Página Inicial > Cultura > Sesc impulsiona audiovisual brasileiro
O Brasil tem 3.509 salas de cinema em funcionamento. O número divulgado pela Agência Nacional do Cinema (Ancine) em janeiro de 2025 é um recorde no país e mostra uma recuperação do setor, que teve quase metade das salas fechadas após a pandemia de Covid-19. Mas o cenário está longe de ser o ideal. Segundo a Ancine, 40% das cidades brasileiras ainda não contavam com locais de exibição de audiovisual em 2021. Como forma de promover o setor audiovisual, o Sesc mantém projetos que democratizam o acesso a arte, como o CineSesc e o Cineminha, além de promover sessões de forma itinerante, alcançando localidades mais distantes.
O CineSesc é um projeto realizado há mais de uma década, que proporciona que diversos filmes se mantenham em exibição após o término da temporada comercial. Anualmente, são selecionadas produções diversificadas, que são licenciadas por um período aproximado de um ano. Esses filmes são disponibilizados dentro da programação do Sesc nos estados, de forma gratuita. Em 2025, por exemplo, 44 longas-metragens nacionais e internacionais, além de um conjunto de curtas, compõem o acervo.
São produções recentes e clássicos do cinema nacional, além de obras do cinema africano, asiático e europeu, muitas delas premiadas em festivais no Brasil e no exterior. Os filmes estrangeiros do CineSesc são cuidadosamente escolhidos e todos contam com dublagens em português para que mais pessoas possam vivenciar a experiência.
Parte dos títulos é direcionada ao público infantil, ajudando a formar novas gerações de plateias. “Um dos critérios da seleção é que 20% do total do catálogo seja voltado para as crianças, visto a grande demanda deste público nas nossas unidades”, comenta Lorran Dias, um dos curadores da programação do CineSesc. “Com o CineSesc, acreditamos que, ao lado das escolas e professores, estamos construindo uma ponte entre cultura e educação, desmistificando estigmas e aproximando o público jovem da riqueza do cinema brasileiro e mundial”, explica.
O “Cineminha” nasceu em 2018 como iniciativa do Polo Educacional Sesc, localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A ideia é oferecer cinema de graça a estudantes das escolas municipais de Jacarepaguá, Cidade de Deus e outros bairros do entorno. Para muitas, o Cineminha é o primeiro contato com um espaço cultural, como explica a professora Daniele Esmoris, da Escola Nossa Senhora de Pompeia. “Muitas crianças nunca tinham tido a oportunidade de entrar em uma sala de cinema. Eles ficam muito animadas e demonstram uma motivação a mais quando podem participar das exibições”, conta ela.
As crianças vivem uma experiência completa: visitam a estrutura do Polo Educacional, passeiam pela biblioteca, o laboratório de ciências e só depois chegam ao teatro. Aí começa a sessão, com direito à tradicional pipoca! Fernando Garcia, do Núcleo de Projetos Especiais do Polo Educacional Sesc, resume a importância do projeto na formação das crianças. “Ele estimula a reflexão porque escolhemos filmes que vão além do entretenimento e abordam temas muito relevantes, como o meio ambiente. Assim, o cinema se torna uma ferramenta poderosa para impactar cada jovem de uma maneira diferente”.
Para colocar a tela na estrada e levar o cinema a 75 municípios, foi criada a unidade móvel do CineSesc em Sergipe. Quando chega a uma cidade, a um território da periferia ou a um povoado, surge ali uma sala de cinema ao ar livre da mais alta qualidade. A unidade é equipada com camarim, palco retrátil, plataforma para PCD, sonorização e iluminação cênica, contando ainda com carrinho de pipoca, algodão doce e cem cadeiras para acomodar o público.
“Nós criamos o projeto para levar cinema a diferentes comunidades e permitir uma experiência cultural única para quem não tem acesso às salas de exibição tradicionais. Levamos as telas para quem vive distante dos centros urbanos, para os jovens da periferia, as comunidades quilombolas e muitos outros. E nós percebemos que, quando a luz da tela é acesa, criamos momentos transformadores por meio do cinema”, conta Alisson Alcantara, supervisor de cultura do Sesc.
Antes de cada exibição na unidade móvel, o público participa de uma conversa para contextualizar a obra e estimular reflexões sobre o que será visto. Os filmes escolhidos sempre dialogam com a realidade e o interesse de quem está na plateia. A intenção é transformar cada sessão em uma vivência única.
E a reação da plateia é a melhor parte do projeto. “Para muitos jovens, essa é a primeira experiência em uma sessão de cinema. As reações variam entre encantamento, surpresa e identificação com as histórias, reforçando o papel do cinema como ferramenta de educação. Momentos assim são especialmente emocionantes”, recorda Alisson.
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