21 de fevereiro de 2024

O documento foi feito em parceria com a UICN e é referência mundial para o aprimoramento da conservação, podendo ser acessado gratuitamente

 

A União Internacional para Conservação da Natureza (UICN), em parceria com o Polo Socioambiental Sesc Pantanal, lança a série “Diretrizes para Melhores Práticas em Áreas Protegidas da UICN e da Comissão Mundial de Áreas Protegidas (WCPA)”, referência internacional para proteção da natureza em parques, reservas ou unidades de conservação, como são denominadas no Brasil. As diretrizes auxiliam governos, agências responsáveis por áreas protegidas, Organizações Não Governamentais, comunidades e parceiros do setor privado a cumprir seus compromissos, metas e, especialmente, o Programa de Trabalho com Áreas Protegidas da Convenção sobre Diversidade Biológica.

O material foi lançado oficialmente nesta quarta-feira (31/1), Dia Nacional das RPPNs (Reserva Particular do Patrimônio Natural) durante o evento realizado pela Funatura no Auditório do Prev Fogo/IBAMA, em Brasília, com autoridades e representantes de unidades de conservação federais privadas de todo o Brasil.

Essas diretrizes abordam o planejamento e a gestão de Áreas sob Proteção Privada (PPAs), e são direcionadas principalmente aos profissionais e formuladores de políticas que estão ou podem estar envolvidos com PPAs. A orientação é dada em todos os aspectos do estabelecimento (gestão e comunicação) e são fornecidas informações sobre princípios e melhores práticas, com exemplos retirados de diferentes partes do mundo.

De acordo com Brent Mitchell, presidente do Grupo de Especialistas em Áreas sob proteção privada e Gestão da Natureza da UICN, a aplicação em campo promove a capacitação institucional e individual para a gestão eficaz, equitativa e sustentável de sistemas de áreas protegidas.

“As áreas protegidas privadas se tornarão cada vez mais importantes após o compromisso de 2023 de conservar 30% da superfície da Terra até 2030. Esta publicação, derivada de experiências de todo o mundo – incluindo o Brasil – e é um guia para concretizar o grande potencial das RPPNs e outros PPAs”, destaca Mitchell.

De maneira prática, o objetivo das diretrizes é moldar a aplicação da política e dos princípios da UICN em direção ao aprimoramento da efetividade e dos resultados de conservação, com foco nos gestores e administradores da PPA.

“Nem toda a orientação será necessariamente aplicada em todos os contextos sociais, políticos e econômicos. Entretanto, o aprendizado com as melhores práticas em todo o mundo e a consideração sobre como elas podem ser incorporadas em nível local ou nacional podem melhorar a probabilidade de sucesso na conservação privada. Também podem oferecer sugestões sobre as condições que podem ser melhoradas para favorecer as PPAs e, assim, aproveitar as oportunidades que elas apresentam”, explica Mitchell.

 

Avanços com a tradução para o português

Por meio da parceria com o Polo Socioambiental Sesc Pantanal, o documento foi traduzido para o português e pode ser acessado por instituições e interessados no tema não apenas no Brasil, mas em todos os países de língua portuguesa.

Para a gerente-geral do Sesc Pantanal, Cristina Cuiabália, a iniciativa ratifica o compromisso do Sesc com a conservação. “A conservação só acontece com o envolvimento de muitas mãos. Todos precisam estar inseridos e, principalmente, preparados para fazer este trabalho tão importante em nosso país. O Sesc é pioneiro nesta atuação, tendo, atualmente, 13% das áreas das RPPNs do Brasil, entre elas a maior Reserva Particular do Patrimônio Natural do Brasil, a RPPN Sesc Pantanal, com 108 mil hectares. O nosso compromisso com a conservação da natureza foi assumido há 27 anos e é vitalício”, destaca Cuiabália.

Coordenador de Reservas Privadas da FUNATURA, Laércio Sousa diz que a publicação, também disponível em outras línguas no site da UICN, traz um compilado das melhores práticas e aprendizados vindos de todas as partes do mundo. “Especialistas, gestores e proprietários de Áreas sob Proteção Privada (PPAs) e RPPNs do Brasil contribuíram com suas expertises para fazer frente aos diversos desafios de conservação e em especial a gestão e combate às mudanças climáticas, visto que até 2030 há uma forte tendência e necessidade que, ao menos 1/3 do planeta esteja sendo conservado e ou em recuperação ambiental”, destaca.

 

RPPNs no Brasil

Até 1992, o Brasil tinha 31 Reservas Particulares do Patrimônio Natural, que equivaliam a uma área de 386,94 km². Hoje, de acordo com a Confederação Nacional de RPPNs (CNRPPN), são 1.755 reservas, totalizando 814.528,61 hectares. O Sesc possui 109 mil hectares de áreas protegidas no Polo Socioambiental Sesc Pantanal, no Sesc Tepequém (RR), no Sesc Bertioga (SP), no Sesc Iparana (CE) e, mais recentemente, no Parque Sesc Serra Azul, esta última também localizada em Mato Grosso, na região do Cerrado, em vias de se tornar uma RPPN.

9 de fevereiro de 2024

Os ciclos das águas embalam a vida no Pantanal e estão eternizadas em obras de artistas pantaneiros que compõem a exposição “Somos todos habitantes dessas águas”, realizada pelo Polo Socioambiental Sesc Pantanal, com curadoria da artista Ruth Albernaz. A mostra será inaugurada nesta sexta-feira (2/2), Dia Mundial das Áreas Úmidas e estará aberta ao público a partir de 5 de fevereiro, na Galeria Sesc Poconé. A entrada é gratuita.

A narrativa expositiva está organizada em três eixos temáticos: biodiversidade, cultura e história da Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN Sesc Pantanal, a maior do Brasil, localizada em Barão de Melgaço (MT). Foram selecionadas obras de 16 artistas que trazem em suas poéticas paisagens naturais, culturais, cenas do cotidiano, bovinocultura, biodiversidade e retrato.

Além das obras, foi criado um espaço audiovisual com bancos de urubamba, importante artesanato da cultura pantaneira para apreciação de fotografias históricas da RPPN e imagens de câmera trap, resultados de monitoramento e pesquisa dentro da Reserva.

A trilha interpretativa da exposição começa no painel instalado no saguão da unidade com panorama da RPPN Sesc Pantanal. Em seguida, o visitante adentra ao “Jardim dos Sentidos”, formado por um conjunto site specific com as obras “Murundu” e “É no Pantanal que nascem os pássaros”. A experiência termina na Galeria Sesc Poconé, onde estão as obras de Miguel Penha, Benedito Nunes, Alcides Pereira, Elson Figueiredo, Jonas Barros, Humberto Espindola, Gervane de Paula, Nilson Pimenta, Regina Pena, João Sebastião, Clovis Irigaray, Antônio Poteiro, Marcio Aurélio, Ruth Albernaz, Adir Sodré e Roberto de Almeida.

A exposição estará aberta à visitação até o mês de dezembro no Sesc Poconé, que está localizado na Avenida Generoso Ponce, Centro do município.

Acervo de duas décadas

As obras são parte do acervo do Polo Socioambiental Sesc Pantanal, uma iniciativa do sistema CNC-Sesc-Senac, construído ao longo de duas décadas. De acordo com a gerente-geral da instituição, Cristina Cuiabália, trata-se de um representativo acervo com obras de renomados artistas, principalmente mato-grossenses habitantes de territórios da bacia do Alto Paraguai, formadora do bioma Pantanal.

“A exposição fala sobre o Pantanal sob a ótica de artistas mato-grossenses admiráveis. A água é vida e também o elo entre as diferentes histórias contadas em cada obra, que faz dessa experiência única. Nosso convite é para que todos possam embarcar e se encantar na Galeria do Sesc Poconé”, destaca Cuiabália.

De acordo com a Ruth Albernaz o conceito da exposição é inspirado nos poemas de outro mato-grossense muito conhecido: Manoel de Barros. “As múltiplas linguagens e narrativas da arte alargam os horizontes e ampliam a capacidade de compreender a vida, nos mostram a diversidade cultural dos territórios e contribuem para a manutenção da memória coletiva. Convidamos a todos para refletir e agir em favor da conservação da biodiversidade do Pantanal e dos saberes tradicionais traduzidos pela arte”, declara Albernaz.

31 de janeiro de 2024
No dia 31 de janeiro comemora-se o Dia Nacional das RPPNs, data em que foi promulgado o primeiro decreto que regulamenta essas áreas. Reserva Particular do Patrimônio Natural, ou simplesmente RPPN, é uma área especialmente protegida com o objetivo de conservação da diversidade biológica, mas também dos recursos hídricos, dos processos ecológicos, das paisagens de grande beleza cênica e do equilíbrio climático. Nesse sentido, as RPPNs devem ser valorizadas e comemoradas como uma iniciativa do setor privado para o bem comum.

Os proprietários de RPPNs podem ser Pessoas Físicas ou Jurídicas, que voluntariamente solicitam certificação das suas áreas junto ao órgão ambiental, para receberem essa condição de reserva. Uma vez intituladas, as áreas passam a integrar o Sistema Nacional de Unidades de Conservação.

Para atender ao artigo 225 da Constituição Federal, que diz que “todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida”, é imprescindível conservar áreas naturais e a melhor estratégia é a criação das unidades de conservação, como os parques nacionais e as RPPNs. Essas últimas, representando a categoria mais numerosa e que mais cresce no Brasil.

Segundo a Confederação Nacional das Reservas Particulares do Patrimônio Natural, atualmente existem 1.862 RPPNs distribuídas por todos os biomas brasileiros, com 835.875 hectares protegidos. Na Mata Atlântica estão 72%, ou 1.346 reservas particulares, que somam 249.854 hectares. Contudo, apesar de abrigar apenas 1,2%, ou 22 reservas, o Pantanal lidera o ranking em relação à extensão das áreas protegidas, com 262.555 hectares.

O destaque no Pantanal ocorre pela presença da RPPN Sesc Pantanal, a maior do Brasil. Com cerca de 108 mil hectares, a reserva representa quase 1% de todo o bioma. Foi criada em 1997, a partir de uma iniciativa da Confederação Nacional do Comércio (CNC), por meio do Serviço Social do Comércio (Sesc), como contribuição às diretrizes enunciadas na Conferência Mundial do Meio Ambiente – Rio 92. Diante disso, o Pantanal foi presenteado com esse projeto de elevada relevância para a conservação da natureza e para benefício direto às comunidades associadas.
Sesc Pantanal é a maior RPPN do país.
Da Eco-92, partimos para a Agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU). Essa agenda compreende esforços globais para a erradicação da pobreza, conservação da biodiversidade, equilíbrio climático, entre outros, que estão interconectados, e as RPPNs contribuem diretamente em muitos dos objetivos, como na proteção da vida terrestre e nas águas, no fornecimento de água potável, na resiliência em relação às mudanças climáticas e fornecendo espaço para práticas de educação e valorização ambiental.

Na RPPN Sesc Pantanal são desenvolvidas atividades de turismo de natureza, educação ambiental, pesquisa científica, restauração florestal e desenvolvimento comunitário. Pioneira na região, a reserva se consolidou como modelo de gestão e inovação. É um laboratório vivo, onde centenas de cientistas já passaram e continuam a produzir conhecimento. Atualmente desenvolve uma das pesquisas mais robustas com onças-pintadas e pardas das Américas.

A RPPN Sesc Pantanal é uma das unidades do Polo Socioambiental Sesc Pantanal, presente na região há 27 anos, fornecendo oportunidades de educação, lazer, turismo e cultura. Outra unidade do Polo é o Hotel Sesc Porto Cercado, que fica logo em frente a reserva, e onde visitantes podem aproveitar da infraestrutura de hospedagem para realizar diversas atividades. A experiência promovida aos visitantes provoca reflexão quanto à importância da conservação da natureza, um legado da beleza e da vida pulsante e presente nessa área protegida, outro motivo para comemorar!
Artigo de Alexandre Enout – Polo Socioambiental Sesc Pantanal
5 de dezembro de 2023

As imagens são captadas por uma rede de armadilhas fotográficas que registram 155 pontos simultaneamente

 

A população de onças-pintadas da maior Reserva Particular do Patrimônio Natural do Brasil, a RPPN Sesc Pantanal, é objeto de uma ampla pesquisa que utiliza 155 câmeras trap em uma área de 108 mil hectares, localizada em Barão de Melgaço (MT). O estudo, realizado em parceria com o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro com participação de pesquisadores do Grupo de Estudos em Vida Silvestre (GEVS), busca compreender o uso do espaço pelo animal e contribuir para a conservação dessa espécie vulnerável à extinção, que possui grande importância ambiental por ocupar o topo da cadeia alimentar e indicar a qualidade dos ambientes.

Maior carnívoro da América do Sul, terceiro maior felino do mundo e o único representante do gênero Panthera (formado por leões, leopardos e tigres) no continente americano, a onça-pintada necessita de áreas extensas e de habitat de boa qualidade para sobreviver. Segundo o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (CENAP), estimativas indicam que 50% da população total de onças-pintadas do mundo estão no Brasil, distribuídas por diversos biomas: Amazônia, Pantanal, Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga.

Distribuição das armadilhas fotográficas

As armadilhas fotográficas foram distribuídas a cada 2,8 km, na forma de gradeado, cobrindo uma vasta área da Reserva, o que permite avaliar o uso do espaço por várias espécies, incluindo presas potenciais. Com os equipamentos, o propósito é monitorar a área nos períodos de seca e cheia. A instalação teve início em julho deste ano e as revisões seguirão até janeiro de 2024. Os dados levantados são utilizados para a geração de mapas de distribuição e avaliação das formas de uso da paisagem, tanto das presas quanto dos predadores, possibilitando obter informações sobre interações e suas relações com o mosaico disponível no interior da RPPN.

O projeto realizado na RPPN Sesc Pantanal, uma das unidades do Polo Socioambiental Sesc Pantanal, iniciativa do Sistema CNC-Sesc-Senac, contempla, ainda, a perspectiva dos saberes locais por meio das interações entre pesquisadores, guarda-parques e brigadistas do Sesc Pantanal. Essas interações servem para a propagação do entendimento das relações tanto entre os elementos da fauna, sob a perspectiva do projeto, quanto da convivência entre os pantaneiros com a diversidade disponível e a valorização do patrimônio biológico e cultural do Pantanal.

30 de setembro de 2023

Localizada em Poconé (MT), escola atende cerca de 300 alunos gratuitamente e é referência em sustentabilidade

Inovação, tecnologia ancestral e sustentabilidade são a base do projeto criado pelo arquiteto José Portocarrero para o Complexo Educacional Sesc Pantanal – Ministro Gilmar Mendes, inaugurado nesta sexta-feira (29/9), em Poconé (MT). Inspirado na arquitetura dos povos indígenas, a construção se beneficia com aproveitamento da luz natural e sua estrutura suspensa do solo é capaz de aumentar a ventilação e o conforto térmico para os estudantes, permitindo a redução do consumo de energia elétrica. A nova estrutura colabora, ainda, com o processo de aprendizado, ao despertar a criatividade e a imaginação de crianças e jovens em formação.

“O papel transformador da educação é incontestável. Há mais de sete décadas, o Sistema Comércio investe na área educacional com as mais diversas iniciativas, colaborando no desenvolvimento da sociedade. É com muito orgulho que por meio dessa inauguração homenageamos nosso ilustre Ministro Gilmar Mendes com o que há de mais importante para os indivíduos: o saber e a conquista da cidadania. Seu nome estará associado e perpetuado uma proposta inovadora, sustentável e que beneficiará diversas gerações”, declarou o Presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.

Presente na cerimônia, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, mato-grossense de Diamantino, falou um pouco sobre sua trajetória profissional e agradeceu a homenagem. “Fico muito feliz em receber essa homenagem do Sistema CNC Sesc Senac. São muitos os jovens que irão se beneficiar desse poder transformador que é a educação. Como professor, alguém que dedicou a vida ao ensino, ser o nome de uma escola é certamente algo muito honroso”.

Complexo educacional leva o nome do ministro do STF Gilmar Mendes, natural de Mato Grosso.

Autor do projeto, o arquiteto, professor e doutor em habitações indígenas brasileiras, José Portocarrero é reconhecido e premiado internacionalmente pela identidade sustentável que imprime nas obras. De acordo com ele, a arquitetura impacta diretamente no ensino-aprendizagem dos estudantes. “A inovadora proposta une a história da ocupação desse território, tecnologia ancestral das casas indígenas, sustentabilidade e compartilhamento, em contato com a natureza”, destaca.O projeto do Complexo Educacional surgiu a partir do trabalho desenvolvido pela Escola Sesc Pantanal. Criada em 2002, a unidade atendia alunos com as duas primeiras etapas da educação básica, em um espaço de cerca de 1.000 m². Com o passar do tempo, sua atuação se ampliou gradativamente e como forma de atender melhor os alunos foi criado o complexo, com tamanho quase três vezes superior ao original, o que faz dele a maior estrutura educacional de Poconé.
Com a expansão, são mais sete salas de aula, além de refeitórios, cozinha, sanitários, secretaria, sala dos professores, coordenação e recepção. A inovação também está presente na forma circular da escola, com as novas salas de aula divididas por áreas de conhecimento: Matemática, Língua Portuguesa, Língua Estrangeira, História, Geografia, Ciências e Arte. No Complexo Educacional Sesc Pantanal são os alunos que se movimentam a cada aula, compartilhando os ambientes e sendo corresponsáveis por eles. Na área externa central, o objetivo é promover a integração dinâmica de crianças e jovens, num ambiente natural, com árvores nativas e gramado, que pode ser explorado pelos alunos de diferentes formas, como atividades interativas com a natureza, contemplação e leitura ao ar livre.

Além do presidente da CNC e do ministro do STF, estiveram presentes no evento o Diretor-Geral do Departamento Nacional do Sesc, José Carlos Cirilo, o Diretor-Geral do Departamento Nacional do Senac, Marcus Vinicius Machado Fernandes, o Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomércio-MT), José Wenceslau de Souza Júnior, os Presidentes das Federações do Comércio de todo o país, o Secretário Estadual de Educação de Mato Grosso, Alan Resende Porto, o Prefeito de Poconé, Atail Amaral, a Secretária Municipal de Educação, Ornella Proença Moraes, o Presidente da Câmara de Vereadores de Poconé, Itamar Lourenço da Silva, o Comandante do 1º Pelotão de Bombeiros de Poconé, Tenente Frank Marcelino da Costa, o Comandante do 6º Companhia Independente da Polícia Militar, Tenente-Coronel José Corrêa da Costa Júnior.

Sustentabilidade como protagonista da educação integral no Sesc

O Complexo Educacional Sesc Pantanal – Ministro Gilmar Mendes faz parte da Rede Sesc de Educação, que conta com mais de 200 escolas em todo o país. A educação ambiental e a sustentabilidade são pilares estratégicos desde a criação da escola e estão presentes em todas as disciplinas, dentro e fora da sala de aula, assim como na arquitetura moderna da nova estrutura. Ao longo de 21 anos, mais de 8 mil estudantes já foram formados.

O Diretor-Geral do Sesc, José Carlos Cirilo, caminha com o ministro do STF Gilmar Mendes no recém inaugurado Complexo Educacional Sesc Pantanal.

A educação integral dos alunos passa pela sensibilização socioambiental, presente em diversas iniciativas na escola. O uso consciente dos materiais nas aulas, contato com a natureza em áreas naturais do Sesc Pantanal, assim como a produção de materiais didáticos e jogos educativos com elementos na natureza, são alguns exemplos práticos. Atualmente, mais da metade (55%) dos estudantes é beneficiado pelo Programa de Comprometimento e Gratuidade (PCG), que dá acesso gratuito a todos esses diferenciais da escola. Criado em 2009, o PCG oferece educação gratuita aos alunos com renda bruta familiar de até três salários mínimos nacionais.

Mãe de três alunos, – dois já formados e um ainda estudante do Complexo Educacional, Fabijane Furtado de Souza contou com o benefício do PCG do Sesc. Segundo ela, o programa foi essencial para que os filhos tivessem acesso à educação de qualidade. “O ensino do Sesc é diferenciado, há vários tipos de atividades que colaboram com o aprendizado e ainda oferecem uma alimentação saudável, com apoio de nutricionista, o que estimula as crianças a comerem alimentos mais naturais. O João Vitor é cadeirante e o Sesc o abraçou desde o primeiro momento, ensinando os coleguinhas a não tratarem ele com indiferença. Ele sempre participou de todas as atividades”, destaca.

O Sesc Pantanal

O Complexo Educacional é uma das unidades do Polo Socioambiental Sesc Pantanal, iniciativa do Sistema CNC-Sesc-Senac. Criado há 26 anos, o Polo atua com a conservação da biodiversidade, a pesquisa científica, o desenvolvimento comunitário, a educação ambiental e o turismo de natureza nos biomas Pantanal e Cerrado. Em Poconé, principal destino turístico do Pantanal mato-grossense, estão – além do Complexo Educacional – o Hotel Sesc Porto Cercado, o Parque Sesc Baía das Pedras e o Sesc Poconé. Em Barão de Melgaço, também no Pantanal, fica a maior Reserva Particular do Patrimônio Natural do país, a RPPN Sesc Pantanal, com 108 mil hectares. No Cerrado, fica o Parque Sesc Serra Azul e, em Várzea Grande, o Ponto de Encontro, completando as unidades que atuam conectadas.

O Presidente do Conselho Nacional do Sesc e da CNC, José Roberto Tadros, recebe Gilmar Mendes, Ministro do STF e homenageado do dia.
3 de agosto de 2023

Parceria entre Brasil e Suíça dá visibilidade e gera oportunidades no Pantanal

O embaixador da Suíça no Brasil, Pietro Lazzeri, chegou a Poconé (MT) nesta semana para conhecer as unidades do Polo Socioambiental Sesc Pantanal e sua atuação na conservação ambiental, pesquisa científica, turismo de natureza, assistência social e desenvolvimento comunitário. A ação faz parte do trabalho desenvolvido entre o Departamento Nacional do Sesc e a Swissnex para dar visibilidade e gerar oportunidades no Pantanal.

A comitiva inclui também o embaixador emérito Jean-Pierre Villard, a CEO da Swissnex no Brasil, Malin Borg, e o cônsul-geral da Suíça em São Paulo, Pierre Hagmann. Eles visitarão o Hotel Sesc Porto Cercado e o Parque Sesc Baía das Pedras, em Poconé, e a Reserva Particular do Patrimônio Natural do Brasil, a RPPN Sesc Pantanal, localizada em Barão de Melgaço.

De acordo com o diretor-geral do Sesc, José Carlos Cirilo, que representou o presidente José Roberto Tadros, a presença do embaixador ratifica a importância do trabalho realizado pelo Sesc Pantanal há 26 anos na maior planície alagável do mundo. “Nossa missão neste território, Patrimônio Natural da Humanidade, é cuidar das pessoas e do meio ambiente. Poder ampliar essa atuação permite que mais partes do mundo possam conhecer uma parcela desse bioma tão importante”, destaca.

Comitiva visitou a Escola Sesc Pantanal em Poconé (foto: divulgação)

Swissnex

A Swissnex está presente em algumas das regiões mais inovadoras do mundo, formando uma rede global que conecta pessoas e instituições com a missão de apoiar o alcance e o engajamento ativo de parceiros no intercâmbio internacional de conhecimento, ideias e talento. A organização é a agência de Educação, Pesquisa e Inovação da Suíça responsável por conectar projetos, parceiros e iniciativas para o desenvolvimento dessas áreas de interesse.

Por meio da parceria entre o Departamento Nacional do Sesc e a Swissnex, foi criado o programa Science Camp Pantanal, uma ação inédita de ciência e inovação com o objetivo de incentivar a vinda de pesquisadores, estudantes e startups suíças ao Polo Socioambiental Sesc Pantanal para intercâmbio científico, produção de conhecimento e desenvolvimento de projetos inovadores.

Sesc Pantanal

Criado há 26 anos pela iniciativa do Sistema CNC-Sesc-Senac, o Polo Socioambiental Sesc Pantanal é formado por um complexo de unidades no Pantanal e no Cerrado mato-grossense.

Em Poconé, que é o principal destino turístico do Pantanal, estão o Hotel Sesc Porto Cercado, o Parque Sesc Baía das Pedras, o Sesc Poconé e a Escola Sesc Pantanal. Em Barão de Melgaço, também no Pantanal, fica a maior Reserva Particular do Patrimônio Natural do país, a RPPN Sesc Pantanal, com 108 mil hectares. No Cerrado, fica o Parque Sesc Serra Azul e, em Várzea Grande o Ponto de Encontro completa as unidades que atuam conectadas.

29 de maio de 2023

Conhecido como “Abrace o Pantanal”, projeto é uma parceria com diversas instituições que buscam preservar mais de 2,5 milhões de hectares.

 

A ação, articulada entre umgrauemeio,  Brigada AliançaInstituto Homem Pantaneiro (IHP) e Polo Socioambiental Sesc Pantanal, com apoio financeiro da JBS, tem como objetivo proteger 2,5 milhões de hectares de área do bioma por meio da detecção precoce de incêndio. A tecnologia utiliza um algoritmo de inteligência artificial que, a partir do envio de imagens por câmeras de alta resolução instaladas no topo de torres de comunicação, identifica focos de incêndio de forma automática e notifica os operadores do sistema. Além disso, haverá resposta rápida e geração de dados analíticos, operacionais e de impacto na comunidade, com redução de CO2 estimada em 15 milhões de toneladas.

Sistema leva somente 3 minutos para detectar focos de incêndio e mobilizar equipes.

A integração de informações como localização das brigadas, recursos e equipamentos disponíveis, horário de acionamento, tempo de locomoção até o local do foco de incêndio, tempo de combate e extinção do foco e o contato com os proprietários de terra no entorno permitem a rápida resposta ao fogo. Também estão previstas ações educativas de prevenção à incêndios junto das comunidades do entorno.

Cada câmera tem a capacidade de detectar focos de incêndio em aproximadamente 3 minutos, cobrindo um raio de 15 km e ainda indica o local exato do foco através da triangulação das câmeras e apoio de imagens de satélite, acelerando os protocolos de identificação e combate. Há, ainda, a detecção back-up de pontos de calor por satélites que podem complementar a proteção de áreas que sofram menor pressão humana. Nesta primeira fase, são 11 pontos de detecção automática por imagem distribuídas nas regiões Sul, Norte e Central, começando pelo território da Serra do Amolar.

 

 

 

 

3 de março de 2023

A iniciativa Aquarela Pantanal reúne diversas instituições e famílias das comunidades pantaneiras

 

A iniciativa Aquarela Pantanal, projeto que reúne diversas instituições e famílias das comunidades pantaneiras de Capão do Angico, em Poconé-MT, e São Pedro de Joselândia, em Barão do Melgaço-MT, foi uma das vencedoras do XIII Prêmio Hugo Werneck de Meio Ambiente e Sustentabilidade, promovido pela revista Sou Ecológico. O projeto promove a recuperação da riqueza natural de áreas no Pantanal e foi premiado na categoria “Melhor Exemplo de Mobilização Social”.

“Foi com muito orgulho que recebemos mais um prêmio por nossas iniciativas com foco em responsabilidade social. O Aquarela Pantanal é uma iniciativa primorosa que mobiliza e gera renda para famílias de comunidades da área de preservação que mantemos na região. Assim o Polo Socioambiental Sesc Pantanal cumpre sua missão de polo de referência em sustentabilidade. É o Sistema CNC-Sesc-Senac ajudando a transformar o país.”, comemora José Carlos Cirilo, Diretor-Geral do Departamento Nacional do Sesc.

O objetivo do Aquarela Pantanal é produzir mudas nativas do bioma para recuperar áreas atingidas pelo fogo dentro da Reserva Particular de Patrimônio Natural – RPPN Sesc Pantanal, a maior RPPN do país.

 

A cerimônia de premiação ocorreu na noite da última terça-feira (28.02) em Belo Horizonte (MG). Nesta quinta (02.03), o Polo Socioambiental Sesc Pantanal, que representou a iniciativa no evento por meio de sua gerente-geral, Cristina Cuiabália, fez a entrega dos certificados de reconhecimento para as viveiristas do Aquarela. O encontro foi realizado na comunidade do Capão do Angico e contou com a presença de representantes das associações comunitárias envolvidas na iniciativa.

“Fomos escolhidos entre 117 projetos de todo o país e a única iniciativa do bioma Pantanal premiada. Um reconhecimento dessa importância no cenário nacional é muito representativo e simbólico pois, das cinzas dos grandes incêndios de 2020, vimos nascer uma rede de proteção ao Pantanal formada por diversos atores, com muita resiliência, força e união. É um projeto colaborativo, que envolve muitas mãos e corações e estamos muito orgulhosos e gratos pelo reconhecimento”, comentou Cristina Cuiabália.

 

Por meio do projeto, foram construídos dois viveiros para produção de mudas nativas dentro das comunidades, que recebem suporte técnico e capacitações, além de uma bolsa para desenvolver o trabalho de viveiristas. Dessa forma, o projeto contempla os três pilares da sustentabilidade: o social, o ambiental e o econômico.

 

Segundo a diretora executiva da Wetlands International Brasil e diretora técnico-científica da Mupan, Rafaela Nicola, o prêmio é um indicador de que o trabalho está no caminho certo para compreender cada vez mais a dinâmica das áreas úmidas e quais estratégias são melhores para promover a conservação. “Esse trabalho só é possível porque mulheres de duas comunidades tradicionais abraçaram a iniciativa com a gente. A Aquarela Pantanal tem essa característica do protagonismo feminino porque as mulheres estão à frente dos viveiros, pesquisa, gestão, execução e planejamento das atividades como um todo”, completou.

Sopro de esperança – O objetivo do Aquarela Pantanal é produzir mudas nativas do bioma para recuperar áreas atingidas pelo fogo dentro da Reserva Particular de Patrimônio Natural – RPPN Sesc Pantanal, a maior RPPN do país, ao mesmo tempo em que gera renda e desenvolvimento comunitário. Por meio do projeto, foram construídos dois viveiros para produção de mudas nativas dentro das comunidades, que recebem suporte técnico e capacitações, além de uma bolsa para desenvolver o trabalho de viveiristas. Dessa forma, o projeto contempla os três pilares da sustentabilidade: o social, o ambiental e o econômico.

Atualmente, 10 famílias participam diretamente das atividades do projeto. No entanto, Natalice da Costa, viveirista da comunidade de Capão do Angico (MT), destaca que a comunidade inteira é beneficiada pelas ações. “A Aquarela Pantanal é um sopro de esperança, não só para os animais e as plantas, que tanto sofreram com o fogo, mas também nos traz uma nova força enquanto pessoas, principalmente nós mulheres. Por causa do projeto, a gente voltou a se movimentar e trabalhar unidas. Isso ajudou a nossa comunidade a enxergar o potencial que tem e o que podemos fazer quando se une”.

Para Miriam Amorim, viveirista de São Pedro de Joselândia, o projeto foi um divisor de águas em sua vida. “A gente vem fazendo um trabalho tão bonito de recuperação e de conservação do nosso Pantanal e eu me sinto muito honrada e feliz de fazer parte. É um orgulho receber esse reconhecimento com o prêmio e isso nos estimula e incentiva a continuar. O projeto mudou minha vida e da minha comunidade. Hoje, temos mais consciência que fazemos parte do meio ambiente e que cuidando dele, todo mundo se beneficia. Espero que o projeto cresça e envolva cada vez mais pessoas”, afirmou a viveirista.

Aquarela Pantanal – O projeto “Recuperação de Florestas Ribeirinhas Pantaneiras: beneficiando água, solo, peixes e populações do entorno da RPPN Sesc Pantanal”, também chamado de Iniciativa “Aquarela Pantanal”, é um trabalho construído no coletivo, que envolve a Mupan – Mulheres em Ação no Pantanal, a Wetlands International Brasil, o Polo Socioambiental Sesc Pantanal – uma iniciativa do Sistema CNC-Sesc-Senac, o Centro de Pesquisa do Pantanal (CPP), e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Áreas Úmidas (INAU/UFMT).

A Aquarela Pantanal é financiada pelo: 1) Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) por meio do Projeto Estratégias de Conservação, Recuperação e Manejo para a Biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal (GEF Terrestre), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), com as agências Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como implementador e o Fundo Brasileiro de Biodiversidade (FUNBIO) como executor; 2) DoB Ecology via Programa Corredor Azul da Wetlands International.

22 de agosto de 2022

Pesquisadores buscam desenvolver programas para preservação do bioma

Pesquisadores e estudantes da Universidade de Ciências Aplicadas de Zurique (ZHAW), uma das instituições mais importantes da Suíça, participam do intercâmbio internacional na maior reserva particular do Brasil, a RPPN Sesc Pantanal, localizada em Barão de Melgaço (MT). A reserva pertence ao departamento nacional do Sesc.

A parceria é fruto dos esforços do Polo Socioambiental Sesc Pantanal, iniciativa do Sistema CNC-Sesc-Senac, e a Swissnex, extensão da Secretaria de Educação, Pesquisa e Inovação da Suíça, para aproximar os dois países e desenvolver projetos inovadores para a conservação do Pantanal por meio do turismo científico.

Por meio do programa, grupos de pesquisadores ou estudantes suíços visitam o Pantanal em viagens científicas personalizadas em formatos como cursos de campo, residências acadêmicas ou escolas de verão. Eles contam com o suporte do Sesc Pantanal e da Swissnex, também para intercâmbio com redes locais de especialistas, cientistas e comunidades.

O diretor-geral interino do Sesc, José Carlos Cirilo, destaca que a iniciativa dá ainda mais visibilidade e oportunidades ao bioma, que é Patrimônio Natural da Humanidade. “O programa vai gerar produção de conhecimento e oportunidades econômicas para a região. O Sesc Pantanal desenvolve pesquisa científica aliada ao conhecimento local tradicional, educação ambiental, lazer, desenvolvimento social e conservação da natureza. O Sistema CNC-Sesc-Senac há 25 anos enxergou a importância da sustentabilidade e hoje estamos de portas abertas para receber pesquisadores e interessados em conhecer tudo o que é feito aqui”, conclui.

 

Pesquisadores suíços realizam intercâmbio no Pantanal.

 

17 de agosto de 2022

Ao todo, 29 pessoas foram capacitadas. A ação é resultado do acordo de cooperação firmado entre o Departamento Nacional do Sesc e a Embaixada da Espanha no Brasil, em junho de 2021.

 

Comunidades pantaneiras de Poconé e São Pedro de Joselândia, em Barão de Melgaço, receberam, entre os dias 23 e 30 de julho, técnicos do Ministerio para la Transición Ecológica y el Reto Demográfico do Governo da Espanha para um intercâmbio sobre prevenção e controle de incêndios florestais promovido pelo Sesc. Foram realizados dois encontros, que resultaram em uma rica troca de experiências e saberes entre a equipe espanhola, os brigadistas do Sesc e membros da comunidade.

A ação é resultado do acordo de cooperação firmado entre o Departamento Nacional do Sesc e a Embaixada da Espanha no Brasil, em junho de 2021. O diretor-geral interino do Sesc, Jose Carlos Cirilo, explica que a parceria prevê a realização de diversas atividades de troca de conhecimento técnico-científico, educacional e cultural entre as partes.

“Este intercâmbio é uma reafirmação do nosso compromisso com a proteção do Pantanal e com o bem-estar da população pantaneira. Precisamos redobrar as ações de prevenção e capacitação no período da estiagem. Nesses 25 anos de trabalho, o Polo Socioambiental Sesc Pantanal se consolidou como referência em educação, conservação da biodiversidade, pesquisa científica, turismo responsável e desenvolvimento comunitário. Parcerias como essa com o governo espanhol só reforçam a importância do trabalho do Sesc para o Brasil”, comentou Cirilo.

As capacitações abordaram temas como ferramentas para monitoramento e detecção de incêndio florestais, estratégias de prevenção, técnicas de registro e organização de informações sobre o combate a incêndios e Manejo Integrado do Fogo como ferramenta de prevenção, além de exercícios práticos e simulações.

Equipes da espanha realizam capacitação de equipes no Polo Socioambiental Sesc Pantanal.

De acordo com o Ecólogo do Sesc Pantanal, Alexandre Enout, a atividade de intercâmbio vai contribuir muito para a evolução do trabalho das brigadas locais. “O grande diferencial desse curso foi o uso de ferramentas interativas para planejar a estratégia de combate aos incêndios, visando a melhor utilização dos recursos disponíveis e a escolha de técnicas mais adequadas para cada caso. Essas trocas de experiências são fundamentais. Assim como temos feito por aqui, vimos que eles também têm trabalhado muito na capacitação e investido em tecnologias para a prevenção dos incêndios”, afirmou.

Já Inmaculada Cantero, umas das seis técnicas de Operações de Incêndio Florestal da equipe do governo espanhol, definiu a experiência como enriquecedora, no âmbito pessoal e profissional. “Eu gostei muito de ver como eles conseguem otimizar os meios que dispõem e como envolvem e mobilizam suas comunidades de forma voluntária, com participação ativa na gestão integrada do fogo, tanto na prevenção quanto no combate aos incêndios. E nós aprendemos bastante também, pois os métodos utilizados aqui são muito bem desenhados e planejados. Esse intercâmbio de experiências nos beneficia muito, pois aprendemos com as semelhanças e com as diferenças também”, afirmou a intercambista.

Ao todo, 29 pessoas foram capacitadas, entre representantes do Sindicato Rural de Poconé, Associação Rural de São Pedro de Joselândia, Núcleo de Proteção e Defesa Civil do Distrito de São Pedro de Joselância, integrantes da brigada Aliança e os brigadistas do Sesc Pantanal.

Equipes da espanha realizam capacitação de equipes no Polo Socioambiental Sesc Pantanal.