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12 de novembro de 2021

Um ano após incêndios no Pantanal, documentário mostra ações integradas para proteger o bioma

A mobilização de pesquisadores, comunidades, ONGs, instituições e fazendeiros para proteger o Pantanal, logo após o pior incêndio do bioma, registrado em 2020, é o enredo do documentário “Heróis do Fogo 2 – Rede unida pelo Pantanal” lançado nesta sexta-feira (12/11), Dia do Pantanal. Produzido pelo Polo Socioambiental Sesc Pantanal, o filme traz 13 depoimentos, interligados pelos primeiros passos da recuperação do Pantanal e pela união, com foco na prevenção e combate a incêndios florestais.

Muitas frentes de trabalho atuaram neste período após o fogo e o documentário, com 29 minutos de duração, apresenta relatos de algumas delas, mais especificamente no Pantanal de Poconé e Barão de Melgaço, em Mato Grosso: Polo Socioambiental Sesc Pantanal, Sindicato Rural de Poconé, Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso, SOS Pantanal, Ampara Silvestre, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Projeto Aquarela Pantanal e Grupo de Estudo em Vida Silvestre (GEVS).

A preparação e articulação formadas para evitar um novo desastre, num ano que se anunciava ainda mais seco, contribuiu para a redução dos focos na temporada da seca 2021. A preocupação no cuidado com o Pantanal é nítida no decorrer da obra, mas é só o primeiro passo, destaca a superintendente do Polo Socioambiental Sesc Pantanal, Christiane Caetano.

“Hoje, vemos todos trabalhando juntos, mobilizados para cuidar do Pantanal, pois este é o ponto comum, independente das diferentes atuações nessa área. Muito já foi feito e ainda podemos avançar mais, principalmente com políticas públicas que tenham como objetivo a conservação do bioma e toda a sua abundante biodiversidade. O Pantanal é resiliente, mas tem um limite, e é preciso cuidar desse futuro agora”, declara.

Vencedor regional do Prêmio Aberje na categoria audiovisual, o primeiro documentário “Heróis do fogo”, lançado também no Dia do Pantanal em 2020, aborda todo o trabalho da Brigada Sesc Pantanal para combater o pior incêndio da RPPN e do grupo de pesquisadores que levantava dados do impacto desse evento. Esse momento após o fogo em todo o bioma envolveu muito trabalho, estratégia e precisava ser documentado, declara a superintendente. “Todo esse preparo, fortalecimento e união foi construído ao longo de um ano e é fundamental para a conservação do Pantanal. É um trabalho contínuo em todos os ciclos do bioma”, diz a superintendente.

O que mudou em um ano 

Formação e estruturação de brigadas; ampliação de aceiros; comunicação integrada e rápida; monitoramento avançado com sistemas da NASA e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a instalação do 1º Pelotão Independente de Bombeiros Militar de Poconé estão entre os avanços construídos ao longo de um ano no Pantanal mato-grossense.

Na área das pesquisas, deu-se início a diversos estudos, entre eles o projeto inédito para implementação do Manejo Integrado do Fogo (MIF) no Pantanal e a avaliação do impacto do fogo na fauna e flora, que inclui o reflorestamento no Pantanal a partir da criação de viveiros nas comunidades de São Pedro de Joselândia (Barão de Melgaço) e Capão do Angico (Poconé).

Para a fauna, recintos foram adaptados e estão sendo criados para atender animais que precisam de atendimento devido a queimaduras, por exemplo, e passarão pelo processo de reabilitação até o momento da soltura.

Tempo de resposta mais rápido 

Conforme dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA), do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 2021, um dos anos mais secos do Pantanal, houve redução da área queimada.

Em 2020, mais de 4,3 milhões de hectares foram atingidos, ou seja, 26% do bioma e, em 2021, foram 1,3 milhão, equivalente a 9% da área total. Conforme dados do INPE, também houve redução dos focos de calor em Poconé (86%) e Barão de Melgaço (91,5%), entre janeiro e novembro de 2021, em comparação ao mesmo período de 2020.

Na RPPN Sesc Pantanal, a maior reserva privada do país, 300 hectares foram impactados pelo fogo em 2021, decorrente de dois raios registrados em outubro. Enquanto que, em 2020, dos 108 mil hectares da reserva, 101 mil foram atingidos pelo fogo em diferentes intensidades, o que representa 93% da área.

“Um ano após o pior incêndio registrado nas últimas décadas, este resultado mostra a importância da união das pessoas e instituições presentes neste território, que permitiram respostas mais rápidas para a extinção dos incêndios. Seguimos trabalhando para que o Pantanal não passe por incêndios consecutivos”, conclui a superintendente do Sesc Pantanal.

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