É preciso olhar para as competências diferenciadas dos jovens
Historicamente, a taxa de desemprego da população jovem no Brasil é bastante alta. Problemas como a falta de experiência e a baixa qualificação contribuem para esses índices. Mas um estudo divulgado recentemente pelo Ministério do Trabalho e Emprego trouxe boas notícias em relação a essa questão. A taxa de desemprego entre os jovens caiu de 25,2% para 14,3%. Além disso, a taxa de informalidade passou de 48% para 44%.
A redução do número de jovens de 18 a 24 anos que não estudam nem trabalham representa um avanço importante. Mas ainda há um longo caminho a ser percorrido, que passa pela oferta de oportunidades a essa parcela da população. E, nesse sentido, é necessário identificar as potencialidades dessa juventude e contextualizá-la nesse novo mercado de trabalho, que traz novos desafios a essas gerações.
É urgente pensar em estratégias que possibilitem aos jovens alçar novos voos. Mas temos de ir além da capacitação técnica demandada pelas vagas de emprego. É preciso um olhar para as habilidades desses jovens, as competências diferenciadas que trazem essas novas gerações, fruto de sua afinidade com as novas tecnologias. Precisamos pensar o jovem como um potencial para a inovação e o futuro. Abrir espaço para que eles possam criar novas trajetórias profissionais.
Há cerca de quatro anos, o Sesc iniciou o Projeto Laboratório Sesc de Artes, Mídias, Tecnologias e Juventudes – LabMais, uma plataforma educativa e cultural em formato de laboratório artístico com foco no trabalho com as juventudes. O objetivo é desenvolver o potencial dos participantes, sob a óptica da economia da cultura. Com base em tecnologias de experimentação, comunicação e socialização, eles criam conteúdos em diversas linguagens, como podcasts, filmes e ensaios fotográficos, produtos comuns às suas gerações.
Este é um trabalho realizado em consonância com o Estatuto da Juventude, que aponta a inserção de jovens no mundo do trabalho como prioridade. Atualmente, o projeto é desenvolvido em 17 estados, estando presente em todas as regiões do país. No início de setembro, parte deles estará reunido na cidade gaúcha de Caxias do Sul para a realização do Festival LabMais. O evento foi construído com o envolvimento dos alunos e leva para o debate a participação, a colaboração e a inserção das juventudes na cadeia produtiva da cultura, como agentes criativos e transformadores de seus territórios. O apoio dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo, por meio do Sesc, garante que iniciativas como essa avancem e se multipliquem, ampliando oportunidades e conectando essa nova geração a diferentes campos de atuação.
Reconhecer o potencial e criar condições para que ele se desenvolva é fundamental para ampliar a participação dos jovens para inclusão e produtividade. O país só tem a ganhar com a energia, a criatividade e a capacidade de renovação dessa força.
Artigo de José Carlos Cirilo, Diretor-Geral do Departamento Nacional do Sesc, publicado no jornal O Tempo.
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O Projeto Laboratório Sesc de Artes, Mídias, Tecnologias e Juventudes promove, de 4 a 6 de setembro, o Festival LABmais. O evento será realizado na cidade de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, trazendo como tema “Entre corres e conexões: o que sustenta as juventudes?”. Por meio de oficinas, painéis e performances artísticas, entre outras atividades, serão colocadas em pauta questões como comunicabilidade, corre e coletividade, pilares de construção da programação.
O festival mobilizará 13 espaços na cidade gaúcha e contará com a participação de jovens integrantes do Sesc LABmais de todas as regiões do país. O projeto é desenvolvido nos estados do Acre, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, São Paulo, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Sergipe, tendo como foco o trabalho com as juventudes.
“O LABmais tem como objetivo desenvolver o potencial dos jovens, sob a ótica da economia da cultura. É um projeto que olha para as habilidades da juventude, as competências diferenciadas que trazem essas novas gerações, fruto de sua afinidade com as novas tecnologias. O Festival LABmais entra para agenda nacional do Sesc como meio de pensar um futuro com maior participação, colaboração e inserção das juventudes na cadeia produtiva da cultura, como agentes criativos e transformadores de seus territórios”, explica o Diretor Interino de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc, Érlei de Araújo.
A programação, totalmente gratuita, é composta por oficinas, painéis, apresentações culturais e uma mostra audiovisual com produções desenvolvidas nos cursos do LABmais, com exibições de filmes do Maranhão, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Os painéis proporcionarão encontros entre jovens que atuam em áreas como audiovisual, jornalismo, produção cultural, entre outros segmentos da economia criativa, com discussões sobre formalização do trabalho na área de cultura, experiências de comunicação, potências criativas e saúde mental das juventudes.
Outro destaque do festival são as oficinas. São oferecidas 20 atividades, com temas como videoarte e educação ambiental, modelagem coletiva em argila, dança K-pop, drone audiovisual e proteção territorial indígena, moda afrocoletiva, entre outros. Por conta da limitação de vagas, os interessados precisam se inscrever até o dia 25 de agosto. O formulário está disponível no site do festival e a lista dos selecionados será divulgada dia 28 de agosto.
Criado em 2021, o LABmais – Laboratório Sesc de Artes, Mídias, Tecnologias e Juventudes é uma plataforma educativa e ao mesmo tempo um laboratório artístico, com foco no trabalho com juventudes, protagonistas da produção e difusão dos conteúdos. As ações realizadas têm a mídia, arte e tecnologia como elementos determinantes para garantir aos jovens uma posição equânime de inserção no mercado de trabalho. O projeto é realizado em 17 estados e forma jovens para o desenvolvimento de diferentes conteúdos, com a produção de podcasts, filmes, clipes, ensaios fotográficos, book trailers, dentre outros processos artístico-culturais, sintonizados com tecnologias de interação midiática comuns a essa geração.
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O fim de semana do Sesc na Festa Literária Internacional de Paraty – Flip 2025 foi marcado por uma programação intensa e diversa, que atraiu públicos de todas as idades e interesses. Temas contemporâneos como inteligência artificial, fake news e a valorização dos saberes artesanais dividiram espaço com momentos poéticos e afetivos, como o show de Adriana Calcanhotto e o sarau infantil com música e poesia. Os espaços da Instituição no Centro Histórico de Paraty se consolidaram, mais uma vez, como pontos de encontro, reflexão e celebração da cultura.
No sábado, às 11h, a Casa Edições Sesc recebeu a mesa “A urgência de uma filosofia pop para o combate às fake news”, com Marcia Tiburi e Jean Wyllys, que debateram de forma instigante os impactos sociais e políticos da disseminação de falsidades. Simultaneamente, no Sesc Santa Rita, Nina da Hora e Aliã Wamiri conduziram a conversa “Tecnologias do encantamento: entre o artesanal e o digital”, ressaltando caminhos para a preservação e reinvenção de saberes tradicionais em meio à era tecnológica.
Às 15h, Marcelo Tas e Sergio Amadeu da Silveira trouxeram à Casa Edições Sesc uma provocadora discussão sobre os impactos globais da inteligência artificial, tendo como base o livro Atlas da IA, de Kate Crawford. O debate sobre o tema seguiu à noite, na Casa Sesc, com a presença da ministra Carmem Lúcia na mesa “Inteligência artificial e direitos autorais”. O dia foi encerrado com emoção e beleza no show da cantora Adriana Calcanhotto, às 20h.
O domingo começou em clima de encantamento com o Sarau Picaretinha Cultural, voltado para o público infantil, às 10h30, no Sesc Santa Rita. Livros, músicas e brincadeiras deram o tom da manhã. Em seguida, às 11h, Tati Bernardi e Luciany Aparecida refletiram, na mesa “De onde nasce a ficção?”, sobre inspirações, processos criativos e os caminhos que moldam a criação literária.
Às 13h, na Casa Edições Sesc, o bate-papo “Mapa da Cachaça” reuniu o público em torno de uma conversa saborosa sobre a cultura brasileira da cachaça, com direito a degustação sensorial guiada por Felipe Jannuzzi. Já às 14h, o ex-jogador Cafu compartilhou histórias e memórias na mesa “A saga Cafu: futebol e literatura em campo”, ao lado da escritora Mariah Morais, em um encontro inspirador na Casa Sesc.
A celebração dos 20 anos do BiblioSesc também ganhou destaque na Flip, com uma exposição sobre a trajetória do projeto, que percorre o Brasil com 45 bibliotecas móveis. Para marcar a data, foram distribuídos 300 exemplares dos livros vencedores do Prêmio Sesc de Literatura de 2024, fortalecendo o compromisso da instituição com o incentivo à leitura.
A solidariedade também esteve presente: durante toda a programação, o público foi convidado a contribuir com doações para o programa Sesc Mesa Brasil, reforçando o elo entre cultura, cidadania e responsabilidade social.
Com uma programação plural, potente e acolhedora, o Sesc encerrou sua participação na Flip 2025 com um saldo extremamente positivo, fortalecendo seu papel como agente cultural e social de referência no país.
Educação e inclusão estiveram em pauta no segundo dia do Sesc na Flip. A ministra Macaé Evaristo participou da mesa de debates “Pensando a escola como floresta: caminhos para a educação inclusiva”, ao lado da filósofa Alyne Costa, na Casa Sesc. A programação contou ainda com a participação de diversos escritores, como Maria Carvalhosa, Itamar Vieira Junior, o jornalista Jamil Chade e o autor local de Paraty, Flávio Araújo, entre outros convidados.
A partir das 10h, o público encontrou bate-papos diversos nos três espaços do Sesc na Flip. Na Casa Sesc, Angélica Freitas e Maria Carvalhosa participaram do Ciclo Paquetá de debates Literatura em voz alta. No Sesc Santa Rita, a arte-educadora Ana Carolina Silva e o escritor Volnei Canônica conversaram sobre experiências inspiradoras de mediadores de leitura de diferentes regiões do país. Na Casa Edições Sesc, o meio ambiente esteve em debate na mesa Para entender quase tudo sobre o clima, com a empreendedora social e fundadora do Instituto Oya, Kamila Camilo, e o jornalista Jamil Chade.
À noite, o clima foi de música e poesia na Casa Sesc com o show Conversa Cantada, do multiartista Tiganá Santana. No encontro performativo, a palavra falada e a palavra cantada se entrelaçaram em reflexões sobre oralidade, poética negra, ancestralidade e escuta.
A programação do Sesc na Festa Literária Internacional de Paraty – Flip 2025 começou nesta quinta-feira (31) com performances, mesas de conversa, contação de história, intervenção artística, oficinas, literatura de cordel e preocupação com a natureza. O primeiro dia contou com personalidades como o médico Daniel Becker e a cantora Tetê Espíndola; as autoras Leila Míccolis e Bruna Mitrano; e a artista local Aline Bagre. O Sesc participa da Flip com três espaços: o Sesc Santa Rita, a Casa Sesc e a Casa Edições Sesc, todos no Centro Histórico de Paraty com programação inteiramente gratuita.
A manhã foi dedicada às atividades para as crianças como estímulo ao despertar da criatividade. Na Casa Sesc, às 10h, foi realizada a “Mediação de leitura | É pra ler ou pra brincar?”, com Cia Doispralá Doispracá. Às 10h30, no Sesc Santa Rita, tivemos Contação de histórias “Contos do Chaveiroeiro”, com Mafuane Oliveira.
Em seguida, as mesas tiveram início. No Sesc Santa Rita, às 11h, o tema “Pluralidades editoriais e a criação literária”, com Sony Ferseck e Aline Cardoso, duas editoras de diferentes regiões do país, foi tratado. Elas compartilharam r seus percursos, escolhas e desafios de trabalhar no mercado editorial independente. Às 14h, teve a oficina “Bordado | Fio Verso: memória em ponto poético”, com a artista têxtil de Paraty, Aline Bagre, que usa as linhas para unir a poesia com a sua ancestralidade indígena. Em seguida, às 15h, o Sesc Santa Rita recebeu a mesa “Poesia hoje”, com Leila Míccolis e Bruna Mitrano.
No mesmo horário na Casa Edições Sesc, Tetê Espíndola e Fabio Schunck participaram da mesa “Observação de aves e conservação da natureza”. A cantora Tetê Espíndola discorreu sobre sua profunda relação com a natureza e como aprendeu a cantar ouvindo e imitando aves.
Na Casa Sesc, às 16h, teve a discussão sobre “Crescer em tempos de tela: riscos, desafios e soluções”, com Daniel Becker, tema presente nas conversas atuais.
A programação do Sesc na Flip abre um espaço para a celebração dos 20 anos do BiblioSesc, projeto de democratização e incentivo à leitura. Além de uma exposição que mostra a trajetória do BiblioSesc, que circula com 45 unidades móveis pelo país, serão distribuídos ao público visitante, durante a Flip, 300 livros dos vencedores do Prêmio Sesc de Literatura de 2024 para celebrar a data.
Visitantes poderão doar alimentos nos espaços do Sesc:
Reforçando o compromisso com a comunidade local, durante os dias do evento haverá arrecadação para o Sesc Mesa Brasil, programa de combate à fome e ao desperdício de alimentos. A contribuição pode ser feita com a doação de alimentos não perecíveis, entregues no Sesc Santa Rita, ou via PIX, por meio de QR Code.
A programação completa do Sesc na Flip pode ser visualizada aqui
O cineasta mineiro André Novais Oliveira, nome de destaque do cinema brasileiro contemporâneo, é o homenageado da programação 2025 do CineSesc. Agora, em agosto, além de ter sua obra em exibição, o diretor percorrerá diferentes estados com uma masterclass presencial, que permitirá um mergulho profundo em sua obra. São 163 atividades com programação gratuita. A Mostra “Retrospectiva Brasil: O Cinema de André Novais Oliveira” contará com 151 sessões e 12 masterclasses em 10 estados. Já a filmografia foi licenciada para estar disponível para 22 estados por todo o ano de 2025, abrangendo todas as regiões do país. Os debates e aulas com André acontecem em diferentes unidades do Sesc no Rio de Janeiro, Pará e Paraná.
O cineasta compartilhará sua trajetória, sua carreira como diretor e pesquisador da história do cinema, além dos bastidores do seu processo criativo. Já no Tocantins, Renato Novaes, ator dos filmes de André, conduzirá as ações educativas. Influenciado pela família a seguir na carreira na sétima arte, ele traz seus familiares e até mesmo atores amadores para as telonas desde o início de sua jornada profissional. Seus filmes tratam do cotidiano e suas produções já circularam por festivais nacionais e internacionais, incluindo Cannes, Brasília, Mar del Plata, Locarno, Mostra Internacional de São Paulo, Tiradentes, entre outros.
Por meio da produtora Filmes de Plástico, da qual é sócio, André conseguiu dar vida a longas como “Ela Volta na Quinta” (2014), “Temporada” (2018) e “O Dia em Que Te Conheci” (2023). Atualmente, está finalizando o inédito “Se Eu Fosse Vivo… Vivia”. Entre as obras que circularão estão também curtas marcantes, como “Nossa Mãe Era Atriz”, um documentário que retrata como o autor dialoga com a dimensão afetiva, íntima e familiar, ao contar como sua mãe, já aos 60 anos, se tornou uma atriz premiada no Brasil e no mundo. André destacou a importância do projeto ao exibir e promover conversas sobre suas obras em diversos cantos do país: “É muito bom pensar que os filmes vão rodar por tantos estados, tantas cidades, e poder debater sobre isso. É incrível! E importante não só para mim, mas para a produtora inteira porque, em termos de distribuição, a mostra tem um alcance muito grande”, finalizou.
Em Palmas (TO), no dia 7 de agosto, será exibido “O Dia Em Que Eu Te Conheci” e, logo após, haverá um debate com o público. No dia seguinte (8), haverá uma masterclass. As duas atividades serão conduzidas pelo parceiro criativo, montador e ator Renato Novaes, irmão do diretor, que também participa das obras.
O próprio André Novais Oliveira estará no Pará, com encontros nos dias 12 e 13 de agosto, no CineSesc Ver-o-Peso, em Belém. Já no Rio de Janeiro, o cineasta percorre cidades da Região Metropolitana e do interior fluminense entre os dias 19 e 24 de agosto, passando pelo Sesc Tijuca, e as cidades de Campos dos Goytacazes, Nova Iguaçu, Nova Friburgo, São João de Meriti e São Gonçalo. No Paraná, onde o diretor realiza uma intensa agenda de encontros entre 25 e 30 de agosto, passando por Curitiba, Londrina, Maringá, Bela Vista do Paraíso e Ponta Grossa.
Uma rede nacional construída para difundir a produção audiovisual, por meio de exibição de filmes e formação de público. O projeto licencia longas-metragens por prazo determinado, criando assim um acervo que pode ser apresentado em salas de cinema do Sesc e em unidades de projeção itinerantes. O CineSesc também atua com atividades formativas, programas para mediação cultural das obras e mobilização das plateias. O CineSesc 2025 passará pelos estados de Alagoas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins. Com esses encontros, o CineSesc busca inspirar novos olhares sobre o fazer cinematográfico, reforçando o compromisso com a valorização da diversidade do audiovisual nacional.
A diversidade cultural, os conhecimentos tradicionais e as expressões artísticas contemporâneas negras e indígenas estarão em pauta no VI Seminário Sesc Etnicidades, que acontece entre 24 e 26 de julho em Belém (PA). Com o tema ‘Saberes locais, histórias e encantarias: ouvir a terra, escutar os povos’, o evento terá palestras, debates e apresentações culturais, todas elas gratuitas. As inscrições podem ser realizadas no link bit.ly/SeminarioSescEtnicidades.
A programação conta com artistas paraenses como Dona Onete, conhecida como “diva do carimbó chamegado”, e Nay Jinkss, artista visual e fotógrafa, em uma roda de conversa que promove um encontro de gerações, compartilhamento de histórias e trajetórias do Pará para o mundo. A pesquisadora e DJ Nat Esquema, que une a cultura do vinil com os ritmos paraenses, o show do grupo indígena de carimbó, as Suraras do Tapajós, e o espetáculo Corpos de Tambor do Coletivo Croa. O público poderá estar em companhia ainda com artistas de outras regiões como Beto Oliveira (Margem do Rio) do Amazonas, Jama Wapichana de Roraima, Gean Pankararu de Pernambuco, Dinayana Tabajara do Piauí e Naine Terena do Mato Grosso.
Nesta edição, a conferência que abre o Seminário será apresentada pela sul-mato-grossense Geni Núñez, psicóloga indígena do povo Guarani que, a partir da perspectiva do seu povo, nos convida a repensar nossa relação com o planeta em uma dimensão de cuidado e reciprocidade com a terra, afeto ao território e aos modos de viver. Ela dividirá a mesa com Cleide Vasconcelos, poeta, cantora e compositora quilombola do Quilombo Arapemã, em Santarém (PA), que registra em música o seu cotidiano ribeirinho e por meio da sua voz fortalece o território, o protagonismo da mulher amazônica e quilombola e a valorização das culturas afro-amazônicas.
O VI Seminário Sesc Etnicidades retrata as trocas artísticas, culturais, de memória e patrimônio que acontecem durante todo o ano no projeto Identidade Brasilis, que está presente em diversos estados do país. Por meio de programações culturais e educativas, valoriza, fortalece e difunde a produção de pessoas indígenas e negras. Os estados da Bahia, Espírito Santo, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe recebem a realização dessa ação em 2025.
A realização do Seminário Sesc Etnicidades anterior à COP30 pretende deixar como legado mais conscientização e engajamento da sociedade, integrando cultura e conhecimentos indígenas, quilombolas e de comunidades tradicionais na busca de soluções aos desafios climáticos, a partir do protagonismo e escuta destas pessoas.
Rodas de conversas, shows poéticos, oficinas, contação de histórias, performances, intervenções artísticas e exposição fazem parte da programação do Sesc na Festa Literária Internacional de Paraty – Flip 2025, realizada de 31 de julho a 3 de agosto. Escritores, artistas e personalidades de todas as regiões do país são convidados das diversas atividades, oferecidas gratuitamente em três espaços: o Sesc Santa Rita, a Casa Edições Sesc e a Casa Sesc, todos localizados no Centro Histórico de Paraty.
“A programação nas três casas reflete o compromisso do Sesc com a valorização da literatura e da cultura brasileira em toda a sua pluralidade. São ações que ampliam o acesso à leitura, valorizam a educação e destacam a rica diversidade cultural de nosso país, alcançando diferentes públicos e faixas etárias”, explica Erlei Araujo, diretor interino de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc.
No Sesc Santa Rita, unidade do Polo Sociocultural Sesc Paraty, os visitantes vão poder desfrutar de diálogos com autores e profissionais do meio literário, oficinas, contação de histórias, exposição e intervenções artísticas. Na Casa Edições Sesc, a programação traz autores da editora de São Paulo e convidados, com debates sobre temas contemporâneos, presentes em suas recentes publicações. Já a Casa Sesc contará com mediações de leituras, bate-papos, palestras, shows e intervenções. Também estarão disponíveis para venda títulos das Edições Sesc, Editora Senac São Paulo e Editora Senac Rio.
Ao longo dos quatro dias, o público poderá acompanhar conversas dos mais diversos temas, desde assuntos contemporâneos como “Inteligência Artificial e Direitos Autorais”, com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Carmem Lúcia (Casa Sesc), a discussões sobre a sétima arte, com a cineasta Daniela Thomas e a pesquisadora Vera Hamburger (Casa Edições Sesc).
A poesia terá destaque na programação, com nomes como Leila Míccolis, Bruna Mitrano, Angélica Freitas e Lívia Natália. No primeiro dia de programação no Sesc Santa Rita, o gênero vai passear pelos Cafés Literários, oficinas e na leitura da literatura de cordel. Na Casa Sesc, os shows poéticos são o destaque, com Tiganá Santana e Adriana Calcanhoto. A criação literária e o mercado editorial também estarão em pauta no Sesc Santa Rita, nos bate-papos de Tati Bernardi e Luciany Aparecida (De onde nasce a ficção?) e das editoras independentes Sony Fersesck (Roraima) e Aline Cardoso (Paraíba).
A natureza, as questões do meio ambiente e dos territórios serão discutidas em toda a programação, com destaque para as conversas que acontecem na Casa Edições Sesc, como “Observação de Aves e Conservação da Natureza” com Fabio Schunck e Tetê Espíndola e “Costa Norte do Brasil: Belezas e Desafios”, com Fernando Gabeira e João Farkas.
O público infantil contará com uma programação especial, com contação de histórias no Sesc Santa Rita e mediação de leitura na Casa Sesc, com a Cia Doispralá Doispracá.
Outros temas atuais que serão contemplados nos espaços do Sesc são: o combate às fake news, com Marcia Tiburi e Jean Wyllys; Inteligência Artificial, com Marcelo Tas e Sergio Amadeu da Silveira; os caminhos para a educação inclusiva, com a ministra Macaé Evaristo e Sofia Netrovski; riscos, desafios e soluções de crescer em tempos de tela, com Daniel Becker e Gandhy Piorski; as tecnologias do encantamento entre o artesanal e o digital, com Nina da Hora e Aliã Wamiri.
A programação do Sesc na Flip abre um espaço para a celebração dos 20 anos do BiblioSesc, projeto de democratização e incentivo à leitura. Uma mesa de debate e uma exposição no Sesc Santa Rita mostrará a trajetória da iniciativa, que conta com uma frota de 45 unidades móveis, composta por um acervo de obras diversificado e profissionais capacitados, que contribuem para a formação de novos leitores nas metrópoles, pequenas cidades e periferias do Brasil. Também serão distribuídos 300 livros dos vencedores do Prêmio Sesc de Literatura de 2024 para celebrar a data.
A programação do Sesc na Flip também conta com o lançamento de duas publicações: a nova edição da Revista Palavra e a edição de estreia da Revista Azul Amarelo. Distribuída anualmente, a Palavra reúne ensaios, entrevistas, poemas, contos e outros textos de artistas que participaram do maior circuito literário brasileiro, o Arte da Palavra.
A Azul Amarelo é uma revista que dialoga com a sociedade a partir de dos trabalhos desenvolvidos junto ao público pelo Sesc, em suas diversas áreas de atuação. Na publicação, o leitor descobre entre crônicas, matérias e entrevistas, uma história inspiradora ou até mesmo um novo roteiro turístico.
A distribuição das revistas é gratuita e elas também ficam disponíveis em versão on-line no site do Sesc.
Reforçando o compromisso com a comunidade local, durante os dias do evento haverá arrecadação de alimentos pelo Sesc Mesa Brasil, programa de combate à fome e ao desperdício de alimentos. Os insumos serão doados para instituições sociais de Paraty. A iniciativa busca estimular a consciência social, ampliando o impacto do Sesc na Flip para além da cultura.
A programação do Sesc é gratuita e está disponível na íntegra no site sesc.com.br/sescnaflip