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25 de julho de 2023

10 retratos foram pintados ao vivo, na unidade Sesc Santa Rita, momento em que o público acompanhou de perto o trabalho da artista e a própria montagem da exposição

Com o objetivo de sensibilizar o público e contribuir com o debate sobre a violência contra as mulheres por meio da arte, o Polo Sociocultural Sesc Paraty apresenta a exposição Retratos Relatos – subvertendo a dor, da artista visual Panmela Castro. Em cartaz até 3 de setembro, a mostra apresenta pinturas ao lado de histórias de superação de 10 mulheres, de diversos locais do Brasil.

O projeto “Retratos Relatos” começou ainda em 2019, a partir de mensagens e depoimentos que a artista recebia de dezenas de mulheres de todo o Brasil. Eram relatos sobre situações de violência diversas, mas principalmente histórias de superação. Na exposição desenvolvida a partir de uma residência no Sesc Santa Rita, localizado no centro histórico de Paraty, estão disponíveis histórias como a de Marta Leiro, mãe, moradora do Calafate, região da periferia de Salvador (BA), que conta que viveu um relacionamento abusivo longo. Hoje, livre da violência e da dependência emocional, Marta conta sua história como uma forma de informar e acolher outras mulheres que passam pelos mesmos problemas e dificuldades.

Exposição “Retratos Relatos” acontece gratuitamente no Sesc Santa Rita, em Paraty (RJ).

Já Laura de Jesus é responsável pela criação de diversos projetos educacionais e culturais para crianças e adolescentes nas favelas do Rio de Janeiro desde a década de 1980. Atualmente é uma liderança do Quilombo do Campinho da Independência, onde realiza práticas de turismo de base comunitária, agroecologia, atividades culturais e luta pela educação diferenciada. Sua história representa o processo e o esforço coletivo de diversas mulheres na conquista de direitos.

“Cada uma dessas mulheres simboliza temas cruciais relacionados ao enfrentamento à violência e as ferramentas de proteção no Brasil, tais como a história das mulheres, a construção do gênero, o machismo estrutural, a violência física, a violência psicológica, a violência moral, a violência patrimonial, a violência sexual, a Lei Maria da Penha e o Ligue 180”, destaca Maybel Sulamita, responsável pela curadoria.

Panmela Castro pinta o retrato de Dona Laura Santos, liderança no Quilombo do Campinho da Independência, em Paraty.

Além das pinturas e dos depoimentos, a exposição conta também com a Sala dos Espelhos, onde o público pode se expressar livremente através da escrita na superfície espelhada, com mensagens de empatia; a sala de cinema, pensada não só como uma sala de exibição, mas também como um espaço dedicado à escrita de depoimentos; e a exibição da websérie educativa, dividida em 10 capítulos, dedicados às obras e com a efetivação de especialistas sobre os temas que a exposição traz no enfrentamento à violência doméstica.

 

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