31 de março de 2025

O Sesc mantém projetos que democratizam o acesso a arte, como o CineSesc e o Cineminha, além de promover sessões de forma itinerante.

O Brasil tem 3.509 salas de cinema em funcionamento. O número divulgado pela Agência Nacional do Cinema (Ancine) em janeiro de 2025 é um recorde no país e mostra uma recuperação do setor, que teve quase metade das salas fechadas após a pandemia de Covid-19. Mas o cenário está longe de ser o ideal. Segundo a Ancine, 40% das cidades brasileiras ainda não contavam com locais de exibição de audiovisual em 2021. Como forma de promover o setor audiovisual, o Sesc mantém projetos que democratizam o acesso a arte, como o CineSesc e o Cineminha, além de promover sessões de forma itinerante, alcançando localidades mais distantes.

O CineSesc é um projeto realizado há mais de uma década, que proporciona que diversos filmes se mantenham em exibição após o término da temporada comercial. Anualmente, são selecionadas produções diversificadas, que são licenciadas por um período aproximado de um ano. Esses filmes são disponibilizados dentro da programação do Sesc nos estados, de forma gratuita. Em 2025, por exemplo, 44 longas-metragens nacionais e internacionais, além de um conjunto de curtas, compõem o acervo.

São produções recentes e clássicos do cinema nacional, além de obras do cinema africano, asiático e europeu, muitas delas premiadas em festivais no Brasil e no exterior. Os filmes estrangeiros do CineSesc são cuidadosamente escolhidos e todos contam com dublagens em português para que mais pessoas possam vivenciar a experiência.

Parte dos títulos é direcionada ao público infantil, ajudando a formar novas gerações de plateias. “Um dos critérios da seleção é que 20% do total do catálogo seja voltado para as crianças, visto a grande demanda deste público nas nossas unidades”, comenta Lorran Dias, um dos curadores da programação do CineSesc. “Com o CineSesc, acreditamos que, ao lado das escolas e professores, estamos construindo uma ponte entre cultura e educação, desmistificando estigmas e aproximando o público jovem da riqueza do cinema brasileiro e mundial”, explica.

O “Cineminha” nasceu em 2018 como iniciativa do Polo Educacional Sesc, localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A ideia é oferecer cinema de graça a estudantes das escolas municipais de Jacarepaguá, Cidade de Deus e outros bairros do entorno. Para muitas, o Cineminha é o primeiro contato com um espaço cultural, como explica a professora Daniele Esmoris, da Escola Nossa Senhora de Pompeia. “Muitas crianças nunca tinham tido a oportunidade de entrar em uma sala de cinema. Eles ficam muito animadas e demonstram uma motivação a mais quando podem participar das exibições”, conta ela.

Estudantes no projeto Cineminha, do Polo Educacional Sesc, no Rio de Janeiro.

As crianças vivem uma experiência completa: visitam a estrutura do Polo Educacional, passeiam pela biblioteca, o laboratório de ciências e só depois chegam ao teatro. Aí começa a sessão, com direito à tradicional pipoca! Fernando Garcia, do Núcleo de Projetos Especiais do Polo Educacional Sesc, resume a importância do projeto na formação das crianças. “Ele estimula a reflexão porque escolhemos filmes que vão além do entretenimento e abordam temas muito relevantes, como o meio ambiente. Assim, o cinema se torna uma ferramenta poderosa para impactar cada jovem de uma maneira diferente”.

Cinema móvel do Sesc em Sergipe

Para colocar a tela na estrada e levar o cinema a 75 municípios, foi criada a unidade móvel do CineSesc em Sergipe. Quando chega a uma cidade, a um território da periferia ou a um povoado, surge ali uma sala de cinema ao ar livre da mais alta qualidade. A unidade é equipada com camarim, palco retrátil, plataforma para PCD, sonorização e iluminação cênica, contando ainda com carrinho de pipoca, algodão doce e cem cadeiras para acomodar o público.

CineSesc móvel, em Pernambuco.

“Nós criamos o projeto para levar cinema a diferentes comunidades e permitir uma experiência cultural única para quem não tem acesso às salas de exibição tradicionais. Levamos as telas para quem vive distante dos centros urbanos, para os jovens da periferia, as comunidades quilombolas e muitos outros. E nós percebemos que, quando a luz da tela é acesa, criamos momentos transformadores por meio do cinema”, conta Alisson Alcantara, supervisor de cultura do Sesc.

Antes de cada exibição na unidade móvel, o público participa de uma conversa para contextualizar a obra e estimular reflexões sobre o que será visto. Os filmes escolhidos sempre dialogam com a realidade e o interesse de quem está na plateia. A intenção é transformar cada sessão em uma vivência única.

E a reação da plateia é a melhor parte do projeto. “Para muitos jovens, essa é a primeira experiência em uma sessão de cinema. As reações variam entre encantamento, surpresa e identificação com as histórias, reforçando o papel do cinema como ferramenta de educação. Momentos assim são especialmente emocionantes”, recorda Alisson.

28 de março de 2025

Com lançamento nacional em Recife, o Sesc inicia a temporada do o maior projeto de itinerância de artes cênicas do país. Espetáculos acontecem em 15 estados.

A 27ª edição do Palco Giratório, maior projeto de itinerância de artes cênicas no Brasil, será lançada em Recife, entre 25 e 27 de abril. A partir dessa data, 16 grupos de 15 estados circularão por 96 cidades até dezembro, levando à plateia teatro, circo, dança, performance e teatro infantil. A grandiosidade do projeto se mostra pela diversidade regional dos artistas, das linguagens e pelo número de espetáculos que chegará ao público. A programação poderá ser acompanhada no site e redes sociais do Sesc em cada estado.

O circo será o grande homenageado do Palco Giratório 2025 por meio da Escola Pernambucana de Circo, projeto social que tem grande impacto na periferia do Recife, e de Fátima Pontes, líder da companhia há 27 anos. Fátima é referência na arte circense do país, além de atriz, pesquisadora e dramaturga.

Circo Science será um dos espetáculos desta edição do Palco Giratório. Foto: Rogério Alves

Espetáculos desta edição do Palco Giratório do Sesc

Os 16 grupos levarão ao público humor, poesia, música, teatro e dança, além do universo do circo. Os espetáculos passam por temas que vão da influência dos povos ancestrais, espiritualidade, relações familiares à inclusão social. Esse é caso do espetáculo ‘Da Janela’, da Trupe do Experimento, do Rio de Janeiro, que narra a amizade entre três crianças e utiliza a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para promover acessibilidade.

Já ‘Ané das Pedras’ é uma peça de teatro performativo produzido pela Coletiva Flecha Lançada Arte, da cidade do Crato, no Ceará. A performance de Bárbara Matias Kariri mostra um ritual de plantação de pedra, como quem conta um sonho, e revela ao público a arte da cena dos povos indígenas e sua urgência de trazer seus saberes para o centro dos debates.

O grupo Dimenti, da Bahia, participa do Palco Giratório com o espetáculo ‘Biblioteca de dança’, em que artistas transformam seus corpos em ‘livros vivos’ para compartilhar com o público memórias associadas a danças e pensamentos, que marcam a vida de cada um.

“O Palco Giratório permite essa difusão e o intercâmbio entre artistas e o público nas mais diferentes expressões criativas. A curadoria é formada por profissionais do Sesc de todo o país que acompanham o cenário teatral em suas regiões. Isso possibilita essa diversidade de apresentações e temáticas, que retratam a riqueza da produção cênica brasileira. Outro ponto relevante é o poder que esse modelo de itinerância tem de impulsionar a economia criativa, ao levar artistas para um número tão grande de cidades, movimentando a cadeia da cultura e de outros setores, como logística, comércio e hotelaria”, destaca Janaina Cunha, Diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc.

Histórico do projeto Palco Giratório

Palco Giratório foi lançado em 1998 e já contou com a participação de 412 grupos artísticos de todas as regiões brasileiras, oferecendo cerca de 10.000 apresentações a um público estimado em mais de 5 milhões de espectadores. É reconhecido no cenário cultural brasileiro como um importante projeto de difusão e intercâmbio das Artes Cênicas, que intensifica a formação de plateias a partir da circulação de espetáculos dos mais variados gêneros.

 

Grupos que estarão nesta edição do Palco Giratório 2025

Estado Grupo Artístico Tipo de Linguagem Artística
Acre Coletivo Iluminar Monólogo Híbrido Experimental
Alagoas Ozinformais Dança
Bahia Dimenti Produções Culturais Dança/Performance
Ceará Coletiva Flecha Lançada Arte Teatro Performático
Ceará Pavilhão da Magnólia Teatro Documental
Goiás Ateliê do Gesto Dança
Mato Grosso Du Cafundó Circo
Mato Grosso do Sul Grupo Fulano di Tal Teatro / Poesia
Minas Gerais Esparrama! Dança-Teatro
Pará Las Cabaças Comédia / Palhaçaria
Paraná Grupo Baquetá Musical / Teatro Afroindígena / Teatro para as Infâncias
Pernambuco Trupe Circus (Escola Pernambucana de Circo) Circo
Piauí Original Bomber Crew Dança Contemporânea
Rio de Janeiro Trupe do Experimento Teatro Infantil
Rio Grande do Sul Coletivo Água Redonda e Comprida Dança
São Paulo Aysha Nascimento, Naruna Costa e Jhonny Salaberg Teatro

 

20 de março de 2025

O Prêmio Sesc de Literatura 2025 encerrou suas inscrições com um total de 2.451 originais submetidos, reafirmando sua importância na descoberta de novos talentos literários no Brasil. A categoria Poesia, teve destaque com 1.168 inscrições, seguida por Romance com 684 e Conto com 599.​ Os inscritos são compostos por 1.345 homens (54,9%) e 1.065 mulheres (43,5%). Além disso, 234 participantes são trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo, público prioritário do Sesc.

As obras serão avaliadas por comissões julgadoras compostas por escritores, jornalistas e críticos literários de diversas regiões do país, garantindo imparcialidade e foco na qualidade literária dos trabalhos. O resultado, que este ano também contemplará a divulgação dos finalistas, será divulgado em agosto, e os vencedores serão apresentados ao público em uma cerimônia no fim do ano. ​Após a publicação pela editora Senac Rio, os livros serão distribuídos na rede de bibliotecas e escolas do Sesc, em todas as regiões do país. Os escritores participarão, ainda, de bate-papos e mesas redondas em eventos culturais promovidos pelo Sesc ao longo de 2026.

Desde sua criação em 2003, o Prêmio Sesc de Literatura já recebeu cerca de 24 mil originais e revelou ao mercado editorial 40 novos autores. Entre os nomes de destaque estão Luisa Geisler, Tobias Carvalho, Rafael Gallo e muitos outros.

18 de março de 2025

Projeto contribui para a difusão e fortalecimento da produção audiovisual nacional

O cinema brasileiro vive um momento de grande visibilidade e reconhecimento, impulsionado pelas recentes conquistas de premiações internacionais e pelo crescente interesse do público em produções nacionais. Nesse cenário, iniciativas como a Mostra Sesc de Cinema – MSDC desempenham um papel fundamental ao incentivar a diversidade da produção audiovisual independente. O projeto, que chega a sua 8ª edição em 2025, estará com inscrições abertas entre os dias 18 de março e 15 de abril.

“A Mostra Sesc de Cinema reafirma o compromisso da instituição com a valorização do cinema nacional e o fortalecimento da economia criativa. Mais do que um espaço de exibição, o projeto impulsiona a cadeia produtiva do audiovisual em diferentes níveis, abre caminho para novos talentos e promove um diálogo essencial entre realizadores, público, estudantes e críticos em todas as regiões do país”, destaca Janaina Cunha, Diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc.

Mais de R$250.000 serão distribuídos em licenciamentos para curtas, médias e longas metragens.

Podem concorrer na VIII MSDC curtas, médias e longas-metragens de ficção, documentários e animações, finalizados a partir de 1º de janeiro de 2023 e que não tenham sido exibidos em circuito comercial. Além da oportunidade de exibição por todo o país em unidades do Sesc, a Mostra premiará os vencedores com licenciamento em um valor total de até R$ 255 mil.

São aceitas inscrições de filmes de Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e São Paulo. Apenas realizadores residentes nessas localidades poderão inscrever suas obras, que serão avaliadas por comissões estaduais formadas por profissionais do Sesc e especialistas convidados.

A seleção contempla três categorias. No Panorama Brasil, serão escolhidos 19 filmes, um de cada estado participante. Já o Panorama Infanto-Juvenil selecionará até 10 realizações voltadas à infância e juventude. Além disso, no Panorama Estadual, os filmes serão exibidos em seus respectivos estados de origem, com exceção da Região Norte, que realizará um Panorama Regional, reunindo as obras selecionadas nos estados participantes da região.

Os selecionados serão divulgados em julho. As produções vencedoras do Panorama Brasil e do Panorama Infanto-Juvenil terão uma exibição especial em setembro, em uma Mostra Nacional, antes de iniciarem uma circulação de um ano pelas unidades do Sesc em todo o país.

Entre outubro e dezembro, acontecem as Mostras Estaduais e Regionais, em que cada estado ou região exibirá seu filme vencedor do Panorama Brasil, além dos demais títulos selecionados em seus respectivos Panoramas Estaduais ou Regionais.

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6 de março de 2025

O filme “A Hora da Estrela” será exibido em mais de 40 sessões pelo Brasil.

No Mês das Mulheres, o CineSesc traz ao público o clássico “A Hora da Estrela”, com a trajetória de Macabéa – uma mulher invisibilizada, mas repleta de existência.

Lançado originalmente em 1985, o filme dirigido por Suzana Amaral foi restaurado e remasterizado e, atualmente, é distribuído pela Vitrine Filmes. A adaptação da obra de Clarice Lispector para as grandes telas escancara as dores e silêncios de tantas mulheres, ao mesmo tempo que nos faz refletir: o que significa ter voz em um mundo que não nos escuta?

As 44 sessões de “A Hora da Estrela” são gratuitas e acontecem em unidades do Sesc nos seguintes estados (confira no final da matéria o dia e local das sessões):

📍 Rio de Janeiro
📍 Espírito Santo
📍 Acre
📍 Alagoas
📍 Pernambuco
📍 São Paulo
📍 Tocantins

A Hora da Estrela no Sesc

“A Hora da Estrela” problematiza, de forma explícita, a questão da pobreza e da marginalização das classes sociais oprimidas, configuradas na personagem central, Macabéa.

Órfã, ela muda-se para São Paulo, uma “cidade toda feita contra ela”, emprega-se como datilógrafa e se apaixona por Olimpio de Jesus – que logo a trai com sua colega de trabalho.

Criada por uma de nossas maiores escritoras, Clarice Lispector, recebeu adaptação para o cinema à altura, pela talentosa diretora Suzana Amaral. A obra “A Hora da Estrela” teve grande repercussão no Brasil e no exterior, não apenas ao nível da crítica, como do público em geral.

Além dos inúmeros prêmios recebidos em festivais, entre eles o Urso de Prata do Festival de Berlim de melhor atriz para Marcélia Cartaxo, a diretora foi agraciada pela Presidência da República e pelo Itamaraty com a medalha da Ordem do Rio Branco. No Brasil, o filme ganhou todos os principais prêmios do festival de Brasília de 1985, entre outros prêmios de melhor atriz, direção, fotografia e montagem.




Calendário de Sessões


🎬 Calendário de Sessões 🎬

Data Estado / Local Horário Local da Sessão
04 de Março 🔴 Rio de Janeiro (RJ) 20h15 Grussaí
05 de Março 🟣 Espírito Santo (ES) 18h30 CineSesc Glória
06 de Março 🔴 Rio de Janeiro (RJ) 10h São Gonçalo
18h Cocotá – Biblioteca Euclides da Cunha
18h30 Teresópolis
🟣 Espírito Santo (ES) 18h30 CineSesc Glória
07 de Março 🔴 Rio de Janeiro (RJ) 15h Copacabana
19h Polo Sesc Paraty
🟣 Espírito Santo (ES) 18h30 CineSesc Glória
08 de Março 🟢 Acre (AC) 19h00 Cine Teatro Recreio
🟣 Espírito Santo (ES) 18h30 CineSesc Glória
09 de Março 🟡 Pernambuco (PE) 19h30 Caruaru
🟣 Espírito Santo (ES) 18h30 CineSesc Glória
11 de Março 🔴 Rio de Janeiro (RJ) 15h Centro Cultural Sesc Quitandinha
12 de Março 🔴 Rio de Janeiro (RJ) 17h Tijuca
19h Campos
🟣 Espírito Santo (ES) 18h30 CineSesc Glória
13 de Março 🟡 Pernambuco (PE) 18h30 Triunfo
🟣 Espírito Santo (ES) 18h30 CineSesc Glória
14 de Março 🔴 Rio de Janeiro (RJ) 19h Nova Friburgo
🟣 Espírito Santo (ES) 18h30 CineSesc Glória
15 de Março 🔴 Rio de Janeiro (RJ) 16h São Gonçalo
🟣 Espírito Santo (ES) 18h30 CineSesc Glória
19 de Março 🟣 Espírito Santo (ES) 18h30 CineSesc Glória
20 de Março 🔴 Rio de Janeiro (RJ) 09h30 Nova Iguaçu
14h Nova Iguaçu
14h30 São Gonçalo
18h Nova Iguaçu
🟣 Espírito Santo (ES) 18h30 CineSesc Glória
21 de Março 🔴 Rio de Janeiro (RJ) 14h30 Nova Friburgo
🟣 Espírito Santo (ES) 18h30 CineSesc Glória
22 de Março 🔴 Rio de Janeiro (RJ) 19h Arte Sesc – Espaço Cultural
🟣 Espírito Santo (ES) 18h30 CineSesc Glória
23 de Março 🟣 Espírito Santo (ES) 18h30 CineSesc Glória
25 de Março 🟠 São Paulo (SP) 20h Jundiaí
26 de Março 🔵 Alagoas (AL) 15h Teatro Hermeto Pascoal – Sesc Arapiraca
19h30 Teatro Hermeto Pascoal – Sesc Arapiraca
🟣 Espírito Santo (ES) 18h30 CineSesc Glória
27 de Março 🔴 Rio de Janeiro (RJ) 15h Centro Cultural Sesc Quitandinha
🟡 Pernambuco (PE) 19h Sesc Araripina
🟤 Tocantins (TO) 19h30 CineSesc Palmas
🟤 Tocantins (TO) 19h30 CineSesc Araguaína
🟣 Espírito Santo (ES) 18h30 CineSesc Glória
28 de Março 🟣 Espírito Santo (ES) 18h30 CineSesc Glória
29 de Março 🔴 Rio de Janeiro (RJ) 15h Barra Mansa
🟣 Espírito Santo (ES) 18h30 CineSesc Glória


6 de fevereiro de 2025

Escritores estreantes podem inscrever seus originais gratuitamente nas categorias Romance, Conto e Poesia 

 O Prêmio Sesc de Literatura, um dos mais importantes e consagrados do país voltado a escritores inéditos, está com inscrições abertas até 10 de março de 2025. Podem ser inscritos originais ainda não publicados nas categorias Romance, Conto e Poesia. Os vencedores têm seus livros publicados pela Editora Senac Rio e recebem uma premiação em dinheiro no valor de R$30 mil cada. Também serão concedidas menções honrosas aos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo finalistas na premiação. Interessados podem se inscrever gratuitamente pelo site www.sesc.com.br/premiosesc.   

 “A expectativa pelo Prêmio Sesc de Literatura costuma ser grande, tanto para escritores quanto para o público leitor. Ao abrir espaço para novos autores, estamos proporcionando a renovação do cenário literário brasileiro e incentivando a formação de mais escritores. No ano passado, com a inclusão da categoria Poesia, registramos quase o dobro do número de inscrições, o que demonstra o potencial da produção literária nacional”, constatou a Diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc, Janaina Cunha.  

Vencedores do Prêmio Sesc de Literatura de 2024. Ricardo Mauricio Gonzaga (ES), autor do romance Bololô: gaiola vazia; Patricia Lima (SP), autora do livro de contos A glória dos corpos menores.

 Os trabalhos inscritos são analisados por comissões julgadoras de diferentes regiões do país, compostas por renomados escritores, jornalistas e críticos literários. O processo de avaliação tem como base o anonimato tanto dos autores quanto do júri, garantindo a lisura do projeto e a liberdade de análise das comissões julgadoras, que fazem a seleção pelo mérito literário, com soberania sobre a decisão final.  

 O resultado, que este ano também contemplará os finalistas, será divulgado em agosto e os vencedores vão ser apresentados ao público em uma cerimônia com noite de autógrafos no fim do ano. Após a publicação, os livros serão distribuídos na rede de bibliotecas e escolas do Sesc, em todas as regiões do país. Os escritores participarão, ainda, de bate-papos e mesas redondas em eventos culturais promovidos pelo Sesc ao longo de 2026. 

 

A Premiação 

Criado em 2003, o Prêmio Sesc de Literatura já recebeu cerca de 22 mil originais e revelou ao mercado editorial 40 novos autores. Em 2024, os vencedores foram Ricardo Mauricio Gonzaga (ES), com o romance “Bololô: gaiola vazia”; Patrícia Lima (SP), com a coletânea de contos “A glória dos corpos menores”; e Antonio Veloso Maia (RJ), com o livro de poesias “Contra a parede”. 

9 de janeiro de 2025

Jovens de diversas partes do continente participam da edição de 2025 do evento, que é um dos principais festivais de música de concerto da América Latina.

Mais de 350 jovens músicos viajam a Pelotas para os cursos de especialização musical do 13º Festival Internacional Sesc de Música, que ocorre de 20 a 31 de janeiro. São dias em que a música invade o Sul do estado em um intercâmbio cultural com representantes de todas as regiões do Brasil e de diferentes países da América Latina que irão aprimorar suas técnicas com professores reconhecidos mundialmente. Eles ainda terão a oportunidade de encantar o público com apresentações em variados espaços da cidade.

Entre bolsistas selecionados e alunos das Orquestras Jovens do Sesc pelo País, eles representam os estados de Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Há alunos vindos exterior, da Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Porto Rico e Uruguai; e, entre os gaúchos, das cidades de Alvorada, Bento Gonçalves, Cachoeirinha, Capão do Leão, Carlos Barbosa, Caxias do Sul, Farroupilha, Guaíba, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Rio Grande, Santa Maria, São Leopoldo e Viamão.

13º Festival Internacional Sesc de Música acontece em Pelotas (RS). Foto: Paulo Rossi

No eixo educativo do evento, estão classes de especialização musical em violino, viola, violoncelo, contrabaixo, harpa, flauta, oboé, clarinete, fagote, trompa, trompete, trombone tenor e baixo, tuba, saxofone, eufônio, percussão, canto lírico, piano, composição e choro. Elas serão conduzidas por professores convidados de diversas nacionalidades, como Itália, Rússia, Bulgária, Argentina, Alemanha, Romênia e diferentes partes do Brasil.

Reconhecido como um dos principais eventos de música de concerto da América Latina, o 13º Festival Internacional Sesc de Música é uma realização do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac. Além dos cursos, o evento conta com uma agenda de dezenas de apresentações artísticas que ocorrem em diferentes espaços de Pelotas. A programação completa já está disponível no site  www.sesc-rs.com.br/festival.

4 de dezembro de 2024

Obras estão disponíveis nas livrarias físicas e online

Os três livros vencedores das categorias de Romance, Conto e Poesia do Prêmio Sesc de Literatura 2024 foram lançados no Rio de Janeiro, nessa terça-feira, 03.12, em noite de autógrafos na unidade da instituição em Copacabana. Durante o evento, os escritores Ricardo Mauricio Gonzaga (ES), do romance “Bololô: gaiola vazia”; Patricia Lima (SP) do livro de contos “A glória dos corpos menores”; e Antonio Veloso Maia (RJ), da obra de poesia “Contra a parede”, enalteceram a importância do Prêmio e sua tradição de lançar novos autores garantindo visibilidade para as obras por meio da forte estrutura e da tradição do Sesc.

“O maior prazer de quem escreve é ser publicado para ser lido. A literatura brasileira vive um grande momento e o diferencial do Prêmio Sesc é abrir uma janela relevante aos novos autores”, agradeceu Ricardo Mauricio Gonzaga a uma plateia que lotou o Sesc Copacabana. Sobre sua obra, ele explica que “Bololô” tem um pé no realismo mágico ao mesmo tempo em que mostra os mistérios da mata, da natureza. “Meu processo de criação foi intenso, com a narrativa se apossando de mim durante madrugadas inteiras. Espero que esse processo tome vocês também”, completou.

A escritora Patrícia Lima lembrou que vencer a premiação era um sonho antigo em função da estrutura da premiação. “Já participei de muitos eventos literários aqui no Sesc e espero que o meu livro possa, por meio da narrativa de um mundo específico e íntimo, agora lançado ao público, alcançar os leitores dos mais diversos universos”.

Já o escritor Antonio Veloso Maia foi representado pela filha e enviou uma mensagem de otimismo para com a literatura.  “É uma aventura estar com o livro aqui. Ver o Prêmio Sesc alcançando a maioridade, com 21 anos, não é pouca coisa. Não é pouca coisa revelar a literatura de pessoas de todo país”.

As três obras foram escolhidas entre 2.731 inscritas e publicados pela editora Senac Rio, com tiragem inicial de 2 mil exemplares para cada categoria e estão disponíveis em livrarias físicas e online. Os autores receberam ainda um prêmio no valor de R$ 30 mil.

“O Prêmio Sesc de Literatura já se consagrou no cenário nacional e internacional e tem levado os autores a vencerem outras premiações, ampliando a projeção desses escritores brasileiros no mercado literário. Assim, vamos ajudando a descortinar e a apresentar ao mercado, ao setor e aos leitores uma nova geração muito forte e muito potente da nossa escrita”, comemora Janaina Cunha, diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc.

Menção Honrosa

Durante o evento, também receberam Menção Honrosa os livros de trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo finalistas das três categorias. O escritor Matheus Rodrigues, autor do romance “1 copo de sal”, recebeu a homenagem em nome do grupo, que inclui também  Oly Cesar Wolf (PR) com o romance Inventário da parede; Mônica Karine da Silva SP), com o livro de contos Onde se pede a carne; e Ruan Gabriel Belo da Silva (PE) com o livro de poesias Codorna.

“Eu sou rato de Sesc, como costumo brincar. Eu faço academia, escrevo, fiz vários cursos. Então é muito bom e muito emocionante. Estou amando fazer parte disso tudo”, celebrou Matheus.

27 de novembro de 2024

 

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25 de novembro de 2024

Criado com o objetivo de ajudar na retomada do setor cultural gaúcho, que sofreu com as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, o projeto Circula Sesc – Artistas Gaúchos pelo Brasil vem proporcionando mais do que o aquecimento da economia no estado. A iniciativa representa um recomeçar para vários grupos artísticos, que perderam acervos e equipamentos.

O projeto teve início no dia 17 de outubro, em Pernambuco, e até o fim do ano marcará presença em 30 cidades de 18 estados. A programação do Circula Sesc foi montada a partir de uma convocação voltada, exclusivamente, para artistas de municípios que decretaram calamidade pública em razão das enchentes. Cada projeto contemplado realiza três apresentações, com cachê e todos os custos de hospedagem, alimentação e transporte mantidos pelo Sesc.

Confira algumas histórias de grupos que estão reconstruindo suas vidas e suas trajetórias profissionais com o apoio do Circula Sesc.

O espaço da Ói Nóis Aqui Traveiz, que funciona como escola de teatro, local de ensaio, de criação e de guarda do acervo, foi construído ao longo dos 46 anos. Infelizmente, durante as enchentes, nosso espaço passou três semanas debaixo de água. Figurinos, adereços objetos, fotografias e instrumentos musicais foram perdidos. Esse acervo nos fez pioneiros e referência para o teatro popular e o tetro de rua do país.

Tania Faria, atriz, diretora e atuadora da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz – Porto Alegre

 

Passada a enchente, começamos a tentar recuperar parte dos materiais, como os instrumentos musicais de metal. O mais dramático, no entanto, foi o estado em que ficou o nosso teatro, que servia também como espaço para apresentação de outros grupos e formação de novos artistas.

Com o Circula Sesc, pudemos recomeçar e ir até Pernambuco para três apresentações com a peça “Manifesto de uma mulher de teatro”. Em cada um dos encontros, falei com o público sobre a importância desse projeto, que abriu a possibilidade de voltarmos a trabalhar e nos recolocar no palco. Foi a sensação de um respiro e de estarmos vivos novamente para a arte. O Circula Sesc, junto com o Palco Giratório, são oportunidades de intercâmbio para que os artistas possam apresentar seu trabalho em diferentes regiões. Precisamos de mais projetos como esses!

 

Mariana Abreu – cofundadora do grupo TIA de teatro popular – Canoas

 

As enchentes comprometeram a rotina pessoal e profissional dos artistas gaúchos. Um dos nossos colegas do grupo chegou a perder todos os pertences durante as enchentes e precisou procurar outro lugar para morar. No prédio de três pavimentos onde moro, as águas chegaram até o segundo andar. Minha família foi resgatada por barco, após quatro dias ilhada, e chegou a ficar 30 dias num abrigo local. Apesar das perdas materiais e da estrutura do grupo ter ficado em uma região “seca” durante as enchentes, a programação de espetáculos em comemoração aos 20 anos da companhia foi abruptamente interrompida.

Antes das chuvas, estávamos supercontentes, porque havíamos conseguido montar uma agenda bem bacana para esse ano com os nossos cinco espetáculos de repertório. Porém, com as enchentes, tudo foi cancelado. Por mais que sejamos dinâmicos e tenhamos espetáculos para todos os espaços, está sendo duro retomar a rotina de apresentações.

Por isso, a mobilização pela solidariedade para minimizar os impactos da tragédia foi fundamental para nós, artistas. A ajuda chegou de muitas frentes. Veio da comunidade, de entidades civis e de classe, além do poder público e do Sesc Canoas, que acolheu um número gigantesco de pessoas com alimentação, banho e doações. Além disso, articulou apresentações com os artistas locais nos abrigos e agora, com o Circula Sesc, o TIA subirá ao palco em várias cidades do Brasil.

Paulo Martins Fontes, diretor artístico e ator-bonequeiro da Cia Gente Falante – Teatro de Bonecos – Porto Alegre

A sede da nossa Cia Gente Falante – Teatro de Bonecos foi inundada pelas enchentes. Apesar dos inúmeros transtornos, conseguimos salvar objetos de cena e bonecos de trabalho, transferidos para o segundo andar ou para locais menos afetados do Centro Histórico. O espaço destinado ao ateliê, que funciona há 15 anos como núcleo de formação de atores-bonequeiros, produção e ensaio, não teve a mesma sorte. No momento, estamos tentando recuperar a área, gradativamente.

Para nós, o projeto Circula-Sesc – Artistas Gaúchos pelo Brasil é como um abraço na classe artística. Esse abraço das unidades Sesc é fundamental para nos mantermos ativos e cumprindo a nossa missão. Somos cientes dessa grandiosa atitude para com a classe artística gaúcha, que se recuperará desse dano com lembranças muito luminosas desses braços brasileiríssimos estendidos para nós!

Com o circuito do espetáculo Maria Peçonha, esperamos contribuir com um alerta à sociedade para os riscos das mudanças climáticas. O nosso espetáculo personifica as forças da natureza. Se a respeitamos, flores; se a exaurimos, teremos desertificação e suas consequências. No encalço da Maria, vamos plantando flores e esperamos que as novas gerações aprendam esse plantio respeitoso.