3 de agosto de 2023

Parceria entre Brasil e Suíça dá visibilidade e gera oportunidades no Pantanal

O embaixador da Suíça no Brasil, Pietro Lazzeri, chegou a Poconé (MT) nesta semana para conhecer as unidades do Polo Socioambiental Sesc Pantanal e sua atuação na conservação ambiental, pesquisa científica, turismo de natureza, assistência social e desenvolvimento comunitário. A ação faz parte do trabalho desenvolvido entre o Departamento Nacional do Sesc e a Swissnex para dar visibilidade e gerar oportunidades no Pantanal.

A comitiva inclui também o embaixador emérito Jean-Pierre Villard, a CEO da Swissnex no Brasil, Malin Borg, e o cônsul-geral da Suíça em São Paulo, Pierre Hagmann. Eles visitarão o Hotel Sesc Porto Cercado e o Parque Sesc Baía das Pedras, em Poconé, e a Reserva Particular do Patrimônio Natural do Brasil, a RPPN Sesc Pantanal, localizada em Barão de Melgaço.

De acordo com o diretor-geral do Sesc, José Carlos Cirilo, que representou o presidente José Roberto Tadros, a presença do embaixador ratifica a importância do trabalho realizado pelo Sesc Pantanal há 26 anos na maior planície alagável do mundo. “Nossa missão neste território, Patrimônio Natural da Humanidade, é cuidar das pessoas e do meio ambiente. Poder ampliar essa atuação permite que mais partes do mundo possam conhecer uma parcela desse bioma tão importante”, destaca.

Comitiva visitou a Escola Sesc Pantanal em Poconé (foto: divulgação)

Swissnex

A Swissnex está presente em algumas das regiões mais inovadoras do mundo, formando uma rede global que conecta pessoas e instituições com a missão de apoiar o alcance e o engajamento ativo de parceiros no intercâmbio internacional de conhecimento, ideias e talento. A organização é a agência de Educação, Pesquisa e Inovação da Suíça responsável por conectar projetos, parceiros e iniciativas para o desenvolvimento dessas áreas de interesse.

Por meio da parceria entre o Departamento Nacional do Sesc e a Swissnex, foi criado o programa Science Camp Pantanal, uma ação inédita de ciência e inovação com o objetivo de incentivar a vinda de pesquisadores, estudantes e startups suíças ao Polo Socioambiental Sesc Pantanal para intercâmbio científico, produção de conhecimento e desenvolvimento de projetos inovadores.

Sesc Pantanal

Criado há 26 anos pela iniciativa do Sistema CNC-Sesc-Senac, o Polo Socioambiental Sesc Pantanal é formado por um complexo de unidades no Pantanal e no Cerrado mato-grossense.

Em Poconé, que é o principal destino turístico do Pantanal, estão o Hotel Sesc Porto Cercado, o Parque Sesc Baía das Pedras, o Sesc Poconé e a Escola Sesc Pantanal. Em Barão de Melgaço, também no Pantanal, fica a maior Reserva Particular do Patrimônio Natural do país, a RPPN Sesc Pantanal, com 108 mil hectares. No Cerrado, fica o Parque Sesc Serra Azul e, em Várzea Grande o Ponto de Encontro completa as unidades que atuam conectadas.

29 de maio de 2023

Conhecido como “Abrace o Pantanal”, projeto é uma parceria com diversas instituições que buscam preservar mais de 2,5 milhões de hectares.

 

A ação, articulada entre umgrauemeio,  Brigada AliançaInstituto Homem Pantaneiro (IHP) e Polo Socioambiental Sesc Pantanal, com apoio financeiro da JBS, tem como objetivo proteger 2,5 milhões de hectares de área do bioma por meio da detecção precoce de incêndio. A tecnologia utiliza um algoritmo de inteligência artificial que, a partir do envio de imagens por câmeras de alta resolução instaladas no topo de torres de comunicação, identifica focos de incêndio de forma automática e notifica os operadores do sistema. Além disso, haverá resposta rápida e geração de dados analíticos, operacionais e de impacto na comunidade, com redução de CO2 estimada em 15 milhões de toneladas.

Sistema leva somente 3 minutos para detectar focos de incêndio e mobilizar equipes.

A integração de informações como localização das brigadas, recursos e equipamentos disponíveis, horário de acionamento, tempo de locomoção até o local do foco de incêndio, tempo de combate e extinção do foco e o contato com os proprietários de terra no entorno permitem a rápida resposta ao fogo. Também estão previstas ações educativas de prevenção à incêndios junto das comunidades do entorno.

Cada câmera tem a capacidade de detectar focos de incêndio em aproximadamente 3 minutos, cobrindo um raio de 15 km e ainda indica o local exato do foco através da triangulação das câmeras e apoio de imagens de satélite, acelerando os protocolos de identificação e combate. Há, ainda, a detecção back-up de pontos de calor por satélites que podem complementar a proteção de áreas que sofram menor pressão humana. Nesta primeira fase, são 11 pontos de detecção automática por imagem distribuídas nas regiões Sul, Norte e Central, começando pelo território da Serra do Amolar.

 

 

 

 

3 de março de 2023

A iniciativa Aquarela Pantanal reúne diversas instituições e famílias das comunidades pantaneiras

 

A iniciativa Aquarela Pantanal, projeto que reúne diversas instituições e famílias das comunidades pantaneiras de Capão do Angico, em Poconé-MT, e São Pedro de Joselândia, em Barão do Melgaço-MT, foi uma das vencedoras do XIII Prêmio Hugo Werneck de Meio Ambiente e Sustentabilidade, promovido pela revista Sou Ecológico. O projeto promove a recuperação da riqueza natural de áreas no Pantanal e foi premiado na categoria “Melhor Exemplo de Mobilização Social”.

“Foi com muito orgulho que recebemos mais um prêmio por nossas iniciativas com foco em responsabilidade social. O Aquarela Pantanal é uma iniciativa primorosa que mobiliza e gera renda para famílias de comunidades da área de preservação que mantemos na região. Assim o Polo Socioambiental Sesc Pantanal cumpre sua missão de polo de referência em sustentabilidade. É o Sistema CNC-Sesc-Senac ajudando a transformar o país.”, comemora José Carlos Cirilo, Diretor-Geral do Departamento Nacional do Sesc.

O objetivo do Aquarela Pantanal é produzir mudas nativas do bioma para recuperar áreas atingidas pelo fogo dentro da Reserva Particular de Patrimônio Natural – RPPN Sesc Pantanal, a maior RPPN do país.

 

A cerimônia de premiação ocorreu na noite da última terça-feira (28.02) em Belo Horizonte (MG). Nesta quinta (02.03), o Polo Socioambiental Sesc Pantanal, que representou a iniciativa no evento por meio de sua gerente-geral, Cristina Cuiabália, fez a entrega dos certificados de reconhecimento para as viveiristas do Aquarela. O encontro foi realizado na comunidade do Capão do Angico e contou com a presença de representantes das associações comunitárias envolvidas na iniciativa.

“Fomos escolhidos entre 117 projetos de todo o país e a única iniciativa do bioma Pantanal premiada. Um reconhecimento dessa importância no cenário nacional é muito representativo e simbólico pois, das cinzas dos grandes incêndios de 2020, vimos nascer uma rede de proteção ao Pantanal formada por diversos atores, com muita resiliência, força e união. É um projeto colaborativo, que envolve muitas mãos e corações e estamos muito orgulhosos e gratos pelo reconhecimento”, comentou Cristina Cuiabália.

 

Por meio do projeto, foram construídos dois viveiros para produção de mudas nativas dentro das comunidades, que recebem suporte técnico e capacitações, além de uma bolsa para desenvolver o trabalho de viveiristas. Dessa forma, o projeto contempla os três pilares da sustentabilidade: o social, o ambiental e o econômico.

 

Segundo a diretora executiva da Wetlands International Brasil e diretora técnico-científica da Mupan, Rafaela Nicola, o prêmio é um indicador de que o trabalho está no caminho certo para compreender cada vez mais a dinâmica das áreas úmidas e quais estratégias são melhores para promover a conservação. “Esse trabalho só é possível porque mulheres de duas comunidades tradicionais abraçaram a iniciativa com a gente. A Aquarela Pantanal tem essa característica do protagonismo feminino porque as mulheres estão à frente dos viveiros, pesquisa, gestão, execução e planejamento das atividades como um todo”, completou.

Sopro de esperança – O objetivo do Aquarela Pantanal é produzir mudas nativas do bioma para recuperar áreas atingidas pelo fogo dentro da Reserva Particular de Patrimônio Natural – RPPN Sesc Pantanal, a maior RPPN do país, ao mesmo tempo em que gera renda e desenvolvimento comunitário. Por meio do projeto, foram construídos dois viveiros para produção de mudas nativas dentro das comunidades, que recebem suporte técnico e capacitações, além de uma bolsa para desenvolver o trabalho de viveiristas. Dessa forma, o projeto contempla os três pilares da sustentabilidade: o social, o ambiental e o econômico.

Atualmente, 10 famílias participam diretamente das atividades do projeto. No entanto, Natalice da Costa, viveirista da comunidade de Capão do Angico (MT), destaca que a comunidade inteira é beneficiada pelas ações. “A Aquarela Pantanal é um sopro de esperança, não só para os animais e as plantas, que tanto sofreram com o fogo, mas também nos traz uma nova força enquanto pessoas, principalmente nós mulheres. Por causa do projeto, a gente voltou a se movimentar e trabalhar unidas. Isso ajudou a nossa comunidade a enxergar o potencial que tem e o que podemos fazer quando se une”.

Para Miriam Amorim, viveirista de São Pedro de Joselândia, o projeto foi um divisor de águas em sua vida. “A gente vem fazendo um trabalho tão bonito de recuperação e de conservação do nosso Pantanal e eu me sinto muito honrada e feliz de fazer parte. É um orgulho receber esse reconhecimento com o prêmio e isso nos estimula e incentiva a continuar. O projeto mudou minha vida e da minha comunidade. Hoje, temos mais consciência que fazemos parte do meio ambiente e que cuidando dele, todo mundo se beneficia. Espero que o projeto cresça e envolva cada vez mais pessoas”, afirmou a viveirista.

Aquarela Pantanal – O projeto “Recuperação de Florestas Ribeirinhas Pantaneiras: beneficiando água, solo, peixes e populações do entorno da RPPN Sesc Pantanal”, também chamado de Iniciativa “Aquarela Pantanal”, é um trabalho construído no coletivo, que envolve a Mupan – Mulheres em Ação no Pantanal, a Wetlands International Brasil, o Polo Socioambiental Sesc Pantanal – uma iniciativa do Sistema CNC-Sesc-Senac, o Centro de Pesquisa do Pantanal (CPP), e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Áreas Úmidas (INAU/UFMT).

A Aquarela Pantanal é financiada pelo: 1) Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) por meio do Projeto Estratégias de Conservação, Recuperação e Manejo para a Biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal (GEF Terrestre), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), com as agências Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como implementador e o Fundo Brasileiro de Biodiversidade (FUNBIO) como executor; 2) DoB Ecology via Programa Corredor Azul da Wetlands International.

22 de agosto de 2022

Pesquisadores buscam desenvolver programas para preservação do bioma

Pesquisadores e estudantes da Universidade de Ciências Aplicadas de Zurique (ZHAW), uma das instituições mais importantes da Suíça, participam do intercâmbio internacional na maior reserva particular do Brasil, a RPPN Sesc Pantanal, localizada em Barão de Melgaço (MT). A reserva pertence ao departamento nacional do Sesc.

A parceria é fruto dos esforços do Polo Socioambiental Sesc Pantanal, iniciativa do Sistema CNC-Sesc-Senac, e a Swissnex, extensão da Secretaria de Educação, Pesquisa e Inovação da Suíça, para aproximar os dois países e desenvolver projetos inovadores para a conservação do Pantanal por meio do turismo científico.

Por meio do programa, grupos de pesquisadores ou estudantes suíços visitam o Pantanal em viagens científicas personalizadas em formatos como cursos de campo, residências acadêmicas ou escolas de verão. Eles contam com o suporte do Sesc Pantanal e da Swissnex, também para intercâmbio com redes locais de especialistas, cientistas e comunidades.

O diretor-geral interino do Sesc, José Carlos Cirilo, destaca que a iniciativa dá ainda mais visibilidade e oportunidades ao bioma, que é Patrimônio Natural da Humanidade. “O programa vai gerar produção de conhecimento e oportunidades econômicas para a região. O Sesc Pantanal desenvolve pesquisa científica aliada ao conhecimento local tradicional, educação ambiental, lazer, desenvolvimento social e conservação da natureza. O Sistema CNC-Sesc-Senac há 25 anos enxergou a importância da sustentabilidade e hoje estamos de portas abertas para receber pesquisadores e interessados em conhecer tudo o que é feito aqui”, conclui.

 

Pesquisadores suíços realizam intercâmbio no Pantanal.

 

17 de agosto de 2022

Ao todo, 29 pessoas foram capacitadas. A ação é resultado do acordo de cooperação firmado entre o Departamento Nacional do Sesc e a Embaixada da Espanha no Brasil, em junho de 2021.

 

Comunidades pantaneiras de Poconé e São Pedro de Joselândia, em Barão de Melgaço, receberam, entre os dias 23 e 30 de julho, técnicos do Ministerio para la Transición Ecológica y el Reto Demográfico do Governo da Espanha para um intercâmbio sobre prevenção e controle de incêndios florestais promovido pelo Sesc. Foram realizados dois encontros, que resultaram em uma rica troca de experiências e saberes entre a equipe espanhola, os brigadistas do Sesc e membros da comunidade.

A ação é resultado do acordo de cooperação firmado entre o Departamento Nacional do Sesc e a Embaixada da Espanha no Brasil, em junho de 2021. O diretor-geral interino do Sesc, Jose Carlos Cirilo, explica que a parceria prevê a realização de diversas atividades de troca de conhecimento técnico-científico, educacional e cultural entre as partes.

“Este intercâmbio é uma reafirmação do nosso compromisso com a proteção do Pantanal e com o bem-estar da população pantaneira. Precisamos redobrar as ações de prevenção e capacitação no período da estiagem. Nesses 25 anos de trabalho, o Polo Socioambiental Sesc Pantanal se consolidou como referência em educação, conservação da biodiversidade, pesquisa científica, turismo responsável e desenvolvimento comunitário. Parcerias como essa com o governo espanhol só reforçam a importância do trabalho do Sesc para o Brasil”, comentou Cirilo.

As capacitações abordaram temas como ferramentas para monitoramento e detecção de incêndio florestais, estratégias de prevenção, técnicas de registro e organização de informações sobre o combate a incêndios e Manejo Integrado do Fogo como ferramenta de prevenção, além de exercícios práticos e simulações.

Equipes da espanha realizam capacitação de equipes no Polo Socioambiental Sesc Pantanal.

De acordo com o Ecólogo do Sesc Pantanal, Alexandre Enout, a atividade de intercâmbio vai contribuir muito para a evolução do trabalho das brigadas locais. “O grande diferencial desse curso foi o uso de ferramentas interativas para planejar a estratégia de combate aos incêndios, visando a melhor utilização dos recursos disponíveis e a escolha de técnicas mais adequadas para cada caso. Essas trocas de experiências são fundamentais. Assim como temos feito por aqui, vimos que eles também têm trabalhado muito na capacitação e investido em tecnologias para a prevenção dos incêndios”, afirmou.

Já Inmaculada Cantero, umas das seis técnicas de Operações de Incêndio Florestal da equipe do governo espanhol, definiu a experiência como enriquecedora, no âmbito pessoal e profissional. “Eu gostei muito de ver como eles conseguem otimizar os meios que dispõem e como envolvem e mobilizam suas comunidades de forma voluntária, com participação ativa na gestão integrada do fogo, tanto na prevenção quanto no combate aos incêndios. E nós aprendemos bastante também, pois os métodos utilizados aqui são muito bem desenhados e planejados. Esse intercâmbio de experiências nos beneficia muito, pois aprendemos com as semelhanças e com as diferenças também”, afirmou a intercambista.

Ao todo, 29 pessoas foram capacitadas, entre representantes do Sindicato Rural de Poconé, Associação Rural de São Pedro de Joselândia, Núcleo de Proteção e Defesa Civil do Distrito de São Pedro de Joselância, integrantes da brigada Aliança e os brigadistas do Sesc Pantanal.

Equipes da espanha realizam capacitação de equipes no Polo Socioambiental Sesc Pantanal.

 

8 de julho de 2022

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é a entidade sindical de grau máximo do setor terciário brasileiro, representando e defendendo quase 5 milhões de empresas. De forma ampla, o setor terciário abrange mais de 73% das riquezas produzidas no país.

Além do trabalho de representação sindical empresarial realizado com afinco pela CNC há quase 77 anos, buscando sempre garantir que o comércio de bens, serviços e turismo tenha voz e vez na formulação de leis e políticas públicas, administramos também a atuação do Sesc e do Senac. As duas instituições integram um dos maiores sistemas de desenvolvimento social do mundo, que transforma a vida de milhares de brasileiros diariamente em cada canto do país. Estamos presentes em mais de dois mil municípios, levando educação, saúde, lazer, cultura e assistência às populações.

Em nossa missão, a prática de ações sustentáveis está presente em todos os campos, considerando a necessidade de pensarmos juntos num equilíbrio entre as dimensões social, ambiental e econômica.

Somos pioneiros nessas iniciativas, pois, há 25 anos, já observávamos a importância de se prestar mais atenção às questões ambientais, e criamos uma das primeiras Reservas Particulares do Patrimônio Natural do Brasil: a RPPN Sesc Pantanal, localizada em Mato Grosso.

Temos muito orgulho em comemorar, em julho de 2022, essa efeméride, sabendo que este é um projeto interligado ao turismo, à educação e à inclusão das comunidades. Ao longo dos anos, um trabalho foi construído de forma muito respeitosa, ouvindo as pessoas e as demandas locais, entrelaçando os saberes de quem nasceu e vive na região com o conhecimento de técnicos e pesquisadores, criando pontes em benefício da natureza e do ser humano.

Para se ter uma ideia, até 1992 o Brasil tinha 31 Reservas Particular do Patrimônio Natural, que equivaliam a uma área de 386,94 Km2. Hoje, de acordo com a Confederação Nacional de RPPNs (CNRPPN), são 1,755 reservas, totalizando 814.528,61 hectares. E muitas destas são iniciativas empresariais.

A partir dos resultados deste trabalho no Pantanal, o Sesc não parou de ampliar suas reservas naturais e hoje mantém 109 mil hectares de áreas protegidas no Sesc Tepequém (RR), no Sesc Bertioga (SP), no Sesc Iparana (CE) e, mais recentemente, a RPPN Sesc Serra Azul, também em Mato Grosso, na região do Cerrado. Do total de áreas das RPPNs do Brasil, 13% dos hectares são do Sesc.

Somos responsáveis por preparar as futuras gerações com educação ambiental, produzindo e compartilhando conhecimento. Vamos seguir trabalhando, cada vez mais, para cuidarmos juntos do meio ambiente, pensando sempre em soluções sustentáveis, que tragam benefícios para a vida de brasileiros e brasileiras.

 

José Roberto Tadros 

Presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Presidente do Conselho Nacional do Serviço Social do Comércio (Sesc) e presidente do Conselho Nacional do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

 

 

 

5 de julho de 2022

O Pantanal tem paisagens incríveis, uma biodiversidade exuberante e proporciona experiências inesquecíveis. O bioma que intitula a trama, o Pantanal é a maior planície inundada do mundo: uma área de 230 mil km² que cobre grande parte do centro-oeste brasileiro e partes do Paraguai e Uruguai.

Considerado Reserva da Biosfera e Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO, o Pantanal abriga quase 5 mil espécies de fauna e flora, sendo considerado um dos ambientes mais diversos presentes no Brasil. Presente na localidade por meio de nosso Polo Socioambiental Sesc Pantanal, o Sesc mantém diversos projetos e iniciativas que buscam desenvolver a cidadania das populações locais, a conservação ambiental e o turismo sustentável. Com tanto a se ver e fazer, confira abaixo como o Sesc pode te ajudar você a conhecer a região.

 

O Sesc no Pantanal: um pouquinho de história

Em 2022, o Polo completa 25 de fundação. Ele está localizado no Mato Grosso, e a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal – a maior reserva ambiental privada do país, conserva 108 mil hectares. Além da RPPN, integram o Sesc Pantanal o Hotel Sesc Porto Cercado, com 142 quartos, o Sesc Poconé, a Escola Sesc Pantanal e os parques ambientais: Sesc Serra Azul e Sesc Baia das Pedras.

 

Como faço para viajar para o Pantanal?

A principal dica é ficar no nosso Hotel Sesc Porto Cercado, uma das principais referências em hotelaria e ecoturismo brasileiro. Localizado às margens do rio Cuiabá, a 145 quilômetros de Cuiabá (MT), a unidade oferece os serviços de hospedagem, restaurante, área de lazer com piscinas, salão social, academia de ginástica, cinema, pistas para caminhada, passeios e o espaços de educação ambiental composto pelo Centro de Interpretação Ambiental, Borboletário, Coleção de Insetos e Formigueiro. Você pode conhecer toda a estrutura da unidade hoteleira em nosso site, clicando aqui.

De qualquer lugar do país, conhecer o Brasil com o Sesc é muito fácil. Fizemos essa matéria aqui para você entender um pouco melhor sobre o Turismo Social praticado pela Instituição.

 

O que fazer no Sesc no Pantanal?

O hotel proporciona diversas atividades aos hóspedes. Além de passeios pela região, a unidade oferece espaços de educação ambiental do Pantanal para oferecer experiências e sensações transformadoras a partir do contato do visitante com informações, curiosidades, imagens e sons que expressem a beleza extraordinária dobioa e sua importância para o mundo. É um circuito que visa comunicar, informar e sensibilizar as pessoas no que se refere à proteção da biodiversidade do Pantanal, destacando os esforços do Sesc Pantanal. É disponibilizado, ainda, um spa com foco em qualidade de vida a todos.

A sua viagem para o Pantanal com o Sesc começa agora. Consulte a melhor data para você e aproveite para fazer a sua reserva clicando aqui

 

16 de maio de 2022

Já foram registrados 90 mil fotos e vídeos de mais de 60 espécies de animais diferentes, sendo 13 ameaçadas de extinção, por meio de câmeras trap instaladas em reserva ambiental do Sesc 

Para a realização da pesquisa “Onças-pintadas e pardas em um mosaico de pantanais no Mato Grosso: uma perspectiva a partir da RPPN Pantanal e adjacências (Barão de Melgaço e Poconé)”, uma parceria do Sesc com o Museu Nacional, foram instaladas 46 armadilhas fotográficas (câmeras trap) em locais variados dos 108 mil hectares da reserva. De acordo com a bióloga e gerente de Pesquisa e Meio Ambiente do Sesc Pantanal, Cristina Cuiabália, o projeto é importante pois possibilita o registro da fauna silvestre, seu habitat, comportamento, localização.  

“Estes dados são fundamentais para entendermos melhor a fauna de vertebrados da RPPN, a funcionalidade e efetividade da Reserva enquanto unidade de conservação, por garantir a presença segura dessas espécies, possibilitando sua reprodução e todo o caráter ecológico associado”, pontuou. 

 

 

A expectativa é que nos próximos meses, ao todo, 110 câmeras estejam sendo utilizadas. Já foram registrados cerca de 90 mil fotos e vídeos. As câmeras funcionam 24 horas por dia, mas os registros são feitos conforme o sensor de presença é acionado com a aproximação dos animais. O arquivo já acumula cerca de 60 espécies de animais vertebrados, sendo 13 ameaçados de extinção. Entre eles a onça-pintada, onça-parda, tamanduá-bandeira, cachorro-do-mato-vinagre, ariranha, anta e cervo-do-pantanal. 

Os guarda-parques e auxiliares da RPPN Sesc Pantanal participam ativamente do projeto indicando locais, acompanhando e auxiliando os pesquisadores na instalação e monitoramento das áreas. Já os pesquisadores realizam a revisão periódica dos registros, analisam os dados e organizam as informações para a produção de publicações científicas e relatórios. 

 

11 de março de 2022

Primeira onça-pintada recebe colar de monitoramento para pesquisa na maior RPPN do Brasil, no Pantanal de MT. Os dados adquiridos a partir do colar são importantes para conservação da espécie, que está na lista de animais ameaçados de extinção.

A primeira onça-pintada capturada para a pesquisa em andamento na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN Sesc Pantanal), localizada em Barão de Melgaço, Pantanal de Mato Grosso, recebeu o colar com GPS para o monitoramento no período de aproximadamente um ano. O estudo do maior felino das Américas, ameaçado de extinção, é importante para a conservação da espécie e funciona como um “guarda-chuva”, ao contemplar todo o ecossistema com informações de diversas espécies e paisagens.

O animal capturado na maior RPPN do Brasil tem cerca de seis anos e 103 Kg. O nome escolhido pelos guarda-parques e auxiliares de parque da RPPN Sesc Pantanal foi Niti Cáre, que significa “menino bonito” em macro-jê, tronco linguístico dos Bororos e Guatos, presentes na região. O macho estava em ótimo estado físico e passou por exames, para checagem do estado de saúde, identificação de parasitas, vírus e bactérias, coleta de material reprodutivo e genético.

Para esta etapa da pesquisa, foram escolhidos locais onde há presença recorrente de onça-pintada, indicada pelas câmeras trap instaladas há cerca de 12 meses. A previsão é que, no total, cinco onças-pintadas recebam os colares. A próxima fase está prevista para acontecer em maio deste ano.

A pesquisa do animal, que ocupa o topo da cadeia alimentar, é realizada pelo Polo Socioambiental Sesc Pantanal em parceria com o Museu Nacional e colaboração das seguintes instituições: Instituto Reprocon e o Grupo de Estudo em Vida Silvestre (GEVS), formado por integrantes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Universidade de Aveiro (Portugal).

De acordo com o pesquisador do Museu Nacional e coordenador do GEVS, Luiz Flamarion, o objetivo da pesquisa é identificar a quantidade e o comportamento das onças existentes na região. “Com o colar, será avaliado o movimento dos indivíduos de maneira mais detalhada, como são as tomadas de decisões no uso do espaço, a permanência nos locais e o motivo das mudanças feitas com mais frequência, por exemplo”, explica.

A superintendente do Polo Socioambiental Sesc Pantanal, Christiane Caetano, destaca a relevância da pesquisa realizada na área de conservação. “A RPPN Sesc Pantanal é um laboratório a céu aberto do bioma. Estudar a onça-pintada numa área natural é importante para entender a dinâmica de toda cadeia alimentar. A partir da presença do felino é possível ter um indicador de que a área é saudável e equilibrada, onde a fauna pode se desenvolver e perpetuar”, declara.

Em 25 anos de existência, já foram encontradas 12 espécies em extinção na área de 108 mil hectares da RPPN, equivalente a 2% do Pantanal de Mato Grosso e 1% de todo o bioma.

Técnica para captura 

O médico veterinário do Instituto Reprocon, Antônio Carlos Csermak Jr, explica que para a captura de grandes felinos a técnica utilizada é a armadilha de laço, indicada pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnivoros (Cenap), que integra o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). “A técnica é considerada eficiente, segura e, por conter o animal pela pata, não gera lesões ou machucados devido a mecanismos de segurança, como molas e freios”.

O sistema de alarme instalado na armadilha chega a 12 km. Isso permite saber o momento exato em que a armadilha foi desarmada e o rápido acesso ao animal, contido por pouco tempo até a anestesia. A associação anestésica utilizada causa amnésia dos momentos anteriores e posteriores à captura. Deste modo, não há traumas ao animal.

“O desafio na execução deste trabalho é a agilidade dos animais, mesmo num território como o Pantanal, com grande densidade de onças-pintadas. O período da cheia, que muda o nível da água diariamente, também dificulta o acesso a pontos importantes para o trabalho, mas vamos nos adequando. A sensação de fazer parte deste trabalho é única. A onça-pintada é um animal magnífico e importantíssimo para a conservação dos biomas onde ocorre. Poder trabalhar com esta espécie no Pantanal é um privilégio”, conclui o veterinário.

Em 10 anos de trabalho na RPPN Sesc Pantanal, o guarda-parque Vilson Taques já viu onças-pintadas diversas vezes, sempre de longe, e conta sobre a emoção de estar tão perto do felino. “A adrenalina foi a mil. A emoção é muito grande em ver o animal de perto. É gratificante fazer parte da pesquisa e saber que isso é fruto do nosso trabalho de conservação da natureza”, declara.

A equipe, formada por biólogos, ecólogos, médicos veterinários, guarda-parques e auxiliares de parque da RPPN Sesc Pantanal, também irá instalar mais 60 câmeras trap pela reserva, totalizando 100 em toda a área, ampliando o monitoramento da fauna.

31 de janeiro de 2022
Localizada dentro do Parque Sesc Serra Azul, a RPPN Sesc Serra Azul tem dois sítios arqueológicos e registros de animais em extinçãoO Polo Socioambiental Sesc Pantanal deu início à criação da Reserva Particular do Patrimônio Natural, a RPPN Sesc Serra Azul, com 850 hectares no Cerrado mato-grossense. A área é estratégica por estar às margens das nascentes que deságuam no Pantanal, o que amplia o trabalho de conservação feito no bioma. Quando homologado, o local, que já é habitat de animais em extinção, avistados com câmera trap, e tem dois sítios arqueológicos em cavernas, será aberto para o desenvolvimento de novas pesquisas científicas e atividades de turismo responsável.
CLIQUE AQUI E CONHEÇA OUTRAS ÁREAS NATURAIS DO SESCA importância destas áreas é celebrada nesta segunda-feira (31 de janeiro), Dia Nacional das RPPNs, que são reservas criadas espontaneamente, por vontade de proprietários de áreas conservadas, que optam por perpetuar, na matrícula do imóvel, a categoria de unidade de conservação de uso sustentável para sempre. A primeira RPPN do Sesc foi criada há 25 anos, no Pantanal. Com 108 mil hectares, a RPPN Sesc Pantanal é a maior do Brasil e presta à humanidade diversos benefícios, como a purificação das águas, controle das inundações, reposição das águas subterrâneas, controle do fluxo de sedimentos e nutrientes do solo, reservas de biodiversidade e mitigação e adaptação às mudanças climáticas.Considerado a caixa d’água do Brasil, por abrigar as nascentes de importantes rios brasileiros, que abastecem um total de oito bacias hidrográficas, o Cerrado é o segundo maior bioma do país, com 204 milhões de hectares. É uma das regiões de maior biodiversidade do mundo, com 6 mil espécies de árvores e 800 espécies de aves. Há 10 anos, o Polo Socioambiental está presente neste bioma, com o Parque Sesc Serra Azul, uma área de conservação de cinco mil hectares, que atua com turismo sustentável, pesquisa científica, educação ambiental e ação social. A criação da RPPN dentro do parque representa um passo definitivo pela conservação do Cerrado, que tem impacto direto no Pantanal.“Após 25 anos de criação da RPPN no Pantanal, damos esse novo passo no Cerrado. A área é de grande importância, pois é onde estão as nascentes do Rio Cuiabá, que abastecem o Pantanal. Com essa nova RPPN, o Sesc passará a ter cinco áreas protegidas em todo o Brasil, sendo esta, a primeira no Cerrado. O título de RPPN é vitalício e, portanto, um marco, que demonstra o esforço e investimento do Sesc para cuidar de áreas naturais no Brasil”, explica o Diretor-Geral do Departamento Nacional do Sesc, José Carlos Cirilo.A nova ReservaRPPN Sesc Serra Azul é formada por duas áreas que somam 850 hectares, ligadas por um corredor natural, utilizado pelos animais para transitarem entre os locais. Fazem divisa com a RPPN, o Rio Cuiabazinho, onde há uma Área de Preservação Permanente (APP), e a área de morros que pertence à união e a fazenda Leão. Os dois sítios arqueológicos da reserva foram encontrados dentro da Caverna Lapa das Abelhas e da Caverna Raízes, que também estão em processo de homologação pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).A vegetação da área de conservação reúne um mosaico de paisagens que formam o Cerrado, com áreas mais baixas e úmidas e também mais altas e secas. Quanto à fauna, há registros fotográficos de diversos animais, dois deles presentes na lista de extinção: o cervo-do-pantanal e o cachorro-vinagre. Este último já foi visto em bando com até cinco indivíduos.De acordo com a superintendente do Polo Socioambiental Sesc Pantanal, Christiane Caetano, com a RPPN, a instituição irá avançar no desenvolvimento de novas pesquisas sobre o Cerrado. “Este será um novo espaço de experimentações, onde o conhecimento gerado poderá beneficiar não somente o Cerrado, mas os demais biomas que estão interligados a ele. Uma das frentes de estudo previstas é sobre como se dará a articulação entre a RPPN, o turismo desenvolvido no parque e as outras atividades econômicas presentes na região”, explica.RPPN Sesc Serra Azul faz parte do projeto Reservas Privadas do Cerrado (RPC), iniciativa da Fundação Pró-Natureza (Funatura), que criou 50 RPPNs no bioma. Dessas, 18 já foram homologadas e as demais estão no processo. Com o projeto, o objetivo é ampliar a experiência para outros biomas e apoiar a criação de mais reservas naturais pelo Brasil.