18 de setembro de 2024

O Sesc mantém 119 espaços teatrais por todo o Brasil, celebrando arte e artistas de diferentes áreas

Uma das manifestações artísticas mais antigas da humanidade, o teatro encontra no Sesc palcos para os mais diversos espetáculos. São 119 espaços espalhados por todo o país, a maior rede privada de teatros do Brasil. No Dia Nacional do Teatro, separamos algumas histórias e curiosidades desses locais mágicos da Instituição, onde o público encontra momentos de risos, emoção, entretenimento, reflexão e tantos outros sentimentos.

Teatro Sesc Garagem (DF) – Seu nome deriva da localização: o teatro surgiu de uma antiga garagem da unidade Sesc 913 Sul. Foi construído em mutirão pelos próprios artistas da cidade e logo se transformou em uma referência para o universo das artes cênicas. O espaço é multiuso e conta com arquibancadas móveis que possibilitam diversos tipos de montagem cênica. Há 45 anos recebendo grandes nomes da arte brasileira, o Teatro Sesc Garagem dá uma pausa para receber uma reforma geral, que proporcionará mais conforto a artistas e plateias.

Teatro Sesc Glória (ES) – Um dos primeiros centros culturais do Espírito Santo, o Sesc Glória possui espaços voltados às artes cênicas, artes visuais, cinema, literatura, música e uma ampla biblioteca especializada em arte e cultura. Este prédio histórico, que data de 1932, conta com um teatro à italiana, com palco de 180m² e 12m de boca de cena, que recebe até 650 espectadores. O centro cultural abriga também o Teatro Virginia Tamanini, que consegue, com palco e plateias móveis, receber até 100 pessoas.

Teatro Sesc Casa do Comércio, na Bahia

Teatro Sesc Casa do Comércio (BA) – Desenhado nos anos 1980, este é um teatro que já nasceu moderno. Com uma área de mais de 3 mil m², conta com equipamentos de ponta e com móveis assinados pelo premiado designer baiano Aristeu Pires. A plateia abriga mais de 500 espectadores. O local passou por uma reforma e reabriu em 2023 com uma reestreia de peso, com shows de artistas como Carlinhos Brown, Nando Reis, Vanessa da Mata, Elba Ramalho, Flávio Venturini e Ana Mametto.

Teatro Sesc Rosinha de Valença (RJ) – Fundado em 1987, o teatro tem em seu nome uma homenagem a Maria Rosa Canellas, a mais conceituada violonista do Brasil. Nascida em Valença, na região Sul do Rio de Janeiro, ganhou o nome artístico de Rosinha de Valença do jornalista Sergio Porto, que dizia que ela tocava por uma cidade inteira. Após 21 anos fechado, o Sesc assumiu a gestão do espaço, que foi reaberto totalmente reformado em 2022, oferecendo programação nas mais diversas linguagens artísticas.

Teatro Sesc Rosinha Valença, no Rio de Janeiro

Teatro Rui Limeira Rosal (PE) – Com capacidade para 256 espectadores, o Teatro Rui Limeira Rosal homenageia o ator e participante do Teatro de Amadores de Caruaru (TAC), falecido em 1980. Rosal, que também trabalhou pelas artes no Sesc Caruaru, foi um grande incentivador de apresentações teatrais e chegou a adaptar um palco de madeira no restaurante da unidade Sesc Caruaru para receber espetáculos, com a participação de comerciários da região e do público.

TeatroSesc – Uma unidade móvel que roda por Pernambuco levando arte a cidades que mal conhecem uma peça teatral. Inaugurado em 2006, o TeatroSesc é uma carreta adaptada, com palco de 42m², camarim climatizado, 10 mil watts de som e 25 mil watts de luz. Estima-se que, ao longo desses anos, mais de um milhão de pessoas já tenham conferido as apresentações do “teatro sobre rodas”. Serra Talhada, Poção, Pesqueira e Lagoa do Carro são algumas localidades que já receberam o TeatroSesc.

16 de setembro de 2024

Mais de 1.300 obras audiovisuais de todas as regiões do país se inscreveram para participar da VII Mostra Sesc de Cinema. Foram selecionados 33 filmes (27 curtas, 2 médias e 4 longas), que comporão a mostra nacional, sendo 10 referentes ao Panorama Infanto-Juvenil. Em novembro, haverá a exibição das produções vencedoras em Belém (PA). Conheça agora os selecionados da mostra, que terão a oportunidade de serem exibidos por todo o país. Além disso, nesta edição, a MSDC concederá prêmios em um valor total de até R$280 mil em licenciamentos.

Os filmes vencedores trazem temas que mostram a riqueza da cultura nacional, seja ela retratada nas grandes cidades ou em pequenos povoados. As histórias versam sobre o cangaço nordestino; as dificuldades dos negros no mercado de trabalho, as mulheres indígenas Tupinambá do Sul da Bahia; o encontro de ribeirinhas da Amazônia; a experiência de Brasília à espera da primavera, uma ficção que tem o sistema de transportes do Rio de Janeiro como pano de fundo; as mulheres que foram a base da primeira seleção feminina de futebol; entre outras. Este ano, as mulheres foram a maioria entre os selecionados na mostra nacional, com 25 realizadoras, quase o dobro do registrado em 2023. No Panorama Infantojuvenil, 6 dos 10 filmes premiados são dirigidos por mulheres.

A Mostra Sesc de Cinema é uma das principais iniciativas de incentivo ao cinema independente do país e busca ampliar o acesso da população às obras nacionais, que expressam a diversidade contemporânea brasileira.

Clique no botão abaixo e confira os selecionados.

Veja os selecionados

 

 

6 de setembro de 2024

Reconhecido como uma importante porta de entrada para o mercado editorial, o Prêmio Sesc de Literatura trouxe nessa edição, além de escritores estreantes nas categorias Romance e Conto, um novo autor em Poesia. A estreia do gênero literário no projeto fez com que o número de inscrições quase duplicasse – 2.731 obras inscritas, sendo 1.427 livros de poesia, 656 de contos e 648 romances – comprovando a demanda do mercado.

O romance Bololô: gaiola vazia, de Ricardo Mauricio Gonzaga (ES); a coletânea de contos A glória dos corpos menores, de Patrícia Lima (SP), e o livro de poesias Contra a parede, de Antonio Veloso Maia (RJ), foram os vencedores este ano.

Conversamos com os premiados para conhecer um pouco mais de suas obras e trajetórias literárias:

Ricardo Mauricio Gonzaga – Professor do Departamento de Artes Visuais e do Programa de Pós-graduação em Artes da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) há 22 anos, o carioca Ricardo Maurício divide seu tempo entre Rio de Janeiro e Vitória. Aos 66 anos, ele traz no currículo uma vasta experiência em Artes, com ênfase em Artes Plásticas, atuando em temas como imagem, corpo, tempo, performance, arte pública e processos da criação. É também ator e já escreveu para teatro. Na literatura, sua incursão inicial foi com contos. “Fui finalista duas vezes do Prêmio Sesc de Literatura na categoria Conto. Em 2022 publiquei a coletânea Sobrenome Perigo por meio de um edital da Secretaria de Cultura do Espírito Santo. O romance Bololô – gaiola vazia nasceu a partir do primeiro conto desse livro”, conta o autor.

Bololô – gaiola vazia é uma narrativa intensa e envolvente que acompanha a vida de Roque Perigo e seus irmãos. Um relato visceral sobre uma família lidando com traumas e a luta para encontrar sentido em meio à dor e à violência. “É um romance diferente, que tem um lado de realismo imaginário e uma linguagem sucinta, herdada do conto”, explica. Sobre a conquista, é categórico: “Sem dúvida, é uma oportunidade inigualável. Porque você até pode publicar um livro por uma editora, mas ganhar o Prêmio Sesc dá um destaque de ser ‘o livro de romance’”, concluiu.

 

 

Patricia Lima – Formada em Letras e funcionária da Unesp de Bauru, Patricia Lima, 38 anos, já é uma antiga conhecida do universo literário. É autora do livro de poesias O amor é um solo de jazz, publicado pela Editora Patuá, e coordena um clube de leitura chamado Cevadas Literárias, que leva o debate sobre obras literárias para os bares da cidade. A autora que gosta de passar o tempo com seus gatos Frida e Bento, conheceu o Prêmio Sesc de Literatura com o livro de “Réveillon e outros dias”, de Rafael Gallo, em 2012. “Desde então minha lista de admirações só cresceu, incluindo nomes como Juliana Leite, Tobias Carvalho, Marta Barcellos e Tônio Caetano”.

“A glória dos corpos menores” é um livro de 11 contos que perpassam temas como envelhecimento, solidão, pessoas em situação de invisibilidade e/ou apenas sujeitos vivendo experiências extremas no silêncio de sua humanidade. “Há tópicos como suicídio, feminicídio e o desejo na velhice, mas estes não são o foco central – o verdadeiro fundamento reside nos personagens e em sua complexa relação com a existência”, descreve. E se emociona ao falar da conquista: “Receber a notícia de que meu livro foi premiado foi um momento inesquecível.

Chorei no pátio entre os Departamentos da Unesp (onde trabalho), completamente extasiada por saber que meu livro foi lido e reconhecido por pessoas tão qualificadas”, contou. “Na minha opinião, o Prêmio Sesc é o mais relevante para autores estreantes no Brasil. Sua estrutura é impecável, com o envolvimento de profissionais altamente qualificados e experientes em literatura e divulgação. Oferece a oportunidade de publicação e garante circulação pelo Brasil para a divulgação. Ou seja, aproxima o escritor do seu objetivo principal: a palavra. O que mais um escritor pode querer?”.

 

Antonio Veloso Maia – Um leitor, um cinéfilo, avô de Julia e Junior. É dessa forma que o servidor público da Prefeitura do Rio de Janeiro Antonio Veloso Maia se descreve. Mas do alto de seus 73 anos, ele tem muitas outras histórias para contar. Nascido em São Fidélis, no Norte fluminense, ele viveu os anos 1990 no Ceará. Lá participou de vários concursos literários promovidos no estado. Conheceu o Prêmio Sesc de Literatura ainda nos primeiros anos do projeto e tem em sua biblioteca o premiado A secretária de Borges, de Lucia Bettencourt. Mas essa foi a primeira vez que participou do concurso. “Tinha visto o resultado, com mais de 1,4 mil inscritos e pensei: caramba, é muita coisa. Estar entre os 20 finalistas já era um retorno legal”, pensou, antes de saber que iria mais além, se tornando o primeiro vencedor na categoria Poesia.

Antonio também surpreende na maneira de escrever. Contra a Parede é uma coleção de poemas que explora temas de introspecção, linguagem e o desconforto existencial. A obra desafia as convenções poéticas e ortográficas, apresentando uma linguagem que dialoga com referências literárias e culturais variadas, enquanto expressa uma profunda reflexão sobre a vida, a arte e as limitações da linguagem. Convida o leitor a uma leitura atenta e reflexiva, desafiando-o a confrontar as “paredes” que limitam a compreensão e a expressão.

A avaliação final do Prêmio Sesc de Literaura ficou por conta de uma comissão especializada formada pelos escritores Luis Antonio Assis Brasil, Socorro Acioli, Cidinha da Silva, Veronica Stigger, Ana Martins Marques e Bruna Beber. “Participar desse júri foi, antes de tudo, tomar contato com um painel da literatura brasileira de nossos dias, com seus múltiplos temas, sua diversidade cultural e, sim, constatei que estamos muito bem, que nossa literatura pulsa mais do que nunca”, declarou Assis Brasil, um dos responsáveis pela seleção do romande Bololô – gaiola vazia, que classificou como ‘um belíssimo achado’.

Jurada na categoria Conto, a escritora Verônica Stigger teve sentimento semelhante em relação ao livro A glória dos corpos menores. “É um livro que pega o leitor. Patrícia Lima mostra que sabe narrar ao prender nossa atenção, ao nos fazer ver as coisas a partir de um ponto de vista não usual, ao deixar, muitas vezes, os finais em suspensão”, conclui.

A poeta Ana Martins Marques, jurada na categoria Poesia, assinalou a importância de premiações destinadas a novos escritores. “Acho muito importante a existência de premiações voltadas para autores estreantes, que abrem oportunidades para pessoas que nunca publicaram. Minha própria trajetória pública como poeta começou com uma premiação voltada para autores inéditos”, contou. Sobre o livro vencedor Contra a parede ela ressalta suas “muitas referências literárias com um trabalho de linguagem próximo da montagem, explorando a sonoridade das palavras, o corte do verso e o espaço da página para tratar da memória”.

3 de setembro de 2024

Durante a 22ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), o Sesc promoverá uma programação que celebra a diversidade cultural e contribui para a formação de novos leitores e artistas da palavra. As atividades acontecem entre os dias 10 e 13 de outubro, no Sesc Santa Rita e na Casa Edições Sesc, localizadas no Centro Histórico da cidade, e na unidade móvel BiblioSesc, que estará estacionada no Areal do Pontal. Cafés Literários, contação de histórias, rodas de conversa, lançamentos de livros, apresentações culturais e performances poéticas compõem as atividades que são totalmente gratuitas.

Baixe a programação completa


Confira a programação:

2 de setembro de 2024

Informamos que o resultado referente à categoria Poesia da edição 2024 do Prêmio Sesc de Literatura foi impugnado. O candidato selecionado, apesar de ter inscrito uma obra inédita, já tinha um livro de poesia publicado em 2023, o que infringe o item 2 do artigo 2 do edital, que prevê que: “O/A candidato/a, bem como sua obra, deverá ser inédito para qualquer categoria em que se inscrever, podendo ter até um livro publicado em outra categoria do Prêmio Sesc de Literatura.”

Dessa forma, conforme avaliação da comissão julgadora final, o vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2024 na categoria Poesia passa a ser Antonio Veloso Maia, 73 anos, morador de Niterói (RJ), com o livro Contra a Parede.

30 de agosto de 2024
IMPORTANTE!
Informamos que o ganhador da categoria Poesia foi impugnado. O novo vencedor é Antonio Veloso Maia com o livro “Contra a Parede”
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O Prêmio Sesc de Literatura anuncia os vencedores da edição 2024: o romance Bololô: gaiola vazia, de autoria de Ricardo Mauricio Gonzaga (ES); o livro de contos A glória dos corpos menores, de Patricia Souza de Lima (SP), e o livro de poesias Contra a parede, de Antonio Veloso Maia (RJ). As obras foram selecionadas entre 2.731 inscritas, sendo 1.427 livros de poesia, 656 de contos e 648 romances. Outros quatro escritores receberam menção honrosa, duas na categoria romance, uma em conto e uma em poesia. A avaliação final ficou por conta de uma comissão especializada formada pelos escritores Luis Antonio Assis Brasil, Socorro Acioli, Cidinha da Silva, Veronica Stigger, Ana Martins Marques e Bruna Beber.

Os vencedores

Vencedor na categoria Romance, Ricardo Mauricio Gonzaga tem 66 anos e é professor do Departamento de Artes Visuais e do Programa de Pós-graduação em Artes da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Artes Plásticas, atuando em temas como imagem, corpo, tempo, performance, arte pública e processos da criação. Seu romance Bololô: gaiola vazia explora a complexidade das relações familiares e o impacto das ações e omissões dos pais na vida dos filhos.

Na categoria Conto, foi selecionada a obra de Patricia Souza de Lima, 38 anos, moradora de Bauru (SP). Graduada em Letras com especialização em Linguagem, Cultura e Mídia, Patricia é idealizadora e coordenadora do grupo de leitura bauruense Cevadas Literárias e autora do livro de poesia O amor é um solo de jazz. No livro A glória dos corpos menores aborda temas como solidão, envelhecimento, desigualdade social e os pequenos momentos de conexão que definem a existência humana.

Na categoria Poesia, que estreia nessa edição do Prêmio Sesc de Literatura, o vencedor foi Antonio Reynaldo Veloso Maia, de 73 anos, morador de Niterói (RJ). Seu livro Contra a parede é uma coleção de poemas que explora temas de introspecção, linguagem e o desconforto existencial. A obra desafia as convenções poéticas e ortográficas, apresentando uma linguagem que dialoga com referências literárias e culturais variadas, enquanto expressa uma profunda reflexão sobre a vida, a arte e as limitações da linguagem.

Como forma de destacar o público prioritário do Sesc, essa edição do Prêmio Sesc de Literatura concedeu menção honrosa aos concorrentes declarados trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo, que tiveram suas obras como finalistas. Os contemplados com o reconhecimento foram: Oly Cesar Wolf, 50 anos, do Paraná, com o romance Inventário da parede; Matheus Wilson de Oliveira Rodrigues, 37 anos, de São Paulo, com o romance 1 copo de sal; Mônica Karine da Silva, 33 anos, de São Paulo, com o livro de contos Onde se pede a carne; e Ruan Gabriel Belo da Silva, 21 anos, de Pernambuco, com o livro de poesias Codorna.

Os vencedores terão suas obras publicadas pela editora Senac Rio, com tiragem inicial de 2 mil exemplares para cada categoria, e também receberão um prêmio em dinheiro no valor de R$ 30 mil. O lançamento dos novos títulos está previsto para o final do ano.

Sobre o Prêmio

Ao oferecer oportunidades a novos escritores, o Prêmio Sesc de Literatura impulsiona a renovação no panorama literário brasileiro e enriquece a cultura nacional. Em sua 21ª edição, se tornou uma das mais importantes premiações do país, sendo hoje considerado referência por críticos literários, escritores brasileiros e visto como grande porta de entrada para o mercado editorial no Brasil.

O processo de curadoria e seleção das obras é criterioso e democrático. Os livros são inscritos pela internet, gratuitamente, protegidos por anonimato. Isso impede que os avaliadores reconheçam os reais autores, evitando qualquer favorecimento. A obras são avaliadas por escritores profissionais renomados, que fazem a seleção pelo critério da qualidade literária.  Desde a sua criação em 2003, mais de 22 mil obras foram inscritas e 40 novos autores foram revelados.

Com palestras e apresentações musicais, o evento ocorre na Bahia de 11 a 13 de setembro.
As inscrições são gratuitas
 e sujeitas à lotação.

O respeito à diversidade étnica e a valorização das manifestações culturais afro-brasileiras e indígenas estarão em debate no V Seminário Sesc Etnicidades, que acontece de 11 a 13 de setembro, em Porto Seguro (BA).  Com todas as atividades gratuitas, a iniciativa tem como tema “Tsaēhú ūpú korihé txó hiáb – a arte de cuidar do mundo”, que foi escolhido por representar a proposta do evento em língua Patxohã, do povo Pataxó, etnia que habita historicamente o Sul da Bahia. Durante o evento, serão realizadas palestras, vivências em aldeias e apresentações musicais em diferentes pontos da cidade. As inscrições podem ser realizadas em https://forms.office.com/r/9tgkcL54Y8 a partir do dia 30 de agosto.

“O Sesc reconhece o papel das tecnologias ancestrais nas práticas criativas e na promoção do bem-estar das comunidades indígenas e negras. O Sesc Etnicidades promove um rico aprendizado a partir dessas vivências e evidencia o legado dessas populações para o país, um patrimônio imaterial, memória que constitui nossa história”, afirma Janaína Cunha, Diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc.

O V Seminário Sesc Etnicidades mostra a integração entre arte, conhecimentos tradicionais, direitos culturais e desenvolvimento sustentável e sintetiza as trocas artísticas e culturais que estão no Identidades Brasilis, projeto do Sesc realizado em diversos estados durante todo o ano. Tem o propósito de valorizar, fortalecer e difundir a produção artística de pessoas indígenas e negras no país, por meio de programações culturais e educativas.

PROGRAMAÇÃO

No primeiro dia, uma conferência traz questões sobre o futuro do planeta, com Amanda Costa (SP), embaixadora do Conselho Jovem do Pacto Global da ONU, e Tainá Marajoara (PA), pesquisadora indígena que trabalha pelo reconhecimento da cultura alimentar como expressão cultural. Haverá também uma apresentação de canto e a dança da comunidade Pataxó.

O segundo dia terá a manhã dedicada a uma vivência na aldeia afroindígena Juerana, além de atividades na Reserva Pataxó da Jaqueira, como um debate com as pesquisadoras baianas Adriana Pesca e Dyane Brito sobre percursos, abordagens e fazeres de uma educação centrada na valorização de conhecimentos e saberes indígenas e negros, de ontem e de hoje. De noite, o público confere um cortejo com as Nagôs de Belmonte, primeiro grupo afro carnavalesco da cidade de Belmonte (BA), além do show da cantora Juliana Ribeiro e o Samba de Roda das Marisqueiras (BA).

terceiro dia traz conversas sobre a produção artística de autoria negra e indígena no país (com Deri Andrade e Arissana Pataxó), exibição de filme e bate-papos sobre memória (com Edson Kayapó e Fernanda Kaingáng) e protagonismo feminino na elaboração de estratégias de futuros sustentáveis (com Morena Mariah e Mestra Janja). O dia se encerra com o espetáculo musical Raízes do Axé, que celebra a cultura africana, no Espaço Cultural Mandala, movimento de aquilombamento Café dus Pretus.

 

Identidade Brasilis

Realizado em diversos estados brasileiros, como Acre, Alagoas, Distrito Federal, Maranhão, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins e Bahia, o projeto valoriza e fortalece as culturas indígenas e negras – por meio de programações culturais e educativas. São seminários, vivências, apresentações artísticas, debates, bate-papos e muitas atividades para promover o intercâmbio de saberes entre os participantes. A iniciativa é centrada no efetivo protagonismo de pessoas indígenas e negras na composição dos diálogos, das reflexões e das práticas artísticas da instituição. As ações são desenvolvidas a partir dos temas arte e cultura, territórios e memórias, histórias e patrimônios, identidade e diversidade cultural, modos de vida e políticas sociais, desenvolvimento humano e social.

SERVIÇO:

V SEMINÁRIO SESC ETNICIDADES
11 a 13 de setembro
Evento gratuito– sujeito à lotação dos espaços
Inscrições: https://forms.office.com/r/9tgkcL54Y8
Programação completa em www.sescbahia.com.br

Locais dos debates e shows
Sesc Porto Seguro

Rua Helena Maria de Paula, 145 – Loteamento-Parque Residencial Ecológico Joao Carlos
Espaço Mandala
Rua Luís Viana Filho 59

 

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Programação completa

 

18h– Awê Pataxó – Apresentação de canto e a dança da comunidade Pataxó, com demonstração da relação com a natureza mãe por meio de vestes, trajes, sons dos animais e da floresta.
Local: Teatro Sesc Porto Seguro

 

18h30 – Abertura

19h – Conferência: “A arte de cuidar do mundo”, com Amanda Costa (SP) + Tainá Marajoara (PA) – Mediação Patrícia Figueiredo (DR/BA)

Local: Teatro Sesc Porto Seguro

                                                     

12/9/2024

Vivências externas – Intercâmbio cultural

8h30 às 11h30 – Vivência Aldeia Afroindígena Juerana – mediação do DR/PE

A vivência na aldeia afro-indígena Juerana, conduzida pela Cacica Yamani e pelos jovens da aldeia, contemplará o ritual de acolhimento com cantos e danças sagradas, visita à oca de artesanatos e realização de trilha ecológica.

 

12h às 13h30 – Almoço em Coroa Vermelha.

 

14h às 15h – Visita à Reserva Pataxó da Jaqueira – mediação do DR/PA

Os visitantes serão conduzidos pelos principais pontos da aldeia, incluindo a Casa de Memória, viveiro de plantas nativas, escola indígena, visita ao Kijeme do Pajé e ao Kijeme de artesanatos.

 

15h30 – Areneá “Educação antirracista e confluências afroindígenas”, com Adriana Pesca (BA) +  Dyane Brito Reis (BA) – Mediação Leonardo Moraes (DN)

Local: Reserva Pataxó da Jaqueira

As educadoras debaterão questões étnicas, crítico e raciais que perpassam por perspectivas indígenas e negras, considerando percursos e abordagens educativas, vetores de sustentabilidade e criatividade, desenvolvidos por indígenas e negros.

 

18h30 – Cortejo com Nagôs de Belmonte

Local: Teatro Sesc Porto Seguro

Cortejo com o primeiro grupo afro carnavalesco da cidade de Belmonte (BA). O afoxé das Nagôs já conta mais de 70 anos, organizadas sob a liderança de Mestra Dezinha.

 

 

19h – Apresentação musical, com Juliana Ribeiro e Samba de Roda das Marisqueiras (BA)

Local: Teatro Sesc Porto Seguro

O show irá reunir Juliana Ribeiro – cantora, compositora, multi-instrumentista, diretora artística e pesquisadora da música afro diaspórica no mundo – e o grupo cultural de Samba de Roda criado pela Associação das Marisqueiras e Pescadoras de Belmonte (AMPB) que “brinca” de samba quase como uma prática política para a continuidade do trabalho de pesca.

                                          

13/9/2024

09h às 10h30 – Areneá “Produções Artísticas dos plurais brasis”, com Deri Andrade (AL) + Arissana Pataxó (BA) – Mediação de Ana Carolina Maciel (DN)

Local: Teatro Sesc Porto Seguro

Espaço vai promover reflexões sobre o cenário múltiplo da produção de arte brasileira com foco nas poéticas, representatividade, desafios e potencialidades. Vai difundir também a rica produção de autoria negra e indígena no país, suas contribuições artísticas e históricas em âmbito nacional e internacional.

11h às 12h20 – Exibição de filmes do CineSesc

Filme: Uýra – A Retomada da Floresta

Direção: Juliana Curi

Documentário, 2022.

Sinopse: Uýra, artista indígena viaja pela floresta amazônica em uma jornada de autodescoberta usando arte performática para ensinar jovens indígenas e ribeirinhos que eles são os guardiões das mensagens ancestrais da floresta amazônica.

Duração: 70 minutos

Classificação: 18 anos

Local: Teatro Sesc Porto Seguro

14h às 15h30 – Areneá “Memória pra quê/quem?”, com Edson Kayapó (AP) + Fernanda Kaingáng (RS) – Mediação de Ana Caroline Araújo (DN)

Local: Teatro Sesc Porto Seguro

Refletir, por meio do areneá, sobre a memória e o patrimônio cultural dos povos indígenas, seu papel fundamental como guardiões das florestas, da biodiversidade e a sua centralidade nas discussões climáticas globais.

 

15h30 às 17h – Areneá “Somos ancestrais do futuro”, com Morena Mariah (RJ) + Mestra Janja (BA) – Mediação de Ademildes Filho (DN)

Local: Teatro Sesc Porto Seguro

Discutir a interseção entre passado, presente e o protagonismo feminino na elaboração de estratégias de futuros sustentáveis e de práticas cotidianas equitativas é nossa intenção, reconhecendo o papel fundamental das culturas afrodiaspóricas para a construção de uma sociedade justa e democrática.

17h30 – Encerramento Café dus Pretus + Apresentação Cultural Raízes do Axé.

Local: Espaço Mandala

Movimento de aquilombamento, o Café dus Pretus tem por objetivo realizar confraternizações eventuais entre pessoas negras para promover o sentimento de pertencimento, coletividade e orgulho negro.

Tendo à frente o Pai Ujuraí, o babalorixá Mutácutalegim, Raízes do Axé é um espetáculo de música que celebra a cultura africana como forma de combate ao racismo religioso e como legado na formação do povo brasileiro. Tambores, vozes, cantos, textos históricos e lendas, filosofia Yorubá, adereços, figurinos representativos de orixás e perfumes são alguns dos elementos utilizados no espetáculo Raízes do Axé que ressaltam a força da cultura africana na formação dos cultos afro-brasileiros.

 

7 de agosto de 2024

Projeto do Sesc promove encontros entre artistas de diferentes gerações e territórios que criam apresentações a partir da mistura de seus ritmos e vivências. Rio Grande do Sul e Pernambuco recebem, em agosto, artistas de diversos gêneros consagrados da música brasileira

A 26ª edição do Sonora Brasil começa a circular pelo país, simultaneamente, nas regiões Nordeste e Sul, em agosto. Promovido pelo Sesc com objetivo de apresentar programações musicais com temáticas relacionadas à cultura brasileira, o projeto traz no biênio 2024-2025 shows inéditos, criados a partir da mistura de diferentes ritmos e vivências de artistas de diversas gerações, de acordo com o tema “Encontros, tempos e territórios”.

Este ano, o lançamento oficial do projeto acontece em Garanhuns (Pernambuco), no dia 17 de agosto, com show dos pernambucanos Mãe Beth de Oxum, Surana Ramos e Henrique Albino, que integram o circuito Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Também percorrerão as regiões este ano outros quatro grupos. Do Mato Grosso do Sul, Marcelo Loureiro e Geraldo Espindola trazem a combinação de diferentes gêneros musicais, como clássico e flamenco, além de influências do folclore latino, valorizando os diversos estilos musicais do cerrado como guarânias e chamamés. Os catarinenses Ana Paula da Silva e Seu Risca destacam a riqueza da música afro-brasileira de Santa Catarina. Os paraenses Manoel Cordeiro e Felipe Cordeiro apresentam a fusão de ritmos amazônicos, como a guitarrada, a lambada e o carimbo, à música eletrônica e pop. De Minas Gerais, Douglas Din e Mestre Negoativo mostram a força do rap e da música de matriz-africana.

Em paralelo, acontece em Porto Alegre (RS) um festival entre os dias 14 e 18 de agosto com os grupos do circuito Sul e Sudeste. A programação inicia com a dupla alagoana Chau do Pife e Andréa Lais, com um espetáculo que traz toda a tradição do pife na música nordestina aliado a juventude e a forte influência da MPB. De Brasília, o experiente violonista de 7 cordas Fernando César, herdeiro de uma geração de Chorões que migraram para Brasília nos anos 1960, se apresenta acompanhado do jovem Tiago Tunes do bandolim. Os gaúchos também terão a oportunidade de conhecer a MPBera, movimento identitário rondoniense que revaloriza a identidade ribeirinha, apresentado por Bado, cantor e compositor de MPB referência em Rondônia e a Banda Quilomboclada.

De Paranaguá (PR), o mestre da cultura caiçara Zeca da Rabeca, brincante e construtor de instrumentos, se une a curitibana artista da voz, carnavalesca, performer, figurinista e arte educadora, Melina Mulazani. E fechando o festival, o compositor Charlles André, referência do samba e pagode dos anos 1990, se une a cantora e compositora fluminense Luciane Dom, da nova geração, mostrando esta parte importante da cena musical carioca.

 

Mais de 200 shows em todas as regiões do país

O biênio 2024-2025 terá a participação de 10 grupos: cinco circularão pelos estados das Regiões Norte e Nordeste e outras cinco pelas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. No total, serão realizados 34 Festivais e mais de 200 shows em 59 cidades do país. Os artistas desta edição uniram suas diferentes vivências – seja em relação ao lugar onde vivem ou às diferentes gerações das quais cada um faz parte – para produzirem um espetáculo absolutamente inédito.

“A nova edição do Sonora Brasil busca destacar o olhar, a escuta e a valorização das territorialidades, diversidade e memórias por meio do encontro entre artistas de diferentes gerações e regiões. A ideia é que esses encontros mostrem a relação entre tempos históricos e territórios nas criações artísticas de diferentes movimentos da música popular brasileira. O Sesc se orgulha de potencializar as produções artísticas de forma nacional por meio desses circuitos itinerantes, dando visibilidade aos artistas e livre acesso ao público”, afirma a Diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc, Janaina Cunha.

 

Conheça os grupos desta edição do Sonora Brasil

REGIÃO NORTE

Manoel Cordeiro e Felipe Cordeiro

Os artistas paraenses, respectivamente pai e filho, trazem a fusão de ritmos amazônicos como guitarrada, lambada, carimbó à música eletrônica e pop.

Bado, Quilomboclada e Sandra Braids

O Show promove o encontro de três artistas  de Rondônia Bado, cantor, compositor e instrumentista, banda Quilomboclada que traz em sua bagagem a “pancada” como resistência sonora em defesa do território e da identidade local beradeira e ribeirinha e  a rapper Sandra Braids.

REGIÃO NORDESTE

Chau do Pife e Andréa Laís

Chau do Pife, músico referência no instrumento musical que leva em seu nome e patrimônio vivo da cultura alagoana, se une a Andréa Laís, cantora com forte influência dos grandes nomes da música popular brasileira.

Mãe Beth de Oxum & Surama e Henrique

A Ialorixá, percussionista, ativista e comunicadora Mãe Beth de Oxum se une ao Duo SH, formado pelo arranjador e multi-instrumentista Henrique Albino referência da nova geração do frevo pernambucano e a cantora Surama Ramos, que transita pelo canto lírico e popular, para criarem um espetáculo inédito.

REGIÃO CENTRO-OESTE

Geraldo Espindola e Marcelo Loureiro

Os sul-mato-grossenses, Geraldo Espindola, cantor e compositor de notoriedade nos Festivais da Canção, se une ao multi-instrumentista Marcelo Loureiro, que com estilo único mescla diferentes formações clássicas, flamenco e influências do folclore latino, trazendo a música do cerrado entre guarânias e chamamés, a renovada alma pantaneira.

Fernando César e Tiago Tunes

De Brasília, o experiente violonista de 7 cordas Fernando César, herdeiro de uma geração de Chorões que migraram para Brasília nos anos 60 e implantaram uma rica tradição do Choro na capital do Brasil, se une ao jovem Tiago Tunes do bandolim para mostrarem a tradição e renovação do Choro e a força deste gênero musical instrumental tão importante para a história da música brasileira.

REGIÃO SUDESTE

Charlles André e Luciane Dom

O carioca e renomado compositor Charlles André, referência do samba e pagode dos anos 1990 com mais de 200 composições gravadas por diversos grupos de pagode e participação em dezenas de álbuns, se une a cantora e compositora fluminense Luciane Dom, da nova geração, para mostrar uma mistura de pagode com temas relacionados à história e à arte em suas canções, mesclando influências do reggae.

Mestre Negoativo e Douglas Din

Os mineiros Mestre Negoativo, ativista cultural e pesquisador das tradições Afro-Mineiras e Douglas Din, um dos grandes MCs brasileiros da atualidade, mostram a força do rap e da musicalidade de matriz-africana.

REGIÃO SUL

Seu Risca e Ana Paula da Silva

O quilombola mestre de Catumbi, Seu Risca, e a premiada pesquisadora e cantora Ana Paula da Silva, irão mostrar a riqueza da música afro-brasileira de Santa Catarina.

Zeca da Rabeca e Melina Mulazani

De Paranaguá, o mestre da cultura caiçara Zeca da Rabeca, brincante e construtor de instrumentos, se une a curitibana artista da voz, carnavalesca, performer, figurinista e arte educadora, Melina Mulazani para mostrar a tradição do fandango e da cultura caiçara.

 

 

29 de julho de 2024

Diversos artistas são beneficiados e têm a chance de mostrar as suas obras pelo país com o Sesc

Os editais de cultura lançados pelo Sesc desempenham um papel relevante na ampliação de acesso a oportunidades para quem produz arte no Brasil e estão em sintonia com o contexto da retomada recente aos incentivos culturais no país. Todos os anos, o Sesc abre dezenas de editais, com múltiplos formatos, visando fomentar e apoiar a produção artística e cultural, em suas diversas manifestações.

Esse mecanismo tem se mostrado eficiente em distintas regiões e realidades de produção e permitem que talentos de grandes centros urbanos ou de cidades do interior sejam valorizados e tenham o mesmo acesso aos recursos necessários para desenvolver e expor seus trabalhos.  A iniciativa tem ainda o compromisso com a formação de público e a inclusão social. Os projetos selecionados recebem apoio da instituição para sua realização, o que pode incluir recursos financeiros, estrutura técnica, divulgação e espaços para apresentação dentro da programação do Sesc em cada estado.

No Rio de Janeiro, por exemplo, o Sesc abre anualmente o edital de Cultura Sesc RJ Pulsar para ocupação artística de suas salas em toda a Região Metropolitana. Álvaro Assad é ator, mímico, diretor corporal e gestor da companhia teatral carioca ETC E TAL e já foi selecionado pelo edital nas categorias Teatro Temporada (2022) e Teatro Circulação (2023). A experiência foi tão enriquecedora que ele agora quer inscrever sua obra na categoria Montagem de Inédito do Teatro Infantil. Para Assad, a abertura de editais dá chance de ampliar o alcance de quaisquer produções da cena cultural. “É uma oportunidade igualmente rica para as companhias longevas e com repertório, como o ETC E TAL, como para produções que se lançam nas primeiras experiências”, avalia.

 

Cultura no Sesc também é capacitação do setor

Além de atuar para o fomento à produção artística no Brasil, para promover eventos culturais e colaborações entre artistas, o Sesc usa os editais para ampliar ações formativas e de capacitação para o setor. No Tocantins, a artista visual Marina Boaventura conta que já foi selecionada e apresentou suas obras através dos editais Galeria Sesc de Arte de Palmas e para o Convergência – Mostra de Performance Arte do Sesc. Segundo ela, o diferencial da instituição está em sua seriedade e na competente curadoria para a seleção das obras e projetos para exposições. “Como estamos situados distante do eixo Rio-São Paulo, é de grande importância ter editais aqui para dar visibilidade à arte contemporânea produzida no estado e na Região Norte, por exemplo. A arte brasileira tem uma rica produção e talentos a serem descobertos em todos os cantos”, comenta.

O artista plástico Cláudio Montanari é outro exemplo do impacto positivo dos editais. Ele participou do Galeria Sesc de Arte de Palmas e, da mesma forma, destaca a importância da difusão artística realizada pela instituição no Brasil. “A arte não estimula só os artistas, estimula também o público. As pessoas começam a admirar e a usufruir de obras artísticas, frequentar galerias, espaços, teatros. Isso é fundamental para nossa coexistência social e esse é um trabalho que o Sesc faz com excelência”, comemora.

25 de julho de 2024

Sesc potencializa a cultura em todo o território nacional, tendo como princípio o fomento à indústria criativa.

O estímulo ao debate e à reflexão, a valorização dos artistas, a promoção e difusão das manifestações artístico-culturais são bases do trabalho realizado pela instituição em todo o País. Um exemplo dessa atuação são os editais de cultura, que cumprem o papel de ampliar o acesso a oportunidades para artistas de diversas vertentes culturais, que recebem apoio para realização de seus projetos e encontram espaço para divulgação de seus trabalhos.

A itinerância é outra forma de movimentação da cultura nacional promovida pelo Sesc. Circuitos como o Palco Giratório, de difusão de artes cênicas, o Sonora Brasil, com apresentações musicais, ou O Arte da Palavra, de literatura, possibilitam a circulação de artistas e suas obras pelo Brasil e a formação de plateias.

Alcione é uma das atrações do Festival Sesc de Inverno

O incentivo à cultura também se reflete na movimentação econômica de várias localidades. como é o caso do Festival Sesc de Inverno, promovido pelo Sesc no Rio de Janeiro. Criado em 2002, o evento se consolidou como o maior evento multilinguagem do País, levando uma programação gratuita e diversificada a 24 pontos do Estado, o que pe ue para o turismo e desenvolvimento econômico das localidades.

Nomes como Alceu Valença, Adriana Calcanhoto, Alcione, Glória Groovê, Jorge Aragão, Paralamas do Sucesso, Paulinho Moska, Ludmilla, Xamã e Xande de Pilares fazem parte da programação deste ano, que contempla ainda ações de teatro, dança, literatura, cinema, circo e artes visuais.

Alcione é uma das atrações do Festival Sesc de Inverno, no Rio de Janeiro, maior evento multilinguagem do Pais