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25 de agosto de 2022

Neste ano, o projeto busca aprofundar a discussão sobre a influência das culturas de matriz africana no país

Maior iniciativa brasileira de circulação musical, o Sonora Brasil traz na edição de 2022 o tema Culturas Bantu: afro-sonoridades tradicionais e contemporâneas, que destaca a contribuição dos povos de línguas bantu para a música brasileira. Este ano, o projeto retoma o formato presencial, com apresentações realizadas por grupos locais, em um total de 28 artistas e grupos musicais de 23 estados brasileiros e Distrito Federal.   

As primeiras manifestações musicais reconhecidas como origem da música popular brasileira era chamadas de batuque ou samba, palavras de comprovada origem africana, e ocorriam principalmente no ambiente rural, nos momentos de lazer e festejos dos trabalhadores africanos, ainda ecravizados na época. Com as migrações internas da população negra, os sambas rurais como o cateretê, o coco alagoano e pernambucano, o caxambu mineiro,o tambor-de-crioula maranhense, o lundu baiano, entre outros, começaram a chegar nas cidades, incorporando novos elementos e narrativas.   

Apesar da música ser o elemento central do debate, ao abordar esse tema o Sonora Brasil busca estimular leituras que possam aprofundar a discussão sobre a influência das culturas de matriz africana no país. As apresentações do circuito são de caráter essencialmente acústico, como forma de valorizar a autenticidade musical das obras. Uma curadoria formada por profissionais do Sesc é responsável pela seleção dos temas e grupos que integram a programação.  

A Cultura Bantus

Os bantus têm um papel significativo na formação cultural brasileira e na identidade nacional, seja pelo legado linguístico, pela cultura popular como as artes manuais e culinária, nas práticas agrícolas ou na origem de ritmos e expressões musicais como o samba, o maracatu, a congada, o jongo e a capoeira. A contribuição na nossa formação linguística é expressiva, são inúmeras as palavras presentes em nosso vocabulário que influenciaram nossa língua, entre estas angu, caçula, fubá, miçanga e quitute.

Como primeiros negros vindos da África para o Brasil, há mais de 400 anos, trouxeram consigo uma tradição cultural e religiosa muito forte. Assim, sua importância também está na construção da religiosidade do país, responsáveis pelas primeiras práticas de sincretismo afro-religioso e pioneiros nas religiões de matrizes africanas, principalmente a Umbanda e o Candomblé.

 

 

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