Cinquenta concertos, em 29 cidades de 20 estados brasileiros. Esse será o roteiro de 2024 da Série Concertos Sesc Partituras. No repertório, obras de mais de 50 compositores de diversas gerações, com representação de todas as regiões. A Série leva ao público obras que compõem o acervo do Sesc Partituras, uma biblioteca virtual que disponibiliza gratuitamente partituras e divulga compositores.
“A série Concertos Sesc Partituras compõe o trabalho do projeto Sesc Partituras. As apresentações contam com obras do acervo digital e proporcionam o contato do público com a música brasileira de câmara. A série também amplia a presença das composições brasileiras nos programas de concerto, difundindo o trabalho de artistas de todas as gerações e regiões do país”, destaca a Diretora de Programas Sociais do Sesc, Janaína Cunha.
A edição deste ano terá dois circuitos especiais de concertos, realizados pelo Quinteto de Metais Brassil (PB) e pelo Quarteto de Cordas Kalimera (RJ). Além da apresentação, os grupos realizarão masterclasses de instrumentos musicais para os alunos das Orquestras Jovens do Sesc. Criado há 32 anos, o Quinteto Brassil é formado por integrantes do Departamento de Música da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O grupo circulará pelas cidades de João Pessoa (PB), São Luís (MA), Recife (PE) e Aracaju (SE). O Quarteto Kalimera nasceu em 2018 e já foi premiado como “Melhor Intérprete de Música Clássica” no Festival de Música da Rádio MEC nas edições 2020 e 2018. O grupo passará pelas cidades de Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Belém (PA) e Teresina (PI).
A Orquestra Jovem Sesc Pará é uma das atrações da série, com apresentação marcada para dia 9 de abril, no Teatro da Paz, na capital paraense. O grupo contará com a regência do maestro e pianista peruano Fernando Ortiz de Villate, que também ministrará uma oficina no Sesc Casa da Música.
A série Concertos Sesc Partituras também traz duas homenagens: os concertos em celebração ao Maestro Duda, o José Ursicino da Silva, uma referência no cenário cultural do frevo, realizados em São Luís, Belém, João Pessoa e Recife; e os concertos em homenagem ao Choro, gênero genuinamente brasileiro, reconhecido este ano como Patrimônio Cultural pelo Iphan, com apresentações no Maranhão e no Tocantins.
Celebrado anualmente em 7 de abril, o Dia Mundial da Saúde tem como objetivo promover uma reflexão sobre questões relacionadas à saúde e promoção de políticas voltadas ao bem-estar da população. O conceito de saúde integral, que envolve que envolve o bem-estar físico, mental e social, faz parte do trabalho do Sesc na área, que abrange um conjunto de ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde.
São atividades focadas em nutrição, educação em saúde e assistência odontológica, que estimulam as pessoas a refletirem sobre suas escolhas para adoção de hábitos saudáveis. Para tanto, possui uma estrutura ampla e moderna, que conta com 187 clinicas médicas e odontológicas, 403 restaurantes e lanchonetes que oferecem um cardápio nutritivo, a preços acessíveis, 58 unidades móveis do OdontoSesc, com oferta de atendimento odontológico, e 22 unidades móveis do Sesc Saúde Mulher, que oferecem exames preventivos.
Além disso, o público conta nas unidades de todo o país espaços para prática de atividades esportivas e recreativas e uma ampla programação cultural, que contribuem para proporcionar uma vida equilibrada e mais saudável em todos os sentidos.
Maior projeto de circulação de artes cênicas do país, a 26ª edição do Palco Giratório circulará de abril a dezembro com 404 apresentações e 264 cursos e oficinas, realizadas por 17 grupos artísticos. Espetáculos de teatro, dança e circo compõem a programação dessa edição, que alcançará 80 cidades de 25 estados e Distrito Federal. O lançamento do circuito será dia 17 de abril, em Curitiba (PR), e reunirá dois importantes artistas que são homenageados nessa edição: o ator e diretor Amir Haddad, criador do Grupo Tá na Rua, e o ator, compositor e diretor musical e capitão de congado Maurício Tizumba.
“Ao longo de 26 anos de atuação, o Palco Giratório se consolidou como um importante projeto de difusão e intercâmbio de artes cênicas. E a chave do sucesso da iniciativa está na curadoria, formada por profissionais do Sesc de todo o país, que acompanham o cenário teatral em suas regiões e trazem seus olhares para uma discussão coletiva. Desse compartilhamento nasce a programação do circuito anualmente, uma importante amostra da produção cênica brasileira”, explica a Diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc, Janaina Cunha.
O Palco Giratório deste ano traz espetáculos de diversas temáticas, que retratam importantes questões em debate na sociedade, como a musicalidade, a intergeracionalidade, a negritude, a acessibilidade e a inclusão. O circuito também destaca o trabalho de Amir Haddad e Maurício Tizumba, artistas que contribuem para o cenário das artes cênicas brasileiras há mais de meio século.
“A decisão de colocar no centro da 26ª edição do projeto os atores e diretores mineiros Amir Haddad e Maurício Tizumba está alinhada com a busca por diversidade nas ações do Sesc. Ambos são duas referências do teatro e da música brasileira e também foram homenageados pelo 34ª Prêmio Shell de Teatro”, destaca Janaina Cunha.
Amir Haddad, tem 86 anos de vida e 66 de carreira. Dirigiu grandes nomes da arte brasileira, como Marieta Severo, Andreia Beltrão e Letícia Spiller e é o fundador do Grupo de Teatro Tá na Rua, com o qual se apresenta no circuito. A peça “Zaratustra: uma transvaloração dos valores” nasceu da relação de Haddad com o personagem Zaratustra escrito pelo filósofo Friedrich Nietzsche.
Maurício Tizumba é ator, compositor, cantor, multiinstrumentista, diretor musical e capitão de congado. Sua trajetória artística baseada no diálogo entre diversas linguagens e entre a arte e as manifestações populares tradicionais da cultura afro-brasileira. Tizumba vai se apresentar com “Herança”, que retrata a busca e o resgate da herança cultural afro-brasileira como bússola para a diáspora negra.
O Palco Giratório também traz ao público em sua programação outros grandes nomes da cultura brasileira. O espetáculo “Leci Brandão”, com o Grupo Lapilar Produções Artísticas (RJ), vencedor do Prêmio Shell 2024 na categoria direção, conta a trajetória da sambista carioca em um musical a partir das histórias de seus orixás. O espetáculo “Maria Firmina”, do Núcleo Atmosfera (MA), faz uma releitura sobre a vida e obra da primeira mulher negra a escrever um romance no Brasil.
As crianças também são contempladas no circuito. A opereta infantojuvenil “Cabelos Arrepiados”, da companhia Buia Teatro de Manaus, é um exemplo. Premiado como Melhor Grupo de Teatro do Brasil em 2022, o grupo traz um espetáculo inspirado na literatura fantástica de autores como Edgar Allan Poe e Tim Burton. O circo também está representado na circulação com espetáculos como “Mar Acá”, do Grupo Locômbia Teatro de Andanças, formado por atores colombianos que vivem em Roraima.
Celebrado em 8 de março, o Dia Internacional da Mulher reconhece a luta feminina pela igualdade de direitos e pela liberdade de expressão. Atualmente, a mulher se faz presente em todos os segmentos da sociedade, nas mais diversas posições, comprovando sua capacidade e valor. O Sesc é um retrato dessa diversidade, tendo em seus quadros, por todo o país, profissionais das mais variadas atuações.
A presença feminina ser faz presente em todas as áreas, mesmo naquelas consideradas, por muitos, masculinas, como a condução de veículos pesados. O Sesc Mesa Brasil, por exemplo, conta com uma motorista em sua frota em Minas Gerais. Renata Fernandes Bernardo trabalha no Sesc em Juiz de Fora e se sente realizada profissionalmente e individualmente com a sua contribuição no programa de segurança alimentar e nutricional.
“Trabalhar ajudando pessoas é uma realização. Lembro bem do meu começo, quando fui realizar uma entrega de bananas em uma creche durante o horário do almoço. Ver a alegria das crianças com a chegada das frutas foi muito especial. Saber que aquele alimento, que iria para o lixo, se tornou motivo de alegria para as crianças, fez eu me sentir realizada”, celebra.
Renata dirige desde os 18 anos, seguindo os passos do pai caminhoneiro. Ela conta que, apesar de não ser uma profissão com grande presença feminina, ela já vê algumas mudanças acontecendo e em breve uma nova motorista irá começar a atuar no Sesc em Uberlândia. “Vejo que tem acontecido um crescimento de mulheres envolvidas com o transporte de carga. A mulher consegue desempenhar qualquer serviço”, declara.
Outro setor com grande predominância masculina é o da Engenharia. No entanto, ao longo dos anos, a área tem ganhado cada vez mais profissionais. De acordo com uma pesquisa de 2022 realizada pelo Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (Confea), o percentual de mulheres registradas como engenheiras no Brasil está em 19,3% (199.786 mulheres engenheiras) do total de 1.035.103, no país.
A Engenharia Ambiental é uma especialização que apresenta uma presença cada vez maior de mulheres. Anielly Prado faz parte desse movimento. Ela é engenheira ambiental com especialização em sustentabilidade e trabalha no Polo Socioambiental Sesc Pantanal. Os projetos dos quais ela participa são focados em educação ambiental. “Levamos as pessoas, especialmente alunos das escolas públicas da região, para terem contato com a natureza e a aproximação com o meio ambiente por meio de excursões, trilhas, passeios com cavalos e dinâmicas. É a oportunidade de conhecerem mais sobre a fauna e a flora do nosso pantanal”, explica.
Por envolver atividades que demandam esforço físico e da atuação em campo com lugares de difícil acesso, o mercado de Engenharia Ambiental ainda é ocupado predominantemente por homens segundo Anielly, mas ela percebe à sua volta que o cenário está mudando. “Hoje as mulheres estão conseguindo deixar a área mais administrativa para vivenciar a prática da engenharia ambiental. No Sesc Pantanal, temos três cargos similares ao meu e todos são ocupados por mulheres. Isso mostra que a instituição reconhece o nosso papel fundamental na sociedade”, comemora.
E também tem dedo de mulher em quem divulga as ações do Sesc. À frente da equipe de comunicação do Sesc em Roraima, a gerente de Comunicação e Marketing, Tayane Fraxe, fala do privilégio de atuar em uma Instituição que abre espaços tão representativos para as mulheres. “Sabemos que muitos setores do mercado de trabalho são ocupados por homens. Trabalhar em uma instituição tão importante como o Sesc, na gestão de uma área desafiadora, que nos exige um olhar único, que só nós mulheres temos, me enche de orgulho e gratidão”, conclui.
O Hotel Sesc Manacapuru, futura referência em hotelaria na região, está com as obras a todo vapor. Localizado na Rodovia Manoel Urbano, o local está cercado por uma vasta área verde preservada com vista para o rio Manacapuru e ilhas que formam uma das mais belas paisagens amazônicas. A previsão de inauguração da unidade é para o segundo semestre de 2025, e terá como diferenciais a área, que compreende mais de 57 mil metros, a estrutura, as acomodações e o modelo sustentável.
A unidade vai oferecer ao público 65 apartamentos, centro de convenções, lojas de artesanato e souvenirs, passeios fluviais, restaurante, bares, sala de jogos, sala de musculação, tirolesa na bike, três piscinas, brinquedoteca, salões de jogos infantil e adulto, quadra de tênis e vôlei de areia, e playground. Além disso, o hotel contará com ferramentas tecnológicas que vão otimizar e melhorar a experiência do cliente, como informações digitais sobre a hospedagem, passeios, cardápio, entre outras, fornecidas via assistente virtual; check-in e check-out on-line por meio de aplicativo; e internet 5G.
A primeira unidade da rede hoteleira do Sesc, no Amazonas, levará seus hóspedes para mergulhar na rica biodiversidade da Amazônia. Com uma decoração inspirada na natureza, seus móveis e ambientes farão referência às folhas, sementes e árvores, criando uma atmosfera única e autêntica.
Com capacidade para receber mais 4 mil hóspedes mensais, o Hotel também tem o intuito de incentivar o turismo receptivo no Estado, por meio do Turismo Social do Sesc, que possibilita a visita de grupos turísticos vindos de vários Estados.
Fomentar o turismo amazônico, contribuir para o desenvolvimento do comércio do município e, assim, beneficiar centenas de famílias, é um dos objetivos da instituição. A expectativa é que, já em atividade, o hotel gere mais de 150 empregos diretos e indiretos. O local terá a sustentabilidade como uma de suas prioridades. Na prática, serão implementadas ações ambientais como o uso de iluminação com placas solares, coleta seletiva de resíduos, projeto de replantio de árvores com os hóspedes e atividades de educação ambiental com a comunidade.
A União Internacional para Conservação da Natureza (UICN), em parceria com o Polo Socioambiental Sesc Pantanal, lança a série “Diretrizes para Melhores Práticas em Áreas Protegidas da UICN e da Comissão Mundial de Áreas Protegidas (WCPA)”, referência internacional para proteção da natureza em parques, reservas ou unidades de conservação, como são denominadas no Brasil. As diretrizes auxiliam governos, agências responsáveis por áreas protegidas, Organizações Não Governamentais, comunidades e parceiros do setor privado a cumprir seus compromissos, metas e, especialmente, o Programa de Trabalho com Áreas Protegidas da Convenção sobre Diversidade Biológica.
O material foi lançado oficialmente nesta quarta-feira (31/1), Dia Nacional das RPPNs (Reserva Particular do Patrimônio Natural) durante o evento realizado pela Funatura no Auditório do Prev Fogo/IBAMA, em Brasília, com autoridades e representantes de unidades de conservação federais privadas de todo o Brasil.
Essas diretrizes abordam o planejamento e a gestão de Áreas sob Proteção Privada (PPAs), e são direcionadas principalmente aos profissionais e formuladores de políticas que estão ou podem estar envolvidos com PPAs. A orientação é dada em todos os aspectos do estabelecimento (gestão e comunicação) e são fornecidas informações sobre princípios e melhores práticas, com exemplos retirados de diferentes partes do mundo.
De acordo com Brent Mitchell, presidente do Grupo de Especialistas em Áreas sob proteção privada e Gestão da Natureza da UICN, a aplicação em campo promove a capacitação institucional e individual para a gestão eficaz, equitativa e sustentável de sistemas de áreas protegidas.
“As áreas protegidas privadas se tornarão cada vez mais importantes após o compromisso de 2023 de conservar 30% da superfície da Terra até 2030. Esta publicação, derivada de experiências de todo o mundo – incluindo o Brasil – e é um guia para concretizar o grande potencial das RPPNs e outros PPAs”, destaca Mitchell.
De maneira prática, o objetivo das diretrizes é moldar a aplicação da política e dos princípios da UICN em direção ao aprimoramento da efetividade e dos resultados de conservação, com foco nos gestores e administradores da PPA.
“Nem toda a orientação será necessariamente aplicada em todos os contextos sociais, políticos e econômicos. Entretanto, o aprendizado com as melhores práticas em todo o mundo e a consideração sobre como elas podem ser incorporadas em nível local ou nacional podem melhorar a probabilidade de sucesso na conservação privada. Também podem oferecer sugestões sobre as condições que podem ser melhoradas para favorecer as PPAs e, assim, aproveitar as oportunidades que elas apresentam”, explica Mitchell.
Avanços com a tradução para o português
Por meio da parceria com o Polo Socioambiental Sesc Pantanal, o documento foi traduzido para o português e pode ser acessado por instituições e interessados no tema não apenas no Brasil, mas em todos os países de língua portuguesa.
Para a gerente-geral do Sesc Pantanal, Cristina Cuiabália, a iniciativa ratifica o compromisso do Sesc com a conservação. “A conservação só acontece com o envolvimento de muitas mãos. Todos precisam estar inseridos e, principalmente, preparados para fazer este trabalho tão importante em nosso país. O Sesc é pioneiro nesta atuação, tendo, atualmente, 13% das áreas das RPPNs do Brasil, entre elas a maior Reserva Particular do Patrimônio Natural do Brasil, a RPPN Sesc Pantanal, com 108 mil hectares. O nosso compromisso com a conservação da natureza foi assumido há 27 anos e é vitalício”, destaca Cuiabália.
Coordenador de Reservas Privadas da FUNATURA, Laércio Sousa diz que a publicação, também disponível em outras línguas no site da UICN, traz um compilado das melhores práticas e aprendizados vindos de todas as partes do mundo. “Especialistas, gestores e proprietários de Áreas sob Proteção Privada (PPAs) e RPPNs do Brasil contribuíram com suas expertises para fazer frente aos diversos desafios de conservação e em especial a gestão e combate às mudanças climáticas, visto que até 2030 há uma forte tendência e necessidade que, ao menos 1/3 do planeta esteja sendo conservado e ou em recuperação ambiental”, destaca.
RPPNs no Brasil
Até 1992, o Brasil tinha 31 Reservas Particulares do Patrimônio Natural, que equivaliam a uma área de 386,94 km². Hoje, de acordo com a Confederação Nacional de RPPNs (CNRPPN), são 1.755 reservas, totalizando 814.528,61 hectares. O Sesc possui 109 mil hectares de áreas protegidas no Polo Socioambiental Sesc Pantanal, no Sesc Tepequém (RR), no Sesc Bertioga (SP), no Sesc Iparana (CE) e, mais recentemente, no Parque Sesc Serra Azul, esta última também localizada em Mato Grosso, na região do Cerrado, em vias de se tornar uma RPPN.
A Food Law and Policy Clinic (FLPC) da Harvard Law School e a The Global FoodBanking Network (GFN) divulgaram uma nova análise das leis e políticas de doação de alimentos no Brasil, bem como recomendações sobre como os legisladores podem ajudar a reduzir o desperdício de alimentos, alimentar as pessoas que sofrem de insegurança alimentar e mitigar as alterações climáticas. A análise e recomendações fazem parte do Atlas Global de Políticas de Doação de Alimentos, que analisa leis e políticas que afetam a doação de alimentos em todo o mundo.
Aproximadamente 61,3 milhões de brasileiros, o que significa mais de um quarto da população, sofrem de insegurança alimentar. Mas anualmente o Brasil perde ou desperdiça 42% do seu abastecimento alimentar. Grande parte desse desperdício inclui alimentos nutritivos e seguros para consumo, que poderiam ser direcionados às pessoas que passam fome, inclusive por meio de programas como o Sesc Mesa Brasil, que possui uma rede de 95 bancos de alimentos, a maior rede privada da América Latina. Em vez disso, muitos desses alimentos saudáveis acabam em aterros, onde produzem metano, um potente gás de efeito estufa. A perda e o desperdício de alimentos são responsáveis por até 10% das emissões globais de gases de efeito estufa.
Em harmonia com o seu compromisso de reduzir a pobreza, proteger a floresta amazônica e garantir um clima habitável para as gerações futuras, o Brasil pode tomar medidas importantes para reduzir as emissões provenientes da perda e desperdício de alimentos e alimentar mais pessoas que lidam com a insegurança alimentar. A nova pesquisa identifica oportunidades de melhorar as políticas, tais como:
“Melhores políticas de doação de alimentos estão ao alcance da mão, quando se trata de enfrentar as alterações climáticas e a fome. Essas recomendações, desenvolvidas em parceria com o Sesc Mesa Brasil e em consulta com outros especialistas brasileiros, podem ser implementadas agora – muitas a baixo custo – para limitar os danos ambientais do desperdício de alimentos e ajudar os brasileiros a terem acesso a alimentos saudáveis, seguros e excedentes”, afirmou Emily Broad Leib, professora clínica de direito na Harvard Law School e diretora do corpo docente da FLPC.
“Com sua população numerosa e uma extraordinária biodiversidade, o Brasil é um país importante quando se trata de alimentação, recursos naturais e clima. As políticas que recomendamos podem dar um impulso ao Brasil, reduzindo o desperdício e combatendo a fome – o que é bom para as pessoas e para o planeta”, disse Lisa Moon, presidente e CEO da The Global FoodBanking Network. “A insegurança alimentar e a perda e desperdício de alimentos são o resultado de sistemas alimentares com deficiências, mas identificamos ações que podem colmatar lacunas e superar as barreiras existentes. Temos prazer em trabalhar com nossos parceiros na rede do Sesc Mesa Brasil para avançar essas políticas que beneficiarão pessoas no Brasil.”
“Aliar o trabalho de combate à fome à redução das perdas nas etapas da cadeia alimentícia é essencial. Há 30 anos, o Sesc Mesa Brasil atua com essa premissa e contribuir com nossa experiência para a pesquisa desenvolvida pela Food Law and Policy Clinic (FLPC) e pela nossa parceira Global FoodBanking Network (GFN) nos traz grande satisfação, pois representa um importante passo na conscientização sobre o desperdício de alimentos e suas consequências para a sociedade. Os mecanismos criados a partir dos resultados obtidos serão de grande valor para os bancos de alimentos, parceiros doadores e, de forma ampliada, para toda a sociedade”, explica José Roberto Tadros, Presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, do qual o Sesc Mesa Brasil faz parte.
O Sesc é protagonista quando se fala na atuação nacional para o combate à fome e ao desperdício de alimentos. Por isso recebeu os pesquisadores de Harvard – em parceria com a GFN – e os auxiliou a encontrar outros atores importantes para a causa. O Sesc é membro de representações federais para construção de políticas públicas e ações para combater a insegurança alimentar. Possui a maior rede privada de bancos de alimentos da América Latina, o Sesc Mesa Brasil, que em 2023 distribuiu mais de 47 milhões de quilos de alimentos e outras doações, como produtos de higiene e limpeza.
O Atlas Global de Políticas de Doação de Alimentos, apoiado pela Fundação Walmart, identifica legislação e políticas existentes que apoiam ou dificultam a recuperação e doação de alimentos e oferece recomendações de políticas para fortalecer estruturas e adotar novas medidas que preenchem as lacunas existentes. As análises apresentadas nos relatórios específicos de cada país também estão resumidas em uma ferramenta interativa do Atlas que permite aos usuários compararem políticas entre os países participantes do projeto.
A pesquisa do projeto Atlas está disponível sobre 24 países em cinco continentes e também a União Europeia. Um mapa interativo, guias jurídicos, recomendações de políticas e resumos executivos para cada país estão disponíveis no site atlas.foodbanking.org.
Os ciclos das águas embalam a vida no Pantanal e estão eternizadas em obras de artistas pantaneiros que compõem a exposição “Somos todos habitantes dessas águas”, realizada pelo Polo Socioambiental Sesc Pantanal, com curadoria da artista Ruth Albernaz. A mostra será inaugurada nesta sexta-feira (2/2), Dia Mundial das Áreas Úmidas e estará aberta ao público a partir de 5 de fevereiro, na Galeria Sesc Poconé. A entrada é gratuita.
A narrativa expositiva está organizada em três eixos temáticos: biodiversidade, cultura e história da Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN Sesc Pantanal, a maior do Brasil, localizada em Barão de Melgaço (MT). Foram selecionadas obras de 16 artistas que trazem em suas poéticas paisagens naturais, culturais, cenas do cotidiano, bovinocultura, biodiversidade e retrato.
Além das obras, foi criado um espaço audiovisual com bancos de urubamba, importante artesanato da cultura pantaneira para apreciação de fotografias históricas da RPPN e imagens de câmera trap, resultados de monitoramento e pesquisa dentro da Reserva.
A trilha interpretativa da exposição começa no painel instalado no saguão da unidade com panorama da RPPN Sesc Pantanal. Em seguida, o visitante adentra ao “Jardim dos Sentidos”, formado por um conjunto site specific com as obras “Murundu” e “É no Pantanal que nascem os pássaros”. A experiência termina na Galeria Sesc Poconé, onde estão as obras de Miguel Penha, Benedito Nunes, Alcides Pereira, Elson Figueiredo, Jonas Barros, Humberto Espindola, Gervane de Paula, Nilson Pimenta, Regina Pena, João Sebastião, Clovis Irigaray, Antônio Poteiro, Marcio Aurélio, Ruth Albernaz, Adir Sodré e Roberto de Almeida.
A exposição estará aberta à visitação até o mês de dezembro no Sesc Poconé, que está localizado na Avenida Generoso Ponce, Centro do município.
Acervo de duas décadas
As obras são parte do acervo do Polo Socioambiental Sesc Pantanal, uma iniciativa do sistema CNC-Sesc-Senac, construído ao longo de duas décadas. De acordo com a gerente-geral da instituição, Cristina Cuiabália, trata-se de um representativo acervo com obras de renomados artistas, principalmente mato-grossenses habitantes de territórios da bacia do Alto Paraguai, formadora do bioma Pantanal.
“A exposição fala sobre o Pantanal sob a ótica de artistas mato-grossenses admiráveis. A água é vida e também o elo entre as diferentes histórias contadas em cada obra, que faz dessa experiência única. Nosso convite é para que todos possam embarcar e se encantar na Galeria do Sesc Poconé”, destaca Cuiabália.
De acordo com a Ruth Albernaz o conceito da exposição é inspirado nos poemas de outro mato-grossense muito conhecido: Manoel de Barros. “As múltiplas linguagens e narrativas da arte alargam os horizontes e ampliam a capacidade de compreender a vida, nos mostram a diversidade cultural dos territórios e contribuem para a manutenção da memória coletiva. Convidamos a todos para refletir e agir em favor da conservação da biodiversidade do Pantanal e dos saberes tradicionais traduzidos pela arte”, declara Albernaz.
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A vida começa com que idade? Essa é uma resposta que talvez inteligência artificial nenhuma saberia dizer, mas que a gente aqui sabe bem. A vida é pra ser bem vivida sempre, independentemente da idade. E é justamente isso que Sesc e Senac vêm fazendo por meio de projetos que levam atividades e cursos para pessoas idosas.
Quem se imaginaria fazendo uma capacitação aos 91 anos de idade, como o Alcides, ou começando a dançar balé aos 60, como fez o Francisco? Pois tem muita gente que está vivendo essa realidade. De Norte a Sul do Brasil, a transformação de milhões de vidas se dá com o Sesc e o Senac por meio da Educação e de ações de assistência, culturais, de lazer e de saúde. E a gente vai contar pra vocês um pouquinho dessas histórias inspiradoras e de superação.
Alcides Cruzeiro da Costa, 91 anos, adora ver vídeos no TikTok. Moderno? Sim, mas o que ele não sonhava era que seu neto daria um empurrãozinho para que ele abraçasse ainda mais as novas tecnologias. Foi ele quem incentivou Alcides a se inscrever no curso de Informática Básica no Senac em Jataí (Goiás). No começo, ele ficou tímido, mas quando viu que a turma era composta por pessoas da sua faixa etária, logo se animou “Acho que sou o mais novo da turma”, brinca.
Enquanto Alcides dá seus primeiros passos no mundo tech, Francisco de Assis dá um show quando o assunto é balé. Motorista aposentado, hoje ele calça as sapatilhas toda semana pra viver sua nova paixão, descoberta há seis anos graças ao Trabalho Social com Pessoas Idosas, projeto que promove o envelhecimento ativo. Morador de Castanhal, no Pará, ele lembra que começou na dança de salão, mas se sentia muito pouco solto. Agora, já sabe do que realmente gosta: “Dançar balé é coisa boa, uma maravilha. Mudou a minha vida”.
Tem coisa melhor do que viver plenamente as paixões? Agora imagina poder compartilhar isso com o amor da sua vida… O Francisco começou no balé graças à esposa, que faz aulas com ele. Pai de três filhos e com cinco netas, levou quatro delas a dançar junto com ele. Orgulho da família, ele ganhou um prêmio regional com seu grupo no Festival Internacional de Dança da Amazônia. Na ocasião, conheceu o primeiro bailarino do Theatro Municipal e a eterna Ana Botafogo – e foi muito elogiado. É com um sorriso no rosto que ele conta esse episódio e fala de sua paixão: “Antes do Sesc eu jamais imaginava na minha vida que faria isso. O balé, pra mim, representa saúde, bem-estar e alegria”.
E se no Norte do país Francisco trabalha o movimento do seu corpo com uma atividade esportiva, no Centro-Oeste o Alcides mantém a mente ativa nas aulas de Informática. E sem deixar de lado seu amor. A namorada dele também estuda na mesma turma de Informática Básica. E pra quem quer saber de onde sai tanta vitalidade, Alcides é pai de 11 filhos e tem netos, bisnetos e até tataranetos. Ele, que já foi fazendeiro e açougueiro, hoje vive uma outra realidade em sala: aprendendo a lidar com novidades que nasceram em gerações posteriores à sua. É fácil? Sabemos que não, mas pra quem quer saber como ele consegue desenvolver novas habilidades, Alcides ensina: “Devagarzinho. É a primeira vez que a gente aqui mexe com computador. Isso tá muito bom!”
E se o tempo é rei, temos muito a aprender com os mais velhos. Seu Francisco e seu Alcides dão exemplo de como nunca é tarde para se fazer algo novo.
O Trabalho Social com Pessoas Idosas (TSPI) é um projeto pioneiro do Sesc e existe há 60 anos. Tem como objetivo proporcionar um envelhecimento ativo. São diversas ações em todo o Brasil, elaboradas em conjunto com as áreas de atuação – Educação, Saúde, Cultura e Lazer, que têm como foco o protagonismo e a inclusão da pessoa idosa na sociedade.
O curso de informática para idosos é uma iniciativa do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac Goiás. O projeto promove o uso do computador para pesquisa, comunicação, entretenimento e até mesmo o acompanhamento das tendências tecnológicas.
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