25 de agosto de 2022

Neste ano, o projeto busca aprofundar a discussão sobre a influência das culturas de matriz africana no país

Maior iniciativa brasileira de circulação musical, o Sonora Brasil traz na edição de 2022 o tema Culturas Bantu: afro-sonoridades tradicionais e contemporâneas, que destaca a contribuição dos povos de línguas bantu para a música brasileira. Este ano, o projeto retoma o formato presencial, com apresentações realizadas por grupos locais, em um total de 28 artistas e grupos musicais de 23 estados brasileiros e Distrito Federal.   

As primeiras manifestações musicais reconhecidas como origem da música popular brasileira era chamadas de batuque ou samba, palavras de comprovada origem africana, e ocorriam principalmente no ambiente rural, nos momentos de lazer e festejos dos trabalhadores africanos, ainda ecravizados na época. Com as migrações internas da população negra, os sambas rurais como o cateretê, o coco alagoano e pernambucano, o caxambu mineiro,o tambor-de-crioula maranhense, o lundu baiano, entre outros, começaram a chegar nas cidades, incorporando novos elementos e narrativas.   

Apesar da música ser o elemento central do debate, ao abordar esse tema o Sonora Brasil busca estimular leituras que possam aprofundar a discussão sobre a influência das culturas de matriz africana no país. As apresentações do circuito são de caráter essencialmente acústico, como forma de valorizar a autenticidade musical das obras. Uma curadoria formada por profissionais do Sesc é responsável pela seleção dos temas e grupos que integram a programação.  

A Cultura Bantus

Os bantus têm um papel significativo na formação cultural brasileira e na identidade nacional, seja pelo legado linguístico, pela cultura popular como as artes manuais e culinária, nas práticas agrícolas ou na origem de ritmos e expressões musicais como o samba, o maracatu, a congada, o jongo e a capoeira. A contribuição na nossa formação linguística é expressiva, são inúmeras as palavras presentes em nosso vocabulário que influenciaram nossa língua, entre estas angu, caçula, fubá, miçanga e quitute.

Como primeiros negros vindos da África para o Brasil, há mais de 400 anos, trouxeram consigo uma tradição cultural e religiosa muito forte. Assim, sua importância também está na construção da religiosidade do país, responsáveis pelas primeiras práticas de sincretismo afro-religioso e pioneiros nas religiões de matrizes africanas, principalmente a Umbanda e o Candomblé.

 

 

12 de agosto de 2022

O Plataforma Cena é um projeto que habita os desejos da equipe de Artes Cênicas desde longa data. Em nossas andanças pelo Brasil, por meio da atuação na Rede Sesc de Intercâmbio e Difusão das Artes Cênicas, temos o privilégio de conhecer e colaborar com inúmeros projetos e artistas do circo, da dança e do teatro, firmando o compromisso do Sesc com o fomento da cultura em todo o país. Nesses encontros, ficávamos refletindo como seria possível gerar um acervo de tantas experiências significativas que pudessem reverberar ainda mais diretamente nas nossas ações, inspirar parceiros e divulgar de modo articulado o que a instituição realiza na capilaridade intensa e única que lhe é peculiar.

Edição 2022 do concurso apresentará 33 filmes de todas as regiões do Brasil na mostra nacional on-line

Confirmando a sua posição como uma das principais iniciativas de promoção do cinema independente no Brasil, a Mostra Sesc de Cinema – MSDC recebeu, em sua quinta edição, mais de 1.600 inscrições. A divulgação dos filmes selecionados ocorreu nesta sexta-feira, 12 de agosto, e 33 produções, sendo quatro longas, três médias e 26 curtas, que serão exibidos na mostra nacional on-line, a ser realizada em outubro. Dos filmes selecionados, 20 foram realizados por homens e 13 por mulheres, o que demonstra a consolidação do equilíbrio entre os gêneros, uma forte tendência observada desde a primeira edição.

No total, 305 filmes, sendo 189 de realizadores e 130 de realizadoras de todas as regiões do Brasil, foram selecionados para exibição, entre mostras estaduais, regional e nacional. O concurso o distribuirá mais de R$ 100 mil em licenciamentos aos cineastas vencedores da mostra nacional, o que chancela o compromisso da instituição com a cena audiovisual brasileira. A exibição vai trazer uma produção de cada um dos 22 estados participantes e do Distrito Federal no circuito intitulado Panorama Brasil, além de dez filmes em uma mostra especial voltada à infância e à juventude. A edição nacional foi estruturada para ocorrer em ambiente virtual – da seleção à exibição. Já as Mostras Estaduais retomarão as exibições presenciais, proporcionando o encontro com os realizadores, o que é um destaque positivo e necessário desta edição. As obras foram avaliadas por comissões estaduais formadas por profissionais do Sesc e especialistas convidados.

Conheça os 33 filmes selecionados para a V Mostra Sesc de Cinema:

PANORAMA BRASIL
TÍTULO DIREÇÃO OU RESPONSÁVEL PELA INSCRIÇÃO ESTADO
Correria Silvio Margarido Acre
A barca Nilton Resende Alagoas
Qual é a grandeza? Marcus Curvelo Bahia
Na estrada sem fim há lampejos de esplendor Liv Costa / Sunny Maia Ceará
Acaso Luis Jungmann Girafa Distrito Federal
Bestiário Invisível Tatiana Esteves Rabelo Espírito Santo
O destino está na origem Pedro de Castro Guimarães Goiás
O mar e as folhas Paulo do Vale Maranhão
Pyru´ã – A flor do centro da terra Associação Cultural Casulo Mato Grosso do Sul
Abdução Marcelo Lin Minas Gerais
Caçador de cabeças Rod Rodrigues Pará
Remoinho Tiago Augusto Ferreira Neves Paraíba
Kanau’Kyba – kaminhos da pedra Gustavo Martini Malucelli Paraná
Manguebit Jura Capela Pernambuco
Encarnado Ana Clara Ribeiro / Otávio Almeida Piauí
Ladeira não é rampa Coletiva Rio de Janeiro
Sideral Carlos Segundo Rio Grande do Norte
Quando ousamos existir Cláudio Nascimento e Marcio Caetano Rio Grande do Sul
Santo Antônio das Cachoeiras Joesér Alvarez Rondônia
Mike Cláudio Lavôr Roraima
Isso sempre acontece Lara Koer Santa Catarina
Ainda estou vivo André Bomfim São Paulo
Cuna Camila Campos / Gabi Etinger Sergipe

 

PANORAMA INFANTO-JUVENIL
TÍTULO DIREÇÃO OU RESPONSÁVEL PELA INSCRIÇÃO ESTADO

 

O abraço logo vem Paulo Accioly Alagoas
O sonho de Zezinho Edmundo Lacerda Bahia
Adeus, querido Mandí Bruno Villela Distrito Federal
A primeira perda da minha vida Inês Peixoto Minas Gerais
Meu nome é Maalum Luísa Copetti Rio de Janeiro
O fundo dos nossos corações Letícia Leão Rio de Janeiro
Criatura Otto Guerra / Erica Maradona / José Maria Rio Grande do Sul
Letícia, Monte Bonito, 04 Julia Regis Rio Grande do Sul
Rabiola Thiago Briglia Roraima
Cadim Luisa Pugliesi Villaça São Paulo

 

Confira a lista completa dos selecionados clicando aqui

10 de agosto de 2022

Evento ocorre em São Paulo, de 10 a 12 de agosto 

 

Quando eu penso no futuro, não esqueço o meu passado é o tema III Seminário Sesc Etnicidades, que será realizado entre os dias 10 e 12 de agosto, no Sesc 24 de Maio, em São Paulo. O evento tem como objetivo tratar do protagonismo de pessoas indígenas e negras, por meio de uma programação centrada na diversidade cultural.  

 

O seminário abre a realização do Projeto Sesc Identidades Brasilis e se propõe a mediar a história e as culturas que caracterizam a formação da população brasileira, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o indígena na formação da sociedade nacional.  

 

O projeto acontece os estados do Acre, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Sergipe, Tocantins, Santa Catarina e São Paulo, além do Distrito Federal. 

 

Durante o Seminário, serão discutidos universos artísticos e culturais desses dois grupos sociais. Serão apresentadas produções artísticas e haverá espaço para o diálogo sobre as memórias das sociedades originárias e afrodiaspóricas, além da discussão sobre as construções históricas que legitimaram sua marginalização ao longo dos séculos de formação do país.  

 

Foram convidadas pessoas negras e indígenas para conduzir os debates. Entre eles, Leda Maria Martins, Rainha de Nossa Senhora das Mercês da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário no Jatobá, em Belo Horizonte; Sandra Benites, curadora, educadora e pesquisadora Guarani-Nhandeva; Naine Terena, mulher do povo Terena, pesquisadora e professora universitária, curadora e artista educadora, além de Deba Tacana, filha de indígenas e ciganos, é pesquisadora, educadora e ceramista. 

 

“Ao oferecermos uma programação centrada na diversidade cultural, podemos contribuir para fortalecer essas heranças e o desenvolvimento do ser humano, visando uma melhor compreensão de si mesmo, das suas potencialidades, do contexto em que vive e de sua capacidade de realizar escolhas e colaborar com a coletividade”, pontua Leonardo Moraes Batista, Analisa de Cultura responsável pela área Arte Educação do Departamento Nacional do Sesc.   

 

As inscrições podem ser feitas pelo link: http://seminario.cfinternet.sescsp.org.br/index.cfm?cgs_codigo=09620 

 

PROGRAMAÇÃO 

Sesc 24 de Maio  

R. 24 de Maio, 109 – República, São Paulo 

 

DIA 10 – Tarde/Noite (Quarta-feira) 

 

16h às 20h: Credenciamento 

Local: foyer do teatro – 1º subsolo 

 

18h às 19h: Cortejo com Ilú Obá de Min 

Através de suas composições, o Bloco Afro Ilú Obá de Min revive os 17 anos de existência e a produção de suas “femenagens” para Leci Brandão, Elza Soares, Lia de Itamaracá, Carolina Maria de Jesus, Raquel Trindade, Rainha Nzinga, Nega Duda, entre outras. O cortejo marca os 17 anos de história do Ilú Obá de Min e traz as canções mais representativas do bloco. As músicas trazem referências artísticas que permeiam o trabalho do bloco, como o jongo, a ciranda, o maracatu, o ijexá e pesquisas em torno dos ritmos malinkês da África do Oeste e o candombe, ritmo afro-uruguaio. 

Local: início na Área de Convivência (3º andar), descendo as rampas até chegar no Térreo 

 

19h30 às 21h30 

“Quando eu penso no futuro, não esqueço o meu passado”  

Esse é o diálogo que abre os caminhos do III Seminário Sesc Etnicidade e ativa reflexões por meio de cosmopercepções com as vozes de duas mulheres que têm em seus processos de vida dimensões da ancestralidade, que nos possibilitarão pensar a continuidade. A partir de perspectivas indígenas e negras, tomando a cultura como centro do diálogo para pensar o futuro sem esquecer o passado, serão construídos os contornos deste toró de grafias.  

Com Leda Maria Martins, Sandra Benites e mediação de Marcos Henrique Rego do Sesc Nacional.  

Local: Teatro 

 

DIA 11 – Tarde/Noite (Quinta-feira) 

 

Gira 1 – 14h às 15h30 

“Falando entre nós aos outros: arte, ancestralidade e alteridade”  

Ao afirmar que o “Brasil é terra indígena”, buscamos trazer à tona uma narrativa ficcional daquilo que é arte, sobre quem pode e quem não pode ocupar determinados espaços diante do racismo estrutural. Deste modo, pretende-se mirar as concepções indígenas e não-indígenas de sociedade, educação e artes vigentes no Brasil presentes na fabricação do estereótipo do “índio didático”, no âmbito das artes.  

Com Naine Terena, Deba Tacana  e mediação de Jaqueline Silva do Polo Sociocultural Sesc Paraty 

Local: Teatro 

 

Gira 2 – 16h às 17h30 

“Entre nós e laços: ancestralidades e continuidades” 

A gira propõe circular, debater, amarrar e enlaçar palavras e práticas de matrizes afro-brasileiras das/os que vieram antes e das/os que seguem preservando vidas, produzindo arte, construindo novos sentidos e reinventando mundos de forma crítica. 

Com Bel Santos,  Thyffani Odara  e mediação de Carlos Magno do Sesc Ceará  

Local: Teatro 

 

 

Gira 3 – 18h às 19h30 

“Branquitude, arte e educação: Representação, privilégios, exclusão e diversidade” 

Cada vez mais, através das ciências humanas e da arte, a branquitude é desnaturalizada como padrão cognitivo e evidenciada como mais um lugar social em relação a outros pertencimentos étnicos e interseccionais. Essa mesa pretende problematizar o estatuto da branquitude e seus privilégios a partir da pedagogia, das artes e da antropologia para refletir e imaginar outras vias inclusivas da diversidade no país. 

Com Flávio Santiago, Leonardo Bertolossi e Mediação de André Gracindo do Sesc Rio de Janeiro  

Local: Teatro 

 

 

20h às 21h30 – Encruzidança pelo tempo  

Aula performance que será numa imersão teórico-prática, voltada para o estudo coletivo e pessoal, partindo do corpo como produtor de conhecimentos, de valores estéticos, historiográficos, políticos e identitários na cultura tradicional Mandingue e nas danças dos Blocos Afro de Salvador, encruzilhados pela noção de tempo, espaço, ritmo, rítmica, musicalidade, memórias, diversidade corpórea, social e cultural. 

Com Mariana Camara, Vânia Oliveira e mediação de Fabiano Maranhão  

Local: Hall de Ginástica – 10º andar 

 

DIA 12 – Manhã/Tarde/Noite (Sexta-feira) 

 

Territórios negro indígena: Visita e vivência em espaços de existência negra e indígena.  

Território 1 – Teatro Popular Solano Trindade 

Território 2 – Jaraguá é Guarani 

Território 3 – Comunidade Inzo Tumbansi  

 

9h às 14h 

1- Teatro Popular Solano Trindade 

Com Patrícia Figueiredo do Sesc Bahia, Rogaciano Rodrigues do Sesc Santa Catarina e Juliana Santana do Sesc Nacional  

Família Trindade vai contar como se formou o clã cultural e trançar uma ponte com a cultura de rua nos dias de hoje que está super conectado com a poesia de Solano. Fundado em 1975 pela artista plástica, coreógrafa e folclorista Raquel Trindade na cidade de Embu das Artes, Estado de São Paulo. 

 

2 – Jaraguá é Guarani  

Com Enoque Paulino do Sesc Pará, Bruno Pacelly do Sesc Paraíba e Patrícia Carmo do Sesc Nacional 

Trilha para compreender a presença secular do povo guarani no território. Após uma vivência na aldeia indígena junto aos guarani, os visitantes seguem para a comunidade cultural Quilombaque, em Perus.  

 

3 – Inzo Tumbansi / Instituto Latino Americano de Tradição Afro Bantu  

Com Vone Petson do Sesc Tocantins, Nathália Alves do Polo Socioambiental do Sesc e Viviane Soledade do Sesc Nacional  

O Inzo Tumbansi é uma comunidade tradicional de matriz centro africana, localizada na cidade de Itapecerica da Serra sob a liderança de Taata Katuvanjesi – Walmir Damasceno. 

 

 

16h as 18h: Roda de compartilhamento 

Mediação: Leonardo Moraes do Sesc Nacional 

É uma atividade de troca, intercâmbio e reflexões sobre as experiências nos territórios vivenciados.  

local: Área de Convivência 

 

19h às 20h30: Gira final – Roda de Samba 

Samba de Dandara convida Raquel Tobias e Ayô Tupinambá 

Samba de Dandara é samba de empoderamento e exaltação às mulheres sambistas, compositoras, intérpretes e às guerreiras do samba. A concepção de Samba de Dandara carrega o peso e a inspiração de Dandara, mulher negra, guerreira e referência histórica na luta contra a escravização. Nesta apresentação, com duração de 90 minutos, Samba de Dandara recebe as cantoras Raquel Tobias e Ayô Tupinambá para um espetáculo que reúne canções imortalizadas na história do samba e do povo brasileiro, com suas indiscutíveis raízes afro-brasileiras e indígenas. 

 

4 de agosto de 2022

Campanha estimula a interação com livros

A Bookface Friday é uma iniciativa promovida pela Biblioteca Pública da Nova Iorque (New Your Public Library – NYPL), que envolve brincar com perspectivas de livros e pessoas. A proposta é alinhar estrategicamente seu rosto ou outra parte do corpo ao lado de uma capa de livro que apresenta uma parte do corpo correspondente e, assim, parecer uma fusão de vida e arte.

A campanha faz tanto sucesso que a biblioteca de Nova York publica regularmente as melhores interações de outras bibliotecas. As imagens da campanha do Bookface ganharam popularidade internacionalmente, com cerca de 3.400 imagens compartilhadas no Instagram apenas nos últimos meses e o Sesc não pode ficar de fora dessa!

Atualmente, a Instituição conta com mais de 390 bibliotecas espalhadas ao redor do Brasil. São mais de 2 milhões de obras, que vão desde os clássicos aos best-sellers disponíveis na rede. Além disso, o Sesc dispõe de um ambiente virtual que traz boa parte desse acervo, além de ser um espaço que reúne informações para você realizar seus estudos, pesquisar e, claro, dizer o que pensa! Veja abaixo como foi o #BookFaceFriday aqui no Sesc.

Conheça mais sobre nossa plataforma digital da Rede Sesc de Bibliotecas acessando: www.sesc.com.br/bibliotecas

 

 

20 de julho de 2022

Programação é gratuita e acontece de 21 a 23 de julho no Polo Sociocultural Sesc Paraty

 

Um grande encontro para celebrar e valorizar a literatura no Polo Sociocultural Sesc Paraty (RJ). O Festival Arte da Palavra (Farpa) é uma amostra do projeto Arte da Palavra, o maior circuito literário do país. A terceira edição do evento acontece entre os dias 21 e 23 de julho, reunindo nomes como João Anzanello Carrascoza, Clarice Freire, MC Martina, Tamy Ghannam e Marcelino Freire. O festival, que já passou pela Bahia e Pernambuco em anos anteriores, segue como espaço de ampla reflexão sobre o ofício da escrita e sua importância na atualidade.

“A ideia do Festival é ser um espaço de imersão dos artistas entre si e com o público. Ao mesmo tempo que os convidados serão palestrantes, também se tornarão plateia ao longo dos três dias de programação”, destaca Henrique Rodrigues, analista de literatura do Departamento Nacional do Sesc.

O Farpa reunirá artistas de diferentes segmentos, como slammers, repentistas, autoras e autores da palavra escrita de diferentes regiões do país. Além disso, proporcionará um contato com a cidade e a cultura histórica e tradicional de Paraty”.  Os participantes poderão assistir às mesas de diálogos, apresentações poéticas e artísticas, tudo em conexão com a literatura.

A programação também terá um bate-papo com os vencedores do Prêmio Sesc de Literatura do ano passado: o paraense Fabio Horácio-Castro, que venceu a categoria romance com O Réptil Melancólico e o pernambucano Diogo Monteiro, escolhido como melhor de livro de contos, com O que a casa criou. Também haverá o lançamento da nova edição Revista Palavra, publicação anual do Sesc que celebra os autores nacionais e a literatura.

 

Confira a programação completa do evento:

 

FESTIVAL ARTE DA PALAVRA – FARPA – JULHO / 2022 

Polo Sociocultural Sesc Paraty

 

21, 22 e 23 de julho – Paraty/RJ

Dia 21, quinta:

14h – Abertura oficial

14h15 – Apresentação “Música e Prosa”, com Luís Perequê e Bruno Tavares

15h30 – Literatura: da escola para o mundo. Com Tom Farias e Mário Rodrigues. Mediação: Ariane Samila Rosa

17h – É poesia que fala com Ludmila Singa e Nathalia Leal

18h30 – Prêmio Sesc em novas vozes. Com Diogo Monteiro e Fábio Horácio-Castro. Mediação: Diogo Borges

20h – Lançamento Revista Palavra (coquetel) + É poesia que fala com Bell Puã

 

Dia 22, sexta:

14h – Ecos e mistérios: a literatura para jovens. Com Clarice Freire e João Anzanello Carrascoza. Mediação: Anielle Oliveira

15h30 – Das mídias às mediações. Com Juliana Valentim e Tamy Ghannam. Mediação: Guilherme Ramos

17h – Palavra rimada, palavra cantada. MC Martina e Manoel Cavalcante. Mediação: José Maria da Conceição

18h30 – Fuzuê Literário – Largo de Santa Rita

 

Dia 23, sábado:

12h – saída: almoço Quilombo do Campinho

16h – Poesia, poro e pele. Com Elisa Pereira e Sony Ferseck. Mediação: Geovana Lima

17h30 – É poesia que fala com MC Everton e Pelé do Manifesto

19h – Aula Magna: a formação do escritor, com Marcelino Freire

20h – Apresentação: Cortejo com o Grupo Cirandeiros de Parati – Largo de Santa Rita

 

13 de julho de 2022

As palavras representam o mundo e ele, por sua vez, se constrói como potência da linguagem. Com esse tipo de jogo semântico, as manifestações literárias surgem como formas privilegiadas de se compartilharem ideias. Foi partindo dessa premissa que o Sesc – Serviço Social do Comércio criou esta edição da Palavra.
A publicação desta revista é parte de um conjunto de esforços realizados em âmbito nacional para a promoção das nossas diferentes formas de produção e circulação de literatura.

27 de junho de 2022

Conversas acontecem online e podem ser acessadas no Youtube do Sesc

 

De 30 de junho a 30 de julho, o Sesc em todo o país promove uma série de debates sobre a aprendizagem da arte na escola, tendo como recorte a grande diversidade cultural do Brasil como um fio norteador dessas conversas.  O Sesc tem como objetivo estimular uma educação por inteiro, conforme suas diretrizes de atuação. Neste ano, dividido em quatro grandes eixos de atuação – Dança, Teatro, Artes Visuais e Música –  a Instituição vai discutir esse impacto na área de ensino.

Neste ano, o projeto tem como objetivo estimular a reflexão de questões pautadas para pensar a aprendizagem da arte na escola, colocando a cultura como essa base, já que é por meio dessa dimensão social que pessoas e grupos se expressam, se identificam e se afirmam.

Todos os debates serão organizados e disponibilizados em uma lista no Youtube do Sesc Brasil. Confira a programação completa abaixo e acesse a playlist

 

 

PROGRAMAÇÃO

Acesse aqui o catálogo completo da programação

 

30/6 – Quinta-feira – Departamento Nacional do Sesc – Como, de que maneira e por quais caminhos a cultura pode colaborar com a aprendizagem da arte na escola? com Cynthia Rodrigues e Marcos Rego

1/7 – Sexta-feira – Polo Socioambiental – A casa como território da expressão com Amália Barrio Rodrigues e Natalia Alves de Oliveira

2/7 – Sábado – Mato Grosso – O corpo em movimento para salvaguardar as expressões culturais cuiabanas com Grupo Flor de Atalaia e Associação das Manifestações Folclóricas de Mato Grosso – AMFMT

4/7 – Segunda-feira – Roraima – As interrelações entre a arte, a educação e a cultura como processo criativo na escola com Christianne Farias dos Santos e Orlando Marinho Cerqueira Júnior

5/7 – Terça-feira – Santa Catarina – Dança Educação: percursos do corpo na arte com Ida Mara Freire e Jessé Cruz

6/7 – Quarta-feira – Pernambuco – O corpo como dispositivo educador: experiências em sala de aula com Rafael FX e Orum Santana

7/7 – Quinta-feira – Acre – Pensando processos de ensino e aprendizagem em Dança: transversalidade entre o ensino formal e não formal com Valeska Ribeiro Alvim e Paulo Felipe Barbosa da Silva

8/7 – Quinta-feira – Polo Educacional – Corpos dissidentes – A experiência de implantação da Escola Sesc de Artes Dramáticas com Patrícia Zampirolli

9/7 – Sábado – Goiás – A dança e suas possibilidades de formação cultural no contexto escolar com Cristiane Santos e Ludmila Rocha

11/7 – Segunda-feira – Rio de Janeiro – A arte na/da educação – práticas pedagógicas e poéticas na sala de aula com Aldo Victório Filho e Mariana Guimarães

12/7 – Terça-feira – Pará – O desenvolvimento da subjetividade por meio da imagem e o ensino das artes visuais na criação de novos mundos na Amazônia paraense: escuta, vivencias e questões ambientais com Breno Filo e Nélia Fonseca

13/7 – Quarta-feira – Piauí – A Construção de Imagens – O Audiovisual como Ferramenta de Reconstruções Educativas com Cássia Moura e Áurea Pinheiro

14/7 – Quinta-feira – Sergipe – O ensino de arte a partir de elementos da cultura popular e abordagens inter e transdisciplinares com Arlan Clécio e Wécio Grilo

15/7 – Sexta-feira – Ceará – Arte Indígena e as suas perspectivas em Arte Educação: protagonismo de novas juventudes com Janaina Jenipapo e Iago Barreto

16/7 – Sábado – Rio Grande do Norte – Arte e Vida: caminhos de sensibilização, imaginação e interação na escola por meio da arte educação com Regina Johas e João Pedro Tavares

18/7 – Segunda-feira – Paraná – Batucada de gerações: a cultura popular que atravessa a cidade com Mestre Candiero e Dona Cida

19/7 – Terça-feira – Polo Sociocultural – A importância da arte na vivência escolar quilombola – a interdisciplinaridade que amplia o conhecimento com Janaína Siqueira

20/7 – Quarta-feira – Alagoas – Práticas musicais afrocentradas em diferentes espaços da educação com Manu Preta e Wilson Santos

21/7 – Quinta-feira – Amapá – História construída do coletivo Cangapé com Alice Araújo e Washington Silva

22/7 – Sexta-feira – Rondônia – A música reverbera no corpo, da “bera” ao interior com Paulo Santos e Hagner Malon

23/7 – Sábado – Maranhão – Sonoridades, sustentabilidade e meio ambiente com Ricardo Wayland

25/7 – Segunda-feira – Distrito Federal – Mediação em grandes festivais. O projeto educativo do Festival do Teatro Brasileiro com Glauber Coradesqui e Sérgio Bacelar

26/7 – Terça-feira – Rio Grande do Sul – Teatro Educação no RS: reflexões sobre a docência em teatro com Dedy Ricardo e Diego Ferreira

27/7 – Quarta-feira – Tocantins – Corpo-brinca: o jogo como metodologia de ensino da dança na escola com Liu Moreira e Fernando Faleiro

28/7 – Quinta-feira – Minas Gerais – O ensino do teatro na escola – corpos e modos de ver e estar em diferentes contextos escolares com Eneida Baraúna e Ana Régis

29/7 – Sexta-feira – Bahia – Da Capoeira ao funk: corpo e ancestralidade em ambientes escolares com Patrícia Mascarenhas e Thawan Dias

30/7 – Sábado – São Paulo – O chão da escola não é feito de espuma: performance e corpo na arte educação com T. Angel e Denise Rachel

 

 

20 de maio de 2022

Corpos benzidos em metal pesado, do paraense Pedro Augusto Baía, venceu na categoria Conto e Mikaia, da gaúcha Taiane Santi Martins, em Romance

O Prêmio Sesc de Literatura anunciou dia 20 de maio os vencedores da edição 2022. Na categoria Conto foi selecionado o título Corpos benzidos em metal pesado, do paraense Pedro Augusto Baía, e na categoria Romance o livro Mikaia, de autoria de Taiane Santi Martins, do Rio Grande do Sul. A origem dos autores reafirma o estímulo à diversidade por parte do Prêmio e sua capacidade de projetar escritores das mais distintas regiões do país. Os livros vencedores serão lançados em novembro pela editora Record, parceira do Prêmio Sesc desde a sua criação.

Corpos benzidos em metal pesado foi concebido ao longo dos últimos quatro anos, em um processo de reescrita e constante reflexão do autor. Assim, o livro de contos reflete os seus sentimentos e percepções diante da devastação ambiental, política, de direitos e de afetos. Nestes contos, Pedro tentar descrever um mosaico de geografias, povos, sentimentos e experiências que denunciam as violências, invasões e destruições no Norte do Brasil e aos corpos que lá residem. E que, neste processo de devastação, resiste uma voz, um grito, uma reza ancestral da natureza, um pedido de socorro transmutado neste livro. A comissão final que selecionou a obra foi composta pelos escritores Natalia Borges Polesso e Paulo Scott.

O romance Mikaia narra a história de três gerações de mulheres que viveram e fugiram da guerra civil moçambicana. O livro joga com as diferentes maneiras de se lidar com um passado traumático. Enquanto Mikaia – uma dançarina de ballet que sofre uma amnésia repentina – quer lembrar, sua irmã, Simi, quer esquecer e sua avó, Shaira, decide silenciar. O desenrolar da trama se dá no embate entre as tentativas de Mikaia em recuperar um passado que lhe foi roubado, os retalhos de memória que lhe voltam confusos e a resistência de Simi em renunciar a uma infância inventada e cultivada por vinte anos às custas do esquecimento. O romance foi selecionado pela comissão final composta pelos escritores Itamar Vieira Junior e Luciany Aparecida.

Neste ano, o Prêmio Sesc de Literatura recebeu a inscrição de 1.632 livros, sendo 844 em Conto e 788 em Romance. “Pela primeira vez, em 19 anos, a categoria Conto recebeu mais obras que Romance. E o balanço de todas as edições do Prêmio nos traz uma grande curiosidade: alcançamos a marca de quatro vencedores dos estados do Pará e Rio Grande do Sul, cada um, mostrando a força da nova literatura destas regiões”, destaca Henrique Rodrigues, analista de Literatura do Departamento Nacional do Sesc.

Sobre os autores:

O paraense Pedro Augusto Baía, 35 anos, é analista judiciário (psicólogo) no Tribunal de Justiça do Estado do Pará, com Doutorado em Psicologia Forense na Universidade de Coimbra. Nascido no município de Abaetetuba (PA), tem fascínio pela leitura e escrita desde a infância. “Comecei lendo livros escritos e publicados por autores independentes de minha cidade, em que o imaginário, a fauna, a flora e povos amazônicos são exaltados. A arte da escrita permaneceu comigo ao longo dos anos, amadurecendo. No ano de 2017, tive um conto premiado em um concurso regional promovido pelo TJ Pará, ocasião na qual finalmente passei a escrever com mais frequência”, relembra. Para ele, ganhar o Prêmio Sesc de Literatura, enquanto escritor estreante e residente em um município no Norte do Brasil, é um reconhecimento máximo.

“Acredito que irá potencializar o meu percurso literário e, sem dúvida alguma, de outros autores iniciantes”.

A gaúcha Taiane Santi Martins, 34 anos, da cidade de Vacaria (RS), é editora da revista Travessa em Três Tempos desde 2010. “Minha relação com a escrita vem de muito nova, mas precisei de tempo para assumir a literatura como uma escolha profissional. O primeiro passo foi criar uma revista literária, em 2010, ainda no contexto das minhas graduações e, na época, sem grandes pretensões literárias. Desde então a Travessa em Três Tempos vem se desenvolvendo junto comigo e hoje estamos fechando sua edição de número 24”, comemora. Para ela, ganhar o Prêmio é um reconhecimento pelo aprendizado e lugares por onde passou e viveu. “É a primeira vez que participo e me sinto honrada com o resultado, não apenas como uma conquista pessoal, mas por sentir que não chego até aqui sozinha. Trago comigo toda a vivência de uma formação em escrita; da Oficina de Criação do escritor Luiz Antonio de Assis Brasil; o acolhimento da UniLúrio, na Ilha de Moçambique, onde morei por um tempo durante a escrita do romance”.