Com o objetivo de sensibilizar o público e contribuir com o debate sobre a violência contra as mulheres por meio da arte, o Polo Sociocultural Sesc Paraty apresenta a exposição Retratos Relatos – subvertendo a dor, da artista visual Panmela Castro. Em cartaz até 3 de setembro, a mostra apresenta pinturas ao lado de histórias de superação de 10 mulheres, de diversos locais do Brasil.
O projeto “Retratos Relatos” começou ainda em 2019, a partir de mensagens e depoimentos que a artista recebia de dezenas de mulheres de todo o Brasil. Eram relatos sobre situações de violência diversas, mas principalmente histórias de superação. Na exposição desenvolvida a partir de uma residência no Sesc Santa Rita, localizado no centro histórico de Paraty, estão disponíveis histórias como a de Marta Leiro, mãe, moradora do Calafate, região da periferia de Salvador (BA), que conta que viveu um relacionamento abusivo longo. Hoje, livre da violência e da dependência emocional, Marta conta sua história como uma forma de informar e acolher outras mulheres que passam pelos mesmos problemas e dificuldades.
Já Laura de Jesus é responsável pela criação de diversos projetos educacionais e culturais para crianças e adolescentes nas favelas do Rio de Janeiro desde a década de 1980. Atualmente é uma liderança do Quilombo do Campinho da Independência, onde realiza práticas de turismo de base comunitária, agroecologia, atividades culturais e luta pela educação diferenciada. Sua história representa o processo e o esforço coletivo de diversas mulheres na conquista de direitos.
“Cada uma dessas mulheres simboliza temas cruciais relacionados ao enfrentamento à violência e as ferramentas de proteção no Brasil, tais como a história das mulheres, a construção do gênero, o machismo estrutural, a violência física, a violência psicológica, a violência moral, a violência patrimonial, a violência sexual, a Lei Maria da Penha e o Ligue 180”, destaca Maybel Sulamita, responsável pela curadoria.
Além das pinturas e dos depoimentos, a exposição conta também com a Sala dos Espelhos, onde o público pode se expressar livremente através da escrita na superfície espelhada, com mensagens de empatia; a sala de cinema, pensada não só como uma sala de exibição, mas também como um espaço dedicado à escrita de depoimentos; e a exibição da websérie educativa, dividida em 10 capítulos, dedicados às obras e com a efetivação de especialistas sobre os temas que a exposição traz no enfrentamento à violência doméstica.
A centralidade do pensamento negro no campo das artes visuais brasileiras, em diferentes tempos e lugares, é uma das principais premissas que guiam o processo curatorial da mostra Dos Brasis – Arte e Pensamento Negro, a mais abrangente exposição dedicada exclusivamente à produção de artistas negros já realizada no país. A abertura da exposição, que irá ocupar diversos espaços no Sesc Belenzinho, ocorrerá no dia 02 de agosto, às 19h, em São Paulo, e receberá visitantes até 28 de janeiro de 2024. A partir do ano que vem, uma parte da mostra circulará em espaços do Sesc por todo o Brasil pelos próximos 10 anos.
Realizada a partir de um trabalho em conjunto de analistas de cultura da instituição de todo o país, a exposição apresentará ao público trabalhos em diversas linguagens artísticas como pintura, fotografia, escultura, instalações e videoinstalações, produzidos entre o fim do século XVIII até o século XXI por 240 artistas negros, entre homens e mulheres cis e trans, de todos os estados do Brasil. A lista completa dos artistas participantes está disponível ao final do texto.
“Como uma instituição que tem na diversidade uma de suas principais marcas, o Sesc busca por meio de suas ações dar voz aos mais diversos segmentos sociais, estimulando o debate e ajudando a registrar a história e cultura de nosso povo em toda sua abrangência e riqueza. Dentro dessas premissas, o projeto Dos Brasis lançou um olhar aprofundado sobre a produção artística afro-brasileira e sua presença na construção da história da arte no Brasil. Um trabalho que contou com nossos analistas de cultura em todo o país, em um grande alinhamento nacional. A exposição Dos Brasis – Arte e Pensamento Negro é a culminância desse processo e oferece ao público não só a oportunidade de conhecer a obra de artistas e intelectuais negros, com também de refletir sobre sua participação nos diversos contextos sociais”, disse o Diretor-Geral do Departamento Nacional do Sesc, José Carlos Cirilo.
“Em sintonia com os desafios da contemporaneidade, por meio dessa exposição o Sesc São Paulo, ao lado de seus parceiros institucionais, procura desconstruir e subverter as persistentes hierarquizações culturais enfronhadas nas diferentes esferas da sociedade brasileira. O combate ao racismo estrutural passa pela valorização de elementos relacionados à educação e à cultura para a diversidade, assim como pela visibilidade e protagonismo de pessoas negras e indígenas de modo a reforçar a empatia, a solidariedade e o respeito entre os diversos membros do corpo social”, afirma Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc São Paulo.
A ideia nasceu em 2018. Um projeto de pesquisa, fruto do desejo institucional do Sesc em conhecer, dar visibilidade e promover a produção afro-brasileira. Para sua realização, foram convidados os curadores Hélio Menezes e Igor Simões. Em 2022, o projeto passa a ter a curadoria geral de Simões, com os curadores adjuntos Marcelo Campos e Lorraine Mendes.
Para se chegar a esse expressivo e representativo número de artistas negros, presentes em todo o território nacional, foram abertas duas importantes frentes. Na primeira, foram realizadas pesquisas in loco em todas as regiões do Brasil, com a participação do Sesc em cada estado, com o objetivo de trazer a público vozes negras da arte brasileira. Essas ações desdobraram-se em atividades e programas como palestras, leituras de portfólio, exposições, entre outros, com foco local. Vale ressaltar que esse processo teve uma atenção para que não se limitasse apenas às capitais do país, englobando também a produção artística da população negra de diversas localidades, como cidades do interior e comunidades quilombolas. A equipe curatorial pesquisou obras e documentos em ateliês, portfólios e coleções públicas e particulares, para oferecer ao público a oportunidade de conhecer um recorte da história da arte produzida pela população negra do Brasil e entender a centralidade do pensamento negro na arte brasileira.
A segunda frente foi a realização de um programa de residência artística on-line intitulado “Pemba: Residência Preta”, que contou com mais de 450 inscrições e selecionou 150 residentes. De maio a agosto de 2022, os integrantes foram orientados por Ariana Nuala (PE), Juliana dos Santos (SP), Rafael Bqueer (PA), Renata Sampaio (RJ) e Yhuri Cruz (RJ). A Residência, que reuniu artistas, educadores e curadores/críticos, contou ainda com uma série de aulas públicas, com a participação de Denise Ferreira da Silva, Kleber Amâncio, Renata Bittencourt, Renata Sampaio, Rosana Paulino e Rosane Borges, disponíveis no canal do Youtube do Sesc Brasil.
A proposta curatorial rompe com divisões como cronologia, estilo ou linguagem. Para esta exposição de arte preta, não caberá a junção formal, estilística ou estética. Dessa maneira, os espaços expositivos do Sesc Belenzinho contarão com sete núcleos – Romper, Branco Tema, Negro Vida, Amefricanas, Organização Já, Legitima Defesa e Baobá – que têm como referência pensamentos de importantes intelectuais negros da história do Brasil como Beatriz Nascimento, Emanoel Araújo, Guerreiro Ramos, Lélia Gonzales e Luiz Gama.
A exposição acontece em 2 de agosto de 2023 a 28 de janeiro de 2024. A partir dessa data, uma parte da mostra circulará em espaços do Sesc por todo o Brasil pelos próximos 10 anos.
Após um período de três anos fechado para reformas, o Teatro Sesc Casa do Comércio, em Salvador/BA, foi reinaugurado pelo Sesc-BA. A reforma do teatro exigiu um investimento de R$ 15 milhões e resultou em uma nova estrutura, que inclui dez espaços para acomodar cadeirantes, deixando o local mais inclusivo. A área total do teatro agora é superior a três mil metros quadrados, com capacidade para 521 cadeiras.
Idealizado e projetado originalmente na década de 1980, o Teatro Sesc Casa do Comércio passou por uma requalificação abrangente, que envolveu ampla reformas no palco, na plateia, nos camarins e no foyer. Também houve modernização do sistema de som e iluminação, do café bar, substituição de poltronas, carpetes e revestimentos acústicos. O local será utilizado para abrigar projetos e eventos relacionados às artes cênicas, artes visuais, literatura e música.
Nessa programação de reestreia, o teatro terá shows de artistas como Nando Reis, Vanessa da Mata, Elba Ramalho, Flávio Venturini e Ana Mametto.
O Sesc trabalha pelo incentivo e difusão da produção musical brasileira, levando ao público diversas manifestações artísticas e culturais. Sua programação inclui oferta de atividades de formação e aprimoramento, circulação de projetos artísticos e apoio à preservação do patrimônio musical brasileiro.
A música está presente na vida das pessoas diariamente. De acordo com pesquisa feita pela Opinion Box, cerca de 79% da população brasileira ouve música todos os dias. Além disso, estudos mostram que ouvir música, tocar um instrumento tem a capacidade de melhorar o humor e condições físicas.
Nesse sentido, o Sesc valoriza as produções locais, os processos de pesquisa e o trabalho de artistas com pouca exposição, a fim de contemplar a grande diversidade da cultura musical do país, criando para o público oportunidades de ampliação de repertório.
Conheça três projetos na área musical do Sesc, que buscam, por meio da música, enriquecer ainda mais a cultura brasileira: Sonora Brasil, Sesc Orquestras Jovens e Sesc Partituras.
O projeto Sonora Brasil foi criado em 1998 com o objetivo de promover artistas e/ou grupos musicas de todas as regiões do Brasil. A escolha dos participantes é realizada por técnicos do Sesc de todos os estados, que atuam na programação da área de música da instituição. Esse movimento garante uma maior pluralidade e diversidade na escolha dos artistas, valorizando as potências locais.
Em todos esses anos, mais de 400 músicos já participaram do projeto, que também acumula cerca de 6 mil apresentações em aproximadamente 150 cidades brasileiras. É possível conhecer um pouco desses mais de 20 anos de projeto através da coleção Sonora Brasil, disponível na Biblioteca do Sesc.
O Sesc foi a primeira instituição do país a desenvolver, em 2004, um projeto cujo objetivo era oferecer cursos de instrumentos e prática de conjuntos para adolescentes. Através da arte é possível desenvolver habilidades sociais e, com a música, não é diferente, conforme já ficou claro na primeira parte desse artigo.
Atualmente, o Sesc Orquestras Jovens está presente nos seguintes estados: Maranhão, Mato Grosso (Polo Socioambiental Sesc Pantanal), Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro (Polo Educacional Sesc), Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe.
O Sesc Partitura é uma biblioteca virtual que tem o objetivo de preservar e disseminar o patrimônio musical brasileiro por meio da disponibilização de partituras digitalizadas e editadas.
Os documentos disponibilizados na plataforma foram autorizados por seus autores ou são de domínio público. O acesso ao site é gratuito e, por lá, o visitante pode realizar consultas e fazer o download das obras catalogadas.
O acervo da biblioteca possui obras de compositores brasileiros de várias gerações, datando o período colonial até os dias atuais. Vale mencionar que não são aceitas partituras de artistas estrangeiros. Desse projeto, nasceu a série Concertos Sesc Partituras, cujo objetivo é divulgar a biblioteca e aproximar o público das obras disponibilizadas através de apresentações musicais.
A atuação cultural do Sesc tem como objetivo inspirar brasileiros através da disseminação de vivências e valores, mostrando o quanto essas experiências são enriquecedoras para o corpo e a mente. Visite a unidade mais próxima da sua residência e participe de alguma das nossas atividades!
Saiu hoje os vencedores da edição 2023 do Prêmio Sesc de Literatura. “Outro outono de carne estranha”, do paraense Airton Souza, foi escolhido o melhor Romance; e “O ninho”, de autoria da pernambucana radicada em São Paulo Bethânia Pires Amaro, foi o selecionado da categoria Conto.
Os dois autores, estreantes nos gêneros em que foram premiados, terão o livro publicado pela Editora Record. Após o lançamento, eles fazem um circuito ao longo de todo um ano, pelas unidades do Sesc, em dezenas de cidades, e participam de outros eventos e feiras.
O Prêmio Sesc de Literatura completa 20 anos em 2023, sendo considerado um dos mais importantes e consagrados no reconhecimento de escritores estreantes. A origem dos vencedores de 2023 mostra mais uma vez o estímulo do Prêmio a novos talentos das mais diferentes regiões do Brasil. Os dois livros serão lançados em novembro pela editora Record, parceira do Prêmio Sesc desde a sua criação.
A história de “Outro outono de carne estranha” remonta os anos 1980, no final da ditadura, quando dois homens se encontram e se apaixonam em pleno garimpo de Serra Pelada, onde relacionamentos homoafetivos eram proibidos, segundo a lei não escrita local. A violência, a paixão, o amor, a intervenção do Estado e a busca desenfreada pelo ouro se interconectam na mesma paisagem árida, que inclui até o cabaré local, que foi inspirado na própria vivência do autor, Airton Souza. O escritor passou parte da infância em uma dessas casas de prostituição de propriedade de uma tia e do pai, um piauiense que se mudou para o Pará em busca da riqueza do metal. “A minha escrita é uma forma de pagar uma dívida afetiva e de retratar esse ambiente complexo que existiu no Brasil daquela época e que pode continuar a coexistir até hoje nos garimpos espalhados por essa imensa Amazônia”, relembra Airton.
Já os contos de “O ninho” dissecam as relações familiares sob a ótica feminina e buscam dessacralizar a casa como um lugar idílico e de segurança afetiva, “normalmente retratada assim nas postagens de famílias perfeitas das mídias sociais”, explica Bethânia Pires Amaro. Os contos vão se desenrolando para trazer à luz a disfuncionalidade do ‘lar’, em que o amor muitas vezes se mistura a dores e cicatrizes. “Queria mostrar a quem lê, e que muitas vezes vive distúrbios alimentares, abusos e racismo em solidão atrás de quatro paredes, que essa pessoa não está só”, descreve a autora, que viveu a infância no interior da Bahia e em Salvador, onde percorria sebos e bibliotecas para ler tudo o que encontrasse de interesse naquelas estantes.
Criado em 2003, o Prêmio Sesc recebeu, nesta edição, 1.495 inscrições, das quais 770 foram obras originais na categoria romance e 725 em conto. Joca Reiners Terron e Suzana Vargas foram os jurados da primeira categoria e Giovana Madalosso e Sérgio Rodrigues, da segunda.
Projetos começam a circular por 24 estados e o Distrito Federal com música, teatro, dança e circo
Rio de Janeiro, 27 de abril de 2023 – Ao som de jongos, batuques e sambas, ritmos que estão na raiz da cultura brasileira, foi aberta a comemoração dos 25 anos do Palco Giratório e do Sonora Brasil, dois projetos do Sesc que rodam o país levando música, teatro, dança e circo para o público. A festa ocorreu no Sesc de Copacabana, no Rio de Janeiro, na noite desta quarta-feira (26), e marcou o início da circulação dos grupos por 24 estados e o Distrito Federal.
O evento uniu o berço do samba de Madureira, na voz de Marquinhos de Osvaldo Cruz, aos jongos cantados por Nina Rosa, neta de uma angolana que veio para Rio de Janeiro na década de 1940, no show Batuques do Rio. Marquinhos e Nina Rosa fazem parte dos 30 grupos artísticos e de tradição que estarão em 52 cidades ao longo de 2023 pelo projeto Sonora Brasil, cujo tema é “Culturas bantu: afro-sonoridades tradicionais e contemporâneas”. A cultura Bantu nasceu na África Central e foi trazida para o Brasil pelos negros escravizados.
Na roda de conversa, que antecedeu o show, também esteve no centro do palco a atriz Carmem Luz. Ela estará no Palco Giratório com o espetáculo Cartas para Mercedesssss, que conta a vida de Mercedes Baptista, a primeira bailarina negra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Na roda, Carmem Luz lembrou a importância dos dois projetos para a formação de plateias, fomento à cultura nacional e estímulo ao trabalho dos artistas. “Agradeço a essa curadoria do Sesc que anda auscultando um Brasil novo. Quando fazemos o giro pelas cidades, não estamos só. Estamos com todo esse pessoal que não foi. E queremos que muita gente continue a ir. Agradeço nossa presença radicalmente preta no Palco Giratório” comemora.
O Palco Giratório mobilizará ao longo do ano 464 artistas, pesquisadores e produtores culturais, em uma circulação por 73 cidade, com 238 apresentações. Além dos 15 espetáculos previstos no circuito, o projeto promove oficinas e atividades formativas.
O diretor-geral do Sesc, Jose Carlos Cirilo lembrou a força de programas culturais do Sesc. “Por todo o Brasil, são desenvolvidas programações e atividades que apresentam ao público de todas as idades a diversidade do universo cultural com suas múltiplas possibilidades. Nossa ação cultural estimula o debate e a reflexão sobre diferentes temas. É um poderoso instrumento de transformação social”. E os números são grandiosos. “Para vocês terem uma ideia, só em 2022, impactamos mais de 16 milhões de pessoas por meio da Cultura em todo o Brasil. Esse é o nosso fazer. É disso que nos orgulhamos”, finalizou.
Hoje Palco Giratório apresenta seu primeiro espetáculo de 2023, Cartas para Mercedessssss. A apresentação será no teatro de arena do Sesc Copacabana, com entrada gratuita. Composta por dança, artes visuais e apresentação sonora, a obra da Cia Étnica de Dança (RJ) é um espetáculo de vanguarda com temáticas afro-punk-rock-tambor.
Histórico
O Palco Giratório é um projeto de difusão e intercâmbio das Artes Cênicas, que intensifica a formação de plateias a partir da circulação de espetáculos dos mais variados gêneros. O Sonora Brasil desenvolve programações musicais com temáticas relacionadas à cultura brasileira, dentro de uma proposta de valorização, preservação e difusão do patrimônio cultural em seu amplo espectro.
O Palco Giratório foi lançado em 1998 e, desde então, trouxe 380 grupos artísticos, oriundos de todas as regiões brasileiras, em mais de 10.000 apresentações a um público estimado em 5 milhões de espectadores em suas turnês pelo Brasil. No mesmo período, o Sonora Brasil, percorreu 210 cidades brasileiras, com 6.500 apresentações, além de produzir 16 documentários e quatro álbuns.
Veja abaixo a lista de espetáculos do Palco Giratório deste ano:
Cartas para Mercedesssssss (RJ) Imalẹ̀ Inú Ìyágbà (SP) Preta Mina – O fim do silêncio, o eco do incômodo (RS) Cuidado com Neguin (RJ) Provisoriamente não cantaremos o amor (SC) Vikings e o Reino Saqueado (PR) A invenção do Nordeste (RN) Clássicos de Palhaço (PI) E.L.A. (CE) Narrativas Encontradas Numa Garrafa Pet (PE) Iracema (CE) Luna de Miel (TO) Adeus de Maria (MT) Senhora P (DF) Ninho (TO)
Veja abaixo os artistas participantes do Sonora Brasil 2023:
Tiganá Santana (BA) Marissol Mwaba e François Muleka (SC) Jorge Dissonância e Pedro Mendonça (SE) Nega Lú (MT) André Jamaica, Nina Rosa, Paulino Dias, Nego Álvaro, Thiago Kobe, Lúcio Rodrigues e Leonardo Pereira (RJ) Ticumbi de Conceição da Barra (ES) Primeiro Terno de Nossa Senhora do Rosário de Montes Claros (MG) AFATABE- Associação dos Filhos e Amigos do Ashé Tatá Bokùlê (RR) Jongo do Quilombo do Campinho (RJ)
Com abertura prevista para julho, mostra reunirá cerca de 240 artistas negros, de todos os estados do Brasil, sob curadoria de Igor Simões, em parceria com Lorraine Mendes e Marcelo Campos
A centralidade do pensamento negro no campo das artes visuais brasileiras, em diferentes tempos e lugares. Essa é uma das principais premissas que norteiam o processo curatorial da mostra Dos Brasis – Arte e Pensamento Negro, a mais abrangente exposição dedicada exclusivamente à produção de artistas negros já realizada no país, que será aberta em julho, no Sesc Belenzinho, em São Paulo. A partir de 2024 uma parte da mostra circulará em espaços do Sesc por todo o Brasil pelos próximos 10 anos.
A ideia nasceu em 2018, um projeto de pesquisa fruto do desejo institucional do Sesc em conhecer, dar visibilidade e promover a produção afro-brasileira. Para sua realização, foram convidados os curadores Hélio Menezes e Igor Simões. Em 2022, o projeto passa a ter a curadoria geral de Simões com os curadores adjuntos Marcelo Campos e Lorraine Mendes.
Pensamento Negro – A exposição apresentará ao público trabalhos em diversas linguagens artísticas como pintura, fotografia, escultura, instalações e videoinstalações, produzidos entre o fim do século XVIII até o século XXI por 240 artistas negros, entre homens e mulheres, de todos os estados do Brasil.
CLIQUE AQUI E CONFIRA A LISTA DE ARTISTAS PARTICIPANTES
Para se chegar a esse expressivo e representativo número de artistas negros, presentes em todo o território nacional, foram abertas duas importantes frentes. Na primeira, foram realizadas pesquisas in loco em todas as regiões do Brasil com a participação do Sesc em cada estado, com o objetivo de trazer a público vozes negras da arte brasileira. Essas ações desdobraram-se em atividades e programas como palestras, leituras de portfolio, exposições, entre outros, com foco local. Vale ressaltar que esse processo teve uma atenção especial para que não se limitasse apenas às capitais do país, englobando também a produção artística da população negra de diversas localidades, como cidades do interior e comunidades quilombolas.
A equipe curatorial pesquisou obras e documentos em ateliês, portfólios e coleções públicas e particulares, para oferecer ao público a oportunidade de conhecer um recorte da história da arte produzida pela população negra do Brasil e entender a centralidade do pensamento negro na arte brasileira.
A segunda frente foi a realização de um programa de residência artística on line intitulado “Pemba: Residência Preta”, que contou com mais de 450 inscrições e selecionou 150 residentes. De maio a agosto de 2022, os integrantes foram orientados por Ariana Nuala (PE), Juliana dos Santos (SP), Rafael Bqueer (PA), Renata Sampaio (RJ) e Yhuri Cruz (RJ). A Residência, que reuniu artistas, educadores e curadores/críticos, contou ainda com uma série de aulas públicas com a participação de Denise Ferreira da Silva, Kleber Amâncio, Renata Bittencourt, Renata Sampaio, Rosana Paulino e Rosane Borges, disponíveis no canal do Youtube do Sesc Brasil.
Núcleos – A proposta curatorial rompe com divisões como cronologia, estilo ou linguagem. Para esta exposição de arte preta, não caberá a junção formal, estilística ou estética. Dessa maneira, os espaços expositivos do Sesc Belenzinho contarão com sete núcleos: Romper, Branco Tema, Negro Vida, Amefricanas, Organização Já, Legitima Defesa e Baobá, que têm como referência pensamentos de importantes intelectuais negros da história do Brasil como Beatriz Nascimento, Emanoel Araújo, Guerreiro Ramos, Lélia Gonzales e Luiz Gama.
A centralidade do pensamento negro no campo das artes visuais brasileiras, em diferentes tempos e lugares. Essa é uma das principais premissas que norteiam o processo curatorial da mostra Dos Brasis – Arte e Pensamento Negro, a mais abrangente exposição dedicada exclusivamente à produção de artistas negros já realizada no país, que será aberta em julho, no Sesc Belenzinho, em São Paulo. A partir de 2024 uma parte da mostra circulará em espaços do Sesc por todo o Brasil pelos próximos anos.
A segunda frente foi a realização de um programa de residência artística online intitulado “Pemba: Residência Preta”, que contou com mais de 450 inscrições e selecionou 150 residentes. De maio a agosto de 2022, os integrantes foram orientados por Ariana Nuala (PE), Juliana dos Santos (SP), Rafael Bqueer (PA), Renata Sampaio (RJ) e Yhuri Cruz (RJ). A Residência, que reuniu artistas, educadores e curadores/críticos, contou ainda com uma série de aulas públicas com a participação de Denise Ferreira da Silva, Kleber Amâncio, Renata Bittencourt, Renata Sampaio, Rosana Paulino e Rosane Borges, disponíveis no canal do Youtube do Sesc Brasil.
Núcleos – A proposta curatorial rompe com divisões como cronologia, estilo ou linguagem. Para esta exposição de arte preta, não caberá a junção formal, estilística ou estética.
Dessa maneira, os espaços expositivos do Sesc Belenzinho contarão com sete núcleos: Romper, Branco Tema, Negro Vida, Amefricanas, Organização Já, Legitima Defesa e Baobá, que têm como referência pensamentos de importantes intelectuais negros da história do Brasil como Beatriz Nascimento, Emanoel Araújo, Guerreiro Ramos, Lélia Gonzales e Luiz Gama.
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