Página Inicial > Cultura > Três perguntas para Rafael Gallo
O paulistano Rafael Gallo coleciona premiações literárias. Ele venceu o Prêmio Sesc de Literatura em 2012 com a coletânea de contos Réveillon e outros dias; o Prêmio São Paulo de Literatura em 2015 com seu primeiro romance Rebentar; e agora é o 4º brasileiro a vencer o Prêmio Literário José Saramago com o romance Dor Fantasma. Em conversa conosco, o escritor fala um pouco desse sucesso meteórico e do novo livro.
Qual a sensação de colecionar tantas premiações? Traz alguma responsabilidade a mais para sua carreira?
Na verdade, para mim traz alegria e alívio. Mais leveza do que peso, sem dúvida. Infelizmente, escritores e escritoras têm que batalhar demais, aqui em nosso país, para manterem seu trabalho (e, em especial, seu ânimo) com a escrita. Não deveria ser assim, deveria haver um caminho mais sólido, em que os prêmios viessem a acrescentar, mas não se tornassem tão definidores do reconhecimento que se recebe ou se deixa de receber. Esses prêmios mudaram minha vida, e sou muito grato por cada um deles, mas também gostaria que tivéssemos – eu e meus colegas – um ambiente de escrita e leitura mais salutar. Menos adicto em efemérides.
2 – Conta um pouquinho sobre seu novo livro, Dor Fantasma.
Esse é um romance sobre um pianista virtuoso, Rômulo Castelo, que é extremamente dedicado à música, ao nível da obsessão. Ele mal se relaciona com a esposa, e menos ainda com o filho, que, afetado por paralisia cerebral, representa o oposto de ideal de perfeição que o pai persegue. Rômulo vive apenas para preparar-se a seu grande momento de revelação como concertista, mas um acidente faz com que ele tenha a mão direita amputada. Sem conseguir encontrar outro sentido para a vida, que não a identidade que enxergava em si, ele entra em uma espiral de derrocada.
3 – Dizem que todo mundo tem um pouco de escritor. O que você recomendaria para os autores estreantes que pensam em participar da nova edição do Prêmio Sesc de Literatura?
A primeira coisa é escrever as histórias com as quais você verdadeiramente se importa. E, por se importar, você dedica a ela o máximo de suas capacidades, a fim de que se torne o melhor que pode ser nas suas mãos. E, por fim, ainda que não vença o Prêmio Sesc, continuar tentando, seja no mesmo prêmio, em outros, ou através de diferentes meios de publicação ao longo do tempo. Ah, e claro: siga o edital com atenção, pelo amor de Deus.
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