13 de julho de 2023

Trabalhos do Sesc e do Senac foram apresentados aos parlamentares. Presidente das entidades do Comércio agradeceu o apoio contra o corte de recursos

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) promoveu, no dia 11 de julho, um almoço com os senadores que defenderam o Sesc e o Senac da tentativa de corte de recursos para financiar a Embratur. No encontro os parlamentares foram apresentados ao trabalho das entidades. A Orquestra do Instituto Reciclando Sons, entidade apoiada pelo Mesa Brasil Sesc, programa de combate à fome, se apresentou durante o evento, ilustrando o fazer social do Sesc. A instituição assistida auxilia pessoas no Distrito Federal a ter uma vida mais digna – por meio de acesso à alimentação.

Além de exemplos como o da Orquestra, os presentes também puderam ouvir o relato de alguns senadores que recordaram como Sesc e Senac transformaram suas vidas. O Presidente da CNC, Sesc e Senac, José Robertos Tadros, agradeceu o empenho dos parlamentares que evitaram a interrupção dos serviços das duas instituições e garantiram que trabalhadores do comércio e a população em geral não fossem prejudicados pelo corte de recursos:

“Quero manifestar a gratidão em nome do Sistema Comércio aos senhores pela ajuda e compreensão da importância do Sesc e do Senac para o Brasil, no momento que interpretações e narrativas foram usadas para tentar suprimir recursos de um sistema que investe, mostra onde e como investiu em benefício do País”, afirmou Tadros. “Esta casa estará sempre aberta a recebê-los e a apoiar iniciativas que venham a contribuir para o desenvolvimento e minorar as diferenças sociais no Brasil.”

O Diretor-geral do Sesc, José Carlos Cirilo, lembrou da importância do trabalho transformador do Serviço Social do Comércio que impacta, com suas ações, atividades e serviços, milhões de brasileiros: “Graças aos senadores, vamos seguir caminhando com uma gestão atenta à aplicação de nossos recursos e zelosos pelo cumprimento de nossa missão. Temos a convicção de que o futuro é agora. O Brasil espera muito do Sesc”, concluiu.

22 de junho de 2023

Unidade icônica é referência em bem-estar na região

O Sesc Nova Iguaçu, unidade do Sesc no Rio de Janeiro, passou recentemente por reforma que modernizou seus espaços com o objetivo de ampliar sua atuação. Essa ação é um exemplo da importância da preservação do patrimônio histórico e arquitetônico brasileiro. Ao mesmo tempo em que moderniza e atualiza as instalações esportivas, preserva elementos importantes da história da arquitetura nacional.
A modernização do ginásio do complexo esportivo atende a pessoas de todas as idades que utilizam o local rotineiramente para prática de esportes. A expectativa é que, com mudança, sejam recebidos mais de 350 alunos nas aulas regulares de desenvolvimento físico-esportivo e 1200 pessoas por mês na utilização dos espaços aos finais de semana.
Quadra reformada e ampliada do Sesc em Nova Iguaçu (RJ).

A iluminação da unidade foi aprimorada com material de última geração e a fachada foi recuperada, mantendo os elementos estéticos originais do projeto idealizado pelos arquitetos Hector Vigliecca e Bruno Padovano que recebeu o prêmio internacional da Fundació Mies Van der Rohe, uma das mais importantes distinções mundiais do gênero. A icônica unidade de 44mil m² é referência em saúde, cultura, assistência e educação para a população da região.

Quadra do Sesc em Nova Iguaçu (RJ).
17 de maio de 2023

Serviço foi iniciado na década de 40 e ficou vigente até os anos 60.

Você sabia que o Sesc já foi responsável por gerir algumas maternidades pelo Brasil? Ao longo de muitas décadas, a saúde de mães e bebês foi uma das principais preocupações no Brasil. Esse fato levou o Sesc a criar iniciativas para melhorar tal realidade, desde o início de sua atuação.

O objetivo era garantir que mães e seus filhos recebessem os cuidados necessários para terem uma vida saudável. Por isso, em 1949, o Sesc montou um plano de ação em que constavam programas como: Serviços Médicos, Proteção à Maternidade e Assistência à Infância.

Dentro dessa estratégia de apoio à maternidade, nos estados onde o Sesc não tinha uma estrutura própria, por meio de aquisições de insumos e parcerias, adquiria utensílios médico, contratava profissionais de saúde ou até mesmo subsidiava o atendimento dos comerciários em hospitais e clínicas particulares. Durante muito tempo, também, foi bastante comum o Sesc realizar partos na casa de comerciários.

Somente no ano de 1956, por exemplo, o Sesc registrou 364 partos realizados em residências de famílias associadas. Em 1957, mais de 12 mil crianças nasceram dentro dessa estrutura do Sesc.

Enfermeira do hospital do Sesc entrega recém-nascido à mãe.

 

Maternidade Carmela Dutra: a primeira maternidade do Sesc

Em julho de 1949, o Sesc inaugurou a Maternidade Carmela Dutra, no bairro do Lins, no Rio de Janeiro. Com apenas um ano de funcionamento, a unidade recebe o prêmio Caduceu, concedido pelo Departamento Nacional da Criança, por ser o Hospital mais eficiente no combate à mortalidade materna e perinatal.

Naquela época, o Rio era a capital do país. Uma outra maternidade foi inaugurada em outubro de 1952: a Maternidade Imaculada Conceição, em Niterói

O terceiro hospital do Sesc, especializado no atendimento de gestantes, seria a Maternidade João Daudt de Oliveira, que passou a funcionar em julho de 1957, em São Paulo. No relatório geral daquele ano, a maternidade é descrita como umas das mais modernas do estado.

Ainda segundo o documento, o Sesc havia realizado naquele ano mais de 12 mil partos, por meio de suas três maternidades, hospitais conveniados e atendimentos domiciliares.

A partir da década de 60, as atividades do Sesc no campo da Saúde passam a ter maior ênfase educativa e atividades como a Educação em Saúde se tornam a principal forma de atendimento às gestantes.

Milhares de pessoas protestaram em todo país contra a proposta de desvio de recursos para a Embratur

Assine a Petição

 

Por todo o país, milhares de pessoas foram as ruas nesta terça-feira (16/5) em apoio ao Sesc e ao Senac. As manifestações contra os artigos 11 e 12, inclusos no Projeto de Lei de Conversão (PLV) 09/2023, que prevê o desvio de 5% dos recursos das Instituições para a Embratur, ocorreu simultaneamente em todos os estados e no Distrito Federal. O protesto ganhou a adesão de artistas, atletas, políticos, formadores de opinião e da população de um modo geral, já tendo registrado mais de 780 mil assinaturas na petição pública contra a medida. Senadores já apresentaram 24 requerimentos, oito emendas supressivas e três destaques contra os dois artigos. No final da tarde, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, retirou a PLV da pauta de votação, marcada para 17 de maio.

“Essa manifestação ordeira é para combater essa possível retirada dos 5% dos nossos recursos. Nossa gestão é muito séria, por isso temos estes recursos tão cobiçados. Somos auditados pelo TCU e temos auditoria interna do Conselho Fiscal. Um olhar atento dos empresários, trabalhadores e do governo”, disse o Diretor-Geral do Departamento Nacional do Sesc, José Carlos Cirilo, que participou da manifestação na Cinelândia, no Rio de Janeiro.

Funcionários do Sesc e Senac na Cinelândia, Centro do Rio de Janeiro.

A tentativa de desvio dos recursos do Sesc e Senac é inconstitucional e fere inúmeras decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinam seu caráter privado, visto que provêm de contribuições compulsórias dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo. Além disso, o argumento apontado pela Embratur sobe um superávit do Sesc e do Senac não condiz com a realidade, pois são verbas comprometidas com obras de manutenção ou ampliação da rede de unidades por todo o país. O orçamento de 2023 foi pactuado pelo Conselho Fiscal das Instituições, formado por sete entes, sendo quatro lideranças do governo federal, dois de entidades empresariais e um da classe trabalhadora. Os recursos foram empenhados para uso previamente determinado e de conhecimento de todos, inclusive do governo.

A aprovação dos artigos ocasionaria graves prejuízos de continuidade de serviços oferecidos ao público. Entre eles, o risco de encerramento das atividades das Instituições em mais de 100 cidades brasileiras, com possibilidade de desligamento de aproximadamente 3,6 mil empregados. Mais de R$ 260 milhões deixariam de ser investidos em atendimentos gratuitos, como exames clínicos e odontológicos. Na área de educação, 7,7 mil matrículas em educação básica seriam fechadas, bem como 31 mil em ensino profissionalizante. O Mesa Brasil Sesc, importante programa de segurança alimentar que garante alimentação a milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade e foi um serviço essencial na época da pandemia de Covid-19, poderia sofrer uma redução de 2,6 milhões de quilos de alimentos distribuídos.

 

11 de maio de 2023

Essa tentativa arbitrária de corte fere gravemente princípios republicanos.

A ameaça de corte de 5% nos recursos privados do Sesc e do Senac é um atraso para o Brasil. Os artigos 11 e 12 do Projeto de Lei de Conversão (PLV) nº 9/2023 impactam diretamente as ações sociais dessas instituições, que há mais de sete décadas promovem educação e qualidade de vida para os trabalhadores e suas famílias. A medida é inconstitucional, uma vez que o dinheiro das instituições é privado, proveniente da contribuição de empresas do comércio de bens, serviços e turismo, tendo destinação e regulamento próprios, além de plano de trabalho anual aprovado formalmente pelo governo federal. Desviar esses recursos pode causar graves prejuízos socioeconômicos para o Brasil, em curto e longo prazo.

É tirar oportunidade de formação e emprego para gerações inteiras de brasileiros. É comprometer a destinação de 2/3 da arrecadação do Senac à realização de cursos gratuitos. É tirar salas de aula de milhares de crianças, jovens e adultos, beneficiados com comprovado ensino de qualidade e excelência. É acabar com 31 mil vagas gratuitas de educação profissional e 7,7 mil da educação básica. É fechar 29 centros de formação profissional e 23 laboratórios de turismo do Senac. É deixar menos competitivo um país que, cada vez mais, precisa de força de trabalho capacitada e bem qualificada para dar conta dos desafios de um mundo em transformação.

É, ainda, impactar a alimentação de milhares de brasileiros atendidos pelo Mesa Brasil Sesc, reduzindo 2,6 milhões de quilos de alimentos distribuídos por ano. É retirar o acesso de milhares de mulheres em situação de vulnerabilidade e extrema pobreza aos exames de rastreamento de câncer de mama e colo de útero, com menos 2,6 mil exames clínicos. É afastar parte do povo brasileiro da possibilidade de acesso à própria cultura, é interromper a prestação de serviços de lazer, de desenvolvimento físico-esportivo e de turismo social em todos os estados. É fechar unidades do Sesc e do Senac em mais de 100 cidades. É cortar mais de 3,6 mil postos de trabalho.

Quando se fala em turismo, Sesc e Senac têm uma expertise de mais de sete décadas de trabalho. O Senac prepara profissionais e é responsável pela inserção produtiva de milhares de jovens e adultos no setor por meio da oferta de diversos cursos e programações nas áreas de Turismo, Hospedagem, Gastronomia, Lazer e Eventos. Proporcionar um ambiente de excelência aos turistas nacionais e internacionais é fundamental para a consolidação e o desenvolvimento do turismo no país. Assim, a qualificação profissional oferecida pelo Senac contribui para aumentar a competitividade e a qualidade dos destinos turísticos brasileiros.
Condomínio Sesc – Senac, no Rio de Janeiro. Funcionam ali os departamentos nacionais das instituições.

Já o Sesc, com seu trabalho de Turismo Social, promove passeios, excursões e viagens para mais pessoas, movimentando o comércio de locais que têm potencialidades e gerando renda para quem mora nas regiões que recebem os turistas. Além disso, o Sesc dispõe de uma ampla rede de hotéis e leva visitantes às mais diversas regiões do país, alavancando a economia, ajudando a gerar empregos diretos e indiretos em diversas cidades. As instituições mantêm parcerias com empresas e com o setor público e estão presentes em representações da esfera federal, como conselhos e comissões nas áreas que atuam. Discutem políticas públicas e ações afirmativas. Seus orçamentos são elaborados e aprovados por conselhos regionais e nacionais, formados por representantes dos empresários, trabalhadores e governos.

E não se trata apenas de discutir a destinação de um percentual da arrecadação a qualquer outra finalidade, por mais relevante que seja, mas de observar a absoluta inobservância aos princípios de razoabilidade, imparcialidade e respeito à iniciativa privada – requisito fundamental dos grandes marcos civilizatórios deste país. Essa tentativa arbitrária de corte fere gravemente princípios republicanos. Além disso, trata com mediocridade o trabalho de cerca de 70 mil trabalhadores e desmoraliza os mais de 70 anos de atuação em favor de toda a cadeia produtiva do comércio de bens, serviços e turismo no Brasil. Repudiamos a proposta e confiamos na responsabilidade do Congresso Nacional para a promoção da cidadania e da transformação social no país. O nosso compromisso é com o desenvolvimento socioeconômico do Brasil e uma sociedade melhor.

JOSÉ CARLOS CIRILO – Diretor-geral do Departamento Nacional do Sesc

MARCUS VINICIUS MACHADO FERNANDES – Diretor-geral interino do Departamento Nacional do Senac

 

Artigo publicado originalmente no jornal Correio Braziliense, em 11 de maio de 2023.

27 de abril de 2023

Desvio de recursos para divulgação do País no exterior pode acabar com unidades de Sesc e Senac em mais de 100 cidades. 

Projeto de Lei que destina 5% da contribuição social de empresas acarretaria, também, o fechamento de 31 mil vagas gratuitas de ensino profissional e 7,7 mil da educação básica

Caso sejam mantidos os artigos 11 e 12 do Projeto de Lei de Conversão (PLV) nº 09/2023, que desviam 5% dos recursos das contribuições sociais destinadas pelas empresas do setor terciário ao Serviço Social do Comércio (Sesc) e ao Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) para a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), existe o risco real de fechamento de unidades, desemprego e redução da qualidade reconhecida há 77 anos pelos trabalhadores brasileiros.

A redução do orçamento pode acarretar o encerramento das atividades do Sesc e do Senac em mais de 100 cidades brasileiras. Seriam fechadas 36 unidades do Sesc, com corte de 1.994 empregos e deixariam de ser investidos R$ 121 milhões em atendimentos gratuitos. Também haveria diminuição de 2,6 milhões de quilos de alimentos distribuídas por programas como o premiado internacionalmente Mesa Brasil Sesc, supressão de 2,6 mil exames de saúde e de 37 mil atendimentos em atividades físicas e recreativas. Também haveria o corte de 2 mil apresentações culturais, com público estimado em 14 milhões de pessoas.

No caso do Senac, o desvio seria responsável pelo fechamento de 29 centros de formação profissional, encerramento de 31.115 mil matrículas gratuitas e mais de 7 milhões de horas-aula de cursos reduzidas. O fim das atividades representaria a demissão de 1.623 pessoas, além do fim de 23 laboratórios de formação específica para a área do Turismo. Em recursos destinados a atendimentos gratuitos, o corte seria de R$ 140 milhões.

“A promoção do Brasil no exterior não pode ocorrer em detrimento dos interesses dos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e das demandas sociais e educacionais do povo brasileiro”, afirma o presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Roberto Tadros. Para ele, o Sistema CNC-Sesc-Senac não pode ser prejudicado porque “as consequências serão sofridas pelos trabalhadores dos diversos segmentos econômicos e pessoas que mais necessitam da garantia do acesso aos serviços básicos e fundamentais previstos em nossa Constituição da República”.

Medida é inconstitucional

A medida, que não foi discutida pela sociedade, retira recursos de cursos profissionalizantes, tão necessários para a melhoria da vida da população, e de serviços sociais que chegam, muitas vezes, a lugares onde o poder público não chega.

Já é entendimento pacificado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que os valores destinados ao Sesc e ao Senac não são recursos públicos e, portanto, devem ser utilizados exclusivamente para o fim o qual está estabelecido na Constituição Federal. A finalidade legal do Sesc é proporcionar programas que contribuam para o bem-estar social e a melhoria do padrão de vida dos comerciários e suas famílias. Somente em 2022, houve 5,4 milhões de pessoas inscritas em atividades como atendimentos médicos, odontológicos e de esporte, além de atividades sociais. E, ainda, 2,4 milhões de brasileiros são atendidos mensalmente pelo programa de combate à fome. Preocupado com a formação integral dos brasileiros, atualmente, há mais de 70 mil crianças e adolescentes matriculados nas escolas Sesc – que oferecem, gratuitamente, educação infantil e ensinos fundamental e médio de excelência reconhecida internacionalmente.

Na mesma linha, o Senac foi criado por lei para organizar e administrar escolas de aprendizagem comercial e manter cursos práticos, de formação continuada ou de especialização para os empregados adultos do comércio. Anualmente, o Senac tem 1,4 milhão de alunos matriculados em educação profissional, sendo 550 mil pessoas atendidas de forma gratuita, com uma oferta de mais de mil cursos de formação inicial e continuada, educação profissional técnica de nível médio, graduação tecnológica e pós-graduação. A qualidade educacional é indiscutível, já que o índice de inserção no mercado de trabalho de pessoas formadas pelo Senac é de 71,5%. De toda a receita líquida da contribuição social destinada ao Senac pelos empresários brasileiros, 66,67% são aplicados diretamente em vagas gratuitas de ensino.

Turismo de base comunitária: Quilombolas da Comunidade Mumbuca – Expedição Jalapão

Na área do Turismo, Sesc e Senac são referência internacional. Anualmente, o Senac promove a capacitação de aproximadamente 150 mil profissionais para a cadeia produtiva do turismo, com 30 cursos livres específicos, além de centenas de cursos para atuação no segmento de bares e restaurantes, por exemplo. O Sesc é pioneiro do Turismo Social no Brasil, democratizando o acesso do público a este tipo de lazer. Em 2022, o Sesc teve 526 mil pessoas hospedadas em suas unidades hoteleiras, muitas delas atendidas por outros programas do serviço, como os voltados à terceira idade.

O presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac lembra que a possibilidade de retirar recursos de instituições que realizam um trabalho de comprovada e reconhecida qualidade não somente na formação e qualificação técnica dos trabalhadores, mas também na oferta e promoção do turismo para milhões de brasileiros é um retrocesso aos direitos dos trabalhadores do comércio e de seus familiares. “O Sistema CNC-Sesc-Senac repudia a proposta e confia na responsabilidade do Congresso Nacional para com os trabalhadores para evitar os prejuízos que afetam, direta e indiretamente, toda a sociedade. A medida, se concretizada, viola princípios constitucionais em relação aos quais tomaremos todas as medidas cabíveis para buscar a garantia da lei e do interesse maior da população brasileira”, enfatiza Tadros.

Números dos prejuízos à população

As perdas de 5% para o serviço social no Brasil proporcionado pelo Sesc representam:

• menos R$ 121 milhões aplicados em atendimentos gratuitos;
• redução de 2,6 milhões de quilos de alimentos distribuídos;
• menos 2,6 mil exames clínicos;
• queda de 7,7 mil matrículas em educação básica;
• redução de 37 mil atendimentos em atividades físicas e recreativas;
• menos 2 mil apresentações culturais com público de 14 milhões;
• fechamento de 36 unidades;
• corte de 1.994 postos de trabalho; e
• encerramento de atividades em 101 municípios.

As perdas de 5% para a educação profissional no Brasil representam:

• queda de 7 milhões de horas-aula gratuitas;
• perda de 31.115 matrículas gratuitas;
• fechamento de 29 centros de formação profissional;
• fechamento de 23 laboratórios em turismo;
• corte de 1.623 postos de trabalho; e
• encerramento de atividades em 95 municípios.

20 de abril de 2023

As portas do Sesc estão abertas para todos, porém, para aqueles que possuem a credencial, o céu é o limite.

O Sesc abre portas para um mundo de possibilidades a todos da comunidade de onde está presente. Porém, ainda existem muitas dúvidas sobre quem tem direito à Credencial Sesc.

Esse guia completo pretende sanar todas essas dúvidas e garantir que você e sua família tenham acesso aos cursos, apresentações culturais, colônias de férias, atividades esportivas, serviços de saúde, excursões, entre outros oferecidos pelo Sesc.

Atividade com aposentados no Sesc no Rio Grande do Sul

Quais empresas dão direito à Credencial do Sesc? Aposentado tem direito?

Apesar das informações sobre a Credencial do Sesc estar disponível para os trabalhadores do comércio de bens e serviço, muitos pedem que esse ponto seja mais esclarecido. Porém, antes de nos aprofundarmos, é preciso falar sobre a diferença entre as credenciais disponíveis na instituição, conforme a seguir:

  • A Credencial Plena é para todo trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo com vínculo empregatício registrado em carteira de trabalho, tem validade em todo o território nacional e dá acesso a ações nas áreas de educação, saúde, cultura, lazer e assistência, disponíveis gratuitamente ou a valores acessíveis. Ela é extensível aos seus dependentes.
  • A Credencial de Atividades é para o público em geral. Ou seja, qualquer pessoa que não se enquadra nos setores de trabalho mencionados acima ou que não é dependente de uma pessoa que se enquadre nessa regra, tem direito. Os beneficiados com essa credencial têm acesso a serviços limitados dentro do estado em que foi emitida.

Logo, as empresas que dão direito à Credencial Plena do Sesc pertencem aos seguintes setores:

  • Comércio atacadista;
  • Comércio varejista de bens s serviços (supermercados, salões e institutos de beleza, farmácias, casas lotéricas, lojas em geral etc);
  • Turismo (hotéis, pousadas, agências de turismo);
  • Alimentação (restaurantes, bares, cafés etc);
  • Difusão cultural e artística (museus, cinemas, teatros, bibliotecas etc);
  • Ensino particular (colégios, autoescolas, faculdades, creches etc);
  • Esporte e lazer (academias e clubes recreativos);
  • Estabelecimentos hospitalares particulares (hospitais, laboratórios, clínicas médicas e odontológicas);
  • Jornalismo ou publicidade (jornais, emissoras de rádio e TV, produtoras);
  • Sindicatos (empregados de entidades sindicais do comércio de bens, serviços e turismo);
  • Serviços de Administração e conservação de edifícios;
  • Escritórios de contabilidade;
  • Escritórios de advocacia;

E os dependentes que têm direito se enquadram nos seguintes requisitos:

  • Cônjuges ou companheiros de união estável, de qualquer gênero;
  • Viúvos de união civil ou união estável, de qualquer gênero;
  • Filhos, irmãos, netos, enteados, pessoas sob guarda (definitiva ou provisória), tutelados ou curatelado, menores de 21 anos ou estudantes até 24 anos;
  • Órfãos do beneficiário titular que sejam menores de 21 anos ou estudantes até 24 anos;
  • Pai, mãe, padrastos, madrastas, avôs e avós do beneficiário titular.

Então, sim, os aposentados dos setores de comércio de bens e serviços têm direito a Credencial Plena do Sesc e devem apresentar a carteira de trabalho com registro de aposentadoria, carta de concessão e espelho bancário no momento da emissão do documento.

Como fazer gratuitamente sua credencial?

É possível fazer a credencial Sesc na unidade mais próxima à sua residência. Contudo, em algumas localidades é necessário agendar a realização do serviço anteriormente. Consulte aqui se esse é o seu caso e tenha em mãos a seguinte documentação na ocasião:

  • Documento de identidade (RG);
  • Cadastro de Pessoas Físicas (CPF);
  • Carteira de trabalho;
  • Contracheque mais recente.

Com as seguintes observações:

  • Desempregados precisam apresentar a carteira de trabalho com data de rescisão menor que o período 24 meses.
  • Trabalhadores licenciados por motivo de saúde têm direito à credencial mediante a apresentação do comprovante de licença.
  • Antes de solicitar a credencial, verifique possíveis documentos adicionais requeridos em seu estado.

Esse documento tem validade de até 2 anos a partir da emissão e, para renová-lo, o titular deve ir a uma unidade e apresentar a mesma documentação de quando fez a primeira via. Lembre-se de verificar se existe a necessidade de apresentar documentos adicionais.

As informações sobre a programação específica de cada unidade do Sesc podem ser encontradas na página oficial de cada Estado através do link.

17 de abril de 2023

As unidades móveis do Sesc circulam pelo Brasil levando cultura e cuidando da saúde de pessoas e comunidades .

Desde a sua criação, o objetivo do Sesc é promover o bem-estar social e a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo, bem como de seus familiares e da comunidade em geral. O Sesc está presente em todos os estados do país. E para potencializar essa capilaridade e ofertar nossos serviços à comunidades que possam ter alguma dificuldade de acesso a eles, criamos as Unidades Móveis, veículos adaptados com objetivo de circular por diversas localidades a fim de fornecerá população serviços gratuitos e de qualidade.

As maiores frotas de unidades móveis são as do OdontoSesc, que presta atendimento odontológico e ações de saúde bucal, do BiblioSesc, que circula com acervo de livros e periódicos para empréstimo gratuito, e do Sesc Saúde Mulher, que atua no rastreamento do câncer de mama e de colo de útero. Porém, ocasionalmente outros serviços também são oferecidos, devido à especificidades de cada local.

Unidades móveis do Sesc aumentam a capilaridade da Instituição.

Saúde bucal com o OdontoSesc

Segundo a OMS, 45% da população mundial possui algum tipo de doença bucal, sendo a cárie a principal causadora dessas enfermidades. O papel do OdontoSesc é conscientizar as pessoas sobre a importância de ter a higiene bucal em dia, a fim de ter um organismo saudável, visto que a falta de saúde oral também pode ocasionar doenças cardiovasculares e pneumonia. O Sesc disponibiliza de 59 unidades móveis (dados de 2022), cujos trajetos são planejados de forma a alcançar comunidades com pouco acesso à serviços odontológicos.

A equipe que atende o público nessas unidades é composta, em geral, por cirurgião-dentista, auxiliar e/ou técnico de saúde bucal, educador em saúde, recepcionista, auxiliar de serviços gerais e técnico de manutenção da unidade móvel. Os veículos são adaptados para atender o público de forma eficaz e com todo o conforto necessário. Eles possuem cadeiras odontológicas, equipamento de raio-X, além de uma sala para esterilização dos materiais usados.

Nas clínicas móveis do Sesc, os pacientes têm acesso a tratamentos como profilaxia (limpeza), remoção de cálculo (tártaro), aplicação de flúor, restaurações e exodontia (extração dentária). Os casos mais complexos identificados pela equipe são encaminhados para o Centro de Especialidades Odontológicas (atendimento do SUS) mais próximo.

Interior de uma unidade do OdontoSesc.

 

Leia mais com o BiblioSesc

Com o objetivo de incentivar o hábito da leitura à sociedade, o Sesc conta o BiblioSesc, que tem um acervo de mais de 3 mil obras com temas variados para o público escolher. Essas unidades geralmente atendem localidades onde não existem bibliotecas ou com pouco acesso à livros. O público tem a possibilidade de fazer empréstimos por até 15 dias.

Além desses empréstimos, o público pode participar de bate-papos com autores, integrar clubes de leitura e outras atividade, que possuem objetivo de engajar a audiência no quanto é bom ler para expandir horizontes.

Unidade do Bibliosesc, em Cabo Frio (RJ).

 

Cuidado e prevenção com o Sesc Saúde Mulher

O objetivo das clínicas móveis do Sesc Saúde Mulher é realizar ações educativas com o propósito de conscientizar a população feminina acerca da importância de manter os exames preventivos em dia, especialmente de câncer de mama e câncer de colo de útero.

O público-alvo é formado por mulheres com idade entre 25 e 69 anos, em geral, mas aberto a . Todas as profissionais que compõem a equipe das unidades móveis se formaram no Hospital de Amor (antigo Hospital de Câncer de Barretos).

As clínicas móveis contam com duas salas: uma equipada com o mamógrafo digital para a realização desses exames voltados para mulheres entre 50 e 69 anos e outra com uma cama ginecológica para a coleta do exame preventivo (Papanicolau) para mulheres entre 25 e 64 anos.

Além de atuar como sala de espera, a parte externa dos caminhões adaptados também é o palco de ações educativas que possuem o objetivo de levar conhecimento sobre prevenção à violência de gênero e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (IST) às mulheres e familiares que tiverem interesse em participar dessas conversas.

Exame de mamografia sendo realizado em uma unidade do Sesc Saúde Mulher.

 

 

Versões Especiais das Unidades Móveis do Sesc

As unidades móveis do Sesc têm como objetivo levar os benefícios e serviços oferecidos pela instituição a um público mais amplo e diversificado, incluindo comunidades rurais, periféricas e outras localidades que podem não ter uma infraestrutura adequada para a oferta de atividades e serviços. Devido às especificidades locais, alguns estados adaptam as unidades móveis para as suas realidades.

Caminhão do CineSesc, em Pernambuco.

 

Sesc Vacina, no Rio Grande do Norte.

 

Essas unidades são equipadas com salas de aula, bibliotecas, auditórios, palcos, espaços para prática esportiva, equipamentos para realização de exames médicos e atividades de promoção da saúde, entre outros recursos. O atendimento é realizado por equipes especializadas do Sesc, que realizam atividades culturais, educacionais, esportivas e de saúde, contribuindo para a promoção da cidadania e o desenvolvimento humano das comunidades atendidas.

Para saber qual a programação da unidade móvel do Sesc mais próxima de você, lembre-se de ficar atento ao site ou redes sociais oficiais da instituição no seu estado!

3 de abril de 2023

Departamento Nacional do Sesc conquista selo GPTW pela quarta vez

O Great Place to Work Brasil (GPTW), consultoria global que apoia organizações a obter melhores resultados por meio de uma cultura de confiança, alto desempenho e inovação, reconheceu o Departamento Nacional do Sesc (DN) como um dos melhores lugares para se trabalhar. Esta é a quarta vez que o DN recebe a certificação, que leva em consideração a resposta voluntária de empregados, estagiários e jovens aprendizes da Sede e dos três Polos de Referência (Polo Educacional Sesc, Polo Socioambiental Sesc Pantanal e Polo Sociocultural Sesc Paraty).

Como o Sesc foi certificado?

Para conseguir o selo GPTW, é preciso participar de uma pesquisa feita diretamente com os empregados de forma voluntária e anônima e conseguir uma avaliação de, no mínimo, 70 pontos. Isso quer dizer que pelo menos sete em cada dez respostas devem apresentar uma percepção positiva do ambiente de trabalho.

O Departamento Nacional do Sesc

O Departamento Nacional é órgão responsável por elaborar, coordenar e monitorar a atuação, os programas e projetos desenvolvidos nas unidades do Sesc de todo o país. Na instituição, a busca pela melhoria do clima organizacional ocorre todos os dias.

A nossa gente faz o Sesc acontecer! Você já pensou em trabalhar aqui? Acompanhe nossas vagas.

O Turismo nacional passou com louvor por sua primeira prova de fogo de 2023. O Carnaval movimentou milhões de foliões no país. O balanço do Ministério do Turismo aponta uma taxa de ocupação superior a 95% em cidades como Rio de Janeiro e Recife e em todo o estado da Bahia. A capital pernambucana também registrou recorde de público, com 2,7 milhões de visitantes, representando um movimento de R$ 2 bilhões na economia local. O setor já dava sinais de uma recuperação positiva desde o início do ano, com o registro de mais de 868,5 mil turistas estrangeiros no país em janeiro.

Marisqueiras em Pernambuco orientam turistas.

O setor de Turismo é um dos mais importantes para a economia brasileira. Trata-se de uma cadeia que envolve diversos segmentos, como hotéis, bares, restaurantes, espaços culturais e movimenta um enorme número de trabalhadores formais e informais. Para muitas cidades, é o eixo principal de suas economias. Justifica-se, portanto, a união de esforços em prol do desenvolvimento do setor. E, para tanto, é preciso um olhar cuidadoso para outras tantas questões intimamente relacionadas com o potencial turístico.

Acreditamos no investimento no Turismo Responsável. Compromisso de geração de impactos positivos a toda a cadeia turística, redução de danos ao meio ambiente e benefícios para as comunidades locais. Esse tipo de atuação representa a sustentabilidade de muitas cidades, que se tornam lugares melhores para as pessoas morarem e consequentemente mais atrativas. Um modelo que gera desenvolvimento social, crescimento econômico e também oferece experiências ímpares aos visitantes, por meio da integração com a história e as tradições de cada região.

O conceito de turismo responsável é o alicerce do Turismo Social do Sesc. Fomos os pioneiros na atividade no Brasil, que tem como objetivo tornar mais acessível o ato de viajar ao público comerciário. E dentro do Turismo Social foram elaborados roteiros inovadores de forma a transformar as viagens em oportunidades de conhecer um outro lado do nosso país. Um exemplo é o passeio do Encontro das Águas, no Amazonas. Além de testemunhar a água preta do rio Negro e a água barrenta do rio Solimões correndo lado a lado sem se misturarem por 6km, os turistas têm a oportunidade de conhecer um outro modo de viver da região, com uma visita a comunidade flutuante do Catalão, onde interagem com os moradores e vivenciam um pouco do dia a dia sobre as águas. Em Pernambuco, os hóspedes do Hotel Sesc Guadalupe – o mais novo hotel de nossa rede – têm entre as opções de lazer os passeios ecológicos na área de proteção ambiental e um encontro com a comunidade de marisqueiras, com direito a entrar no mangue e aprender a coletar mariscos.

Ao serem protagonistas nesses roteiros turísticos, as comunidades passam a valorizar sua cultura, gastronomia e tradições. Assim também buscamos promover uma troca de saberes entre turistas e locais, um fator determinante para o desenvolvimento e criação de novas fontes de emprego e renda. Portanto, é desta forma que a economia roda, gerando mais renda e progresso para os diversos pontos do país, de forma sustentável, garantindo o futuro das próximas gerações.

 

Artigo feito por José Carlos Cirilo, Diretor-Geral do Departamento Nacional do Sesc

Publicado em: NeoMondo – Estadão