Edição 2022 contará com a participação de 138 artistas brasileiros em eventos presenciais e on-line
Nesse mês de março, a literatura volta ganhar espaço no país em suas diversas formas de apresentação, retomando o formato presencial em grande parte do projeto – só as oficinas se manterão on-line para atingir um público o mais amplo possível. Promovido pelo Sesc, a sexta edição do Arte da Palavra – Rede Sesc de Leituras contará com 138 artistas, entre prosadores, poetas, contadores de histórias e outros artistas da palavra. Até dezembro, o projeto será realizado em 111 cidades, de quase todos os estados brasileiros, com uma programação que inclui encontros com autores, oficinas de criação e apresentações artísticas, sempre buscando evidenciar a produção literária nacional.
“A novidade é que os Circuitos de Autores e de Oralidades voltarão a ser presenciais. Já as oficinas de Criação Literária serão quase todas em formato on-line, visto que essa foi uma experiência positiva aplicada durante a pandemia, possibilitando o acesso a distância. Nesta edição, também aumentamos o número de artistas e cidades participantes”, explica Henrique Rodrigues, analista de literatura do Departamento Nacional do Sesc.
A fim de promover o intercâmbio de artistas e o incentivo à leitura, o o projeto contempla diferentes fazer e pensar a literatura no Brasil. Estão entre os propósitos do Arte da Palavraa formação e a divulgação de novos autores, a valorização das diversas formas de produção e a fruição literária, viabilizados pela emergência de discursos periféricos e a utilização de novas tecnologias.
Com grande diversidade nacional, o circuito este ano contará com oficineiros como Marcelino Freire (SP) e Calila das Mercês (BA), autores como Marco Severo (CE) e Juliana Valentim (BA), além do cordelista Manoel Cavalcanti (RN) e a poeta MC Martina (RJ).
O Arte da Palavra é composto por três circuitos: Autores, Criação Literária e Oralidades. O primeiro reúne escritores para troca de experiências e ideias com o público sobre temas referentes às suas obras. O circuito de Oralidades tem como foco expressões verbais da palavra, como contação de histórias, saraus, performances, slams, repentes, entre outras atividades. Já a Criação Literária oferece oficinas com variados temas, como incentivo à prática do exercício das manifestações artísticas. Lançado em 2017, o Arte da Palavra conta com uma curadoria coletiva, realizada por especialistas do Sesc de todo o país, que selecionam os escritores de Norte a Sul para participarem do circuito. No ano passado, quando todo o projeto foi todo em formato on-line, cerca de 60 mil pessoas participaram das atividades.
Circuito de Autores:
Tânia Souza (MS) e Marcelo Soares (PB) Anderson Shon (BA) e Preto Michel (PA) Amara Moira (SP) Geni Nuñez (SC) e João Veras (AC) Gleycielli Nonato (MS) e Natasha Félix (RJ) Mazinho Souza (GO) e Stéfanie Sande (MT) Nair Gurgel (RO) e Ana Rapha Nunes (PR) Lu Cafaggi (MG) e Volnei Canônica (RS) Sônia Rosa (RJ) e André Timm (SC) Taylane Cruz (SE) e Marta Cocco (MT) Yani Rebouças (GO) e Erre Amaral (TO)
Circuito Oralidades:
Carol Dall Farra (RJ) Eduardo Teles (SE) Mario Omar (BA) Mc Anarandá (MS) Luan Renato (SC) Mafuane Oliveira (SP) Linete Matias (AL) Rafa Rafuagi (RS) Chiquinho Divilas (RS) Vitor Passarim (ES) Juliana Correia (RJ) Mauricio Ricardo (MT) Carla Senna (PI) Fafá Conta (PR)
Circuito Criação Literária:
Preto Lauffer (SC) Alysson Pangulim (PI) Marcos Guerra (RN) Jô Freitas (SP) Radi Oliveira (BA) Eliane Correia (ES) Natasha Tinet (PR) Sinara Rúbia (RJ) Carina Luft (RS) Taís Bravo (RJ) Thiago Corrêa Ramos (PE)
Circuito de Autores 1-Cida Pedrosa (PE) x Atena Beavouir (RS) 2-Tônio Caetano (RS) x Roberta Tavares (PA) 3-Marcio Benjamin (RN) x Isabor Quintiere (PB) 4-Sony Ferseck (RR) x Ezter Liu (PE) 5-Heleine Fernandes (RJ) x Trudruá Dorrico (SP) 6-Francis Mary (AC) x Calila das Mercês (SP – DN) 7-Caê Guimarães (ES) x Manoela Sawitizki (SP – DN) 8-Maria de Regino (GO) x Otávio Júnior (RJ – DN) 9-Negra Áurea (AP) x Iramir Alves Araújo (MA) 10-Alexandre Arbex (DF) x Jomaka (MG) 11- Jessé Andarilho (RJ-PLE) x João Luiz do Couto (MT) 12-Simone Campos (RJ – PLE) x Julia Raiz (PR)
Circuito de Oralidades 1 – Auritha Tabajara (CE) 2 – Anderson Barreto (RJ – PLE) 3 – Preto Tipuá (PI) 4 – Sabrina Azevedo (RJ – PLE) 5 – Giselda Perê (SP) 6 – Luís Eduardo Ferreira (AC) 7 – Paula Yemanjá (CE) 8 – Jaísa Caldas (MG) 9 – Ithalo Furtado (PI) 10 – Chiquinho do Além Mar (SE) 11 – Lucas de Matos (BA) 12 – Andressa Silva (RO) e Tanison Passos (RO)
Circuito de Criação Literária 1 – Beto Nicácio (MA) 2 – Julie Fank (PR – DN) 3 – Lélia Almeida (RS) 4 – Alicce Oliveira (MT) 5 – Wilson Jequitibá (RJ – PLE) 6 – Eron Villar (PE) 7 – Valeska Torres (RJ) 8 – Vanessa Gonçalves (SC) 9 – Lia Testa (TO) 10 – Vagner Ribeiro (PI) 11 – Saulo Ribeiro (ES) 12 – Claudia Lins (AL) 13 – Manu Azevedo (RN) 14 – Josias Marinho Casadecaba (RR) 15 – Febraro de Oliveira (MS)
Circuito dos Autores: JÉSSICA BALBINO – MG & ODAILTA ALVES – PE OLÍVIO JEKUPÉ – PR & ANDREA DEL FUEGO – DN/SP DÉBORA FERRAZ – PB & MARCELO MOUTINHO – DN/RJ FRANCISCO ALVES – RR & ELISA PEREIRA – PSP JEFERSON TENÓRIO – RS & REGINA AZEVEDO – RN MARCIANO GUALBERTO – PI & LUCIANY APARECIDA – BA LUIZA ROMÃO – SP & EDYR AUGUSTO – PA RENATA VENTURA PLE/RJ & ZÉ WELLINGTON – CE PATY WOLFF – MT & ROBERTA MARISSA A. MATOS – AC TINO FREITAS & MARTA EUGÊNIA DE OLIVEIRA – AL THAISE MONTEIRO – GO & PATRÍCIA ANDRADE – AP
Circuito de Oralidades: ALIÃ WAMIRI GUAJAJARA – PI KIUSAM DE OLIVEIRA – SP DIEGO CAVALEIRO ANDANTE – ES KALINE LEIGUE – RO CAMILA REIS – MA WELLINGTON SABINO – MG TAYÁ VERSA – SC LÍLIA DINIZ – MA JADSON LIMA – RN MANO DÁBLIO – DF ADIEL LUNA – PE COLD MANSA E COSCA – BA NATHALIA LEAL – PSP CADU CINELLI – PR
Circuito Criação Literária: IRMA GALHARDO – TO JUANE VAILLANT – ES DÉBORA GIL PANTALEÃO – PB DANILO FURLAN – PR MILENA CARVALHO – MA CLÉCIO RIMAS – PE MANOEL CAVALCANTE – RN BRAULIO TAVARES – PLE SUZANA VARGAS – RJ MARIANA FILGUEIRAS – DN/RJ RAFAEL CALÇA – SP JOÃO VARELLA – DN/SP MADU COSTA – MG EULER LOPES – SE
Circuito de Autores: Manoel Cavalcanti (RN) Antônio Francisco (RN) Evanilton Gonçalves (BA) Ana Laura (ES) Iramir Araújo (MA) Pedro Balduíno (RN) Manoel Cerqueira (SE) Karoline Cordeiro (MG) Bruna Kuchenbecker (GO) Mazinho Souza (GO) Rico Lopes (GO) Maria de Regino (GO) Ana Claudia Trigueiro (RN) Daniel Munduruku (SP) Renata Ventura (RJ) Hermes Veras (PA) Marta Eugênia (AL) Carla Nobre (AP) Marina Mara (DF) Maria Amélia (ES) Stel Miranda (ES) Delio Pinheiro (MG) Preto Michel (PA) Francisco Mallmann (PR) Julie Oliveira (RN) Telma Scherer (RS) Isadora Krieger (SC) Cristiano Moreira (SC) Guto Leite (SC) Sony Ferseck (RR) Fátima Teles (CE) Nezite Alencar (CE) Iara Carvalho (RN) Fernanda Paz (PI) Francisco Alves (RR) Bel Puã (PE) Elisa Pereira (RJ) Mariana Paim (BA) Marco Severo (CE) José Almeida Junior (DF) Mauricio Gomyde (DF) Ivone Gomes (MG) Auíri Thiago Nogueira (MG) João Gabriel Paulsen (MG) Edyr Augusto (PA) Marcos Samuel da Costa (PA) Bruno Ribeiro (AL) Mário Rodrigues (PE) Fernando Guerra (PE) Sidney Nicéas (PE) Andre Timm (SC) Carlos E. Schoroeder (SC) João Anzanello Carrascoza (SP) Deko Lipe (BA) Tom Farias (SP) Luciany Aparecida (BA) Raissa Christina (CE) Juliana Valentim (DF) Thaíse Monteiro (GO) Isabelly Moreira (PE) Odailta Alves (PE) Lorena Nery (PI) Lelia Almeida (SC) Paty Wolf (MT) Clarice Freire (PE) Cristina Judar (SP) Izabel Melo (SE) Efigênio Moura (PB)
Circuito de Criação Literaria: José Roberto Santos Neves (ES) Tamy Ghannam (SP) Nilton Resende (AL) Caio Augusto Ribeiro (MT) Cleyton Cabral (PE) André Soltau (SC) Emir Rossoni (SC) Marcelino Freire (SP) Andrea del Fuego (SP) Euler Lopes Teles (SE) Andréia Oliveira (MA) Calila das Mercês (BA) Lionizia Goyá (MG) Ninfa Parreiras (RJ) Joseana de Souza (PA) Neto Freitas (RO) Nelson Martinelli Filho (ES) Laís Romero (PI) Vitor Pirralho (AL) Álvaro Maia (TO) Pati Peccin (SC)
Circuito de Oralidades: Luis Eduardo Ferreira (AC) Thalles Azigon (CE) Maurício Ricardo (MT) Wanderson Lana (MT) Katulo Gutierrez (PA) Urias de Oliveira (MA) Teo Azevedo (MG) Bete Pacheco (CE) Benetida Estrada (MG) Talita Aralpe (PI) Bianca Pinheiro (PR) Fátima Oliveira (SE) Grupo Conta aí (GO) Cordel Animado (RN) Cia. Pão Doce (RN) Tino Freitas (DF) Suely Bispo (ES) Natidepoesia (AC) Lu de Oliveira (AP) Sara Sintique (CE) Bruna Barreto (RS) Pâmela Amaro (RS) Osíris Duarte (SC) David Biriguy (PE) Lilia Diniz (MA) Jéssica Caitano (PE) João Henrique Vieira (PI) Pedro Ernesto (CE) Elisa Coimbra (RR) Daniela Galdino (BA) Mari Santos (RO) Ludmila Singa (BA) Mana Jose (PA) Bione (PE) Luna Vitrolira (PE) Nega Bi (PR) Mc Martina (RJ) Nathália Leal (RJ) Tawane Theodoro (SP) MC Everton e Pelé do Manifesto (PA) Edmilson Ferreira e Antônio Lisboa (PE) Mano Dablio (DF) Diogo Cavaleiro Andante (ES)
Circuito de Oralidades: DANIEL GONÇALVES DA SILVA – CE (cordel) DÉBORA ARRUDA – SE (sarau) GELSON BINI – SC (palestra-show) JAIRO KLEIN – RS (espetáculo) LAURA CONCEIÇÃO – MG (sarau) LINETE MATIAS – AL (narração) NARA KELLY – RN (narração) SANDRO SUSSUARANA – BA (sarau) TAPETES CONTADORES DE HISTÓRIAS – RJ (narração)
Circuito de Autores: ALINE BEI – SP / ISADORA SALAZAR – PA CRISTIANO BALDI – RS / CARLOS EDUARDO PEREIRA – RJ HELDER HÉRIK – PE / THAIS GUIMARÃES – MG ITAMAR VIEIRA – BA / AILTON KRENAK – MG JOSÉ REZENDE RJ. – DF / BRUNO AZEVEDO – MA MAILSON FURTADO – CE / JOÃO MEIRELLES FILHO – PA ROGÉRIO PEREIRA – PR / VAGNER AMARO – RJ MIRIAM ALVES – SP / TAYLANE CRUZ – SE PATRÍCIA GALELLI – SC / FABIO QUILL – MS SARA ALBUQUERQUE – AL / THIAGO RAMOS – TO
Circuito de Criação Literária: CLÁUDIA GONÇALVES – RS (mini livros) CLAUDIA LAGE – RJ (roteiro) BRUNO RIBEIRO – (prosa e poesia) ELIMACUXI – RR (escrita criativa) KEYDSON COSTA – PA (contos africanos) ILUSTRALU – RN (ilustração) RHAFAEL PORTO RIBEIRO – RR (HQ e mangá) ROSÂNGELA HILÁRIO – RO (reconto) THIAGO TIZZOT – PR (lit. fantástica) TICIANE SIMÕES – AL (slam) WILSON COÊLHO – ES (escrita criativa)
Circuito De Oralidades: Daniel Gonçalves Da Silva – CE (Cordel) Débora Arruda – SE (Sarau) Gelson Bini – SC (Palestra-Show) Jairo Klein – RS (Espetáculo) Laura Conceição – MG (Sarau) Linete Matias – AL (Narração) Nara Kelly – RN (Narração) Sandro Sussuarana – BA (Sarau) Tapetes Contadores De Histórias – RJ (Narração)
Circuito De Autores: Aline Bei – SP / Isadora Salazar – PA Cristiano Baldi – RS / Carlos Eduardo Pereira – RJ Helder Hérik – PE / Thais Guimarães – MG Itamar Vieira – BA / Ailton Krenak – MG José Rezende Jr. / Bruno Azevedo – MA Mailson Furtado – CE / Wesley Peres – GO Rogério Pereira – PR Miriam Alves – SP / Taylane Cruz – SE Patrícia Galelli – SC / Fabio Quil – MS Sara Albuquerque – AL / Thiago Ramos – TO
Circuito De Criação Literária: Cláudia Gonçalves – RS (Mini-Livros) Claudia Lage – RJ (Roteiro) Bruno Ribeiro – PB (Prosa) Elimacuxi – RR (Escrita Criativa) Keydson Costa – PA (Contos Africanos) Luiza De Souza – RN (Ilustração) Marcia Evelim (PI) (Literatura Infantil e Narração) Rhafael Porto Ribeiro – RR (Hq e Mangá) Rosângela Hilário – RO (Reconto) Thiago Tizzot – PR (Literatura Fantástica) Ticiane Simões – AL (Slam) Wilson Coêlho – ES (Escrita Criativa)
Adriana de Abreu (AP) Agda Moura (PE) Alexandre Leoni (MS) Aline Prúcoli (ES) Amilcar Bettega (RS) Ana Rüsche (SP) Anabella Lopez (ARG) Andrei Simões (PA) André Vallias (SP) Anne Costa (RJ) Bruna Amado (AC) Bruna Miltrano (RJ) Bruno Gaudêncio PB) Caeto (SP) Caio Padilha (RN) Celso Borges (MA) Chacal (RJ) Chiquinho do Além Mar (SE) Clotilde Tavares (RN) Cristiane Sobral (DF) Daniel Viana (SP) Daniela de Brito (GO) Demétrios Galvão (PI) Dextape (CE) Domingos Pellegrini (PR) Dorinha Timóteo (RN) Eliakin Rufino (RR) Eliana Alves Cruz (RJ) Elizeu Braga (RO) Ely Macuxi (AM) Fabrício Corsaletti (SP) Fabrício Marques (MG) Felícia Fleck (SC) Flávio de Araujo (RJ) Francisco Gregório Filho (RJ) Genifer Gerhardt (RS) Gilson Máximo (SC) Giuliano Tierno (SP) Gleison Nascimento (PE) Gustavo Czekster (RS) Herbert de Oliveira (AP) Heráclito Cardoso (PB) Ivana Arruda Leite (SP) Jessé Andarilho (RJ) Junior Jammiz (PI) Juraci Tavares (BA) Katherine Funke (SC) Laura Cohen (MG) Lua Azevedo (AC) Luciana Brandão Carreira (PA) Luciane Albuquerque (MG) Luisa Geisler (RS) Luna Vitrolira (PE) Luís Capucho (RJ) Marcelo Labes (SC) Mariana Paraizo (RJ) Marina Mara (DF) Marília Lovatel (CE) Meimei Bastos (DF) Mel Duarte (SP) Michelle Ferret (RN) Márcia Kambeba (PA) Márcio Vassallo (RJ) Nildão Nina Rizzi (CE) Nivaldo Tenório (PE) Pacha Ana (MT) Pedro Bomba (MG) Raphael Montes (RJ) Raísa Christína (CE) Reginaldo Pujol Filho (RS) Renato Moriconi (SP) Rogério Coelho (MG) Samir Machado de Machado (RS) Thaís Linhares (RJ) Tércia Montenegro (CE) Victor Mascarenhas (BA)
Adri Aleixo (MG) Alicce Oliveira (MT) Allan Sales (CE) Ana Elisa Ribeiro (MG) Ananda Sampaio (PI) André Sant’Anna (RJ) André de Leones (SP) Anna K (CE) Bruna Beber (RJ) Carlos Correia Santos (PA) Chiquinho Divilas (RS) Christian Schwartz (PR) Cida Pedrosa (PE) Cidinha da Silva (MG) Ciro Gonçalves (MA) Clarissa Macedo (BA) Claudia Lins (RJ) Cristiane Costa (RJ) Cuti (SP) Cícero Belmar (PE) Dabiel Galera (SP) Daniel Leite (PA) Danielle Andrade (PR) Demétrio Panarotto (SC) Diego Gibran (PE) Douglas Diegues (RJ) Edmilson Ferreira (PI) Flávia Péret (MG) Fábio Bruggeman (SC) Geuvar Oliveira (MA) Ithalo Furtado (PI) Ivens Scaff (MT) Joca Terron (MT) Jorge Calheiros (AL) Jorge Luíz do Nascimento (ES) Josiane Geroldi (SC) José Castello (RJ) João Lin (PE) Jéferson Assumção (RS) Letícia Brito (RJ) Lia Mota (RS) Lia Testa (TO) Mariana Ianelli (SP) Marlene Mourão (MS) Melanie Peter (SC) Michelly Dominiq (RN) Milena Azevedo (RN) Monica Papescu (RS) Márcio Benjamin (RN) Nelson Maca (PR) Nicolas Behr (MT) Nilton Resende (AL) Nivea Sabino (MG) Nogueira Neto (MG) Otávio Cesar Jr. (RJ) Ovídio Poli Jr (SP) Paloma Vidal (ARG) Paulo Freire (SC) Paulo Tedesco (RS) Reinaldo Moraes (SP) Renato Negrão (MG) Ricardo Aleixo (MG) Rodrigo Ciríaco (SP) Rodrigo Garcia Lopes (PR) Saulo Ribeiro (ES) Sergio Bello (SC) Sergio Fantini (MG) Sidney Rocha (CE) Stella Mariz Rezende (MG) Suzana Moraes (PE) Tiago Tizzot (PR) Tino Freitas (CE) Vitor Pirralho (AL)
As realizações do projeto são compostas por circuitos de Autores, Oralidades e Criação Literária. Veja abaixo:
O Circuito de Autores é voltado para promover, por meio de uma itinerância de âmbito nacional, autores de diversas categorias da literatura brasileira. Há hoje, no Brasil, uma diversidade de vozes literárias em constante e viva produção. Boa parte desses artistas é pouco conhecida fora das localidades onde atuam, o que demanda uma necessidade de intercâmbio desses autores para fazer circular suas obras e ideias, possibilitando que diferentes vertentes literárias sejam conhecidas em diversas regiões.
Metodologia
A composição das mesas é feita preferencialmente com escritores de localidades distintas, para que haja uma troca maior de experiências e ideias entre autores e público. Além das mesas de debates nas Unidades do Sesc, os autores também realizam, no mesmo dia, visitas a escolas, preferencialmente públicas, apresentando aos alunos suas obras e discutindo aspectos inerentes à fruição literária, fomentando o gosto pela leitura e escrita.
As obras dos autores participantes são divulgadas junto às escolas parceiras, bem como em clubes de leitura desenvolvidos em cada localidade. Desse modo, quando ocorrem os encontros nas escolas e Unidades, parte do público já tem conhecimento do autor e das obras abordadas, enriquecendo o debate.
O circuito pretende abarcar as manifestações literárias que remetem, especialmente, à narração de histórias e à veiculação oral da poesia. São vertentes artísticas com larga tradição no país, que constituem os pilares de diversas identidades que vão se reinventando através das gerações.
De forma sistemática e criteriosa, o Circuito de Oralidades aproxima, em cada manifestação, a riqueza e multiplicidade de vozes, ideias e costumes, por meio de saraus, performances, slam poetry, repentes e outras manifestações que se multiplicam Brasil afora.
A fim de contemplar ao máximo as possibilidades da fruição oral da palavra, a curadoria do projeto busca selecionar espetáculos que retratem as diferentes tradições e suas vertentes contemporâneas. O Circuito de Oralidades privilegia a experimentação e a dinâmica da narração de histórias e da performance poética, funcionando não só como uma simples apresentação, mas também como um laboratório de fruição narrativa e poética. Em cada cidade contemplada pelo projeto são realizadas duas apresentações por dia: uma durante a tarde, voltada para escolas, preferencialmente públicas; e outra durante a noite, aberta para o público geral.
O Circuito de Criação Literária oferece oficinas em que as diferentes formas e práticas de escrita são trabalhadas e estimuladas. Além de oferecer instrumentais para o desenvolvimento da escrita, sua realização regular e sistemática tende a qualificar os níveis de leitura, oferecendo condições para o surgimento de novos talentos literários.
Este circuito possibilita a formação de grupos produtores e consumidores de textos literários, nos diferentes gêneros, modalidades, temas e níveis de leitura; favorece discussão e reflexão sobre a obra literária, os meios de produção e circulação das obras, envolvendo o escritor, a obra e o leitor e estimula o intercâmbio entre escritores/oficineiros, multiplicando as metodologias e olhares sobre a escrita literária.
O Circuito de Criação Literária privilegia a experimentação e a dinâmica da escrita, funcionando como uma usina de criação e de aprendizado de novos ofícios literários, onde se obtém o conhecimento de técnicas para o exercício e aperfeiçoamento da produção de textos literários.
Cada oficina tem a duração de 20 horas, distribuídas ao longo de uma semana, com inscrições feitas previamente nas Unidades onde as aulas são ministradas. O processo é conduzido por assessores especializados, em sua maioria escritores reconhecidos na cena literária brasileira. São oferecidas oficinas com temáticas diversas: conto, crônica, romance, poesia escrita, poesia falada, quadrinhos, narração de histórias, técnica de romance, escrita criativa em geral.
O projeto ARTE DA PALAVRA – REDE SESC DE LEITURAS é um circuito atuante em todas as regiões do país que estimula a formação de leitores e a divulgação de novos autores, além de valorizar obras e escritores brasileiros e as novas formas de produção e fruição literária. Com um circuito de autores e outro de apresentações que privilegiam a oralidade, pretende-se que diversas possibilidades de manifestações literárias sejam contempladas. Como ação de complemento formativo, é oferecido também um circuito voltado para a reflexão e criação literária. Em curadoria coletiva, realizada por especialistas do Sesc de todo o país, são selecionados os artistas que participam do projeto.
Houve um tempo em que as mulheres usavam pseudônimos para conseguirem publicar livros, pois seu papel na sociedade deveria ser restrito ao lar. A escritora inglesa Jane Austen é um exemplo, tendo publicado seus romances sem revelar sua real identidade. Mas isso é coisa do passado! O público feminino é cada vez mais presente no universo literário. O Prêmio Sesc de Literatura já revelou em sua trajetória oito autoras em suas categorias Conto e Romance.
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Conheça um pouco mais sobre esses talentos:
Juliana Leite venceu a categoria Romance no ano de 2018. Nascida na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, a escritora é graduada em Comunicação Social e Mestre em Literatura Comparada pela UERJ. “Entre as mãos”, sua obra selecionada, também foi vencedora no Prêmio APCA no mesmo ano e ganhou uma versão em francês, publicada pela Éditions de l’Aube. A narrativa acompanha uma tecelã, que depois de passar por um trágico acidente, precisa retomar a vida, reaprender a falar e lidar com suas dolorosas cicatrizes, externas e internas. Com personagens e tempos narrativos diferentes, o elogiado romance trata de temáticas como sobrevivência, ancestralidade, amor e mistério.
Em 2015, Marta Barcellos foi contemplada na categoria de conto. Formada pela UFRJ e Mestre em Literatura pela PUC-RJ, a jornalista trabalhou no O Globo, Gazeta Mercantil e Valor Econômico. “Antes que seque” traz contos sobre a classe média alta, a promessa de felicidade inalcançável por padrões de consumo e aparências, a urgência e o mal-estar da sociedade. No livro, 12 mulheres enfrentam o desafio de não poder engravidar e corresponder a figura materna idealizada. A obra também foi vencedora do Prêmio Clarice Lispector da Biblioteca Nacional em 2016.
Já a categoria de romance de 2015 foi ocupada por Sheyla Smanioto. A escritora é formada em Estudos Literários e Mestre em Teoria e História Literária na UNICAMP. Com vozes, sonhos e fotografias imaginadas, sua obra “Desesterro” conta a história de uma menina sem nome e uma avó cansada em uma cidade marcada pela fome e pela pobreza. A escrita faz o leitor ter a sensação de transitar entre realidade e sonho ao longo das páginas.
No ano de 2014, o romance contemplado foi “Enquanto Deus não está olhando” de Débora Ferraz, jornalista pernambucana formada pela UFPE. Sua obra também foi vencedora do Prêmio São Paulo de Literatura no ano seguinte. No enredo, conhecemos Érica, uma artista plástica em busca de seu pai, que fugiu do hospital onde estava internado. O livro traz como tema principal o ínfimo de segundo que pode transformar completamente a trajetória de uma pessoa, chamado pela autora de “instante modificador”, e aborda a relação entre pai e filha, a perda e a insegurança da transição da juventude para a vida adulta.
Luisa Geisler venceu categorias diferentes nas edições de 2011 e 2012. Com formação pela UFRGS, a escritora e tradutora foi apontada pela revista britânica Granta em 2012 como uma
das melhores autoras brasileiras com menos de 40 anos. Em 2011, foi selecionada na categoria Conto com a coletânea“Contos de mentira”, que traz personagens solitários presos em trânsitos, suspensos entre um fato e outro, um gesto e outro. Em 2012, foi a vez do romance “Quiçá”. A narrativa acompanha as perspectivas dos primos Clarissa e Arthur, de 11 e 18 anos, respectivamente, e o medo da solidão e do esquecimento em meio a uma sociedade globalizada. A obra aborda relações familiares, conflitos geracionais e relações interpessoais desgastadas.
No ano de 2010, Gabriela Gazzinelli foi selecionada com o romance “Prosa de Papagaio”. A mineira tem mestrado em Filosofia pela UFMG e Diplomacia pelo IRBr. Sua obra apresenta a história de uma família contada por seu papagaio, chamado de Louro. O pássaro narra pequenos episódios cotidianos misturados com suas ideias filosóficas e literárias, revelando as fragilidades e os anseios dos personagens. Louro observa e fala de um mundo no qual participa, mas não necessariamente pertence e gera reflexões sobre alteridade e críticas à natureza dos seres humanos.
Em 2006, Lúcia Bittencourt venceu a categoria Conto com “A secretária de Borges”. A carioca é doutora em Literatura Comparada pela UFF e já venceu os prêmios José Guimarães e Osman Lins, além do prêmio de ensaios da Academia Brasileira de Letras. Sua obra selecionada no Prêmio Sesctraz tramas com situações drásticas de mudanças de vida de diferentes personagens.
A edição de 2005 do Prêmio Sesc de Literatura, revelou a escritorapaulistana Eugenia Zerbini, doutora em Direito pela USP. Seu romance “As netas de Ema” faz referência à Emma Bovary, a magistral personagem de Gustave Flaubert, uma mulher que se perdeu da realidade por se apegar insanamente a um sonho. Na obra de Zerbini, a personagem se vê diante da possibilidade de morrer e, a partir de então, reflete sobre a vida e a situação das mulheres de sua geração.
As inscrições para o Prêmio Sesc de Literatura 2022 estão abertas até o dia 11 de fevereiro. Inscreva-se em: www.sesc.com.br/premiosesc
Uma obra criada a partir do projeto Arte da Palavra foi instrumento de aproximação entre brasileiros e uruguaios e inspirou crianças que crescem no ambiente de fronteira. O livro Os dois lados da ponte – Portunhol, por supuesto que sim! foi utilizado por alunos da Escola 113, de Rivera, no Uruguai, como base para um trabalho sobre o portunhol, dialeto que mistura o português e o espanhol.
A coletânea de contos, crônicas e poesias em portunhol foi escrita por um grupo de nove participantes da Oficina de Criação Literária Teoria & Prática do Portunhol Selvagem, realizada na unidade de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, com o pesquisador e escritor Douglas Diegues. A iniciativa de trabalhar o tema em sala de aula foi da professora Leticia de Oliveira Nunez, que entrou em contato com o Sesc para saber sobre a obra e adquirir exemplares.
Os dois lados da ponte – Portunhol, por supuesto que sim! foi lançado em 2018. Idealizado por Dagoberto Bihalba, ele contou com a participação de Alexandre Pujol de Moura, Ana Lucia Valensuela Naimaier, Cezar Brites, Cláudia Adriana Naziazeno da Silva, Iza Alves da Silva, Laura Antunes de Souza, Marcia Cristina da Rosa Martins e Taiany R.T. Oliveira, todos moradores de Uruguaiana. O Portunhol é bastante comum na fronteira do Brasil com outros países do Mercosul. Douglas Diegues estuda o Portunhol Selvagem no Mato Grosso, onde os dois idiomas se misturam ao Guarani.
Inscrições abertas até 11 de fevereiro
O Prêmio Sesc de Literatura, um dos mais importantes e consagrados do país na distinção de escritores inéditos, está com inscrições abertas. Podem concorrer autores não publicados nas categorias Romance e Conto. O Prêmio avalia trabalhos com qualidade literária para edição e circulação nacional. Os interessados têm até 11 de fevereiro para concluir o processo de inscrição, que é gratuito e online. O regulamento completo pode ser acessado em www.sesc.com.br/premiosesc.
Ao oferecer oportunidades aos novos escritores, o Prêmio Sesc de Literatura impulsiona a renovação no panorama literário brasileiro e enriquece a cultura nacional. Os vencedores têm suas obras publicadas e distribuídas pela editora Record, parceira do Sesc no projeto, com tiragem inicial de 2.500 exemplares. O anúncio dos vencedores será divulgado no mês de maio. Desde a sua criação em 2003, mais de 17 mil livros foram inscritos e 33 novos autores revelados.
A parceria com a editora Record contribui para a credibilidade e a visibilidade do projeto, pois insere os livros na cadeia produtiva do mercado editorial. “Chegamos à 19ª edição com o propósito de revelar novos escritores, que é nossa maior meta. A premiação foi criada em 2003 e se consolidou como a principal do país para autores iniciantes. No ano passado, tivemos a inscrição de 1.688 livros, sendo 850 em Romance e 838 em Conto. O cronograma não foi afetado pela pandemia, porque foi todo executado por trabalho remoto. Dessa forma, o resultado pôde ser divulgado no prazo previsto” explica o analista de Literatura do Departamento Nacional do Sesc, Henrique Rodrigues.
O processo de curadoria e seleção das obras é criterioso e democrático. Os livros são inscritos pela internet, gratuitamente, de forma anônima. Isso impede que os avaliadores reconheçam os reais autores, garantindo a imparcialidade no processo de avaliação. Os romances e contos são avaliados por escritores profissionais renomados, que selecionam as obras pelo critério da qualidade literária.
A relevância do Prêmio Sesc de Literatura também pode ser medida por meio do sucesso dos seus vencedores, que vêm sendo convidados para outros importantes eventos internacionais, como a Primavera Literária Brasileira, realizada em Paris, o Festival Literário Internacional de Óbidos, em Portugal, e a Feira do Livro de Guadalajara, no México.
Vencedores 2021
Na edição de 2021, foram vencedores o paraense Fábio Horácio-Castro, com o romance O réptil melancólico, e o pernambucano Diogo Monteiro, com a coletânea de contos O que a casa criou receberam o Prêmio Sesc de Literatura. A origem dos autores reafirma o estímulo da premiação à diversidade e a capacidade de projetar escritores das mais distintas regiões do país.
Fábio Horácio-Castro, jornalista de formação, tem 52 anos, e é professor universitário. “É a minha primeira participação no Prêmio Sesc e não esperava vencer na categoria. Escrevo mais sobre pesquisas relacionadas à Amazônia. Como eu tinha um projeto deste livro, aproveitei o isolamento da pandemia, finalizei a obra e me inscrevi. Fiquei muito contente com o retorno”, contou. Diogo Monteiro, de 43 anos, também é jornalista e atua com pesquisa de opinião e estratégia. “Sempre escrevi e participava de algumas coletâneas, mas nunca tinha pensado no Prêmio Sesc. Em 2021, tive um livro infantojuvenil publicado. Depois veio o prêmio, sendo a segunda vez em que coloco uma obra para o público, agora na categoria conto”, destaca.
Em 18 anos de prêmio, diversos autores foram descobertos e se consolidaram na literatura nacional, graças ao incentivo da Instituição, entre eles Juliana Leite, Rafael Gallo, Luisa Geisler, André de Leones, Franklin Carvalho, Sheyla Smanioto, Tobias Carvalho e Lucia Bettencourt.
Evento virtual no dia 8/11 reúne Fabio Horácio-Castro e Diogo Monteiro, ganhadores nas categorias Romance e Conto
Os dois livros vencedores do Prêmio Sesc de Literatura 2021 serão lançados no próximo dia 08, às 19h, em evento virtual, promovido pelo Sesc e pela editora Record. Na live, Fabio Horácio-Castro e Diogo Monteiro, ganhadores nas categorias Romance e Conto, apresentam suas obras ao público e falam sobre o processo criativo e a expectativa em relação ao ingresso no mercado editorial. O encontro será transmitido pela página do Prêmio Sesc no Facebook e pelo YouTube Sesc Brasil.
No bate-papo, os vencedores vão dialogar sobre o conteúdo dos seus livros, a trajetória de cada um deles na literatura e como conduzem o processo criativo. Eles também vão ler trechos dos seus livros durante o evento.
Neste lançamento virtual, o público também poderá rever os vencedores da edição de 2020, Caê Guimarães e Tônio Caetano, que participam do debate com os novos autores. Eles vão contar suas experiências e como o Prêmio contribuiu para divulgar sua arte literária.
Haverá lançamentos presenciais em Belém, dia 12 de novembro, com a presença do autor paraense Fabio Horácio-Castro, e no Recife, no dia 10 de novembro, com a presença do pernambucano Diogo Monteiro.
Neste ano, o Prêmio recebeu a inscrição de 1688 livros, sendo 850 em Romance e 838 em Conto. Há 18 anos, o Prêmio Sesc de Literatura revela anualmente dois escritores, sempre nas categorias Romance e Conto. Nesse período, se tornou uma das mais importantes premiações do país, ao oferecer oportunidades a novos escritores contribuindo para impulsionar a renovação no panorama literário brasileiro. O Prêmio é considerado referência por críticos literários, escritores brasileiros e visto como porta de entrada para o mercado editorial do país.
Sobre os livros vencedores
O réptil melancólico fala de colonialidade, colonialismo e colonização. De questões de identidade e pertencimento. Dos sentidos e das narrativas da história. Das alegorias sobre a Amazônia e da Amazônia como alegoria. A narrativa parte do retorno de Felipe para sua cidade, após longa estadia fora do país. Ele seguira para o exílio na primeira infância, levado por sua mãe, militante política perseguida e torturada pelo regime militar brasileiro. Nesse processo de retorno, reestabelece contato com sua família paterna, particularmente com seu primo Miguel, que está fazendo o processo oposto: o de partir da cidade.
O que a casa criou é um livro sobre o espanto. Todos os seus 16 contos, inclusive o que dá nome ao volume, tratam de alguma forma sobre a possibilidade de encontrar o inusitado a qualquer momento, na virada de uma esquina ou no abrir de uma porta. São histórias sobre a fragilidade do real e do nosso confortável conceito de realidade, e sobre como a quebra dessa normalidade age sobre pessoas, lugares e coisas.
Sobre os autores
Fabio Horácio-Castro, paraense e jornalista de formação, tem 52 anos, é professor universitário e venceu com o romance O réptil melancólico. “É a minha primeira participação no Prêmio Sesc e não esperava vencer na categoria. Escrevo mais sobre pesquisas relacionadas ao Amazonas. Como eu tinha um projeto deste livro, aproveitei o isolamento da pandemia, finalizei a obra e me inscrevi. Fiquei muito contente com o retorno”, comemora.
Já o pernambucano Diogo Rios Monteiro, de 43 anos, também é jornalista e atua com pesquisa de opinião e estratégia. Ele venceu com a coletânea de contos O que a casa criou. “Sempre escrevi e participava de algumas coletâneas, mas nunca tinha pensado no Prêmio. Este ano, tive um livro infanto-juvenil publicado pela primeira vez, o Relógio de Sol. Agora, será a segunda vez que coloco uma obra para o público com o Prêmio Sesc, na categoria conto”, destaca.
O Prêmio Sesc de Literatura hoje figura ao lado das maiores premiações nacionais. Os vencedores têm suas obras publicadas e distribuídas pela editora Record, parceira do Sesc no projeto.
Mais informações em www.sesc.com.br/premiosesc
Programação em Portugal inclui Festival de Óbidos e encontros na Fundação José Saramago
Os vencedores da edição 2020 do Prêmio Sesc de Literatura, Caê Guimarães e Tônio Caetano, participam este mês do Festival Literário Internacional de Óbidos (Folio), que reunirá mais de 170 escritores de diversos países na cidade histórica pré-medieval, localizada no interior de Portugal. Os autores também estarão em outros dois encontros promovidos por Bibliotecas associadas à Fundação José Saramago no país.
Caê e Tonio estarão presentes na programação do Folio Mais no dia 24 de outubro, às 11h (horário local), em uma conversa mediada por Henrique Rodrigues, analista de Literatura do Departamento Nacional do Sesc.
No dia 25 de outubro, às 17h, o encontro com vencedores do Prêmio Sesc de Literatura será na Biblioteca José Saramago, em Avis, na região do Alentejo. No dia 27, às 18h30, a conversa acontece na Fundação José Saramago, em Lisboa. Durante os eventos, os escritores vão falar sobre o processo de criação, suas obras e a participação no Prêmio Sesc de Literatura.
Na edição de 2020, Caê Guimarães, do Espírito Santo, foi premiado com a obra “Encontro você no oitavo round”; e Tônio Caetano, do Rio Grande do Sul, venceu na categoria conto com o livro “Terra nos cabelos”. Os ganhadores tiveram obras publicadas e distribuídas pela editora Record. Naquela edição do prêmio, cujo objetivo é promover a literatura nacional e revelar novos talentos, recebeu 1.358 inscrições, sendo 692 romances e 666 livros de contos. A divulgação de autores vencedores do Prêmio em Portugal já vem se consolidando ao longo dos últimos anos. Na última edição em 2019, antes da pandemia, os vencedores da edição 2018, Juliana Leite e Tobias Carvalho, também fizeram roteiro similar para divulgar suas obras.