matias.
No Fio da Memória é um espetáculo de contação de histórias de Linete Matias, que entrelaça narrativas das águas e das matas, resgatando contos dos encantados que habitam esses lugares. A contadora de histórias, guiada por memórias ancestrais, canta e narra histórias que emergem dos rios e florestas de sua terra, compartilhando com o público as vozes e encantos desses seres mágicos. Cada história é pescada da profundidade da memória e entregue com afeto aos ouvintes, criando um encontro mágico entre a tradição e o presente.
16h às 17h – Café Literário – Desafios e Revoluções: Escrita, Identidade e Pertencimento
Com Geni Nuñez (SC) e Amara Moira (SP).
Como a literatura pode ser um espaço de disputa e reinvenção de identidades? A escritora e ativista Guarani Geni Nuñez e a escritora e pesquisadora Amara Moira compartilham suas experiências e reflexões sobre gênero, ancestralidade e resistência na palavra escrita e falada.
17h30 – Performance de encerramento “Também Guardamos Pedras Aqui”, com Luiza Romão (SP).
Em 2024, mais de 41 milhões de pessoas participaram das apresentações artísticas e exposições realizadas pelos Sesc em todos os estados brasileiros, contemplando ações em artes visuais, artes cênicas, música, literatura, audiovisual e atividades em bibliotecas. Com orgulho ativamos, por meio dos Departamentos Regionais, 387 bibliotecas e salas de leitura, 119 teatros, 430 salas de cursos e atividades formativas, 86 cinemas e salas de exibição, 160 galerias e espaços expositivos, 19 museus, 27 estúdios de música, além das 44 unidades móveis BiblioSesc. Contamos também com apoio de espaços parceiros (públicos e privados) para intensificar ainda mais nossa programação. Num país que enfrenta tantos desafios ao acesso à leitura, mais de 1,5 milhão de pessoas realizaram empréstimos de livros em nossas estruturas institucionais
A publicação da revista Palavra demonstra parte desse esforço articulado em âmbito nacional para potencializar a difusão e a circulação das manifestações literárias. Os conteúdos apresentados valorizam a experimentação com a linguagem e a diversidade, refletindo inquietações e experiências nascidas da liberdade criativa e que ganham o campo da educação para a sensibilidade. Boa leitura!
Ler estimula a criatividade, possibilita o acesso às mais diversas áreas de conhecimento, amplia o vocabulário, fortalece vínculos sociais. É uma atividade que pode ser realizada de forma individual ou coletiva, por meio de clubes de leitura, por exemplo. E também pode ser gratuita, bastando para isso o cadastro em uma biblioteca. Mesmo com tantas vantagens e benefícios, a última pesquisa Retratos da Leitura, do Instituto Pró-Livro, registrou 6,7 milhões de leitores a menos no país.
A boa notícia é que o público infantil destoa desse cenário. Mais de 80% das crianças entre 5 e 10 anos participantes da pesquisa declararam gostar de ler livros. O mercado editorial entendeu a tendência e vem investindo no segmento. Várias editoras lançaram selos infantis e, segundo a Nielsen BookData, em 2023 a venda de livros de literatura infantil cresceu 6%.
Essa realidade também foi constatada na rede de bibliotecas do Sesc, que conta com mais de 400 unidades por todo o país. Em 2024, o livro que registrou mais empréstimos foi A girafa míope (Sesc-SC), de Marcello Gallotti, publicação vencedora do Prêmio Literário Sesc Criança, promovido pelo Sesc em Santa Catarina. A autora que teve mais livros emprestados foi Silvana Rando, que trabalha com literatura infantil desde 2006 e tem mais de 70 títulos ilustrados. Outros dois títulos infanto-juvenis ficaram na lista dos cinco mais emprestados: Menina bonita do laço de fita (Ática), de Ana Maria Machado, e A voz dos meus olhos (Sesc-SC) de Cynthia Valente, também revelado pelo concurso literário Sesc Criança.
A criança que hoje busca o livro tem grandes chances de levar o hábito da leitura para sua vida. E, com isso, tornar-se um adulto mais criativo, com pensamento crítico e mais capacidade de encarar desafios. A introdução desse hábito precisa vir de casa, como uma atividade familiar. Ler para os filhos, promover um bate-papo sobre algum livro, contar histórias são formas de proporcionar acesso a esse universo, que é muito rico e se desdobra em inúmeros benefícios, como o fortalecimento do vínculo afetivo.
As bibliotecas também têm um importante papel na formação de leitores. Porém, precisam ser mais do que espaços de empréstimo de livros. Precisam criar caminhos para chegar até o leitor e mostrar todo o potencial do universo literário. Na pesquisa Retratos para Leitura, 5% das pessoas entrevistadas que se declararam não frequentadoras de bibliotecas disseram que o fariam caso houvesse atividades para crianças. Isso demonstra um potencial importante desses espaços como um articulador da leitura em família.
Criar estratégias que aproximem o público dos livros é uma tarefa de toda a sociedade. É preciso reverter a ideia de que o ato de ler é algo difícil ou destinado apenas ao dever do estudo. Mostrar que ler faz parte do lazer, do entretenimento. Precisamos trabalhar hoje na próxima geração de leitores, para garantir que o hábito da leitura não pereça diante dos inúmeros afazeres e apelos do mundo moderno.
Escrito por Janaina Cunha, Diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc
Publicado originalmente em Publishnews
O Prêmio Sesc de Literatura 2025 encerrou suas inscrições com um total de 2.451 originais submetidos, reafirmando sua importância na descoberta de novos talentos literários no Brasil. A categoria Poesia, teve destaque com 1.168 inscrições, seguida por Romance com 684 e Conto com 599. Os inscritos são compostos por 1.345 homens (54,9%) e 1.065 mulheres (43,5%). Além disso, 234 participantes são trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo, público prioritário do Sesc.
As obras serão avaliadas por comissões julgadoras compostas por escritores, jornalistas e críticos literários de diversas regiões do país, garantindo imparcialidade e foco na qualidade literária dos trabalhos. O resultado, que este ano também contemplará a divulgação dos finalistas, será divulgado em agosto, e os vencedores serão apresentados ao público em uma cerimônia no fim do ano. Após a publicação pela editora Senac Rio, os livros serão distribuídos na rede de bibliotecas e escolas do Sesc, em todas as regiões do país. Os escritores participarão, ainda, de bate-papos e mesas redondas em eventos culturais promovidos pelo Sesc ao longo de 2026.
Desde sua criação em 2003, o Prêmio Sesc de Literatura já recebeu cerca de 24 mil originais e revelou ao mercado editorial 40 novos autores. Entre os nomes de destaque estão Luisa Geisler, Tobias Carvalho, Rafael Gallo e muitos outros.
O Prêmio Sesc de Literatura, um dos mais importantes e consagrados do país voltado a escritores inéditos, está com inscrições abertas até 10 de março de 2025. Podem ser inscritos originais ainda não publicados nas categorias Romance, Conto e Poesia. Os vencedores têm seus livros publicados pela Editora Senac Rio e recebem uma premiação em dinheiro no valor de R$30 mil cada. Também serão concedidas menções honrosas aos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo finalistas na premiação. Interessados podem se inscrever gratuitamente pelo site www.sesc.com.br/premiosesc.
“A expectativa pelo Prêmio Sesc de Literatura costuma ser grande, tanto para escritores quanto para o público leitor. Ao abrir espaço para novos autores, estamos proporcionando a renovação do cenário literário brasileiro e incentivando a formação de mais escritores. No ano passado, com a inclusão da categoria Poesia, registramos quase o dobro do número de inscrições, o que demonstra o potencial da produção literária nacional”, constatou a Diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc, Janaina Cunha.
Os trabalhos inscritos são analisados por comissões julgadoras de diferentes regiões do país, compostas por renomados escritores, jornalistas e críticos literários. O processo de avaliação tem como base o anonimato tanto dos autores quanto do júri, garantindo a lisura do projeto e a liberdade de análise das comissões julgadoras, que fazem a seleção pelo mérito literário, com soberania sobre a decisão final.
O resultado, que este ano também contemplará os finalistas, será divulgado em agosto e os vencedores vão ser apresentados ao público em uma cerimônia com noite de autógrafos no fim do ano. Após a publicação, os livros serão distribuídos na rede de bibliotecas e escolas do Sesc, em todas as regiões do país. Os escritores participarão, ainda, de bate-papos e mesas redondas em eventos culturais promovidos pelo Sesc ao longo de 2026.
A Premiação
Criado em 2003, o Prêmio Sesc de Literatura já recebeu cerca de 22 mil originais e revelou ao mercado editorial 40 novos autores. Em 2024, os vencedores foram Ricardo Mauricio Gonzaga (ES), com o romance “Bololô: gaiola vazia”; Patrícia Lima (SP), com a coletânea de contos “A glória dos corpos menores”; e Antonio Veloso Maia (RJ), com o livro de poesias “Contra a parede”.
Os três livros vencedores das categorias de Romance, Conto e Poesia do Prêmio Sesc de Literatura 2024 foram lançados no Rio de Janeiro, nessa terça-feira, 03.12, em noite de autógrafos na unidade da instituição em Copacabana. Durante o evento, os escritores Ricardo Mauricio Gonzaga (ES), do romance “Bololô: gaiola vazia”; Patricia Lima (SP) do livro de contos “A glória dos corpos menores”; e Antonio Veloso Maia (RJ), da obra de poesia “Contra a parede”, enalteceram a importância do Prêmio e sua tradição de lançar novos autores garantindo visibilidade para as obras por meio da forte estrutura e da tradição do Sesc.
“O maior prazer de quem escreve é ser publicado para ser lido. A literatura brasileira vive um grande momento e o diferencial do Prêmio Sesc é abrir uma janela relevante aos novos autores”, agradeceu Ricardo Mauricio Gonzaga a uma plateia que lotou o Sesc Copacabana. Sobre sua obra, ele explica que “Bololô” tem um pé no realismo mágico ao mesmo tempo em que mostra os mistérios da mata, da natureza. “Meu processo de criação foi intenso, com a narrativa se apossando de mim durante madrugadas inteiras. Espero que esse processo tome vocês também”, completou.
A escritora Patrícia Lima lembrou que vencer a premiação era um sonho antigo em função da estrutura da premiação. “Já participei de muitos eventos literários aqui no Sesc e espero que o meu livro possa, por meio da narrativa de um mundo específico e íntimo, agora lançado ao público, alcançar os leitores dos mais diversos universos”.
Já o escritor Antonio Veloso Maia foi representado pela filha e enviou uma mensagem de otimismo para com a literatura. “É uma aventura estar com o livro aqui. Ver o Prêmio Sesc alcançando a maioridade, com 21 anos, não é pouca coisa. Não é pouca coisa revelar a literatura de pessoas de todo país”.
As três obras foram escolhidas entre 2.731 inscritas e publicados pela editora Senac Rio, com tiragem inicial de 2 mil exemplares para cada categoria e estão disponíveis em livrarias físicas e online. Os autores receberam ainda um prêmio no valor de R$ 30 mil.
“O Prêmio Sesc de Literatura já se consagrou no cenário nacional e internacional e tem levado os autores a vencerem outras premiações, ampliando a projeção desses escritores brasileiros no mercado literário. Assim, vamos ajudando a descortinar e a apresentar ao mercado, ao setor e aos leitores uma nova geração muito forte e muito potente da nossa escrita”, comemora Janaina Cunha, diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc.
Menção Honrosa
Durante o evento, também receberam Menção Honrosa os livros de trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo finalistas das três categorias. O escritor Matheus Rodrigues, autor do romance “1 copo de sal”, recebeu a homenagem em nome do grupo, que inclui também Oly Cesar Wolf (PR) com o romance Inventário da parede; Mônica Karine da Silva SP), com o livro de contos Onde se pede a carne; e Ruan Gabriel Belo da Silva (PE) com o livro de poesias Codorna.
“Eu sou rato de Sesc, como costumo brincar. Eu faço academia, escrevo, fiz vários cursos. Então é muito bom e muito emocionante. Estou amando fazer parte disso tudo”, celebrou Matheus.
A Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) destaca-se como um dos eventos literários mais importantes do Brasil, atraindo anualmente milhares de amantes da literatura. Cafés Literários, contação de histórias, música, lançamentos e debates, fizeram parte das atividades do Sesc na Flip, que reuniu milhares de pessoas durante os quatro dias de evento.
Com uma programação diversa e pensada para toda a família, o Sesc buscou oferecer uma variedade de experiências às pessoas em seus três espaços de Paraty: no Sesc Santa Rita e na Casa Edições Sesc, localizadas no Centro Histórico da cidade, e na unidade móvel BiblioSesc, que se instalou Areal de Pontal.
“As ações do Sesc nessa Flip reforçam o amor e o compromisso da instituição com a promoção da literatura brasileira contemporânea, ao mesmo tempo em que pretende ampliar as trocas e colaborações internacionais. Neste ano, dedicamos mais atividades para o público infantil e infanto-juvenil como forma de incentivar o debate sobre o hábito da leitura desde as primeiras idades e abrimos espaço para a discussão da literatura na América Latina, reafirmando o Sesc como uma instituição dedicada à promoção da literatura e da cultura em um sentido mais amplo e inclusivo”, destaca Janaina Cunha, Diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc. E completa “Com muito orgulho, vamos recebemos em nossa programação os novos talentos literários revelados pelo Prêmio Sesc de Literatura, em que tivemos recorde com mais de 2,7 mil inscrições nesse ano. Esse projeto tão importante celebra a literatura e demonstra o empenho contínuo do Sesc com a cultura”.
Sesc na Flip: Prêmio Sesc de Literatura revela novos talentos
A programação também contou com um momento para celebrar e apresentarmos os vencedores do Prêmio Sesc de Literatura 2024: Ricardo Mauricio Gonzaga (ES), autor do romance Bololô: gaiola vazia; Patricia Lima (SP), autora do livro de contos A glória dos corpos menores; e Antonio Veloso Maia, autor do livro de poesias Contra a parede. Os vencedores da categoria Conto e Romance estiveram no Sesc Santa Rita para falar de suas obras, que serão lançadas pela editora Senac Rio no dia 3 de dezembro, com tiragem de 2 mil exemplares. O projeto contou, nesse ano, com novidades como a inclusão de uma nova categoria, Poesia, e premiação em dinheiro no valor de R$ 30 mil.
Sesc na Flip: Cafés Literários discutiram dilemas contemporâneos
A participação do Sesc na FLIP é marcada por uma série de atividades que vão muito além da literatura tradicional. Os debates literários promovidos pela instituição trouxeram discussões profundas sobre a sociedade contemporânea.
A mesa Ecos da periferia: narrativas urbanas na literatura contemporânea contou com a presença de Geovani Martins, autor de ‘O sol na cabeça’, livro de contos que narra a infância e a adolescência de moradores de favela e está sendo adaptado como série. Ao seu lado esteve o escritor gaúcho José Falero, autor de ‘Mas em que mundo tu vive?’, livro de crônicas sobre a vida nas periferias, o mundo do trabalho, o racismo e a vontade de pensar em outro Brasil.
Outros temas como infância, ancestralidade e memória também foram abordados em diversas ocasiões. Você pode conferir a íntegra de todas as mesas em nosso canal do Youtube, clicando aqui
Sesc na Flip: Casa Edições Sesc trouxe debate sobre inteligência artificial
Na abertura da programação, a Casa Edições Sesc promoveu a mesa “Inteligência artificial, redes e democracia”, com o sociólogo Sergio Amadeu da Silveira e a cientista da computação e ativista Nina da Hora. A mediação foi conduzida pelo professor Rodolfo Avelino, da área de Engenharia da Computação e Ciência da Computação do Insper. No encontro, eles falaram sobre como a Inteligência Artificial, tem tanto um pontencial positivo, como tem seus riscos discriminatórios e suas práticas de uso na guerra e na produção de desinformação em massa.
A atriz, diretora, dramaturga e cantora Beth Goulart e a diretora, roteirista, curadora e produtora, além de organizadora do livro Antonio Abujamra: rigor e caos, Marcia Abujamra conversaram sobre a extensa e múltipla produção do diretor, ator e apresentador, mediadas por Aimar Labaki.
Outro destaque da programação foi a mesa “Filosofia para tempos extremos”, com a filósofa Marcia Tiburi e Jamil Chade. O debate é baseado em “Pop Filosofia”, que dá título à coleção e ao primeiro livro de Tiburi, recém-lançado em coedição pelas Edições Sesc e a editora Nós. A mediação é da diretora da Nós, a também escritora Simone Paulino.
Sesc na Flip: o BiblioSesc e lançamento de revista especial da Turma da Mônica
A unidade móvel do BiblioSesc levou cerca de 3 mil obras para a Flip deste ano. No entorno do veículo, foi montada uma estrutura com tendas e pufes onde o público pode mergulhar no mundo das letras, seja retirando os exemplares e lendo no local, seja participando de uma programação intensa projetada para o período.
Além disso, o Sesc lançou o livro “Laboratório Sesc de Narrativas Femininas”, a revista de artes “Paquetá” e o gibi “O que aconteceu no Limoeiro?”, esta última uma publicação assinada pelo Instituto Maurício de Souza dirigida ao público infantil com lições lúdicas sobre cuidados preventivos em saúde mental, com foco no uso demasiado de telas digitais.
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Reconhecido como uma importante porta de entrada para o mercado editorial, o Prêmio Sesc de Literatura trouxe nessa edição, além de escritores estreantes nas categorias Romance e Conto, um novo autor em Poesia. A estreia do gênero literário no projeto fez com que o número de inscrições quase duplicasse – 2.731 obras inscritas, sendo 1.427 livros de poesia, 656 de contos e 648 romances – comprovando a demanda do mercado.
O romance Bololô: gaiola vazia, de Ricardo Mauricio Gonzaga (ES); a coletânea de contos A glória dos corpos menores, de Patrícia Lima (SP), e o livro de poesias Contra a parede, de Antonio Veloso Maia (RJ), foram os vencedores este ano.
Conversamos com os premiados para conhecer um pouco mais de suas obras e trajetórias literárias:
Ricardo Mauricio Gonzaga – Professor do Departamento de Artes Visuais e do Programa de Pós-graduação em Artes da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) há 22 anos, o carioca Ricardo Maurício divide seu tempo entre Rio de Janeiro e Vitória. Aos 66 anos, ele traz no currículo uma vasta experiência em Artes, com ênfase em Artes Plásticas, atuando em temas como imagem, corpo, tempo, performance, arte pública e processos da criação. É também ator e já escreveu para teatro. Na literatura, sua incursão inicial foi com contos. “Fui finalista duas vezes do Prêmio Sesc de Literatura na categoria Conto. Em 2022 publiquei a coletânea Sobrenome Perigo por meio de um edital da Secretaria de Cultura do Espírito Santo. O romance Bololô – gaiola vazia nasceu a partir do primeiro conto desse livro”, conta o autor.
Bololô – gaiola vazia é uma narrativa intensa e envolvente que acompanha a vida de Roque Perigo e seus irmãos. Um relato visceral sobre uma família lidando com traumas e a luta para encontrar sentido em meio à dor e à violência. “É um romance diferente, que tem um lado de realismo imaginário e uma linguagem sucinta, herdada do conto”, explica. Sobre a conquista, é categórico: “Sem dúvida, é uma oportunidade inigualável. Porque você até pode publicar um livro por uma editora, mas ganhar o Prêmio Sesc dá um destaque de ser ‘o livro de romance’”, concluiu.
Patricia Lima – Formada em Letras e funcionária da Unesp de Bauru, Patricia Lima, 38 anos, já é uma antiga conhecida do universo literário. É autora do livro de poesias O amor é um solo de jazz, publicado pela Editora Patuá, e coordena um clube de leitura chamado Cevadas Literárias, que leva o debate sobre obras literárias para os bares da cidade. A autora que gosta de passar o tempo com seus gatos Frida e Bento, conheceu o Prêmio Sesc de Literatura com o livro de “Réveillon e outros dias”, de Rafael Gallo, em 2012. “Desde então minha lista de admirações só cresceu, incluindo nomes como Juliana Leite, Tobias Carvalho, Marta Barcellos e Tônio Caetano”.
“A glória dos corpos menores” é um livro de 11 contos que perpassam temas como envelhecimento, solidão, pessoas em situação de invisibilidade e/ou apenas sujeitos vivendo experiências extremas no silêncio de sua humanidade. “Há tópicos como suicídio, feminicídio e o desejo na velhice, mas estes não são o foco central – o verdadeiro fundamento reside nos personagens e em sua complexa relação com a existência”, descreve. E se emociona ao falar da conquista: “Receber a notícia de que meu livro foi premiado foi um momento inesquecível.
Chorei no pátio entre os Departamentos da Unesp (onde trabalho), completamente extasiada por saber que meu livro foi lido e reconhecido por pessoas tão qualificadas”, contou. “Na minha opinião, o Prêmio Sesc é o mais relevante para autores estreantes no Brasil. Sua estrutura é impecável, com o envolvimento de profissionais altamente qualificados e experientes em literatura e divulgação. Oferece a oportunidade de publicação e garante circulação pelo Brasil para a divulgação. Ou seja, aproxima o escritor do seu objetivo principal: a palavra. O que mais um escritor pode querer?”.
Antonio Veloso Maia – Um leitor, um cinéfilo, avô de Julia e Junior. É dessa forma que o servidor público da Prefeitura do Rio de Janeiro Antonio Veloso Maia se descreve. Mas do alto de seus 73 anos, ele tem muitas outras histórias para contar. Nascido em São Fidélis, no Norte fluminense, ele viveu os anos 1990 no Ceará. Lá participou de vários concursos literários promovidos no estado. Conheceu o Prêmio Sesc de Literatura ainda nos primeiros anos do projeto e tem em sua biblioteca o premiado A secretária de Borges, de Lucia Bettencourt. Mas essa foi a primeira vez que participou do concurso. “Tinha visto o resultado, com mais de 1,4 mil inscritos e pensei: caramba, é muita coisa. Estar entre os 20 finalistas já era um retorno legal”, pensou, antes de saber que iria mais além, se tornando o primeiro vencedor na categoria Poesia.
Antonio também surpreende na maneira de escrever. Contra a Parede é uma coleção de poemas que explora temas de introspecção, linguagem e o desconforto existencial. A obra desafia as convenções poéticas e ortográficas, apresentando uma linguagem que dialoga com referências literárias e culturais variadas, enquanto expressa uma profunda reflexão sobre a vida, a arte e as limitações da linguagem. Convida o leitor a uma leitura atenta e reflexiva, desafiando-o a confrontar as “paredes” que limitam a compreensão e a expressão.
A avaliação final do Prêmio Sesc de Literaura ficou por conta de uma comissão especializada formada pelos escritores Luis Antonio Assis Brasil, Socorro Acioli, Cidinha da Silva, Veronica Stigger, Ana Martins Marques e Bruna Beber. “Participar desse júri foi, antes de tudo, tomar contato com um painel da literatura brasileira de nossos dias, com seus múltiplos temas, sua diversidade cultural e, sim, constatei que estamos muito bem, que nossa literatura pulsa mais do que nunca”, declarou Assis Brasil, um dos responsáveis pela seleção do romande Bololô – gaiola vazia, que classificou como ‘um belíssimo achado’.
Jurada na categoria Conto, a escritora Verônica Stigger teve sentimento semelhante em relação ao livro A glória dos corpos menores. “É um livro que pega o leitor. Patrícia Lima mostra que sabe narrar ao prender nossa atenção, ao nos fazer ver as coisas a partir de um ponto de vista não usual, ao deixar, muitas vezes, os finais em suspensão”, conclui.
A poeta Ana Martins Marques, jurada na categoria Poesia, assinalou a importância de premiações destinadas a novos escritores. “Acho muito importante a existência de premiações voltadas para autores estreantes, que abrem oportunidades para pessoas que nunca publicaram. Minha própria trajetória pública como poeta começou com uma premiação voltada para autores inéditos”, contou. Sobre o livro vencedor Contra a parede ela ressalta suas “muitas referências literárias com um trabalho de linguagem próximo da montagem, explorando a sonoridade das palavras, o corte do verso e o espaço da página para tratar da memória”.