O Sesc no Rio Grande do Sul lançou diversas iniciativas de incentivo à retomada do setor cultural frente às consequências das enchentes que assolam o estado desde o fim de abril. Até 17 de junho, uma convocação pública nomeada como “Nossa Arte Circula RS” receberá inscrições de artistas de circo, teatro, dança, música e literatura para uma série de circuitos culturais que serão realizados em diversas cidades gaúchas. No dia 08, o “Recomeça Teatro”, no Sesc Alberto Bins, em Porto Alegre, iniciou uma programação de espetáculos porto-alegrenses e da Região Metropolitana, com ingressos solidários para arrecadar doações para a classe artística. Além disso, o espaço cultural do Sesc na Capital Gaúcha também abriu, no dia 10, um edital de ocupação, com 90% do valor da bilheteria arrecadada nas apresentações garantido para os contemplados.
As inscrições para o edital do “Nossa Arte Circula RS” vão até o dia 17 de junho, e os resultados devem ser divulgados já no dia 27. 60 atrações serão selecionadas e divididas nos circuitos, que contemplarão 30 cidades do interior gaúcho. Cada circuito será fechado com três cidades, composto por duas atrações de artes cênicas, duas de música e duas atividades de literatura. A programação, por município, ocorrerá num mesmo dia, com entradas gratuitas para o público. Em agosto, as primeiras cidades a receber o projeto são Passo Fundo, Erechim e Frederico Wesphalen. Na segunda etapa, será a vez de Cruz Alta, Ijuí e Santo Ângelo. Até dezembro, acontecerão circuitos em Alegrete, Uruguaiana, São Borja, São Luiz Gonzaga, Santa Rosa, Três de Maio, Lajeado, Carazinho, Palmeira das Missões, Venâncio Aires, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Canoas, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Montenegro, Gravataí, Camaquã, Rio Grande, Pelotas, Bagé, Farroupilha, Caxias do Sul e Vacaria.
Artistas profissionais, representados por pessoa jurídica, residentes do Rio Grande do Sul, interessados em participar devem se inscrever através do formulário https://forms.gle/To6Q8P7zFimKY52j7. Não são aceitos espetáculos ou apresentações inéditas. No momento do cadastro, é necessário preencher informações sobre o espetáculo, especificações técnicas, histórico dos artistas, dentre outros dados. No caso da música, a inscrição é para duplas ou grupos de até seis participantes. Já no caso da literatura, é possível enviar propostas de performances literárias, mediações de leitura e oficinas. As apresentações de artes cênicas precisam ser enviadas em vídeo para avaliação, que será realizada por colaboradores do Sesc/RS. Divididas na agenda de circuitos, cada atração selecionada participará, ao todo, de três apresentações. O cachê, custos de produção, divulgação, transporte e hospedagem são mantidos pelo Sesc/RS. O edital completo pode ser consultado no site www.sesc-rs.com.br/convocatoria-nossa-arte-circula. Dúvidas podem ser sanadas pelo e-mail artesescrs@sesc-rs.com.br.
Além disso, o Teatro do Sesc Alberto Bins recebe, até 29 de junho, inscrições para ocupação, de agosto até dezembro. O edital, que pode ser consultado no site www.sesc-rs.com.br/albertobins/, foi adaptado para ampliar o retorno de bilheteria aos grupos contemplados nas áreas de teatro, dança e circo: 90% da arrecadação será repassada aos artistas. Serão selecionados 12 espetáculos, sendo cinco vagas destinadas para grupos que não sejam da Região Metropolitana de Porto Alegre. O formulário de inscrição está disponível no link https://forms.gle/oo4JPcDDyafimmFj8. O resultado sai no dia 09 de julho.
Retorno de renomados eventos culturais, como o 18º Festival Palco Giratório Sesc, estão confirmados
Para além dessas ações, o Sesc/RS estimula o setor cultural através de eventos. Dentre os principais festivais de artes cênicas do Sul do País, o 18º Festival Palco Giratório Sesc em Porto Alegre seria realizado em maio e precisou ser adiado por conta da tragédia climática. Uma nova data já está confirmada para a sua realização: de 31 de outubro e 14 de novembro.
As Aldeias Sesc também estão confirmadas para o segundo semestre. A 17ª Aldeia Sesc Capilé, em São Leopoldo, será de 14 a 18 de agosto. Em Santa Rosa, a 7ª Aldeia Ivy Pitã acontecerá de 23 a 27 de outubro. Em Caxias do Sul, a 11º edição do evento será realizada de 04 a 10 de novembro. Já em Passo Fundo, a 2º Aldeia Sesc acontece de 05 a 09 de novembro.
O Sesc/RS, além disso, intensifica as apresentações culturais em escolas públicas com o projeto Teatro a Mil. 176 sessões já estão confirmadas entre junho e novembro, através do talento de 15 grupos de artistas gaúchos, em várias cidades do Estado. A estimativa é de que o projeto contemple em torno de 60 mil estudantes até o final do ano.
Mobilizações em prol do estado
Diante do estado de calamidade pública decretado pelo Governo do Rio Grande do Sul em função dos temporais, enchentes, inundações e deslizamentos de terra que assolaram a região, o Sesc em articulação com as outras entidades Sistema CNC-Sesc-Senac, está mobilizado para auxiliar as muitas pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade. Já foram arrecadados mais de 8,7 milhões de reais entre doações do Sistema Comércio, parceiros e pessoas físicas. Além disso, unidades da instituição em diversas regiões estão recebendo doações. Quem quiser participar dessa corrente de solidariedade pode fazer uma doação de qualquer quantia via Pix para mesabrasil@sesc-rs.com.br ou depósito/transferência para Banco do Brasil, agência 3418-5, conta corrente 6461-0, CNPJ 03.575.238-0001/33, em nome de Sesc Mesa Brasil 2020
Maior projeto de circulação de artes cênicas do país, a 26ª edição do Palco Giratório circulará de abril a dezembro com 404 apresentações e 264 cursos e oficinas, realizadas por 17 grupos artísticos. Espetáculos de teatro, dança e circo compõem a programação dessa edição, que alcançará 80 cidades de 25 estados e Distrito Federal. O lançamento do circuito será dia 17 de abril, em Curitiba (PR), e reunirá dois importantes artistas que são homenageados nessa edição: o ator e diretor Amir Haddad, criador do Grupo Tá na Rua, e o ator, compositor e diretor musical e capitão de congado Maurício Tizumba.
“Ao longo de 26 anos de atuação, o Palco Giratório se consolidou como um importante projeto de difusão e intercâmbio de artes cênicas. E a chave do sucesso da iniciativa está na curadoria, formada por profissionais do Sesc de todo o país, que acompanham o cenário teatral em suas regiões e trazem seus olhares para uma discussão coletiva. Desse compartilhamento nasce a programação do circuito anualmente, uma importante amostra da produção cênica brasileira”, explica a Diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc, Janaina Cunha.
O Palco Giratório deste ano traz espetáculos de diversas temáticas, que retratam importantes questões em debate na sociedade, como a musicalidade, a intergeracionalidade, a negritude, a acessibilidade e a inclusão. O circuito também destaca o trabalho de Amir Haddad e Maurício Tizumba, artistas que contribuem para o cenário das artes cênicas brasileiras há mais de meio século.
“A decisão de colocar no centro da 26ª edição do projeto os atores e diretores mineiros Amir Haddad e Maurício Tizumba está alinhada com a busca por diversidade nas ações do Sesc. Ambos são duas referências do teatro e da música brasileira e também foram homenageados pelo 34ª Prêmio Shell de Teatro”, destaca Janaina Cunha.
Amir Haddad, tem 86 anos de vida e 66 de carreira. Dirigiu grandes nomes da arte brasileira, como Marieta Severo, Andreia Beltrão e Letícia Spiller e é o fundador do Grupo de Teatro Tá na Rua, com o qual se apresenta no circuito. A peça “Zaratustra: uma transvaloração dos valores” nasceu da relação de Haddad com o personagem Zaratustra escrito pelo filósofo Friedrich Nietzsche.
Maurício Tizumba é ator, compositor, cantor, multiinstrumentista, diretor musical e capitão de congado. Sua trajetória artística baseada no diálogo entre diversas linguagens e entre a arte e as manifestações populares tradicionais da cultura afro-brasileira. Tizumba vai se apresentar com “Herança”, que retrata a busca e o resgate da herança cultural afro-brasileira como bússola para a diáspora negra.
O Palco Giratório também traz ao público em sua programação outros grandes nomes da cultura brasileira. O espetáculo “Leci Brandão”, com o Grupo Lapilar Produções Artísticas (RJ), vencedor do Prêmio Shell 2024 na categoria direção, conta a trajetória da sambista carioca em um musical a partir das histórias de seus orixás. O espetáculo “Maria Firmina”, do Núcleo Atmosfera (MA), faz uma releitura sobre a vida e obra da primeira mulher negra a escrever um romance no Brasil.
As crianças também são contempladas no circuito. A opereta infantojuvenil “Cabelos Arrepiados”, da companhia Buia Teatro de Manaus, é um exemplo. Premiado como Melhor Grupo de Teatro do Brasil em 2022, o grupo traz um espetáculo inspirado na literatura fantástica de autores como Edgar Allan Poe e Tim Burton. O circo também está representado na circulação com espetáculos como “Mar Acá”, do Grupo Locômbia Teatro de Andanças, formado por atores colombianos que vivem em Roraima.
O interesse e a sensibilidade do público para as mais diversas manifestações culturais, a valorização do artista, o debate, a reflexão e o diálogo entre criadores e espectadores são perspectivas que pautam a atuação do Sesc no campo da cultura. Um encontro permanente de distintas visões de mundo no rumo da construção de conhecimentos.
Nas Artes Cênicas, além do entretenimento proporcionado pelo teatro, dança, circo, intervenção urbana e performance, integrando tradição e contemporaneidade, o público também desenvolve olhares que possibilitam o surgimento de novas práticas no dia a dia. A arte transforma a vida e reafirma o sentido da comunidade.
Projetos começam a circular por 24 estados e o Distrito Federal com música, teatro, dança e circo
Rio de Janeiro, 27 de abril de 2023 – Ao som de jongos, batuques e sambas, ritmos que estão na raiz da cultura brasileira, foi aberta a comemoração dos 25 anos do Palco Giratório e do Sonora Brasil, dois projetos do Sesc que rodam o país levando música, teatro, dança e circo para o público. A festa ocorreu no Sesc de Copacabana, no Rio de Janeiro, na noite desta quarta-feira (26), e marcou o início da circulação dos grupos por 24 estados e o Distrito Federal.
O evento uniu o berço do samba de Madureira, na voz de Marquinhos de Osvaldo Cruz, aos jongos cantados por Nina Rosa, neta de uma angolana que veio para Rio de Janeiro na década de 1940, no show Batuques do Rio. Marquinhos e Nina Rosa fazem parte dos 30 grupos artísticos e de tradição que estarão em 52 cidades ao longo de 2023 pelo projeto Sonora Brasil, cujo tema é “Culturas bantu: afro-sonoridades tradicionais e contemporâneas”. A cultura Bantu nasceu na África Central e foi trazida para o Brasil pelos negros escravizados.
Na roda de conversa, que antecedeu o show, também esteve no centro do palco a atriz Carmem Luz. Ela estará no Palco Giratório com o espetáculo Cartas para Mercedesssss, que conta a vida de Mercedes Baptista, a primeira bailarina negra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Na roda, Carmem Luz lembrou a importância dos dois projetos para a formação de plateias, fomento à cultura nacional e estímulo ao trabalho dos artistas. “Agradeço a essa curadoria do Sesc que anda auscultando um Brasil novo. Quando fazemos o giro pelas cidades, não estamos só. Estamos com todo esse pessoal que não foi. E queremos que muita gente continue a ir. Agradeço nossa presença radicalmente preta no Palco Giratório” comemora.
O Palco Giratório mobilizará ao longo do ano 464 artistas, pesquisadores e produtores culturais, em uma circulação por 73 cidade, com 238 apresentações. Além dos 15 espetáculos previstos no circuito, o projeto promove oficinas e atividades formativas.
O diretor-geral do Sesc, Jose Carlos Cirilo lembrou a força de programas culturais do Sesc. “Por todo o Brasil, são desenvolvidas programações e atividades que apresentam ao público de todas as idades a diversidade do universo cultural com suas múltiplas possibilidades. Nossa ação cultural estimula o debate e a reflexão sobre diferentes temas. É um poderoso instrumento de transformação social”. E os números são grandiosos. “Para vocês terem uma ideia, só em 2022, impactamos mais de 16 milhões de pessoas por meio da Cultura em todo o Brasil. Esse é o nosso fazer. É disso que nos orgulhamos”, finalizou.
Hoje Palco Giratório apresenta seu primeiro espetáculo de 2023, Cartas para Mercedessssss. A apresentação será no teatro de arena do Sesc Copacabana, com entrada gratuita. Composta por dança, artes visuais e apresentação sonora, a obra da Cia Étnica de Dança (RJ) é um espetáculo de vanguarda com temáticas afro-punk-rock-tambor.
Histórico
O Palco Giratório é um projeto de difusão e intercâmbio das Artes Cênicas, que intensifica a formação de plateias a partir da circulação de espetáculos dos mais variados gêneros. O Sonora Brasil desenvolve programações musicais com temáticas relacionadas à cultura brasileira, dentro de uma proposta de valorização, preservação e difusão do patrimônio cultural em seu amplo espectro.
O Palco Giratório foi lançado em 1998 e, desde então, trouxe 380 grupos artísticos, oriundos de todas as regiões brasileiras, em mais de 10.000 apresentações a um público estimado em 5 milhões de espectadores em suas turnês pelo Brasil. No mesmo período, o Sonora Brasil, percorreu 210 cidades brasileiras, com 6.500 apresentações, além de produzir 16 documentários e quatro álbuns.
Veja abaixo a lista de espetáculos do Palco Giratório deste ano:
Cartas para Mercedesssssss (RJ) Imalẹ̀ Inú Ìyágbà (SP) Preta Mina – O fim do silêncio, o eco do incômodo (RS) Cuidado com Neguin (RJ) Provisoriamente não cantaremos o amor (SC) Vikings e o Reino Saqueado (PR) A invenção do Nordeste (RN) Clássicos de Palhaço (PI) E.L.A. (CE) Narrativas Encontradas Numa Garrafa Pet (PE) Iracema (CE) Luna de Miel (TO) Adeus de Maria (MT) Senhora P (DF) Ninho (TO)
Veja abaixo os artistas participantes do Sonora Brasil 2023:
Tiganá Santana (BA) Marissol Mwaba e François Muleka (SC) Jorge Dissonância e Pedro Mendonça (SE) Nega Lú (MT) André Jamaica, Nina Rosa, Paulino Dias, Nego Álvaro, Thiago Kobe, Lúcio Rodrigues e Leonardo Pereira (RJ) Ticumbi de Conceição da Barra (ES) Primeiro Terno de Nossa Senhora do Rosário de Montes Claros (MG) AFATABE- Associação dos Filhos e Amigos do Ashé Tatá Bokùlê (RR) Jongo do Quilombo do Campinho (RJ)
Este espaço abrange ensaios, críticas e artigos relacionados à esfera de atuação do Palco Giratório, ou seja, ao campo das artes cênicas de um modo geral. Estão reunidos desde ensaios críticos produzidos no âmbito do Projeto Cena Em Questão, realizado em Aldeias do Palco Giratório, e artigos produzidos pelos palestrantes envolvidos nos Seminários HistóriaS do Teatro Brasileiro e Historiografias da Dança Brasileira, realizados pelo Sesc em 2016 e 2018, respectivamente, nas cinco regiões geográficas do país. Tais seminários buscaram discutir e difundir as historiografias dos movimentos do teatro e da dança no Brasil, questionando as abordagens hegemônicas ainda presentes nos mais diversos contextos de ensino e pesquisa.
HistóriaS do Teatro Brasileiro – coordenação e curadoria da equipe de Artes Cênicas do Sesc Nacional com as pesquisadoras Ângela Reis e Ana Luísa Lima
Historiografias da Dança Brasileira – coordenação e curadoria da equipe de Artes Cênicas do Sesc Nacional com a pesquisadora Flavia Meireles
Cena em Questão
Histórias do Teatro Brasileiro
História Oral do Teatro em Porto Alegre – Pesquisa História e Perspetivas do Teatro em Porto Alegre – Clóvis D. Massa
Histórias do Circo e do Teatro no Semiárido Brasileiro e suas Implicações na Educação – Reginaldo Carvalho da Silva
Histórias do Teatro Brasileiro – Angela de Castro Reis e Ana Luisa Lima
Histórias do Teatro no antigo Sul de Mato Grosso ou A Gênese do Teatro em Mato Grosso do Sul – Fabricio Moser
Histórias do Teatro-DF Por Meio da Documentação – Elizângela Carrijo
O Fazer Teatral em Manaus-Amazonas – Nereide de Oliveira Santiago
O Teatro Cearense em Síntese – Marcelo Farias Costa
Panorama do Teatro no Espírito Santo – Duilio Kuster
Performance da Plenitude e Performance da Ausência – Michele Campos de Miranda
Pesquisas que desvelam as histórias do teatro em Santa Catarina – Vera Collaço
Teatro Goiano – identidades que se constroem nas práticas do teatro de grupo – Ana Paula Teixeira
Teatro em Minas Gerais- Fernando Antonio Mencarelli
Teatro no Pará – Vanguardismos e Modernidades no Século XX – José Denis de Oliveira Bezerra
Historiografias da Dança Brasileira
O projeto Historiografias da Dança Brasileira se estruturou como uma série de 5 videoconferências sobre as diferentes narrativas das histórias da dança no Brasil tendo como objetivo principal colocar em diálogo a diversidade de perspectivas sobre a dança e problematizar o olhar hegemônico do eixo Sul-Sudeste.
O projeto abordou conceitos fundantes, tais como os de memória e acervo, que ainda não ganharam a abrangência que merecem tanto em espaços acadêmicos quanto em espaços de conhecimento em geral. Através da realização de palestras dialogadas, foram reunidos 3 pesquisadores de cada região do Brasil para compartilhar suas recentes buscas e investigações sobre esse tema, visibilizando e aprofundando conhecimentos que extrapolam uma abordagem linear e canônica sobre a dança. Cada encontro foi realizado em uma cidade distinta, mobilizando as equipes de cultura do Sesc e também artistas, professores, estudantes de dança e interessados em geral para debater conceitos, articular e integrar as ações de dança do Sesc com vistas a fortalecer o ainda necessário fomento desta linguagem artística nas instituições de cada estado.
O projeto é uma proposição da equipe de Artes Cênicas do Departamento Nacional do Sesc, realizado em parceria com a Gerência de Formação e Pesquisa com a assessoria da artista, pesquisadora e professora de dança Flavia Meireles. Ele está articulado às iniciativas de dança já realizadas nos últimos 6 anos por meio do projeto História das Artes Cênicas e Sesc Dramaturgias, que tem mapeado a atividade no Sesc.
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Assessoria externa em curadoria:
Flavia Meireles
Mestre em Artes Visuais na EBA/UFRJ e pesquisa o corpo e a dança em experimentação. Cria seus próprios trabalhos (Trabalho para Comer – FADA 2012, Sem nome, todos os usos – Prêmio Klauss Vianna 2008) e colaborou artisticamente com Paulo Caldas, João Saldanha, Marcela Levi, Gustavo Ciríaco entre outros. Esteve como artista-residente no Centre International des Récollets (Paris, 2010). Produziu os eventos “Uma noite com Yvonne Rainer e amigos” (2009), ABI PENSA A DANÇA (2011), Práticas do comum (2011) e Ciclo de Encontros: a Dança Carioca no Centro Coreográfico do Rio de Janeiro (2012). Coordena o grupo de pesquisa Temas de Dança (FADA 2011 e Fomento à Cultura Carioca 2013).
Acesse os links abaixo:
A Historiografia da Dança no Amazonas: Fatos, sujeitos e coletividades
Bricolagem Historiográfica da Dança: Por uma Política de Re-existir
Casa Hoffmann: novas narrativas para a história da dança em Curitiba
Danças negras: historiografias e memórias de futuro
Historiografias da Dança Brasileira – Monica Fagundes Dantas
Historiografias do Desterro: ter um arquivo, ser um arquivo, mover um arquivo
Historiografias em dança, atual e contíguo
Laura Virgínia: Historiografias da Dança
Leituras de Movimento – Fomento, Difusão e Continuidade.
Memória da dança e a produção de seus arquivos na era digital
O Acervo como Corpo da Memória: Olhares pra Dança, Histórias e Afestos da Dança Cênica Goianense 1971-2000
Panorama da Dança no Espírito Santo
Pistas antropofágicas para descolonizar as historiografias de si na criação em dança
Projeto Historiografias da Dança Brasileira: traços, narrativas e percursos da amazônia sul – ocidental
Intercâmbio
Encontro entre um grupo do Palco Giratório e um grupo local para troca de ideias, experiências, técnicas, metodologias e processos criativos. Esse ano os intercâmbios também poderão ocorrer de modo remoto em plataformas digitais. A condição é que ambos os grupos assistam aos espetáculos uns dos outros, digital ou presencialmente, objetivando reflexões sobre o fazer artístico.
Ativação cênica
Conversas online com os artistas criadores integrantes do Palco Giratório sobre processos, metodologias práticas e modos de recepção dos trabalhos que compõem a programação nacional.
Pensamento giratório
Momento para reflexão e discussão aberta ao público que conta com a participação de grupos do Palco Giratório e de um convidado especial para uma mesa-redonda. Esse ano, contaremos com a participação do Coletivo 4Parede (PE) para realização de conversas online com os artistas que compõem a programação nacional sobre aspectos e a recepção dessas obra.
DE DESENVOLVIMENTO LOCAL
Aldeia
As Aldeias são mostras de arte e cultura organizadas pelos Departamentos Regionais do Sesc de modo concomitante com a programação nacional de espetáculos do Palco Giratório, de modo a possibilitar que os trabalhos selecionados pela curadoria dialoguem com a produção local. Com o objetivo de estimular a produção e o consumo dos bens culturais, as Aldeias reafirmam assim o compromisso com o fomento a uma política para a produção e a difusão das artes cênicas em âmbito nacional. Durante todo o ano, elas vêm fortalecer os laços comunitários de artistas, espectadores e produtores, buscando inovar e diversificar o circuito cultural brasileiro.
Mostra
São ações de artes cênicas realizadas pelos Departamentos Regionais do Sesc que recebem uma programação parcial do circuito Palco Giratório. As mostras explicitam aspectos ou recortes específicos dos trabalhos selecionados a cada edição. A premissa das Mostras é produzir encontros entre artistas, grupos e coletivos de circo, dança e teatro com os públicos com vista à criação de uma zona de intercâmbio que favoreça o desenvolvimento da produção local. Esse ano algumas Mostras buscam articular dimensões digitais e presenciais, considerando as experiências cênicas surgidas durante a pandemia como caminhos possíveis para as artes da cena.
Festival
Ação que ocorre em um período de 30 dias em diversas capitais brasileiras que recebem todos os espetáculos do circuito nacional do Palco Giratório, incluindo a participação de espetáculos locais, espetáculos convidados e atividades paralelas. Esse ano o Festival Palco Giratório ocorrerá na cidade de Porto Alegre no mês de maio.
1 – Como funciona o processo de curadoria? A indicação para o Palco Giratório é feita pelo(a) gestor(a) e curador(a) do projeto nos Departamentos Regionais do Sesc localizados em todos os estados brasileiros. Cada gestor(a) e curador(a) do Sesc indica até cinco propostas artísticas para o circuito nacional a ocorrer no ano seguinte. Isso se dá por meio do preenchimento de um formulário eletrônico contendo vídeos e informações específicas dos espetáculos. Um critério fundamental é o fato de que cada gestor(a) e curador(a) deverá assistir presencialmente as propostas artísticas indicadas por ele, assegurando assim sua legitimidade e qualidade. Este formulário será compartilhado por todos os gestores(as) e curadores(as) dos outros Sesc do Brasil por meio da ferramenta eletrônica de curadoria, com acesso restrito ao Sesc. Quando da finalização do processo de curadoria nacional do Palco Giratório, o(a) responsável pela gestão e curadoria do projeto no Sesc local informará o resultado da seleção aos grupos indicados naquele ano.
2 – Como se inscrever para circular no Palco Giratório? Todos(as) os(as) interessados(as) devem procurar o(a) responsável pela gestão e curadoria do Palco Giratório no Sesc de cada estado brasileiro e fazer o convite para assistir ao seu espetáculo ou proposta artística presencialmente. No momento seguinte, caso haja interesse na indicação do espetáculo ou proposta artística para a curadoria nacional do Palco Giratório, o(a) responsável pelo espetáculo apresentado deverá preencher um formulário eletrônico listando todas as necessidades técnicas, logísticas, histórico do espetáculo e do grupo, fotos e vídeos referentes a essa produção. Quando da finalização do processo de curadoria nacional do Palco Giratório, o(a) responsável pela gestão e curadoria do projeto no Sesc local informará o resultado da seleção aos grupos indicados naquele ano. Esse processo ocorre aproximadamente doze meses antes do inicio da circulação nacional no ano seguinte.
3 – Como entrar em contato um curador do Palco Giratório? Procure o setor de cultura do Departamento Regional do Sesc de seu estado.
4 – Quantos espetáculos são selecionados e porque esta quantidade? Cada estado brasileiro pode indicar até cinco espetáculos anualmente para a curadoria nacional. A seleção final ocorre em um encontro de curadoria nacional, onde são definidos os espetáculos de circo, dança, teatro, intervenção urbana e performance que participarão do circuito nacional. Nos últimos anos, em função do número de cidades envolvidas e do limite orçamentário do Projeto, têm sido selecionados 19 espetáculos. Para evitar a concentração, cada estado brasileiro pode estar representado anualmente com o máximo de 03 espetáculos dentre os selecionados. Além disso, a cada ano, o Palco tem apresentado um Circuito Especial, homenageando artistas e grupos de referência para as artes cênicas no país.
Os dois maiores projetos de circulação cultural do país – Palco Giratório e Sonora Brasil – completam 25 anos de criação. Para celebrar, o Sesc realiza nos dias 26 e 27 de abril um evento especial de lançamento da edição de 2023, que também marca a retomada do circuito presencial, interrompido em virtude da pandemia de Covid 19. O Palco Giratório vai rodar o país com 15 espetáculos de circo, dança e teatro que refletem demandas de nosso tempo histórico, como as cenas negras, o teatro realizado por mulheres, a contínua reinvenção da tradição, o anseio por espaços de partilha com públicos de variados gêneros, faixas etárias e classes sociais entre muitas outras temáticas. O Sonora Brasil circulará com o tema Culturas bantu: afro-sonoridades tradicionais e contemporâneas, que destaca a contribuição dos povos de línguas bantu na música brasileira, aprofundando a discussão da influência das culturas de matriz africana no país.
“Mais do que projetos de circulação de grupos artísticos, Palco Giratório e Sonora Brasil promovem o intercâmbio de modos de fazer, criar e pensar, explorando a diversidade das manifestações culturais brasileiras e lançando luz sobre temas de relevância para a sociedade. São itinerâncias que aproximam os artistas do público em um enriquecimento mútuo, proporcionando o registro e a memória da cultura brasileira”, disse a Diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc, Janaína Cunha.
Os nomes dos grupos artísticos da edição 2023 do Palco Giratório e do Sonora Brasil serão anunciados oficialmente no dia 26 de abril. O evento contará com a presença da diretora e coreógrafa Carmen Luz, da Cia. Étnica de Dança, e dos cantores e compositores Oswaldo Cruz e Nina Rosa, que apresentarão o show Batuques do Rio, parte do circuito Sonora Brasil. No dia 27, o Teatro Arena da unidade receberá a primeira apresentação do Palco Giratório 2023: o espetáculo de dança Carta para Mercedessssss.
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