Em maio, o projeto CineSesc promove pré-estreias do longa-metragem Diálogos com Ruth de Souza, de Juliana Vicente, nas cidades de Belém (PA), São Luís (MA), Curitiba (PR) e Rio de Janeiro (RJ). Depois da estreia no cinema, marcada para 9 de maio, o filme continuará em cartaz, totalizando 30 sessões em cinco estados do Brasil ao longo do mês.
A obra conta a trajetória de Ruth de Souza, a primeira artista negra a conquistar projeção na dramaturgia brasileira. Em sua longa carreira, de repercussão internacional, a atriz contrariou os estereótipos de personagens para artistas negros e também foi a primeira mulher negra a se apresentar no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, há 79 anos.
O CineSesc é uma rede construída para difundir a produção audiovisual. O projeto atua na criação de acervo de longas-metragens, licenciados por prazos determinados, que são exibidos em salas de cinema do Sesc e unidades de projeção itinerantes. O CineSesc também atua com atividades formativas e programas para mediação cultural das obras e mobilização de plateias
Na edição 2023/2024, o projeto tem como foco o cinema brasileiro contemporâneo, apresentando filmes que mostram a pluralidade territorial do país, uma seleção realizada em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que fortalece temáticas relacionadas à preservação da natureza e do meio ambiente.
São 19 longas-metragens disponibilizados gratuitamente, sendo 20% voltados ao público infanto-juvenil, contando com ficções e animações.
Diálogos com Ruth de Souza – Circuito CineSesc – programação:
Sesc Pará
15/05 – Sesc Ver-o-Peso
Sesc Maranhão
Dias 8 e 17/5
Sesc Paraná
Dias 8 e 9/5 – Sesc Curitiba
21/5 – Sesc Estação Saudade e Sesc Maringá
22/5 – Sesc Londrina Cadeião
24 e 26/5 – Sesc Bela Vista do Paraíso
Sesc Rio de Janeiro
08/5 – Sessão ao ar livre na Cinelândia em frente ao Teatro Municipal
09/5 – Sesc São João de Meriti e Sesc Teresópolis
11/5 – Sesc Copacabana
14/5 – Sesc Grussaí
15/5 – Sesc Campos e Sesc Niterói
16/5 – Sesc Madureira
18/5 – Sesc São Gonçalo
21/5 – Sesc Nova Iguaçu
22/5 – Sesc Niterói
23/5 -Centro Cultural Sesc Quitandinha e Sesc São Gonçalo
Sesc Espírito Santo
Exibições de 15 a 18/5
Projetos do Senac e do Sesc mudam vidas através de educação, cultura e trabalho
O que você sonhava em ser quando era adolescente? Lembra do momento em que a primeira oportunidade profissional bateu à sua porta? Recorda das paixões que seguiriam a vida toda com você? Trabalhar provavelmente ainda era uma realidade distante para alguns, mas a imaginação fluía com tantas possibilidades. E que bom seria se toda vida pudesse ser vivida em sua plenitude, com cada pessoa desenvolvendo o melhor de si, fosse no mercado de trabalho, nos hobbies, nas escolhas pessoais.
Nesse caminho, o Programa de Aprendizagem do Senac e o Sesc Orquestras Jovens, duas iniciativas comprometidas com a inclusão social de jovens, abrem as portas do mundo a muitos adolescentes e jovens adultos. Vamos contar a história de dois jovens que tiveram suas vidas renovadas e transformadas por essas ações.
Foi pelo Programa de Aprendizagem do Senac que o alagoano Guilherme Alves, de 22 anos, teve a oportunidade do primeiro emprego e trilhou uma longa trajetória até se tornar o mais jovem comendador do país. Desde novo, Guilherme sentia a necessidade de buscar a independência financeira. E encontrou essa oportunidade como jovem aprendiz.
“Quis um emprego para ajudar meus pais e já ter uma experiência profissional. Foi quando uma grande loja de atacado da cidade me chamou para ser jovem aprendiz e me encaminhou para o Senac. Eu me surpreendi muito com a experiência que o Programa de Aprendizagem me proporcionou, porque não imaginava que teria tanto aprendizado. Para mim, o Senac ofereceria uma educação parecida com a da escola, mais teórica. Mas logo percebi que estava errado e que na Instituição aprendemos a viver por meio de um ensino completo, com foco na prática e no comportamento”, diz Alves.
Apaixonado pela cultura japonesa otaku (que envolve o interesse em animes e mangás), Guilherme soube aproveitar e explorar todas as nuances que o Senac lhe proporcionou. Além da técnica, desenvolveu competências que foram cruciais para superar inseguranças e ganhar a confiança necessária para promover seu primeiro evento cultural em Alagoas.
“Postura, organização e responsabilidade no ambiente de trabalho. Tudo isso eu aprendi no Senac e aplico até hoje, é um aprendizado que não tem preço, algo que levamos para a vida toda. Eu tinha muito medo de não conseguir desempenhar minha função no trabalho, sentia muita insegurança em relação a isso. Mas o Senac me ajudou, me guiou e, em 2019, enquanto era aprendiz na Instituição, fiz meu primeiro evento, em uma praça pública, durante a Bienal do Livro”.
Hoje, o ex-aluno do Senac Alagoas entrou na área cultural e realizou diversos eventos na cidade, sendo o maior deles para um público com mais de 20 mil pessoas. E não parou por aí: o trabalho de Guilherme foi reconhecido pela Câmara Municipal de Maceió, que o presenteou com a comenda de Mérito Cívico por sua atuação na cultura.
Ao relembrar o período como jovem da Aprendizagem, Guilherme deixa um recado: “Se eu pudesse falar para os aprendizes, diria para não desistirem e confiarem no Senac. Sei do comprometimento dos instrutores e da Instituição com os jovens. Por isso aconselho que eles confiem também e se dediquem aos estudos e ao trabalho com vontade e determinação”.
Sonhos realizados através da música
E foi justamente a dedicação que levou o Heitor Gabriel, de 17 anos, para a orquestra jovem do Sesc. Ele já fazia aulas de violão em Poconé, no Polo Socioambiental Sesc Pantanal, mas começou a assistir aos concertos da orquestra e se apaixonou. Muita gente não acreditava que ele conseguiria. Hoje, toca viola de arco pela orquestra. E o que seria apenas um hobby se tornou mais que isso. A música mudou sua vida e ele acredita que participar do projeto lhe trouxe mais disciplina e abriu novos horizontes.
‘’A música transformou muito a minha vida. Para mim, ela é um sentimento”.
Ao contar sua trajetória, ele lembra com carinho que o Sesc faz parte da sua jornada. Estudante do Complexo Educacional Sesc Pantanal, em Poconé, desde os 3 anos ele alimenta o sonho de cursar administração e gastronomia depois de terminar o Ensino Médio. ‘’Como sempre digo para os colegas, minha vida é em torno do Sesc desde criança. Fiz escola, participei de projetos e faço cursos no Sesc, que sempre abriu oportunidades. Se não fosse por ele, o que seria de mim?’’.
Neste ano, participou do 12º Festival Internacional Sesc de Música, um dos maiores eventos de música de concerto da América Latina, com apresentações em espaços públicos de Pelotas, no Rio Grande do Sul, e cursos para estudantes e profissionais.
“Pela orquestra, viajei pela primeira vez de avião. Pude ver como são outros jovens, com mais experiência, tocando. Foram muitas dicas de música e de vida. Vi novas pessoas, vivi novas experiências e vi novos concertos’’.
Se Heitor seguirá pelo caminho da música, gastronomia ou administração, ainda não sabemos, mas uma coisa é certa: o amor pela arte e a influência do Sesc em sua vida já geraram frutos para a vida inteira.
Programa de Aprendizagem – Senac
Desenvolvido pelo Senac Alagoas, em parceria com várias empresas, o Programa de Aprendizagem cria oportunidades para o estudante que está iniciando sua carreira no mercado de trabalho e para empresas que podem qualificar e desenvolver seu futuro profissional.
O Programa de Aprendizagem do Senac contempla um conjunto de ocupações, propiciando aos aprendizes competências voltadas à profissionalização e à cidadania, a partir da compreensão do mundo de trabalho.
Aprendiz é o adolescente ou jovem de 14 a 24 anos que esteja matriculado e frequentando a escola regular ou tenha concluído o ensino médio. É por meio deste programa que o Senac promove a inserção social para esta faixa etária. A empresa é responsável pelo recrutamento e pela seleção dos aprendizes. Após a escolha do candidato, encaminha-o para o Senac, matriculando-o em um dos cursos que seja do interesse da contratante em função da sua área de atuação.
Sesc Orquestras Jovens
Presente em todas as regiões do Brasil, o programa Sesc Orquestras Jovens une educação musical e inclusão social ao oferecer cursos de instrumentos e prática de conjuntos para adolescentes. Mais do que ensinar a arte de tocar instrumentos, a iniciativa estimula o encontro dos alunos como forma de desenvolvimento artístico e pessoal. O Sesc é pioneiro neste tipo de projeto. As primeiras bandas de música e orquestras foram criadas em 2004. Hoje, o Sesc Orquestras Jovens está presente em diferentes estados – Maranhão, Mato Grosso (Polo Socioambiental Sesc Pantanal), Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro (Polo Educacional Sesc), Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe.
A centralidade do pensamento negro no campo das artes visuais brasileiras, em diferentes tempos e lugares, é uma das principais premissas que guiam o processo curatorial da mostra Dos Brasis – Arte e Pensamento Negro, a mais abrangente exposição dedicada exclusivamente à produção de artistas negros. Depois de passar sete meses em São Paulo, com registro de mais de 130 mil visitantes, a exposição chega ao Rio de Janeiro e será instalada em um dos principais cartões postais da Região Serrana: o Centro Cultural Sesc Quintandinha (CCSQ), em Petrópolis. Com abertura marcada para o dia 3 de maio, a mostra receberá visitantes até 27 de outubro deste ano.
Resultado de um trabalho desenvolvido pelo Sesc em todo o país, a mostra conta com sete núcleos temáticos, reunindo aproximadamente 240 artistas negros, de todos os estados do Brasil, sob curadoria de Igor Simões, em parceria com Lorraine Mendes e Marcelo Campos. Realizada por meio de um trabalho em conjunto de analistas de cultura da Insituição de todo o país, a exposição traz obras em diversas linguagens artísticas como pintura, fotografia, escultura, instalações e videoinstalações, produzidas desde o fim do século XVIII até o século XXI. A lista completa dos artistas participantes está disponível ao final do texto.
“O projeto Dos Brasis lançou um olhar aprofundado sobre a produção artística afro-brasileira e sua presença na construção da história da arte no Brasil. Um trabalho que contou com nossos analistas de cultura em todo o país, em um grande alinhamento nacional. A exposição Dos Brasis – Arte e Pensamento Negro é a culminância desse processo e oferece ao público não só a oportunidade de conhecer a obra de artistas e intelectuais negros, com também de refletir sobre sua participação nos diversos contextos sociais”, explica o Diretor-Geral do Departamento Nacional do Sesc, José Carlos Cirilo.
A exposição chega na íntegra ao Centro Cultural Sesc Quitandinha (CCSQ). As 314 obras que estavam em exibição no Sesc Belenzinho (SP) vão ocupar os salões da área monumental do histórico edifício, que em 2024 completa 80 anos. Parte dos trabalhos, alguns inéditos, também serão expostos pela primeira vez na área externa e no lago em frente à unidade. A mostra vai ainda oferecer ao público uma programação paralela com ações em mediação cultural e atividades educativas, além de um programa público composto de debates e palestras com convidados.
Inaugurado em 1944, um ano antes do fim da Segunda Guerra Mundial, o Quitandinha abrigou um dos maiores hotéis-cassino das Américas. Recebeu personalidades brasileiras e hollywoodianas, como Carmen Miranda e Walt Disney. Também foi palco de eventos que marcaram a história, como da Conferência Interamericana para a Manutenção da Paz e da Segurança no Continente, em 1947, e a 1ª Exposição Nacional de Arte Abstrata, realizada em 1953. Na década de 1960, após a proibição dos jogos no Brasil, o cassino foi fechado e o hotel teve seus apartamentos vendidos, tornando-se um condomínio. Em 2007, a área monumental passou a ser administrada pelo Sesc RJ, que a transformou em um Centro Cultural.
Desde que foi reinaugurado como um Centro Cultural, em abril do ano passado, o Quitandinha vem sendo ocupado por exposições que resgatam a forte identidade afro-brasileira em Petrópolis. A primeira, intitulada “Um oceano para lavar as mãos”, com curadoria de Marcelo Campos e Filipe Graciano, apresentou uma revisão da história do Brasil a partir de narrativas não eurocentradas, pensada por curadores e artistas negros, levando o espectador à reflexão sobre a forte memória e produção artística negra na contemporaneidade, no Brasil e no município, e sua relação com o passado imperial. Depois, dos mesmos curadores, recebeu a coletiva “Da Kutanda ao Quitandinha”, em que o ponto de partida foi o território onde o edifício está inserido – uma região marcada por quilombos formadores da cidade.
“Agora, abrimos as portas para a ‘Dos Brasis’, que apresenta um recorte extraordinário da arte negra nacional. O Sesc RJ tem um compromisso inegociável com a democratização da cultura e do acesso à informação, sobretudo frente a um histórico de narrativas invisibilizadas ao longo da formação do nosso país. Os Centros Culturais da instituição vêm investindo em curadorias afrocentradas e recortes racializados, viabilizando novas leituras no campo das Artes, das Ciências Sociais e da história da produção artística moderna e contemporânea, tendo como finalidade a valorização da pluralidade da cultura brasileira”, declara o presidente do Sistema Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior.
Pesquisas em todo o Brasil – A ideia nasceu em 2018. Um projeto de pesquisa, fruto do desejo institucional do Sesc em conhecer, dar visibilidade e promover a produção afro-brasileira. Para sua realização, foram convidados os curadores Hélio Menezes e Igor Simões. Em 2022, o projeto passa a ter a curadoria geral de Simões, com os curadores adjuntos Marcelo Campos e Lorraine Mendes.
Para se chegar a esse expressivo e representativo número de artistas negros, presentes em todo o território nacional, foram abertas duas importantes frentes. Na primeira, foram realizadas pesquisas in loco em todas as regiões do Brasil com a participação do Sesc em cada estado, com o objetivo de trazer a público vozes negras da arte brasileira. Essas ações desdobraram-se em atividades e programas como palestras, leituras de portfólio, exposições, entre outros, com foco local. Vale ressaltar que esse processo teve uma atenção especial para que não se limitasse apenas às capitais do país, englobando também a produção artística da população negra de diversas localidades, como cidades do interior e comunidades quilombolas.
A equipe curatorial pesquisou obras e documentos em ateliês, portfólios e coleções públicas e particulares, para oferecer ao público a oportunidade de conhecer um recorte da história da arte produzida pela população negra do Brasil e entender a centralidade do pensamento negro na arte brasileira.
A segunda frente foi a realização de um programa de residência artística on-line intitulado “Pemba: Residência Preta”, que contou com mais de 450 inscrições e selecionou 150 residentes. De maio a agosto de 2022, os integrantes foram orientados por Ariana Nuala (PE), Juliana dos Santos (SP), Rafael Bqueer (PA), Renata Sampaio (RJ) e Yhuri Cruz (RJ). A Residência, que reuniu artistas, educadores e curadores/críticos, contou ainda com uma série de aulas públicas, com a participação de Denise Ferreira da Silva, Kleber Amâncio, Renata Bittencourt, Renata Sampaio, Rosana Paulino e Rosane Borges, disponíveis no canal do Youtube do Sesc Brasil.
“Dos Brasis, enquanto projeto expositivo, não se pretende uma exposição histórica, que tenha como pretensão esgotar o debate a partir da seleção de algumas figuras artísticas, escapando do gesto colonialista de mapear. O que propomos são várias formas de acesso às escritas que nos ponham em jogo, reescrevam e até invalidem nossas premissas, como um coro que não teça apenas na harmonia, mas também no conflito, na discordância e tire de nós a ideia de uniformidade essencializada, muitas vezes evocada para apagar nosso direito à humanidade expressa, também, no direito à contradição”, enfatiza o trio de curadores.
A nova temporada da série Sonora Brasil chega ao SescTV em 21 de abril com o tema Líricas Femininas: dirigidos por Coraci Ruiz, os quatro episódios inéditos apresentam artistas que participaram da 22ª edição do Projeto Sonora Brasil, realizado pelo Sesc em âmbito nacional.
Para marcar a estreia da nova temporada, o canal promove, no dia 19 de abril, às 20h, um evento de lançamento no Teatro Anchienta, em parceria com o Sesc Consolação, em que serão realizados pocket shows com Regina Machado e Priscilla Ermel, presentes na série. Os ingressos podem ser retirados no dia do evento, a partir das 12 horas em sescsp.org.br/consolacao e no aplicativo Credencial Sesc SP ou a partir das 14 horas nas bilheterias da rede Sesc.
Ao longo de sua história, o Sonora Brasil levou ao público diversas produções culturais do país, e a temporada que estreia no canal tem a proposta de dar mais visibilidade à presença da mulher na música brasileira. O primeiro episódio, “Líricas Transcendentes”, vai ao ar no SescTV em 21 de abril, às 20h, com participações de Cátia França, Ceumar e Déa Trancoso.
Em seguida, no dia 28 de abril, será transmitido o episódio “Líricas Históricas”, destacando as interpretações de Anastácia Rodrigues, Gabriela Geluda, Priscilla Ermel e Vanja Ferreira.
Já em maio estreiam mais dois episódios: “Líricas Negras”, no dia 5, com as cantoras e compositoras Georgia Câmara, Negravat, Rosa Reis e Vanessa Melo e, no dia 12, “Líricas Modernas”, com Badi Assad, Lucina e Regina Machado; todos os programas ficam disponíveis sob demanda em sesctv.org.br/sonorabrasil.
Cinquenta concertos, em 29 cidades de 20 estados brasileiros. Esse será o roteiro de 2024 da Série Concertos Sesc Partituras. No repertório, obras de mais de 50 compositores de diversas gerações, com representação de todas as regiões. A Série leva ao público obras que compõem o acervo do Sesc Partituras, uma biblioteca virtual que disponibiliza gratuitamente partituras e divulga compositores.
“A série Concertos Sesc Partituras compõe o trabalho do projeto Sesc Partituras. As apresentações contam com obras do acervo digital e proporcionam o contato do público com a música brasileira de câmara. A série também amplia a presença das composições brasileiras nos programas de concerto, difundindo o trabalho de artistas de todas as gerações e regiões do país”, destaca a Diretora de Programas Sociais do Sesc, Janaína Cunha.
A edição deste ano terá dois circuitos especiais de concertos, realizados pelo Quinteto de Metais Brassil (PB) e pelo Quarteto de Cordas Kalimera (RJ). Além da apresentação, os grupos realizarão masterclasses de instrumentos musicais para os alunos das Orquestras Jovens do Sesc. Criado há 32 anos, o Quinteto Brassil é formado por integrantes do Departamento de Música da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O grupo circulará pelas cidades de João Pessoa (PB), São Luís (MA), Recife (PE) e Aracaju (SE). O Quarteto Kalimera nasceu em 2018 e já foi premiado como “Melhor Intérprete de Música Clássica” no Festival de Música da Rádio MEC nas edições 2020 e 2018. O grupo passará pelas cidades de Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Belém (PA) e Teresina (PI).
A Orquestra Jovem Sesc Pará é uma das atrações da série, com apresentação marcada para dia 9 de abril, no Teatro da Paz, na capital paraense. O grupo contará com a regência do maestro e pianista peruano Fernando Ortiz de Villate, que também ministrará uma oficina no Sesc Casa da Música.
A série Concertos Sesc Partituras também traz duas homenagens: os concertos em celebração ao Maestro Duda, o José Ursicino da Silva, uma referência no cenário cultural do frevo, realizados em São Luís, Belém, João Pessoa e Recife; e os concertos em homenagem ao Choro, gênero genuinamente brasileiro, reconhecido este ano como Patrimônio Cultural pelo Iphan, com apresentações no Maranhão e no Tocantins.
Sinopse: As infâncias negras no Brasil são marcadas por uma forte relação com sua identidade cultural sinônimo de resistência, força, domínio corporal, musicalidade, oralidade. Ao mesmo tempo são marcadas pela desigualdade, preconceito e divisão de classes, que construiu uma cartela gradativa de cores que representa as escalas da exclusão social. A proposta dessa formação é olharmos para as infâncias negras no Brasil, o repertório que compõe a sua cultura e a relação desse repertório com os lugares de existência.
Biografia: Lucilene Silva é mestre e doutoranda em Música na UNICAMP, pesquisadora do Instituto de Etnomusicologia da Universidade Nova de Lisboa, membro do Conselho diretivo do Grupo ICTM de Estudos de Música e Dança da América Latina e Caribe. Desde 1998 pesquisa e documenta a Cultura Infantil e Música da Infância no Brasil e outros países da América Latina. É Coordenadora Geral da Oca Escola Cultural, onde é responsável pelo Centro de Estudos e Irradiação da Cultura Infantil. Representa em São Paulo a Casa das 5 Pedrinhas fundada pela etnomusicóloga Lydia Hortélio, integra a equipe gestora da Casa Redonda Centro de Estudos, é educadora do Instituto Brincante. Entre outras publicações e materiais audiovisuais, é autora do livro Eu vi as três meninas, música tradicional da infância na Aldeia de Carapicuíba, que em 2015 recebeu o prêmio IPHAN de Salvaguarda do Patrimônio Imaterial. Integrou a Cia Cabelo de Maria com participação nos CDs Cantos de Trabalho volumes I e II, Baianás e São João do Carneirinho; participou do filme Tarja Branca, uma revolução que faltava produzido pela Maria Farinha Filmes e do filme Mitã, uma poética da infância brasileira, produzido pelo Espaço Imaginário
A vídeo aula apresenta possibilidades de atuação com acessibilidade atitudinal, focando principalmente na comunicação através da Linguagem Brasileira de Sinais.
Maior projeto de circulação de artes cênicas do país, a 26ª edição do Palco Giratório circulará de abril a dezembro com 404 apresentações e 264 cursos e oficinas, realizadas por 17 grupos artísticos. Espetáculos de teatro, dança e circo compõem a programação dessa edição, que alcançará 80 cidades de 25 estados e Distrito Federal. O lançamento do circuito será dia 17 de abril, em Curitiba (PR), e reunirá dois importantes artistas que são homenageados nessa edição: o ator e diretor Amir Haddad, criador do Grupo Tá na Rua, e o ator, compositor e diretor musical e capitão de congado Maurício Tizumba.
“Ao longo de 26 anos de atuação, o Palco Giratório se consolidou como um importante projeto de difusão e intercâmbio de artes cênicas. E a chave do sucesso da iniciativa está na curadoria, formada por profissionais do Sesc de todo o país, que acompanham o cenário teatral em suas regiões e trazem seus olhares para uma discussão coletiva. Desse compartilhamento nasce a programação do circuito anualmente, uma importante amostra da produção cênica brasileira”, explica a Diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc, Janaina Cunha.
O Palco Giratório deste ano traz espetáculos de diversas temáticas, que retratam importantes questões em debate na sociedade, como a musicalidade, a intergeracionalidade, a negritude, a acessibilidade e a inclusão. O circuito também destaca o trabalho de Amir Haddad e Maurício Tizumba, artistas que contribuem para o cenário das artes cênicas brasileiras há mais de meio século.
“A decisão de colocar no centro da 26ª edição do projeto os atores e diretores mineiros Amir Haddad e Maurício Tizumba está alinhada com a busca por diversidade nas ações do Sesc. Ambos são duas referências do teatro e da música brasileira e também foram homenageados pelo 34ª Prêmio Shell de Teatro”, destaca Janaina Cunha.
Amir Haddad, tem 86 anos de vida e 66 de carreira. Dirigiu grandes nomes da arte brasileira, como Marieta Severo, Andreia Beltrão e Letícia Spiller e é o fundador do Grupo de Teatro Tá na Rua, com o qual se apresenta no circuito. A peça “Zaratustra: uma transvaloração dos valores” nasceu da relação de Haddad com o personagem Zaratustra escrito pelo filósofo Friedrich Nietzsche.
Maurício Tizumba é ator, compositor, cantor, multiinstrumentista, diretor musical e capitão de congado. Sua trajetória artística baseada no diálogo entre diversas linguagens e entre a arte e as manifestações populares tradicionais da cultura afro-brasileira. Tizumba vai se apresentar com “Herança”, que retrata a busca e o resgate da herança cultural afro-brasileira como bússola para a diáspora negra.
O Palco Giratório também traz ao público em sua programação outros grandes nomes da cultura brasileira. O espetáculo “Leci Brandão”, com o Grupo Lapilar Produções Artísticas (RJ), vencedor do Prêmio Shell 2024 na categoria direção, conta a trajetória da sambista carioca em um musical a partir das histórias de seus orixás. O espetáculo “Maria Firmina”, do Núcleo Atmosfera (MA), faz uma releitura sobre a vida e obra da primeira mulher negra a escrever um romance no Brasil.
As crianças também são contempladas no circuito. A opereta infantojuvenil “Cabelos Arrepiados”, da companhia Buia Teatro de Manaus, é um exemplo. Premiado como Melhor Grupo de Teatro do Brasil em 2022, o grupo traz um espetáculo inspirado na literatura fantástica de autores como Edgar Allan Poe e Tim Burton. O circo também está representado na circulação com espetáculos como “Mar Acá”, do Grupo Locômbia Teatro de Andanças, formado por atores colombianos que vivem em Roraima.
O Sesc, instituição reconhecida por seu compromisso com a promoção e difusão da cultura brasileira em todas as suas formas, reitera seu papel fundamental na valorização dos talentos literários do país. Desde sua fundação, há mais de sete décadas, a entidade tem desempenhado um papel crucial na construção e fortalecimento da identidade cultural brasileira, sendo hoje uma referência tanto nacional quanto internacionalmente.
O Prêmio Sesc de Literatura tem sido um dos pilares desse trabalho, refletindo as diversas questões e temáticas relevantes para a sociedade. Racismo, questões ambientais, diversidade de gênero e fatos históricos são temas que compõem muitas das obras premiadas nos 20 anos de existência do projeto, proporcionando ao público uma reflexão profunda sobre nossa realidade.
Em 2024, o Prêmio Sesc de Literatura adota um formato ampliado e repleto de novidades, aprimorando sua missão de impulsionar a renovação no panorama literário brasileiro, enriquecer a cultura nacional e promover a diversidade de vozes literárias.
Nesse contexto, o Sesc desmente veementemente os rumores infundados e informações falsas sobre qualquer tentativa de censura em relação ao livro “Outono de Carne Estranha”, do autor Airton Souza, vencedor da edição de 2023, bem como possíveis modificações no edital que viessem a propiciar o cerceamento na liberdade de escolha das obras selecionadas. Além disso, reitera a realização do Circuito dos Vencedores, com a participação dos premiados Airton Souza e Bethania Pires Amaro, que será iniciado nos próximos meses.
O Prêmio Sesc de Literatura sempre foi pautado pela imparcialidade, com decisões soberanas de comissões julgadoras formadas por escritores renomados, que selecionam as obras com base exclusivamente na qualidade literária. No edital da edição 2024 do projeto, já disponível em nosso site oficial, podem ser conferidos todos os detalhes do processo de julgamento das obras, com a transparência que a Instituição preza em todas as suas ações. O processo de inscrição permite que os livros sejam submetidos de forma anônima pela internet, o que garante a equidade na avaliação.
A partir desse ano, o Prêmio Sesc também amplia seu escopo. Além de incorporar a categoria Poesia – a premiação era composta até ano passado apenas pelas categorias Conto e Romance – atendendo a uma antiga demanda do público, o projeto passa a receber obras destinadas a todos os públicos, quando antes permitia a inscrição apenas de trabalhos voltados ao público adulto. Dessa forma, contempla um número maior de participantes, não havendo qualquer prejuízo aos escritores que produzem ficção para o público adulto.
Outra novidade é a premiação em dinheiro para os vencedores de cada categoria, no valor de R$ 30 mil (cada), e a publicação das obras selecionadas pela Editora Senac Rio, com uma tiragem inicial mínima de 2.000 exemplares. Também haverá menção honrosa a obras finalistas escritas por trabalhadores do setor do comércio de bens, serviços e turismo. Essas novidades reforçam o compromisso do Sesc em apoiar e promover a diversidade literária brasileira, incentivando novos talentos e proporcionando uma plataforma para a expressão criativa.
As inscrições estão abertas e podem ser feitas gratuitamente até o dia 22 de abril, de forma online, em www.sesc.combr/premiosesc.
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